Terça-feira, 28 de Setembro de 2010
N´GUZU . III

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

“Aonde está a ética”

 



AS ORELHAS DE JAMBA

Nos dias que correm a confusão do certo e errado perturbam a mente do cidadão comum. A ética está senil e quase defunta. É forçoso reanimá-la para voltar à vida de todos nós e no quotidiano do polícia, do ladrão, do canalizador, do político de topo, ou um qualquer calceteiro.

Nos dias que correm os mais assinaláveis princípios éticos sucumbem perante a necessidade de se verem realizados os interesses pessoais sem se ter em conta os anceios dos demais. É uma verdadeira guerra surda cujos preceitos, costumes e valores são vilmente atropelados.

Aonde está a ética nos dias de hoje?

Os padrões de comportamento de gente julgada íntegra já não são tomadas como padrão; os espelhos da guerra surda modelam-nos os hábitos maus e torna-se corriqueiro ajudar quem necessita; a voluntariedade dilui-se em falta de respeito e não se dá um lugar a um mais velho no autocarro, ou a uma senhora gráviada. Tudo isto que deveria ser normal é tornado obrigatório e é demasiado frequente o desrespeito.

OS GLADÍOLOS DA LAPA

Estamos num fim de ciclo de sociedade. O pudico e o escrupuloso quase não existem, as fronteiras do tabu são cada vez mais ténuas na sociedade actual.

A globalização aliada ao desenvolvimento da ciência, o uso uterino do verbo e da placenta, paulatinamente transforman-nos em monstros. Abertas agora as portas e comportas do comércio externo internacional, transfigura-se em uma cada vez maior  aculturação, o valor ético.

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração. Neste rectângulo da Ibéria chamado de Portugal, isto sucede todos os dias.

(…Continua)

O Soba T`Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 20:14
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Segunda-feira, 27 de Setembro de 2010
GLOBÁLIA . IX

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

FORDILÂNDIA . II

Chico MendesChico Mendes 

 O seringueiro defensor da preservação da Amazónia, morto em Xapuri, Acre a 22 de Dezembro de 1988.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rodeado de altos castanheiros do Pará e frondosos pés de ipé-roxo, em Alter do Chão, na margem direita do grande rio, comprei uma disquete falando do “amigo Chico”;… cantei com ele. Embrulhado numa áurea desintoxicada de predadores,... Cantei.

Potências estrangeiras, desde que o Brasil é Brasil, têm demonstrado interesse pela Amazónia Brasileira. Henry Ford, após a criação de um aranhiço andante de rodas de madeira a que se chamou de carro, teve necessidade de substituir aquelas rodas por borracha e, foi antes da primeira guerra mundial de 1914, que iniciou um projecto megalómano no estado Pará, a fim de ter uma grande área só sua; estava em causa a produção própria de borracha, para os seus carros.

Crime ambiental - Roubo de ovos de tartaruga 05 Um roubo - A apanha de ovos de tartaruga no Solimões

Em 1803, os EUA executaram o maior golpe diplomático do século XIX com a compra de Luisiana pela ninharia de 11 milhões e 250 mil dólares, adquirindo à França um território maior do que todo o território que então possuía,… Arcansas, Iowa, Nebraska, Dakota do Norte e do Sul, grande parte do Minnesota, Kansas, Wyoming, Oklahoma, Montana e considerável parte do Colorado.

O Alaska foi comprado à Rússia seguindo a mesma trajectória.

Os Estados Unidos que compram a Luisiana aos Franceses e o Alaska à Rússia, tentam cem anos mais tarde, através de mediadores bolivianos comprarem o Acre ao Brasil.

 

Crime ambiental - Roubo de ovos de tartaruga 06Um roubo - O transporte dos ovos

As diligências encetadas nessa altura por Henry Ford resultaram na construção de uma cidade de nome “Fordilândia” com uma extensão de mata anexa destinada ao plantio da seringueira com o sequente reaproveitamento; Esta infraestrutura citadina foi abandonada e, aquele lugar inóspito, agora, só serve para mostrar ao turista mais exótico o que são os avanços e recuos no mundo do negócio.

Georg Bush filho, que foi no decorrer do mês de Março de 2007 ao Brasil falar com Lula da Silva acerca do incremento do álcool da cana sacarina, a bio energia de sequente bio diesel a partir da soja, mamona (rícino) e outros cereais, dá uma configuração diferente no trato a comparar com o seu pai. Será?

Bush pai, em tempos, pressionou directamente o governo do Japão impedindo-o na concessão ao Brasil de um financiamento para conclusão da pavimentação da rodovia BR-364, que liga o Acre aos portos do Peru; estancou então o progresso impedindo o acesso rodoviário ao porto mais próximo.

 Fordilândia

(Continua…)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 22:32
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Domingo, 26 de Setembro de 2010
CATÁSTROFES - VI

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

“IRAQUE “

A invasão

Os residentes em Bagdad foram sugeitos a privações sensoriais a uma escala massiva logo no início da guerra. Num só dia foram lançados 380 misseis e, entre 20 de Março e 2 de Maio de 2003 o exército americano lançou 30 mil bombas e 20 mil misseis de cruzeirio teleguiados de precisão (67% do total de stok). As centrais telefónicas, televisão e rádio foram os primeiros alvos (as orelhas). Cinco milhões de pessoas ficaram mergulhadas numa noite prolongada  em que só os faróis dos carros davam alguma luz ao passar (os olhos). A seguir foi o saque às instalações, profanando  a história do início da nossa civilização; num processo de desconstrução, as pilhagens sem freio despejaram tesouros de antiguidades, ouro, património da humanidade sem preço (despiram um povo): -” As centenas de saqueadores partiram cerâmicas antigas, limparam mostruários e meteram no bolso ouro e antiguidades do Museu Nacional do Iraque; os registos da primeira sociedade humana”.

Foi uma perfeita lobotomia seguindo as técnicas mais avançadas na tortura de um povo, uma civilização.

A destruição

As forças invasoras americanas não tomaram nenhuma medida por forma a estancar o saque; os camiões passavam pelas barreiras de tanques americanos carregados de furto e nenhuma medida foi tomada para os deter; antes pelo contrário, ouve casos de ajuda por parte dos beligerantes que guardaram para si alguns troféus de guerra como recordação.

Arqueólogos eminentes de todo o mundo advertiram de que era necessário usar estratégias por forma a proteger os museus e as bibliotecas antes de qualquer ataque mas, os avisos caíram em saco roto nos ouvidos de Rumsfelde e Bush, os directos responsáveis pelas tropas em acção.

Os culpados

Os economistas,  conselheiros laureados, usaram também aqui a “terapia do choque” que tinha por fim reduzir radicalmente o Estado e privatizar os seus activos a preço de uva mijona; os saqueadores estavam apenas a dar-lhes uma ajuda. Uma premeditação estudada ao pormenor.

Comparativamente temos na Europa um  Portugal que descaradamente tem estado a saque da classe política, chupando o sangue ao povo  até ao último fio de suspiro como uma vaca a ser sangrada num dos povos do centro de África. Isto é uma catásfrofe premeditada que acaba por retirar-nos os sentidos sensoriais. Tiram-nos o sange, picam-nos a carne e mirram-nos os ossos. Isto é tudo menos socialismo ou social democracia.

Os coniventes

Consentidamente as instituições e as figuras de proa crediveis, permitem que tudo isto suceda sem fazerem alarde acomodando-se com benesses, coisas de compadrio e corruptela. Tal como os americanos no Iraque, os senhores do mando de Portugal deixam que os saque lhe passem ao lado como se nada fosse. 

O mundo não pode ficar eternamente indiferente a esta prática, esta cegueira de desumanizar povos “neocolonizando” de form bárbara e baixa recorrendo à “guerra contra o terror”; quanta falácia!

 

Bibliografia de referência: A DOUTRINA DO CHOQUE de Naomi Klein  da Globália

(Continua)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 06:31
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Sexta-feira, 24 de Setembro de 2010
MULEMBA . VII

AS ESCOLHAS DA CONDESSA DO QUIPEIO - (TR)

A MULEMBA DA MALDIÇÃO  DE SEBASTIÃO COELHO – 7ª PARTE

“...quando a mulemba secar, o Huambo vai desaparecer,destruido pelos seus próprios filhos. E as riquezas do solo não serão para ninguém..."

   SEBASTIÃO COELHO   MULEMBEIRA

Saiu gritando que ninguém baixasse ao lugar e foi, directo, à farmácia do Martins, seu velho amigo e confidente. Em segredo mostrou-lhe a colheita. Martins, profissional atento, verteu alguns liquidos em vários recipientes e jogou lá dentro as pedras do Albano. E a reacção foi positiva. – “São diamantes !”, prognosticou.- “Diamantes de primeira água !”.

Eufórico, Dos Santos não cabia em si, de contente. Nesse dia a mina permaneceu fechada, com guarda à vista. A notícia correu célere pela cidade. À noite houve festa de arromba, paga pelo novo rico. No final do ágape, condoído com tanta ingenuidade e generosidade, alguém lhe contou a verdade. Os diamantes eram vidros que os amigos, combinados com o farmaceutico, tinham espalhado no lugar, para o gozarem. Albano envelheceu de repente. No dia seguinte a mina continuou fechada e assim aconteceu por vários dias mais.

Dos Santos mandou a mulher embora, fechou-se em casa e não respondeu aos amigos que o visitaram. Em pouco tempo estava completamente louco. Subia à mulemba, sentava-se nos ramos mais altos e ficava a olhar a mina. Deixou de comer e, uma noite enforcou-se.

Na carta, delirante e profética, que escreveu e que teria sido encontrada junto ao tronco da árvore, pedia para ser enterrado ali, ao lado da mulemba, pois, se assim não acontecesse, a sua alma, inquieta, voltaria para vingar-se: “... e quero o meu corpo a alimentar as raizes da árvore que eu plantei, quero que os meus sumos penetrem nesta terra e se juntem, lá embaixo, com as riquezas que não encontrei, mas que existem. Com elas sonhei transformar este país rico e de gente pobre, num rico país para toda a gente. Sonhei ver o meu filho mulato Pedro Evango, feito soba do Huambo, sentado à sombra deste pau 21 sagrado, criar uma nação próspera e feliz, mistura de várias raças. Fui atraiçoado pela pior traição, a traição dos amigos e da confiança. Se me atraiçoarem de novo, saibam que esta mulemba vai secar e quando a mulemba secar, o Huambo vai desaparecer, destruido pelos seus próprios filhos. E as riquezas do solo não serão para ninguém... tudo será ruina e desolação !”

 

 O DEPOIS DA GUERRA

Há vinte e cinco anos que não consigo viajar ao Huambo para verificar o que aconteceu com a mulemba da maldição, à sombra da qual me sentei muitas vezes, a contemplar a paisagem que ninguem quiz resguardar. Temo ser o último sobrevivente desta estoria onde mito e realidade se confundem e estar, também, abrangido pela maldição. Um filho da terra ordenou o holocausto. A cidade está destruida.

Não sei, não vi, não creio em bruxas, “pero, que las hay, las hay”.

21- Pau – Árvore. Pau é a forma comum dos camponeses nativos designarem uma árvore em português.

 

(…Final)

Nota: Contributo para a história do Huambo- Angola por SEBASTIÃO COELHO

Conto escrito em Buenos Aires – Abr.2000 – aonde faleceu em Novembro de 2002, saudoso do seu Huambo.

Subscrito por

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 07:55
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Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010
LULA, E AGORA SEGUE-SE A DILMA

AS ESCOLHAS DE JAMBA

           DONATÁRIO DO ESPÍRITO SANTO

"Lula perdeu oportunidade histórica para resolver problemas de segurança"

 RECORDANDO 

Lula da Silva "perdeu uma oportunidade histórica para resolver os problemas de segurança do país", disse em entrevista à Lusa o secretário Nacional de Segurança Pública em 2003 e co-autor do livro que inspirou o filme "Tropa de Elite". Para Luiz Eduardo Soares, "é uma deceção muito grande que Lula da Silva tenha perdido a oportunidade de se desfazer da herança da ditadura militar (1965-1985) e passar o Brasil a limpo na área da segurança pública, pondo fim à tortura". "O Brasil herdou da ditadura problemas da maior gravidade no plano das estruturas organizacionais. Era imperioso que se estendesse o processo de transição democrática às polícias e às instituições afins", explicou. Luiz Eduardo Soares foi um dos coordenadores do plano que integrou o programa de Governo de Lula da Silva e que o Presidente decidiu depois não levar avante. "Tratava-se de uma reforma profunda das instituições através de mudanças na Constituição. O compromisso era eliminar a tortura, as execuções extra-judiciais, a brutalidade policial, o desrespeito aos direitos humanos, valorizar o trabalhador policial como cidadão, como profissional", acrescentou. Em agosto de 2003, diz, todos os Governadores dos 27 Estados do país tinham assinado o termo de compromisso com as mudanças, o chamado "Pacto pela Paz". E então o Presidente recuou: "Lula decidiu não avançar com esta mudança porque os seus conselheiros avaliaram que ele se tornaria o grande protagonista da segurança pública no Brasil", considera. "O Presidente não quis assumir o início de um longo processo, cujos resultados seriam colhidos ao longo de anos, já com os seus sucessores, e cujos custos seriam pagos por ele; os custos de resistência, de necessidade de ajustes, normais num processo de mudança", acrescentou. O também antropólogo lembra ainda que "hoje a situação é muito confortável", sendo que a Presidência não tem responsabilidades diretas sobre a questão da segurança e isso, diz, "permite-lhe lavar as mãos, deixar a bomba no colo dos governadores e, quando a situação se torna explosiva - dramática - aparecer de uma maneira muito simpática, muito solidária, a prestar ajuda". Os presidentes anteriores "avaliaram que esta situação, apesar de muito mais nociva para o país, é muito mais confortável politicamente. E Lula acabou por fazer o mesmo", terminou. O filme "Tropa de Elite", adaptado do livro homónimo, descreve o quotidiano violento e corrupto no Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro e Luiz Eduardo Soares está a preparar "Tropa de Elite 2", expondo a situação de grupos de elementos da segurança que ocupam o lugar dos traficantes de droga nas favelas, assumindo um poder territorial e ilegal, com a conivência do poder político. No dia 3 de agosto os brasileiros são chamados às urnas para escolher o sucessor de Lula da Silva, bem como os futuros representantes do parlamento e cargos estaduais. 

Donatário do Espírito Santo - Juíz  da  Festa do Kimbo . Brasil

JAMBA



PUBLICADO POR kimbolagoa às 11:54
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Terça-feira, 21 de Setembro de 2010
CATÁSTROFES - V

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

“DOAÇÕES  DA GLOBÁLIA “

 

Go to fullsize image TRAGÉDIAS

Até tempos recentes os desastres eram periodos em que as comunidades se solidarizavam com os desfavorecidos da sorte ajudando voluntáriamente sem nada exigir em troca; nesses momentos a sociedade atomizada, era solicita a apoiar quem cruelmente era atingido por uma avalanche, cheia , incêndio florestal ou furacão entre outros tantos cataclismos.

Hoje, os desastres são cada vez mais o oposto disso. Eles, os desastres proporcionam um futuro ainda mais nefasto por via da usura do empresariado da tragédia que implacávelmente de forma  benemérita compram  sobrevivência.

Como um espólio de guerra os governos em nome da reconstrução lavam situações de companhias privadas com quem se emparceiram dando-lhes perdões fiscais em anuncios de programação com investimento na ajuda que é escassa  ou, nunca chega ao verdadeiro necessitado.

A justificar o empenho cortam regalias adquiridas a funcionários, reformados, estudantes, fecham escolas, reduzem salários metaforseando doações em subsidio dependência a empreiteiros, sempre esventrando o cidadão pobre, o trabalhador inchado de impostos.

JOHANESBURGO

 SUBURBIOS  CENTRO

O cidadão, sugeito a inúmeras violências fica empobrecido aonde quer que o “capitalismo de desastre“ chegue; quando assim acontece, só os empreiteiros da desgraça, promíscuos com os poderosos crescem. O dinheiro fácil dessas benesses termina num desenvergonhado partidarismo e sequente afrouxamento de regulamentos estabelecidos.

Cada vez mais a sociedade fica dividida entre os protegidos e os condenados, os incluídos e os excluídos.

Após um desastre, milhões de fundos públicos vão direitinho para consultores, poderosos construtores e lóbis “corvos da agonia”; serão aqueles que “ajudam” a limpar o bairro por regra excelente para a construção dum condomínio fechado.

Em Nova Orleães (USA) sucedeu tudo isso usando a tempestade do furacão Katrina como desculpa a que chamaram com desplante de “destruição criativa”.

IMBONDEIRO . UM CONDOMÍNIO DE CUCOS

 

É fácil imaginar um futuro aonde cada vez mais as cidades vêem as suas infra-estroturas, negligênciadas ou destruidas por um qualquer dsastre (natural ou provocado) que depois são abandonadas para apodrecer sem que os serviços exênciais sejam reparados alguma vez ou mesmo reabilitados. Um dia aparecerá um magnata da desgraça a oferecer três tostões por aquilo.

A realidade que observei no centro da cidade de Johanesburgo na África do Sul, completamente abandonada, com arame farpado em edificios de janelas tapadas com improvisadas chapas, é bem  um cartaz de negligência a condizer com um desastre. O que em anos atráz eram belos edifícios, é agora um amontuado urbano de bolor de visão mortifera.

Bolas! Isso vai sêr um negócio da china.

 

Bibliografia de referência: A DOUTRINA DO CHOQUE de Naomi Klein  da Globália

(Continua)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 15:51
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Domingo, 19 de Setembro de 2010
N´GUZU . II

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

“Circuito da aroeira”

Deus não é algo externo a nós, mas sim a nossa essência mais profunda. A verdadeira satisfação na vida consiste em nos conhecermos melhor, livres do tempo e da forma de estar nele ; libertarmo-nos de pensamentos compulsivos de nagatividade, acima de tudo.

Este domingo percorri o circuito de manutenção fisico e espiritual da aroeira; na espectativa de vêr o vapôr entrar na barra, subi as escarpas com neutrinos a bombardearem-me o corpo à velocidade invisivel da luz. Não cheguei a tempo de ver o vapôr mas, senti- me livre e satisfeito na vontade de chegar a qualquer coisa que a natureza nos dá. E, ví-me na via láctea, um bairro celestial com cem milhões de galáxias ultra luminosas; com a luminosidade que nos chega das das 240 luas. E, a natureza estava ali exposta para meu deleite.

A TORRE DE VIGIA DA LAPA

Na natureza vi a vida na insignificância aparente, brotar da rocha, apurando os meus sentidos. O relacionamento com a natureza não é aquele romântico sistema defeituoso que se  vicía entre sentimentos de agressão, hostilidade ou a afeição a que se chama amor. É um outro relacionamento. É um espaço de fluxo da mente, um amor que nasce além dela, a mente, sem os lampejos ilusórios que nos fazem sentir vivos.

LIRIO DE SETEMBRO

Sentir a natureza pulsar naturalmente, faz-nos sentir vivos sem manipulações, raiva, cinismo, controle, ressentimentos ou egocêntrismo.

A necessidade de ter sempre razão esvazia-se entre cardos e ruidos do mar, discutir, criticar, julgar, culpar, agredir, irritar ou vingar. E, os bandos de gralhas negras passam em rasteiros vôos a temorizar investidas.

FLÔR DE CARDO EM SETEMBRO

Ali, naquela existência dedicada a nós mesmos, valorizamos a necessidade de tantos outros precisarem de nós, que nos desejam e nos fazem sentir especiais.

Mas, em toda aquela imensidão continuamos pequenos!    

 

( Continua...)

O Soba T´Chingange 



PUBLICADO POR kimbolagoa às 23:18
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Sexta-feira, 17 de Setembro de 2010
INVERSÃO DE VALORES




INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO)

 

 

  

*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da

RTP1:

 

De mãe para mãe...

 

Cara Senhora,

vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a

transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de

Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.

Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das

dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de

outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.

Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este

facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma

situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de

Direitos Humanos, etc...

 

Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer

coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu

filho.

A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o

visitar.

Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho

(inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da

família.

 

Se você ainda não percebeu,* sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou

cruelmente* num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho,

trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.

 

No próximo domingo, enquanto você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu

estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa,

num cemitério dos arredores...

 

Ah! Já me ia esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de

tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de

novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se

encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.

No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas

"Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou

indicar-me quais "os meus direitos".

 

Para terminar, ainda como mãe, peço *por favor*:

 

Façam circular manifestos como este e todos num só conjunto faremos tudo

para acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola

Portugal e não só...

*

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!*

 

*Infelizmente o país que temos é este: está sempre do lado dos criminosos.*

 

JAMBA

 

 

 



PUBLICADO POR kimbolagoa às 22:50
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LIMITAÇÕES DA VIDA . VIII

 FÁBRICA DE LETRAS DI KIMBO

CHICO XAVIER

 

Pouco a pouco preparava o Grupo Espírita de Prece de Uberaba para uma despedida.

A mim, relactor desta longa crónica subsiste uma dúvida, algo que poderá ser realidade mas os porquês do além são para mim um “pé-de-chinelo” indecifráveis. Trata-se do apoio dado ao presidente Collor de Mello profetizando então o seguinte: - O Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república, o senhor a consolidará. Esta declaração tinha a assinatura de Francisco Cândido Xavier.

Foi, nesse então uma responsabilidade mas, não obstante o posterior afastamento do governo de Collor de Mello por “impeachement” (impedimento) por oito anos, o certo é que decorridos estes anos Collor volta ao governo como Senador tal como o previra Chico xavier num último encontro entre os dois antes de isto acontecer; garantiu a volta de seu “amigo Collor por cima”.

 

T´CHINGANGE COM IBIB EM SÃO PAULO . AVENIDA PAULISTA 

Os amigos de Chico às escondidas vão dando palpites sobre a última encarnação de Chico na terra. Entre os nomes mais mencionados, esteve o de José Anchieta, parceiro de Manuel da Nóbrega o Emmanuel. José Anchieta fundouo Colégio de S. Paulo nos Campos de Piratininga em 1554; aulas de ler, escrever e contar para o gentio com alma a sêr redimida tendo como receita o rigor que “com sangue” a letra entra como então ensinava a boa pedagogia.

Manuel da Nóbrega, em seu tempo, pedia ao rei de Portugal obreiros para a missão mesmo fracos de empenho e doentes do corpo: - Há falta de mulheres civilizadas e outras para se cazarem e não se amanssebarem com as despeduradas índias sem modelos de vida e, dando-se ao disfrute sem um amor pré-laborado.

Chico teria voltado ao planeta terra para pôr em prática as ideias preconizadas nos livros escritos por Allan Kardec.

O FIM DA VIAGEM ENTRE IMBONDEIROS . ÁFRICA

 

Chico Xavier nasceu a 2 de Abril, mesmo dia da morte de Kardek e este previu a própria volta para o fim do século XIX ou inicio do século XX. Chico nasceu em 1910 e morreu a 30 de Junho de 2002 com 92 anos atestando ser enterrado em Uberaba, pedindo a seus auxiliares que queimassem os originais de todas as menssagens públicadas, psicografadas do além. Temia que os “garranchos do além” fossem comercializados quando ele partisse.

A terminar esclareço que Allan Kardec era um filósofo, espírita que tratava a psicologia e metafisica transcendental como nenhum outro mestre.

È dificil praticar o bem sem chocar os interesses estabelecidos. O espíritismo destroi muitos abusos e, também  reanima muitas consciências doloridas, dando-lhes a certeza da prova e a consolação do futuro.

 

Já em África, terminei a viágem com Francisco Xavier . Ele mudou a forma de como eu via o mundo.

Eu e Ibib agradecemos o acolhimento dado por Eniale e Ridlav em Pirituba, Boa Viágem em S. Paulo, junto do morro Jaraguá; não podiamos ter melhores cicerones.

Em África agradecemos o acolhimento dos amigos Siripipí de Benguela, sua esposa Anita e filhos Samuel de Benoni e Sandro e ainda ao Saitam e Aizul do Balito - Johanesburgo e Durban. 

 

(Final)

O Soba T´Chingange

 



PUBLICADO POR kimbolagoa às 10:49
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Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010
CAZUMBI . VI

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

Orânia, a miragem de um país.

“Populacão: 700 habitantes.”

 BANDEIRA DE ORÂNIA

UMA NAÇÃO SEM PAÍS

Não muito longe da cidade de Kimberley no Northern Cape, em pleno deserto do Karoo na África do Sul às margens do rio Orange, fica situada a Vila-estado de Orânia. Esta pequena vila com 14 ruas e 700 habitantes mantêm o ideal da comunidade africâner (boêres), manter-se branca e autonoma.

A vila é considerada propriedade da empresa-estado tendo sido adquirida por cerca de 200 mil dólares ao organismo que tutela o assunto das águas, pois que, mais não era do que o acampamento dos trabalhadores de uma represa e canais de irrigação saidos do rio Orange.

Em Dezembro de 1990, umas 40 famílias africâneres lideradas por Carel Boshoff, compraram a abandonada vila poucos meses após o fim das leis do apartheid.

A vila propriedade da empresa é de todos aqueles que adquiriram titulos de parcelas da propriedade e, se tornaram accionistas: têem um presidente do executivo que actua como se fosse um presidente de câmara. O Dr. Manie Opperman exerce as funções de gerenciar a economia e todos os demais pelouros inerentes à sua funcionalidade; para o efeito têm o Ora, moeda com paridade com o Rand, uma bandeira e, o requesito para se ser cidadão de pleno direito é a de ser branco.

Com o sonho de ter uma comunidade livre e segura, Orânia tem autonomia para decidir quem pode e quem não pode viver lá, pois que a empresa-estado tem a liberdade de juridicamente aceitar ou recusar sócios. Como se fosse um governo de verdade decide com autonomia aquilo em que acreditam ser o melhor.  

 

 LOCALIZAÇÃO DE ORÂNIA

A Vila no seu início era um aglomerado de 240 casas em ruínas, sem água, luz ou esgotos. Um dos directores chamado de John Strydom orgulha-se desse feito colectivo adicionando ao facto o de não haverem cancelas ou muros altos com alta tensão a guardá-los. Eles têm orgulho em serem de Orânia e dão desconto de 5% a quem pagar o que quer que seja em Oras; neste sistema financeiro sobressai a identidade nacional dando autosuficiência econômica ao sistema cativando a moeda Rand que fomenta juros.  Gastando com a moeda local fortalece-se o sistema originando empregos. Têm três igrejas, duas escolas, 2 museus, uma estação de rádio e um posto de abastecimento de combustivel. A maior parte dos oranianos têm negocios próprios na Vila e não necessitam de lá sair para ganhar a vida.

São estes os descendentes das muitas levas de Holandêses, Huguenotes que a Companhia das Indias Orientais levou para a Cidade do Cabo quando do início da ocupação em meados do século XVII.

 

MOEDA DE ORÂNIA . O ORA

Em Orânia, tudo é escrito em africaans; dizem tratar-se de preservar os valores, a cultura, a lingua e a relegião. Trabalho é o lema dos africâners de Orânia.

A côr laranja, branco e azul são os legadas da antiga República Holandesa à bandeira de Orânia, tendo o desenho de um garoto levantando as mangas da camisa, como se fosse iniciar um trabalho.

O sonho dos Orânianos é a partir da Vila, iniciarem o agrupamento da etnia que está espalhada pelo mundo em um total de quatro milhões de africâners.

Esta nação sem país ainda é uma miragem

 

(continua…)

O Soba T´chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 12:14
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Domingo, 12 de Setembro de 2010
CATÁSTROFES - IV

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

“OS CAPITALISTAS  DE  DESASTRES “

 

Milton Friedman Milton Friedman

A mente é uma máquina de sobrevivência que quando privada do estado normal recorre à criatividade. Na brutalidade de um isolamento forçado a mente apercebe-se de tudo o que possa traduzir vida: - ouvir um sino de uma capela distante, o ladrar de um cachorro nas imediações, o barulho de um avião longínquo, crianças que brincam num parque ou as cigarras que zunbem com a quentura; os sons tornam-se num contentamento de vida.

O governo socialista português é a bem dizer um laboratório eficaz de criar técnicas de lavagem cerebral por forma a se protegerem no mando e desmando. Como uma clínica eficaz, encorajam activamente o “controlo da mente” financiando um “bicho papão chamado estado” que submete todo um povo eliminando-lhes as defesas. Negativamente estão a destruir sua capacidade de resistir; o manual perfeito de como desmantelar costumes e personalidade, coisa só vista no século XVIII com as normas de inquisição regredindo-os à condição de bestas.

A TERAPIOA DO CHOQUE

Estão a baralhar-nos através das persistentes estatisticas perturbadoras com dados planeados para alterar o sentido da ordem. Esgotam as fontes manipulando-nos no tempo; a ferfeita “ciência do medo”, a explosão de dívidas criando pobres como coisas descartáveis e uns muito deslumbrantes ricos.

O doloroso processo de recessão em Portugal aonde a classe política perde credibilidade, parece ser uma coisa de “terapia de choque” preconizada pela engenharia financeira de Milton Friedman, uma ideia brual que provoca pobreza em massa, um custo social excessivo que leva a classe média a consumir os seus proventos na compra de bens excênciais como o pão, alimentos e transporte.

A paisagem desoladora provocada pelos incêndios, o abandono da agricultura por falta de estímulos e regras europeias com cotas descabidas para Portugal nos ramos de pecuária e pesca, os pesados encargos sociais para as fontes criadoras de riqueza é a verdadeira catástrofe para relançar os empresários da desgraça, daqueles que afirmm “quanto pior,…melhor”.

 

Bibliografia de referência: A DOUTRINA DO CHOQUE de Naomi Klein  da Globália

(Continua)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 22:54
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SANTIAGO . III

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

“2010 - Ano Jacobeu”

 

 O PÓRTICO DA GLÓRIA . SANTIAGO

Um milagre pétreo que nasceu para receber e acolher os milhares de peregrinos, que através dos caminhos de Santiago visitam o sepulcro do Apóstolo, assim diz o folheto obtido na recepção do esplendoroso conjunto histórico e monumental  único em todo o mundo.

Guiado pela vontade, a partir da praça do Obradoiro, subi pela escadaria da Catedral  imponente que, com duas torres domina a praça que memoriza os artesãos (obreiros), que trabalharam a pedra na sua construção entre 1738 e 1751.

Já no interior, pouso a mão na coluna de criação românica, sobre a mesma marca  que milhões de mãos lavraram a pedra “O Pórtico da Glória “ seguindo o ritual dos peregrinos,  três toques de testa na figura do mestre Mateo, seu construtor; quem não quer, não o faz, guardando seus “sorrisos deslumbrados”.

O Pórtico da Glória  é composto por três arcos e no tímpano destes está a figura de Cristo, rodeado pelos quatro evangelistas, S. João, S. Lucas, S. Mateus e S. Marcos . Os vinte e quatro  anciões do Apocalipse com diversos instrumentos musicais coroam o tímpano.

Este Pórtico, só por si enche o espírito e emociona o coração.

Continuando em fila sinuosa, regados de raios de luz vindos dos claustros e capelas dos lados e alto, das muitas janelas de lindos vitrais, cruzamos o interior da Catedral  com o seu Botafumeiro, o maior incensário do mundo.

FLÔR DE ESPARGO NO FINAL DE AGOSTO

 

FLÔR DO CARDO . JÁ SECO

 

Espiritualmente o coração da Catedral é o sepulcro do Apóstolo Santiago que guarda na cripta, situada sob o altar mor, os seus restos mortais.  Na parte superior e por detrás do altar mor,  subimos transversalmente, até abraçar pelas costa o Santo Apóstolo.

Estes foram os momentos altos da visita pois a Catedral de Compostela é uma das quatro basílicas  maiores da Cristandade.

Em grupos dispersos, cada qual se destina a ver e comprar o que mais lhe convem, símbolos usados  pelos caminheiros tais como  cabaças, vieiras (conchas), bordões, sinos, enquanto outros se entretinham a ver o teatro de marionetes que dinamizava  a praça da Quintana. O meu “recuerdo” foi um pente de estojo com a cruz  de Santiago pintada de vermelho.

No labirinto de auto-estradas, aranhados no lusco fusco do início da noite, regressámos com pôr do sol do lado atlântico brilhando nas águas serenas das baías de Pontevedra e Vigo.

Rodando a recortada costa da baía de Pontevedra cheia de jangadas, viveiros de mariscos vários, passando Sanxenxo chegámos a bom porto, o Grove conhecido pelo seu festival do marisco.

Entrando em terras de Portugal recordamos o rico folclore e suas tradições aos ritmos do malhão, a serra de Arga, a rosinha, a vareira, a chula, o vira e a oliveirinha.

Foi bonita a festa pá!

(Final)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 22:54
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Sexta-feira, 10 de Setembro de 2010
GLOBÁLIA . VIII

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

FORDILÂNDIA . I

BRASIL . AMAZÓNIA

 

O campeão na defesa da floresta Amazónica foi o líder seringueiro do Acre de nome Chico Mendes; actuou com vivacidade contra projectos que supostamente representavam uma ameaça à integridade da floresta. 

Em 1987, surgiu uma proposta feita ao Brasil de “troca de dívida por natureza”, uma ideia impulsionada por Thomas Lovejoy. O pagamento seria efectuado em títulos de dívida lançado pelo governo Brasileiro e, os juros destes, financiariam as ONG`S (Organizações Não Governamentais), que actuariam nas áreas supostamente ameaçadas; no meio desta ofensiva impulsionadora, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), deram a ênfase necessário aos “midia”, convertendo o líder rural Chico numa celebridade internacional; o projecto que passou a ser referenciado como “Chico Mendes” seguiu um método análogo a um outro anterior ocorrido com o popular “Paiakan”, também dado como líder ambiental.

HENRY FORD E A AMAZÓNIA

Paiakan e Chico foram promovidos e medalhados pelas ON G`S ambientalistas e, enquanto o mundo reclamava a Amazónia como “pulmão do mundo”, Chico afirmava à imprensa: - Não protejo a floresta com a preocupação de o mundo ser afectado dentro de vinte anos; estou preocupado com ela, a floresta, porque há milhares de pessoas vivendo nela, gente que depende exclusivamente dela e, as suas vidas estão correndo risco, diáriamente.

Com fungos e atropelos bio-diversificados, os três continentes do Globo, criaram em Chico Mendes “um mártir do holocausto amazónico” quando, numa rixa com um fazendeiro, este… o matou.

Coleta legal de ovos de tartaruga marinha na Costa Rica

2010 - ROUBO DE OVOS DE TARTARUGA NO SOLIMÕES

 

Assassinato, em Xaporim (Acre), a 22 de Dezembro de 1988 foi o mote de notícias em todo o mundo que veio incendiar as consciências; o aproveitamento desta morte nos “mídia” foi tal que, no entanto de cultos eucoménicos e propagandísticos, levou oportunistamente a que o então presidente da (NWF), National Wildlife Federation, Jay Hare, comparou Chico Mendes ao reverendo Martin Luther King. Afirmar isto é de uma excrescência bacoca, feita de propósito, para dar maior ênfase aos protestos e debates que sucediam dentro e fora do Brasil.

Descendo eu, o Amazonas a partir da confluência dos rios Negro e Solimões, no ano de 2004, giboiando-me numa rede do barco “Acre”, mirava aquela floresta pujante de majestade, com casinhas de borda rio; nos pequenos cais, em canoas, pululavam corpos desnudos fluindo vida simples; com três peixinhos mais uma macacheira e um pedaço de inhame regado com dendem, eles, amanhavam vida.

Margem esquerda do Rio Solimões 

À BEIRA RIO AMAZONAS

 

(Continua…)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 12:01
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Quinta-feira, 9 de Setembro de 2010
CAZUMBI . V

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

Os pobres vivem do esbanjamento dos ricos

“O silêncio do lado de fora”  

 T´CHINGANGE

Torna-se muito difícil gerir as nossas vidas num sem fim de leis, regras e obrigações que se transgridem no dia a dia, fruto de exigências muitas vezes descabidas. Ficamos demasiadas vezes à mercê dum qualquer senhor, que sempre ou naquele momento se julga o maior conhecedor dos parâmetros certos.

E,... Como ficamos pequenos naquele preciso momento e, um nó de fúria na garganta!

A falta dum chapéu num dia de frio pode despoletar atrofiamento de uma veia e mais tarde ser objecto de uma embolia; somos tão pequenos neste mundo cósmico que aflige ver ao nosso redor pessoas como nós, sentirem prazer em subestimar a todo o tempo o seu semelhante.

Na medida tempo, usar a mente revela-nos o infínito numa quarta dimensão feita de prognósticos, uma projeção do passado no futuro. O passado projecta um futuro imaginário de medo; um fantasma mental que pode originar insanidade corroendo a saúde e a vida.

Na convicção de sentir o ar entrando e saindo do meu corpo, aceitando o tempo presente, tento matar o passado a cada instante. Não é fácil!

A sociedade de envolvimento conduzida pelos “midia / informação”, passa a vida esperando para começar a viver. Há um lactente conflito interior entre o presente e o aonde não se quer estar; é este futuro projectado que nos reduz grandemente a qualidade de vida.

 RECICLAGEM DOS POBRES

O futuro é uma ficção de promessas que nos fazem perder o presente e, quanto mais penetramos no passado, mais ele se nos afigura um buraco sem fundo, o deslize para as drogas reais ou dogmáticas paralizando a disfunção de cada um, uma consciência livre na forma de pensamento.

A verdade nunca o é de valor absoluto, mas na relatividade da afirmação o povo de sempre vai dizendo o que muitos não querem que se saiba. Quando a justiça nos dá lições como a que a televisão nos mostra, ficamos seriamente sisudos, apreensivos e interrogamo-nos: - se tudo fica na mesma, valerá a pena falar?

Recalcados de tanta injustiça alguns poucos, perdem o medo ficando sozinhos ruminando subterfúgios.

Numa hora de serenidade ouço o silêncio perturbado pelo estrebuchar das cigarras com 37 graus à sombra, um vento seco quente a farfalhar as folhas do abacateiro, ressequindo-as.

Só a serenidade dentro de nós percebe o silêncio do lado de fora.

 

(continua…)

O Soba T´chingange

 



PUBLICADO POR kimbolagoa às 13:08
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Terça-feira, 7 de Setembro de 2010
GLOBÁLIA . VII

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

AS “ONG’S” E A HIGIENE RACIAL . V

 Poluição...é a miséria 

Na década de 1970 o cientista Brasileiro Josué de Castro dizia que “a pior poluição é a miséria”; Fazem falta homens de princípios incólumes à usura, ao poder parasita de disfarçadas tendências congeladoras do progresso.

O Programa Alimentar Internacional não nos diz nada de novo; temos é de cultivar e colher sem nos tornarem subsidio-dependentes duma pilhagem musculada em pseudo “Nova Ordem Mundial”.

Não nos matem à fome, ensinem-nos a semear, colher, reciclar e conjugar o verbo amar.

No mundo de hoje, a adesão aos movimentos verdes das “ONG´S”, surge pelo vácuo ou crise ideológica do regime comunista ou mesmo socialistas mais extremados; a crise por falência das políticas de esquerda ao ruir o muro de Berlim resultou numa inquietude.

E agora para onde vamos?

 T´Chingange

O cidadão mais carecido virou-se para o outro extremo adorando uma Nossa Senhora da Ajuda ou da Agrela e, outros supostamente mais capacitados por militância esquerdista esverdeou, tendo como fundo a bandeira vermelha.

Actualmente no Brasil (2001- 9 anos atrás) entram 1000 milhões de dólares idos do exterior para a gestão das muitas “ONG´S” que, no conjunto, empregam cerca de 100.000 pessoas. Destas, 70 % dos seus efectivos terão cursos superiores de gestão, advocacia, silvicultura ou psicologia, oriundos de classes médias mais abastadas, sendo os restantes 30% funcionários administrativos.

Para toda esta gente, se não houvesse este escape ideológico seriam “marxistas natos”.

Quem quiser ser ele mesmo, sem sofisticadas saídas de globalidade, tem que saber que há sombras do saber que penetram a penumbra do nosso querer; porém, às vezes, há necessidades promíscuas.

A verdadeira história é contada sempre a contento dos vencedores e, não é verdadeira quando descrita no desenrolar dos acontecimentos; mas, o que é a verdade?

A verdade, tal como o azeite com o tempo vem à tona, e a mentira com o tempo, morre coxa.

