FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“OSHAKATI DA NAMIBIA ”
Da tenda para o buraco de observação e, um céu carregado de estrelas que nos tremelicavam olhares, de entusiasmo, nem nos apercebemos. Era a tranquilidade da natureza envolta em muitas coisas a serem descobertas. Nos dias que se seguiram percorremos as pistas assinalados de forma a ver o maior número de animais, que íamos registando num prospecto; o leão era sempre o mais procurado e, quando alguém os descobria assinalavam-nos aos demais colocando também um pionés no quadro-mapa da base Okaukuejo. A adrenalina escorregava-nos a partir dos olhos, atentos a qualquer movimento ou montículo estranho no meio do capim. E, demos as voltas de Namotoni e Alali parando em um e outro para descansarmos, relaxando à sombra fresca das acácias, tomarmos um café ou comer-se qualquer coisa rápida porque, não havia tempo a perder.
Twifelfontein - floresta petreficada
Esta reserva do” ETOSHA PAN” foi há muitos anos atrás um lago abastecido pelas águas do Cunene que aqui vazavam suas águas trazidas do planalto central da Angola à semelhança das águas do rio Cubango (Okavango) que desaguam no Delta do Botswana, um lago interior. Por um acidente cósmico, o rio Cunene foi desviado do seu curso desviando-se para o Oceano Atlântico. Este antigo lago do Etoscha é agora uma das grandes reservas aonde se podem ver um grande número de espécimes, suplantando a meu ver, a Reserva do “kruguer Park” na África do Sul. Este é o melhor destino para quem quiser ver animais em quantidade e em curto espaço de tempo. É claro que temos o Quénia, N’Goro-Goro, Delta do Okavango, e muitas outras mais pequenas reservas mas, como o Etoscha não há igual.
Namibia - Ovobolândia
Tínhamos ainda um longo percurso a percorrer em terras da Namíbia e o nosso próximo destino era a casa do Miranda e da Dona Elisabete na margem direita do Okavango no lugar do Shitemo. Sucede que a caminho do Rundu a maioria da tribo composta de Ricar, Isabel, Ibib, Marco e este Soba, quiseram ir até às quedas do Ruacana em terras de gente Himba e, dito e feito fomos a caminho de Oshakati aonde chegamos a tempo de almoçar no restaurante, pensão do Bicho, um Tuga natural de Estombar, do sítio da Ponte do Charuto. Como em África é fácil fazer amigos, logologo estávamos a par das novidades daquele ponto de fronteira com Angola e até ficamos a conhecer um comissário, talvez inspector da polícia de Angola que se prontificou acompanharmo-nos até o Lubango caso quiséssemos ir até lá. Em verdade só não aceitamos porque o aluguer do carro não comportava a entrada em Angola, um país nesse então em conflito e muito inchado em problemas. Em verdade o kota amigo Di, que em Windohek nos tinha prometido emprestar seu velho Mercedes furou o trato, coisa já prevista. Vieram à baila estórias de diamantes, fugas rocambolescas e exotismos próprios das terras do Fim-do-Mundo. Mestre Bicho, dono do motel, teve de comprar uns colchões para podermos dormir todos, tendo recomendado não tirarmos o plástico que os envolvia. Foi uma noite do caraças com a rastolhada de plástico e celofane. Noite para esquecer; ficou-me na retina a porta maciça com um baixo-relevo com a figura de um corpulento búfalo; anda por aí uma foto dessa escultura feita porta.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
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