FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“ A quebra do segredo de Caminha”
Depois da sua passagem pelo Brasil, a única certeza que se tem de sua vida é a de que não mais voltou a Portugal. Deduziram ter ele morrido lá pela Índia lutando ao lado de Afonso de Albuquerque, o fundador do império Luso ao conquistar Gôa no ano de 1511.
O historiador Goês Rabindranath Fernandes ao remecher nos arquivos do Convento de São Francisco Xavier, encontrou o livro secreto dos confessores lançando luz sobre o final da vida do cronista Tuga/brasileiro Pero Vaz de Caminha.
Caminha, tendo chegado a Calicute com a armada de Pedro Álvares Cabral, a 13 de Setembro de 1500, passara logo a terra a mando do Capitão-Mor a fim de conhecer as gentes e apreender sua linguagem. Numa das investidas do gentio à feitoria, Caminha fugiu pela praia tendo sido ferido. Tendo sido deixado como morto numa vala de areia quis a divina providência ser socorrido por um velho brãmane que o recolheu em sua casa restabelecendo-o de suas feridas. Caminha, restabelecido de sua saude refugiou-se no reino de Conchim, aliados dos portuguêses e, por lá ficou cinco anos até à chegada do Vice-Rei D. Francisco de Almeida que logo o tomou ao seu serviço.
NO TEMPLO DE KADAYA MAHADEO
Um frade de nome Frei Estevão da Santa Cruz, Capuchinho da Arrábida, quebrando o sigilo de confissão revela que um seu penitente, o letrado Pero Vaz de Caminha todas as noites era assaltado pelo sonho e imaginação pelas donzelas pardas que desde a passagem por terras de Santa Cruz o atormentavam; frequentemente revia em sonho a terra visitada, povoada de mulheres que pelos matos andavam nuas. Sucede que naquele vale abençoado duma primavera constante havia templos em que homens e mulheres se entregavam despeduradamente às mais abomináveis práticas carnais homenageando como culto uns deuses falsos a que os gentios se submetiam. Essas práticas eram além de espíritualmente relevantes eram consideradas de um santo sacrifício.
Pêra Vaz de Caminha, fascinada pela busca da paraíso terreste, um dia, abandonou o seus irmãos cristãos e demandou-se para esse vale entregando sua alma à danação eterna. Rabindanath, o historiador, afirma não haver duvidas da integração de Caminha ao induismo.
Na India central, estado de Madhya Pradesh, num vale isolado de nome Khajuraho entre os séculos XI a XVI floresceu uma civilização dedicada aos prazeres sexuais. Dos 85 templos erguidos restam hoge, cerca de 20. As frizas desses templos tornaram-se uma das maiores atrações turisticas da Índia, dado que os requintados baixos relevos reproduzem cenas de orgia rituais sendo as mais visitadas as do templo de Kandaya Mahadeo. No centro do friso desse templo está um homem sorrindo, de pernas abertas para cima, apoiado nos cotovelos. Duas assistentes sustentam uma linda mulher cujo sexo pousa sobre o pénis do homem que também faz cócegas nas vergonhas das assistentes. Estas esculturas aparecem em todos os livros que abordam a arte erótica do mundo.
Recentemente, os arqueólogos descobriram uma escultura semelhante áquela outra na parte posterior do templo retratando um estrangeiro na mesma postura. Por usar roupas diferentes, pela fisionomia e por portar barba, por quanto os homens de Khajuraho eram imberbes, chegou-se à logica conclusão ser um europeu e, tudo leva a crer ser do nosso Caminha. À semelhança das prostitutas que em sacrifício espiritual se entregavam aos romeiros, com idêntico propósito homens prostitutos satisfaziam donzelas depois de tomarem uma infusão de afrodisiaco para melhor cumprirem seu sacrifício sendo que, a bebida tinha o efeeito secundário de tornar estéril o seu sêmen.
E, tudo indica que foi assim, na maior felicidade que Pero Vaz de Caminha terminou seu dias.
A história em realidade há coisas verdadeiras que parecem mentiras. Será este um lugar a visitar se porventura um dia, for à Índia.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA