Quinta-feira, 29 de Maio de 2008
T´chikukuvanda
No tempo de Kaparandanda
Aquele lagarto, T´chikukuvanda, ameaçava-me num vaivem de cabeça, muito por demais assustador. Em cima da lohanda soprava numa insistente vontade de me ver fugir; a cabeça verde, como um fole, estendia-se do pescoço vermelho, inchando bravura num corpo escamado de azul eléctico.
Aqueles quarenta centimetros de lagarto, atemorizavam qualquer predador e, num suavemente, peguei numa pedra arredondada sem gesticular qualquer repentino movimento; ambos nos tremiamos e, eu só estava ali porque espreitava o atalho da bissapa que nos levava ao rio, o mesmo aonde o kaluviaviri mijou mau cheiro, por medo daquele lagarto ou para marcar território.
Quando o Kaluviaviri surgia nas redondezas havia azar de kazumbi por perto ou, estava para acontecer alguma coisa de mau.
O faísca ladrou toda a noite, pelos trovões que se ouviam para os lados da Chicala. desconseguia-se perceber se os trovões eram mesmo de trovoada pois que, nos entretantos, parecia ouvir-se o som de batuque, podia ser a caravana do katengue Jamba da Costa, que dez dias antes tinha passado com os seus muitos carregadores Bienos, Bailundos e Luchazes a fim de permutar tecidos e álcool por mel, borracha, cera, urzela, óleo de palma,coconote, couros e conos de bichos.
Naquela noite, o meu avô Mussungu, confidenciou que o espirito dele, cheio de ossos descarnados, lhe segredou coisa ruim; insistiu comigo, para logo que raiasse o dia me deslocasse ao rio Cunhangâmua para ver se havia pegadas e gente no lodo da margem; Kaparandanda, atormentou-lhe toda a noite, num sonho maluco rodeado de muitas e vizionárias suspeições; deveria andar por perto!
A caravana do Katengue, que normalmente era composta por mais de trezentos homens, deveria passar por ali nos próximos dias e, haveria que salvaguardar o negócio do Quipeio. Durante dias vovô Mussungu mandou preparar kuambus feitos de farinha de milho grelada que já repousava fazia mais de dois dias inteiros.
Havia no N´jango enormes panelas com quimbombo e t´hassa para vender àquela gente toda, muitos cestos de matira cheios de mandioca para cozinhar na hora e, também batata doce nas quindas.
Todo este preparo de negócio não podia ser estragado pelo Kaparandanda, filho do soba Kulembe, bandido inteiro na arte de esconder, chefe de um grupo de renegados.
O filho de Kulembe desntendeu-se do pai por este ser demasiado colaborante com os Muana-pwó, daí o desentendimento, revolta e fuga com um bando daquele sobado.
O medo do meu avô Mussungu podia até não ter fundamento, porque estava este sítio do Huambo, muito para além das terras de Amepa, Kaluita e Bundionai, aonde Kaparandanda actuava mas aquele sonho do mais velho não dava tranquilidade a ninguém que fosse gente.
Vovô mandou-me meter um milongo, preparo de T´hingange na Iohanda maior, aonde as mulheres pisavam a mandioca; era ali que o lagarto T´chikukuvanda ia comer e assustar os meninos com reganho fintado. O pedaço de milongo, era uma mistura de não-se-quê com gidungo para o lagarto após comer, dar indicação dum possivel assalto a ser feito pelo Kaparandanda; Se depois de comer aquilo, fizesse diarreia espalhada na direcção de poente o sinal era por demais de bom, Kaparansdanda, o bandido, não atacaria!
Escondi-me por detrás dum muxito e, pude ver o lagarto apróximar-se de mansinho e após ter comido o preparo, tendo-se apercebido da minha presença correu para mim, estancou sacundindo a cabeça, soprou-me e riu com muku, não sei se por medo, se por valentia; na excitação avançou de novo e deu-me berrida. Só parei no ximbeco da n´haca do negro Sakassumbi.
- Haka!...sukuama!... que susto!
No dia seguinte dito e perfeito, o lagarto borrou-se todo na direcção de Benguela e, assim, na tranquilidade a caravana no seu entretanto, chegou. Por ali acamparam perto do N´jango na N´dala, beberam, comeram, fumaram liamba pela mutopa, tocaram puhitas, reco-reco, gon´ma e já encharcados de katchipemba e os demais kuambus, ficaram por ali estirados no terreiro.
Dias depois soubemos por um funante de nome Pinto dos Santos, que o tal Kaparandanda tinha sido preso no Sopá do Passe quando vinha a caminho de Cunhangâmua. O Capitão Alexandrino prendeu-o tendo em seguida sido desterrado para a ilha de São Tomé.
Isto passou-se mais ou menos, quando eu era candengue, de faz-de-conta, no ano de mil oitocentos e oitenta e seis, "tempos de Kaparandanda" e, como tal, ficou assim conhecido.
Agradecimentos: - A Estanislau Ivenhoe Matos Fonseca de N´dala que relembrou passados.
- Branquinho Lopes que renasceu o Kaparandanda
- Ao António Costa Rodrigues, O Boniboni da Katumbela, Embaixador do
Kacuaku do Kimbo le Lagoa, que guardou o tesouro.
Glossário: T´chingange: - um misto de feiticeiro, justiceiro, de quem se tem medo; Kaparandanda: - Filho de soba feito bandido por rebelião entre 1974 e 1886; T´chikukuvanda: - lagarto; Iohanda: -penedo, lagedo; Katengue: - chefe de caravana, funante, capataz; Mussungu: - muito velho, mais velho que secúlo; Kuambus: - refresco que depois de fermentado é muito alcoólico; N´jango: - centro de convívio, normalmente redondo, aberto dos lados e coberto de capim; Quimbomb, t´chassa, katchipemba: - bebidas feitas do milho ou massambala; Milongo: - remédio tradicional africano feito por um Kimbanda , preparos de mau olhado; Puhita, reco-reco, gon´ma: - instrumentos músicais; Muxito: - tufo de capim ou mato; Muku: - raiva, assoprar e morder; Haka!, ...Sucuama!...: - exclamações de espanto; Berrida: - fuga; Xmbeco: - casa de adobe, humilde; N´nhaca: - sementeira junto de ribeira; Muana-pwó: - branco do puto.
Domingo, 25 de Maio de 2008
A AMIZADE
Às vezes encontramo-nos preocupados, ansiosos, em volta de situações complicadas e nos sentimos meio perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo, desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.
Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.
A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal, momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite, no ambiente de trabalho ou de lazer, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.
Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação que como em qualquer outro relacionamento, passa por crises passageiras, por momentos intempestivos, abalos ocasionais.
Ainda que tenhamos muito carinho pelo amigo em questão, às vezes por insegurança, por ciúme, por estarmos emocionalmente alterados ou nos sentindo pressionados, acabamos por ser injustos com ele e isso pode ser recíproco.
Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.
Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.
Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido, compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.
São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.
Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.
É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade, afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.
Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir.
Um grande abraço ao nosso amigo Kizombeiro T`chikukuvanda, que nesta sua nova jornada encontre também amigos para se juntarem a este grande grupo, felicidade e paz.
um grande abraço
N´DALATANDO
PENALIZAÇÃO
PROPOSTA
Penalização ao Visconde do Mussulo.
Por este se ter ausentado para paragens afrodisíacas, sem prévia informação à Kizomba.
CONDE DO GRAFANIL
AUSÊNCIA TEMPORÁRIA
AUSENCIA TEMPORÁRIA
O Kizombeiro T`chikukuvanda vai abandonar o nosso convívio, sobretudo das terças, por tempo indeterminado, rumo à Lua.
Segundo sei, é por razões de interesse pessoal.
Da minha parte desejo-lhe as maiores felicidades, que vá mandando umas fotos catorzinhas e os habituais mails , certamente estaremos em contacto com frequência.
Lalipo, um grande abraço
Conde do Grafanil
COMO TUDO COMEÇOU 3 (LEI CONSTITUCIONAL)
KIZOMBA - LEI CONSTITUCIONAL
Kimbo de Lagoa – Allgarbe
UM MUNDO DE FANTASIA
REGRA ÚNICA: -TODOS TÊM DIREITO A UM TÍTULO
SIMBULOS: - BADALO – ESPANTA ESPÍRITOS – CABAÇA – GINDUNGO
CORES DA BANDEIRA: - AMARELO E AZUL
GRITOS DA KIZOMBA: - GINGA MALAIA – URRA! URRA! – VIRÓ, VIRA!
PEDRA FILOSOFAL: - CADA DESTINO É O PRINCÍPIO DUM OUTRO
OBJECTIVOS: - ALCANÇAR AS “TERRAS DO NUNCA”
MOEDA: MAKUTA E ZIMBO
1 - HIERARQUIA
A - SECÚLO
B - SOBA
B.1 - SOBETA
C - KOTA
D - M´BICA
E - N´FUMO
F - CIPAIO
2 - TITULOS DO CLERO
A - BISPO
B – ARCEBISPO
3 – TITULOS DE NOBREZA
A - CONDE
B - VISCONDE
C - DUQUE
D - MARQUÊS
E - BARÃO
F - ARQUIDUQUE
4 - SÁBIOS
A - T´CHINGANGE
B – QUIMBANDA
C - ZUMBI
5 - HOMENS-RICOS
A - EMBAIXADOR DE xxxxxxx (Kacuacu) - (TODOS OS QUE
TÊM LÁBIA. LATA E BÓFIA) RECONHECIDOS POR ALVARÁ
OU NOMEAÇÃO POR DICROMA)
B - VETERINÁRIO
ORGÃOS:
A – DELIBERATIVO – REUNIÃO MAGNA – elabora as leis.
B – EXECUTIVO – SOBA – governa - faz cumprir a lei
C – JUDICIAL – QUIMBANDAS JUIZES DO REINO – tribunal
QUEM É QUEM....DEVERES E OBRIGAÇÕES...
1A - SECÚLO
- É todo aquele que tem mais de 60 anos (o mais Velho - Kota)
- Resolve todos os casos omissos
- É o que preside às reuniões de Sábios e reuniões Magnas com todos os
titulados
1B - SOBA DO KIMBO – (Só há um)
- É o chefe do órgão executivo. É todo aquele que presta serviço relevante
à Kizomba e é eleito por maioria.
- Dá poder aos membros da Kizomba no acto de “posse” porAlvará
ou diploma
- É escolhido em Reunião Magna.
- Abre a Sessão da Kizomba com Chocalho.
- Após ouvidos 2/3 do Kimbo aprova os ÁLVARAS e DICROMAS e
DERROGA ou ABRROGA qualquer anterior decisão. Consulta os
SÁBIOS da corte, antes de homologar a lei.
- Faz cumprir a lei.
- Aprecia e promulga outras leis do reino, com acessoriamente dos juízes,
quimbandas.
- O Soba pode promover kotas ao posto de SOBETAS ou designa
EMBAIXADORES a fim de o auxilia na diáspora.
1B.1 - SOBETA
- Auxilia o soba, quando requerido.
- Ministra a agricultura do reino; rega a neblina, os embondeiros e
fornece a malta de múcua para dar guzo
- Cuida do Jango, da Embala, o terreiro e o nebuloso cacimbo
- Faz o inventário das anharas, mulolas, t´ximpacas e dos animais do reino.
1C - KOTA
- É todo aquele que tem ADN com “Paludismo”. (Se não têm, é considerado
Albino; paga Gasosa para ser um verdadeiro Kizombeiro Mwene-N´gola)
- Faz o quórum nas disposições Régias, canta o hino e dá vivas no Ginga
Malaia na condição de M´bika ou m´zungo)
- Toma posse com um “Viró - Vira” colectivo da Kizomba do Kimbo
com marufo, vinho,cerveja, bolunga ou T´chissângua.
1D - M´BICA – (escravo)
- É a fase de admissão à Kizomba do Kimbo com um “Viró-Vira” colectivo
- É visto pelo Veterinário da Kizomba do Kimbo. Admitido como Kota se
tiver bons cascos e boa dentadura após pagar a gasosa (vede item
anterior 1C).
- Tem direito a toque de Badalo dado pelo Bispo na consagração e bênção
do akto, ou do Soba em sua substituição na impossibilidade e
excepcionalmente.
- A vistoria sanitária pelo Veterinário é obrigatória para controlar a estirpe.
1E,F – N´FUMOS E CIPAIOS
- Chefes e secretários com pelouros diferenciados. (caso a caso)
2A - BISPO
- Abre as Reuniões Magnas com o Século N´fumo, (1ª figura do Órgão
deliberativo), com toque de badalo.
- Dá Pópia à Kizomba do Kimbo ou anuncia quem com lata e lábia, o
substitua num tema transcendente ou platónico. Abençoa com vinho bento
da melhor qualidade.
- Põe termo ao Blá-Blá-Blá, dos intervenientes da Pópia.
- É o chefe do protocolo; Lê mukandas; Dá a conhecer os Homens-ricos;
Apresenta novos candidatos a Kizombeiros; Dá as Bênçãos.
- Toca o Badalo nos momentos altos, quando se requer silêncio ou, para
pedir reabastecimento de bebidas ou comida.
2B - ARCEBISPO
- Substituto do Bispo; Prepara a agenda do Bispo
- Controla as gasosas da Kimbo.
- Havendo música prepara as marimbas, quissanges, t´chingufos, maracas
e reco-reco.
3 A – CONDE
- Faz reflexão com os periclitantes e platónicos e relata os factos
transcendentes.
- Controla os mujimbos
- É o Ouvidor-mor das Macas do Reino
- É o tesoureiro credenciado; apresenta contas quando requerido por
2/3 dos Mwene- N´golas do Kimbo
3B - VISCONDE
- Debruça-se nos ritos e rituais da Kizomba. Gere o BLOG do reino.
- Nomeia Cipaios ou m´zungos como secretários.
- Tem a inovação do Kimbo a seu cargo.
- É o embaixador credenciado. (Este, nomeia um substituto quando
impossibilitado)
- Dá despacho às questões postas pela diáspora.
- É o porta voz perante a imprensa; emite comunicados em cumprimento
dos Dicromas.
3C - DUQUE
- Elabora a árvore genealógica da Kizomba do Kimbo de Lagoa.
- Estabelece relação com outros Kimbos e os sobados Xicoronhos.
- Elabora os menus das Gasosas (festas tribais)
- Recebe Moções, Propostas, Trovas para apresentar ao Kimbo
após triagem.
3D - MARQUÊS
- Dá a conhecer os “aktos” nas colunas sociais.
- Desmascara Kasucuteiros e kuribotas.
- Organiza as Tertúlias e elabora as mukandas (Ofícios ou aktas do
reino)
- É o secretário das obras públicas, cubatas e urbanismo do Reino.
3E,F - BARÃO E, OU ARQUIDUQUE
- Ocupam cargos da Oligarquia e, por inerência representam o
Kimbo nos Congressos e Altas instâncias parlamentares doutros reinos e,
Organizações Filantrópicas.
4A - T´CHINGANGE - ( ADN com paludismo)
- É quem manobra o Espanta Espíritos (Zingarelho)
- É o adivinho, auxiliar do Soba Ditador do Kimbo
- É o portador de Quinino para combater o paludismo
- Organiza as batucadas
4 B - QUIMBANDA - ( ADN com paludismo)
- Passa receita de chás (Brututu, Quebra pedra, Pau de Cabinda, Raspas
De chifre e Outros)
- Fornece a Kizomba de Jindungo, Gengibre, Guaraná maué, Genipabu,
Jinguba ou maçarocas de milho.
- Organiza repastos de kizaca, saca-saca ou muamba, acompanhada com
T´chissângua,Kat´xipemba, marufo ou bolunga (apresenta contas das
compras)
- Fornece nas Kizombas do Kimbo ao preço de custo: - Maçarocas
assadas, pitangas, matiba-tiba, maboques, mirangolos e fruta exótica
das Africas; (Divulga os mesmos).
- Substitui o Veterinário quando da ausência deste.
4C – ZUMBI
- Alto Magistrado da justiça do Kazumbi, Macumba e lança búzios
- É o Pai-de-Santo, senhor da Macumba do Kimbo
- è o fornecedor de charutos nas Kizombas com terreiro de orixás.
- É um N´fumo de 1ª linha, o oxalá da tribo do Kimbo dos Mwene-N´golas.
5 A - HOMENS-RICOS
- São todos os outros, gente fixe e convidada com aptidão para fazer parte
dum Reino sem fronteiras, tendo a Lenda o Sonho, a Fantasia e a
Fraternidade como lema.
- Se tiverem Pópia, Lábia e Lata podem passar a M´bicas
5B - VETERINÁRIO
- Analisa as condições de promoção dos M´bicas conforme Item 1 D
- Trata das Ressacas com a ajuda do quimbanda Homeoprátrico
- É considerado um Cavaleiro da Corte.
LEIS FUNDAMENTAIS
1- O M´bika passa a Kota após ter sido visto pelo Veterinário ou o
Quimbanda em sua substituição. No akto da posse o Veterinário
verifica os cascos e a dentadura do proposto a Kota
2- Os membros do KIMBO só passam à Nobreza depois dum acto
relevante e após aceitação por maioria de dois terços.
3- Todos os aktos de Reunião serão objecto de “início com toque
de Badalo.”
4- A bênção do Bispo é obrigatória nas promoções e nomeações,
bem assim como Urra! Urra! e Ginga Malaia
5- O “Viró-Vira” é a aceitação ou posse do cargo Régio, dum titulo
ou Dicroma
6- Os casamentos com membros do Kimbo têm de ter uma aceitação
por maioria e a gasosa tem o vinculo de Alambamento; Será
passado um Dicroma especial de felicidade pelo Soba e Bispo que
ficará registado na torre do reino.
7- Este Kimbo tem sede em Lagoa , terras ultramarinas do grande
reino de sonho e fantasia
Entenda-se por:
Gasosa: - É uma oferta extra, itinerante ou fora de portas, de cariz
pantagruélico.
Glossário
Kizomba – dança, festa com baile ou eventos teatrais
Mujimbos – boatos, falatório; Kazucuteiros – trambiqueiros,
aldrabões ou que vivem de expedientes menos claros; kuribotas –
fanático, tendencioso, curioso, espia; Kizaca – saca folha,
folha de mandioca pisada cozinhada tipo esparregado; Brututu –
raiz curativa; T’xzangua – bebida feita de milho fermentado,
normalmente de sabor adocicado; Puto -Portugal; M´bika –
escravo; Gasosa - dádiva, oferta, simpatia, e gentileza; Mukanda –
carta, ofício, akta da tertúlia; Guzo – foça física e espiritual; Múcua –
fruto do Embondeiro; Jango ou n´jango - esplanada coberta,
comunitária, lugar de reuniões alargadas do Kimbo; Embala –
cubata, casa em adobe; zimbo – concha de bivalve que substitui
a Macuta; Macuta – moeda oficial que corresponde a 10 zimbos.
LAGOA - TERRA ULTRAMARINA
Reino do Sonho, Lenda e Fantasia aos 01, de JUNHO de 2007
COMO TUDO COMEÇOU 2 (HINO)
2 - Como tudo começou!
HINO DA ACADEMIA DA KIZOMBA
Mugimbos de charrua macongina
GENTILEZA DA REAL ACADEMIA DA HUILA
(SOBADO DE PORTIMÃO)
KIMBO DE LAGOA
VIVA A MALTA DA KIZOMBA
VIVA A MALTA SEMPRE FIXE
QUEM NÃO PENSA COMO NÓS
QUE SE MATE OU QUE SE LIXE, LIXE, LIXE,... (BIS)
A MALTA GANHOU A TAÇA
SEM TER NADA QUE FAZER
QUEM QUIZER GANHAR À MALTA
TEM UM OSSO P´RA ROER, ROER, ROER,... (BIS)
TODOS NÓS SOMOS LIXADOS
P`RA ALEGRE REINAÇÃO
QUEM NOS QUER VER CONTENTADOS
NÃO NOS FALE DE TRABALHO, ALHO, ALHO,... (BIS)
VIVA A MALTA DA KIZOMBA
VIVA A MALTA SEMPRE FIXE
QUEM NÃO PENSA COMO NÓS
QUE SE MATE OU QUE SE LIXE, LIXE, LIXE,... (BIS)
COMO TUDO COMEÇOU 1
KIMBO DE LAGOA
1 - Como tudo começou!
1º RÁTIO REGIUM DO KIMBO DE LAGOA
1 E JUNHO DE 2007
AKTA DE APROVAÇÃO
Os Mwene-N´golas
T´CHINGANGE__________________O Kota ------------------------------- -
CONDE DO GRAFANIL_______________________________ “ -
VISCONDE DO MUSSULO_____________________________ “ -
N`DALATANDO_____________________________________ “ -
T`CHIKUKUVUMA___(EMBAIXADOR DO KACUACU)______ “ - SWINGUISTA_____DUQUE DO MACULUSSÚ_ “ -
KAMUNDONGO____O kOMANDO______________________ “ --
FUCA-FUCA________________O M´bika -
-
JAMBA____________________________________________ “ -
KAMALUNDU_______________________________________ “ -
MARQUÊS DA FIGUEIRA_____________________________ “ -
SUNGA M´ZUNGO__________________________________ “ -
LAGOA, UM DE JUNHO, ANO DA GRAÇA DE 2007
Quarta-feira, 21 de Maio de 2008
ACLARAÇÃO DO CONDE DO GRAFANIL
ACLARAÇÃO DO CONDE DO GRAFANIL
A KIZOMBA
OS ONZE MAGNIFICOS :
COMO TUDO COMEÇOU
Um belo dia de terça-feira, fui convidado pelo Soba Tchinganje para uma almoçarada em Estombar, passadas duas semanas tive um novo convite do Soba para outra almoçarada agora em Lagoa, mais propriamente no Ponto Verde. Como não se deve declinar convites para almoçar, acedi, contudo, fiz questão de ser eu a pagar. O Soba não concordou, regateou pois o convite era dele e houve quase bassula , mas paguei. O Soba, como Soba que é e que se preza disse, "então fica já combinado para a próxima terça feira cá estaremos de novo e sou eu a pagar". Foi assim por alguns tempos pagamos alternadamente, fomos juntando amigos meus e do Soba e hoje já é um grupo maior.
Tem havido alguns acidentes de percurso , como o homem que mordeu o cão, a iminência de bassulas enfim e assim nasceu a kizomba .
Desejo que seja um blog com muita informação, com muita foto interessante para recordar, sobretudo um ponto de encontro e contacto para alguns cotas que desejam conhecer paradeiros de Kambas ou família, como já existe , será mais um mas nunca é de mais.
um grande abraço muito êxito para a criança.
O Conde do Grafanil
(José Viegas)
Terça-feira, 20 de Maio de 2008
O REINO DE MACONGE
O REINO DE MACONGE
Sonho, lenda e fantasia
Em terras Ultramarinas da Europa no dia 22 de Março do ano de dois mil e três tornei-me súbdito do reino de Maconge.
Em ceia realizada em Zoomarine, Albufeira, por decisão magna, onze novos Plebeus passaram a pertencer àquele reino. Estava ali reunida a nobreza e clero da real república de Maconge.
Sua Majestade o Segundo Vice Rei de Maconge e Grão Duque do Huambo, D. Olavo I, abriu as cerimónias descrevendo as emoções que viveu em recente visita a Angola e que, culminou com a inauguração do edifício dos reais paços do Lubango. O Soba do Algarve, D. José António Freire de cognome o Cabeças expôs com lata, lábia e linha, assuntos de transcendência, remetendo responso às figuras do Rei D. Caio e Vice Rei D. Mário.
Após o grito de Ginga Malaia seguido ao toque do chocalho, uma grande ovação com salva de palmas que pôs toda a gente de pé.
Do berço do reino em Lubango foi lida uma mensagem de D. Sérgio Teixeira da Silva, Conde da Leba; nessa mensagem falava do fraterno encontro com gente Ultramarina e dizia estar de braços abertos a todo aquele que ali ultimasse destino a reviver o passado e constatar o presente. Terminava em abraço e um ”metam-se a caminho” de incitamento.
Seguiu–se o Hino cantado em coro:
Viva a malta do liceu
Viva a malta sempre fixe,
Quem não pensa como eu (bis)
Que se mate ou que se lixe, lixe, lixe (bis)
A malta ganhou a taça
Sem ter nada que fazer
Quem quiser ganhar à malta (bis)
Tem um osso p`ra roer, roer, roer; (bis)
Ei avante companheiros
À estroinice com afã
Que os pequenos desordeiros (bis)
São os homens de amanhã, manhã, manhã (bis)
Todos nós somos lixados
Para a alegre reinação
Quem nos quer ver contentados (bis)
Não nos fale na lição, lição, lição (bis)
Viva a malta do liceu
Viva a malta sempre fixe
Quem não pensa como eu (bis)
Que se mate ou que se lixe, lixe, lixe (bis)
Sua Eminência o Cardeal D. Adrega I antes do repasto deu a benção do vinho:
1 . Vinde divino Baco, enchei a pança dos vossos fiéis e alegrai-vos com o fogo do vosso bom vinho. Enviai o vosso tinto e todos serão felizes.
2 . Tu, Baco que nasceste puríssima cana, desce à terra para purificar este teu suco que, em breve, a todos alegrará, transmitindo-lhes todas as tuas vontades e todos os teus desejos.
3 . Uvé vinha, cheia de sumo, o álcool é convosco, bendita pois entre todas as frutas, bendito é o suco do vosso ventre, ó bom vinho.
4 . Santa uvinha, mãe do álcool, rogai por nós bebedores, agora e na hora da nossa rosca. À MÃE.
5 . Por Baco Dominus e Vinho Tinto. Pai, Filho e Sobrinho Santo.
6 . Que Baco esteja convosco;
Dominus Vobiscum.
7 . Ut Bencion quod oculis Magestatis indignus;
Obuli tibi cit aceptabilis
Ouviu-se na sala um toque forte e grave de chocalho e sineta de tom agudo!
A cerimónia de cidadão Plebeu terminou com o SIM dos onze baptizados, tendo cada um destes engolido uma taça de bom vinho na sequência do exemplo dado por sua Eminência o Cardeal D. Adrega I, logo após o cântico do Viró, Vira.
Esta posse de Plebeus só foi possível após conceituado Veterinário presente, ter verificado dentadura e cascos de cada um.
A cada um de nós coube dois centímetros quadrados das vestes Reais de Sua Magestade, D. Olavo I, como selo vincular; seguu-se o bater de mão direita na dita cuja do Soberano, Vice Rei.
Não resisto a transcrever aqui parte do Decreto real de Sua Excelência O Vice Rei e Grão Duque do Lubango, D. Mário Saraiva de Oliveira I, numa anterior ceia Macongiada ; e, é assim:
- Que estremeçam de emoção incontida os mutiatis das anharas; que vibrem, os chingufos, nas sanzalas e sobados, comunicando a boa nova que vos trago! Que cantem em melódicas sonatas os quissanges dos muílas! Que os Muhumbes venham, à arvore grande do Viriambundo, festejar com puítas e batuques. E que os Mungambos se reúnam nesta proclamação de A FESTA-GRANDE que o Vice Rei anuncia no exílio, para valer em todo o território da TERRA-MÃE... E aqui no Ultramar, também!...
1º- Que o Soba de Aveiro , o Chibia V, seja integrado na minha corte como DUQUE DE CHAUNGO, com direito a usar armas, as ditas cujas serão: - Um boi castanho de cabeça levantada implantado numa mulola verde, ostentando no corno direito um garrafão e no esquerdo um porrinho, sob olhar displicente... A fazer escudo rodeado a cena com bordadura a ouro... e, um potente boticão.
2º - Que este Decreto seja selado, festejado e aclamado com o mais vibrante VIRÓ, VIRA....
Costa Monteiro ( SOBA)
Segunda-feira, 19 de Maio de 2008
RECORDAÇÕES
O que nos motivou e, as regras de fraternidade que engendramos começaram por aqui!
E, como é bom brincar
A minha terra tem palmeiras
aonde canta o siripipi
as aves que aqui gorgeiam
não são como as d´ali
Cópia dum poema "adaptado" por mim para Angola, O autor é brasileiro e fala no sabiá.
é o canto do exilado; é o que todos somos, pouco ou muito.
Mungueno
KIZOMBA DAS TERÇAS - OS 11 MAGNIFICOS
KIZOMBA DAS TERÇAS
Os Onze magníficos
Como um chefe a valer, Ximba, libertando chispanços de conjugar fome encardida, chegou antes da hora.. Todas as terças, saía do fundo do Poço Partido a cantarolar “o torresmo transmontano”.
Enquanto espera, sacia-se numa leitura de entreter, dos tempos de Salazar; ele não lê, come toda a literatura Salazarenta,... coisas periclitantes dos antepassados tempos em que a simples compra de um lápis requeria três propostas do mercado e, as peixeiras apregoavam de porta em porta “é carapau fresquinho”.
Já sentado na companhia do Conde do Grafanil, t´chikukuvanda e Kasukuta, relembra:
- Uma Kizomba de amigos, tem de ter uma boa pinga! dizia repetintativamente.
M´bika, o empregado de ponto em Verde, trouxe a todos, lambretas loiras e pretas por forma a se refrescarem com acompanhamento dos tais torresmos e uns pasteis da casa.
Atarantado com um sem numero de coisas, papelada vária, o Conde do Grafanil, lamentava-se do tempo ser demasiado escasso para, sózinho, tratar de tanto desencanto; as muitas instâncias de ministérios e secretarias já lhe desviaram a vesícula para um lado incerto.
Uma e pouco mais da tarde já eram e, já os amarelos, comiam na mesa dos fundos por debaixo da televisão; no centro, amontoavam-se as espinhas. Aquele mukifo estava-lhes adstrito por amizade de muito mais tempo.
Na vontade de destemperar coisas atrapalhadas da vida e justiça, Senhor Conde derivou em conversa de matubas com o Kasukuta que entretanto despertou conversa de atrair moscas, cobras e lagartos.
Vinha olheirento como uma coruja que escondia olhos ao Sol!
Kasukuta vinha do rio, o barco dele transbordava de swinguistas em todo o seu calado, bombordo e estibordo. Da boca da barra, nos entrefolhos da noite, empurrou o tempo no escuro e quando deu por si, já era dia e ele, azar mesmo,... não tinha mais bicho para disputar milho com ele.
As m´boas swinguistas, bazaram e, aqui estava ele, de garganta sequiosa, engolindo uma patineta a dar jus ao seu guzo que saia pelas escotilhas.
Com ele, só barco ou patineta! Era necessário muito, por demais, desequilíbrio
Reunido o quórum da Kizomba com a chegada do Jamba, Visconde do Mussulo e T´chingange, deslocaram-se para a respectiva mesa reservada, mesmo ao lado dos amarelos, coleccionadores de nódoas, na especialidade de sardinha.
Eu, o relator, pedi carapau alimado, Fuca-fuca foi pelo bitoque com ovo a cavalo e t´chikukuvanda optou pelo mocotó bem à maneira da Catumbela.
Fuca-fuca, periquitava justiça com Jamba; no trato das palavras ab-rogavam-nos da conversa sem optimizar o perfeito Juízo, derrogando-nos a um entretanto passado com um tal acórdão do Supremo.
Sungadibengo, perito a fazer calulo, fazia tempo que não dava noticias, porventura estaria naquele instante na rega dos seus jardins; a jimboa decerto abafavam as roseiras e, de grandes e viçosas estavam nas condições ideais para fazer o calulu com saka-saka.
Kamalundu e Ximba, já distribuíam barulho, discutindo as arbitrariedades do “Protal” e as brancuras sarapintando irregularidades; Discordavam um do outro na cor dos semáforos, da falta de apito para os invisuais, da rampa para os deficientes e a forma de estacionamento anárquica na Praia do Barranquinho.
Ambos estavam de acordo na falta de legislação acertada no negócio dos carros “mata velhos”; ambos concordavam com cadeiras de rodas movidas a energia solar e, no mínimo com umas três mudanças e marcha atrás.
E, eis que chega N´dalatando vociferando ternuras a um rufia qualquer que teima em não lhe pagar; naquela manhã pôs gravata para se melhor impor à exigência mas, o fulano roeu a corda mais uma vez. Aquele artista de dentes ralos, não era boa peça e, ele deveria ter seguido a sua intuição.
- Hoó homem, deixa isso para lá; vamos à sardinha que está quente, disse alguém para desentorpecer a conversa. Esse tal tipo tinha peçonha e se calhar só o homem do fraque é que podia resolver o assunto e, por aqui se ficou!
Welwitschia Mirábilis, vinha e ia numa azáfama nada condizente com o deserto, dando mais uma dúzia de quentes e empoladas sardinhas. Kazukuta metia-se com a senhora dama a propósito duma curita que lhe tapava parte do queixo; a protuberância, fora do sítio, tinha sido extirpada. A Kizomba à volta disto congeminou eventualidades cheias de suposições.
Na hora do medronho, o saldo das nódoas tinha ultrapassado na soma, as dos amarelos da mesa ao lado. Só Jamba contava quatro, na saliência do seu “pólo”.
Eu, T´chingange, ao sabor de uma chávena de café com cheirinho especial, falei daquela grande roça de onde saiu, da vontade de rever a Boa lembrança da CADA, a verdura dos cafezais, das libatas com catinga e cazumbis do outro lado do rio N´nhia!
Na hora do medronho, o Visconde do Mussulo relembrou:
- Isto para terminar bem, merecia um marufo das minhas cassoneiras! A ultimo promessa ficou no ar, simplesmente! Num outro dia será,... Talvez na futura rotunda do Muquitixe!
Glossário: Ximba -Sipaio, Zelador; Kasukuta -malabarista do sambizanga (bairro de Luanda); lambreta / patineta -copo de cerveja (pequeno e grande); Matubas -testículos; guzo -força, valentia; Jamba -elefante; T´chingange -feiticeiro, cobrador de impostos, auxiliar do Soba; Fuca-fuca –formiga leão; T´chikukuvanda – lagarto de cores vistosas; Kizomba –Festa, reunião de amigos; M´bica –escravo; Mukifo –lugar recolhido, lugar preferido; Swinguista – dançarina de swing; m´boas –mulher esbelta, prazenteira; Bazar –ir embora; mocotó –perna de porco ou vaca, gelatina; Periquitar –vem de periquito; Calulu –especiaria de peixe (Angola); Saka-saka – esparregado de folha de mandioca com 7 fervuras; N´dalatando –Antiga cidade de Salazar; Cobrador de fraque –jagunço (Brasil); Cassoneira –palmeira de onde se retira seiva para fazer marufo; Marufo –vinho de palmeira(doce ou fermentado); Welwitschia Mirábilis –planta do deserto Namib; Muquitixe –Cruzamento de estradas dando para Dondo, Huambo e Gabela.
Os Xicoronhos (Brancos de 2ª)................................
Monteiro –--- T´chingange....(feiticeiro, secretário do soba)
Viegas –----- Conde do Grafanil
Pimentel –--- Visconde do Mussulo
Afonso –----- N´dalatando
Rodrigues --- T´chikukuvanda...(lagarto)
Jorge –------ Kasukuta...(malabarista do Maculussu)
Carmo Silva – Sungadibengo...(mulato)
Os Albinos (assimilados).....................................
Mário –------ Kamalundu...(nome de gente importante)
HERM.-------- XIMBA
Luis Filipe — fuca-fuca ... (formiga leão)
Paulo Serra – Jamba...(elefante)
Os Escravos (N´bikas)........................................
Cristina ------------------- Welwitschia Mirábilis
Zeca –---------------------- Dilengo...(coelho)
Mulher do Zeca ...( Elsa)--- N´gana... (senhora)
Filha do Zeca -------------- Eufrosina
António –------------------- M´bika... (escravo)
Sexta-feira, 16 de Maio de 2008
PEDIDO DE ADMISSÃO À KIZOMBA DE LAGOA
CARO SOBA.
Chegou-me às mãos esta mensagem do nosso compatriota Walter Rocha e resolvi publicá-la no nosso blog.
VISCONDE DO MUSSULO
Passo a publicar….
“CARO AMIGO SOBA
Espero que não me leve a mal trata-lo assim,mas estou numa de escrita se bem me lembrando do (VIKENJO) deve ser da sua geração esta expressão do lugar onde estivemos,mas passando a frente estive a falar com um (CAMBA)amigo que agora esta ca mas também esta la e diz que aquilo e so (ESQUEMAS) para tudo e nada mas (TASSE BEM) a vida por aqui não vai mal,mas acho que piorou mais que la.
Basta de Sofrimento e falemos de coisas alegres o MARQUES DO KACUACO esta de partida para a zona do hemisfério mais precisamente para a TERRA PROMETIDA LUANDA do antigamente.
Quanto aos KIMZOMBEIROS,a(REBITA), mais conhecida pela (kitanda)continua,nada os demove sempre na recordação dos que estão longe,e sempre na faladura das passagens mais (KIQUES),na mesa da merenda.
Para que possa ouvir as respectivas das traduções da população,KIZOMBEIRA,e,achegos dos intervenientes,não esquecendo o toque no copo do FINO para mais uma rodada,se calhar ate esta a ficar com CHIPURULO,mas quando regressar terá as maiores HONRAS dadas ao SOBA.
Só para matar saudades dos AFROTUGAS ,outros, não, mas somos um KIMBO UNIDO
HOJE ASSINO COM O NOME PROPRIO PORQUE TENHO PROMESSA DO VISCONDE DO MUSSULO A PROXIMA JÁ ASSINO COM O TITULO.
WALTER ROCHA
SADAÇOES AU`E “
ESTE TEXTO TEVE O RECONHECIMENTO DO CONDE DO MUSSULO
Segunda-feira, 12 de Maio de 2008
KIMBO LAGOA
13 DE MAIO - UM BOM DIA PARA NASCER
DICROMA - 3
Um grupo de amigos resolveu não querer esquecer que o amor é coisa a ser trabalhada.
Resolveu no Puto renovar a saudade, essa linda palavra exclusiva do edioma Português.
Resolveu fraternizar com nobreza e ficaram ricos homens, titulados numa estirpe em extinção.
Resolveram levar a vida a brincar porque está muito dificil viver.
Resolveram perpectuar os ideais para um ciclo Maia com 395 anos, um ciclo de civilização no calendário Lunar chamado Bactum.
Por isso, a pedido do soba T´chingange criaram este meio de comunicar com o globo, os amigos de todas as ideologias.
Levantaram as velas da amizada, atravessar desertos, mugimbos da sanzala ou dum longinquo Kimbo.
Porque vamos viver 395 anos, o tempo vai sobrar para perpéctuar este "akto"
Sem crenças bobas, senhores d´uma só raça, vão fazer história nobre, porque nobres são.
Os Mwene-N´golas vâo apaziguar-se com os Albinos do Puto, os Umbundus, os Zumbis do N´dongo, os Kimbundos da N´gola.
Vão conviver com os Xicoronhos, badalar o sino da concórdia com os Kicongos, os Lundas, os Ambós, os Himbas em extinção, os Ereros, os N´fumos de todas as crenças,.
Vão desbravar as terras Fiotes do N´congo, os M´bundas os Ocikwanyamas (Cuanhamas), os Chokwe ,Kam´ssaqueles ou Bosquimanos.
Vamos cantar África em mãos dadas com o Brasil, a Guiné, São Tomé, Cabo Verde, Moçambique, Angola e tanta diáspora pelo Mundo.
Vamos juntar os N´dalatandos com os Cabindas, os Minhotos , Algarvios, Camundongos, gente da Chibia e do Oxicango, Oxacáti, do Recife, Maceió, gente do agreste e do Sertão.
Vamos dar cinco estrelas aos compas da Kizomba, Kimbo de Lagoa: - o M´bica que subiu a cipaio Afonso N´dalatando "o cérebro libertador"; ao Embaixador e Visconde e do Mussulú Guy Pimentel; ao Conde do Grafanil, grande Rotário do Reino e ao T´chikukuvanda Katumbela, futuro Embaixador do Kacuacú, o Boniboni dos jacarés António Rodrigues.
Vamos dar quatro estrelas ao Marquês Swinguista da grande Luu.anda e da sua Mutamba, Joly Xannel, Jorge do Makulussú; ao Vaqueiro Ranger, guardador das bissapas nas anharas do Moxico, Helder Komando; ao importante Kamalundu, Mário Lagoense M´bica , o agarra matubas dos outros; ao Duque da Figueira, Rochato, construtor das palhotas do Kimbo; ao Jamba nossos ilustres Quimbandas das leis do reino Grande Paulo Serra e Pirika Luís Filipe futuro rei Rotário, ao Sunga-m´zungo Rui do Carmo e Silva, aparador das sebes do reino e grande cozinheiro de mezungué com cacussú da Lagoa.
Iremos brincar a vida com muitos visitantes cheios de Mukandas e Malambas.
Os reis dos antigos reinos, ManiKongo, N´zingas ou Jimbas, N´dogo, N´gola, Kanguela, os M´butis pigmeus, os Watutsi do Ruanda, os Bérberes, Os Fan das florestas, os Khwisan da África meridional o rei Ecukui III dos Umbundos, o rei Mangumbe dos Kwanhamas, que nos perdoem esta intrumissão.
Não vamos fazer a guerra do Kwata-Kwata; vamos simplesmente lembrar ! A masmorra Gorée dos escravos passou! mas, que há outros tipos de escravidão, lá isso há. Iremos falar disso com a ajuda dos visitantes.
Este "dicroma nº 3" elaborado pelo Soba T´chingange do Reino do Sonho e Fantasia, dá neste ano da graça de 2008, a 13 de Maio, o Alvará de exercicio ao Kimbo de Lagoa galardoado com o "Badalo Dourado" pelo reino Xicoronho.
Este será um longo Portal
Gozem-no viajando conosco.
SOBA
Costa Monteiro