 (Continua…)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 15:57
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Domingo, 5 de Setembro de 2010
CATÁSTROFES - III

  FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

OS CAPITALISTAS DE DESASTRES “

 

 DEMOCRACIA   

Por muitas vezes saio por aí voando em sombra de raiva negra na ponta dum chicote. Estamos na merda entre pavões de cartola, janotas que se vêm bem num espelho, só seu.

Nesta DEMOCRACIA, os militantes dos vários partidos, tem de exigir no seu seio o rigor da coisa pública e não se acobardarem a fazer a critica interna exigindo homens de rigor e honestos no comando. Não basta fazer quorum e levantar a mão; é necessário picar, cotucar e denunciar.

Aprendi a preservar independência de espírito, a liberdade de acção acima de todas as mais valias da terra mas, não é tudo; há um sem fim de baixa política, vidas fáceis que nos ziguezagueiam numa economia desastrosa, abutres deglotindo dinheiros públicos .

Temos de fazer uma revolução a valer. Acabar com as quotas de interesse desses figurões que se apropriam do alheio quando estão no mando.

As enormes transferências de riqueza pública para mãos privadas muitas vezes acompanhadas por uma explosão de dívidas, são um abismo que não para de se alargar entre os RICOS DESLUMBRANTES e os POBRES DESCARTÁVEIS. Tudo isto, acompanhando ideias de um nacionalismo agressivo a justificar gastos ilimitados na manutenção do poder.

Isto, revê-se em Portugal na perfeiçõa nos governos que se seguiram ao após “golpe dos cravos de 75” .

 

RESISTÊNCIA À VIDA 

Mike Batles, um ex-operativo da CIA exprimiu bem o princípio do choque: “- Para nós, o medo e a desordem oferecem grandes promessas”; referia-se ao caos do Iraque após a invasão. O medo e a desordem são os catalizadores de cada novo salto em frente. George Bush, CIA, FMI, ONG´s e OMC (Organização Mundial de Comércio) fazem parte desse movimento do poder corporativo. Os Estados Unidos conduzem a locomotiva global com todos os “expertos” nas carruagens desse comboio do engodo.

O 11 de Setembro forneceu a Washingtom a luz verde para despoletar o “modus operandi” do movimento de Milton Friedman e sua “doutrina de choque”.

A guerra das Falkland m 1982, serviu um objectivo semelhante a Margaret Thatcher no Reino Unido: A desordem e a excitação naciolnalista resultante da guerra permitiu-lhe usar uma força tremenda para esmagar os mineiros de carvão em greve e lançar o primeiro frenesim de privatização de sempre numa democracia ocidental.

O ataque da OTAN a Belgrado em 1999 criou condições propícias às rápidas privatizações na antiga Jugoslávia.

As cruzadas ideológicas do “trauma colectivo” começaram no Chile e Argentina nos anos 70, nas cruzadas de regimes da América do Sul, Rússia e China, coexistindo hoje muito confortávelmente com visões lucrativas a qualquer custo.

 

Bibliografia de referência: A DOUTRINA DO CHOQUE de Naomi Klein da Globália

(Continua)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 19:15
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Quinta-feira, 2 de Setembro de 2010
MULEMBA . VI

 AS ESCOLHAS DA CONDESSA DO QUIPEIO - (TR)

A MULEMBA DA MALDIÇÃO DE SEBASTIÃO COELHO – 5ª PARTE

 FIGO DA MULEMBA 

As imagens que recortei e descrevi da primitiva cidade que me viu nascer, acompanham-me agora como um postal de esperança, seguro de que não há guerras que sempre triunfem sobre a paz. E que não há males que nunca terminem. E que as pragas também se diluem com o tempo. Não sei, não vi, mas dizem as notícias que o Huambo de hoje é um campo de destruição e silêncio. Não quero acreditar em maldição ou mau olhado. Por isso gostaria muito de voltar à minha cidade natal, para espiar lugares que conheci. Há vinte e cinco anos que não vou ao “Ambo”. Há vinte e cinco anos que os génios do mal se encarniçam sobre a cidade.

Queria lá voltar para ver o que sobra das minhas recordações e investigar um pouco acerca do legendário Albano Canto Dos Santos, que não conheci. Acerca deste homem que escrevia versos e tocava guitarra ao luar, os “Maisvelhos”, que já não estão, contavam que foi ele o verdadeiro fundador do Huambo e foi muito antes da chegada do combóio. E pode ser.

O FUNDO DO MAR . PINTURA DE T´CHINGANGE 

O aterro onde assentam os carris, tapam parte do enorme buraco que ele mandou escavar, conhecido então pelo buraco grande, tão grande que terminou sendo nascente do rio Karilongue, que dali serpenteia até ao Soque, onde lança e mistura as suas águas diamantiferas, com as pepitas de ouro que arrasta o rio Kussava.

Sei, pela insistência dos relatos que ouvi, que o branco Albano, entusiasmado pelos brilhos que iluminavam as estórias fantásticas de povos e riquezas do tempo do Kaparandanda,19 instalou-se sobre a colina dos tesouros e mandou construir a casita, de cuja porta podia vigiar o pessoal, cavando e cavando na mina, de sol a sol. Foram dias monótonos até aquela madrugada dos anos vinte. Sentado na cadeira de viagem, 20 Dos Santos tomava café e olhava o mundo à volta e o buraco da sua esperança. De repente, como numa alucinação, viu como os primeiros raios de sol iluminaram diamantes na profundeza do buraco. Os diamantes reflectiram o sol e Dos Santos pensou num milagre. Louco de alegria, desceu, correndo, à mina. Mandou sair o pessoal, ajoelhou-se no chão e agarrou as primeiras pedras, que guardou num lenço.

 

19 - Tempo do Kaparandanda – Expressão típica que significa tempos idos. Tempo muito antigo.

20 - Cadeira de viagem – Tradicional cadeira de lona, desarmavel, que exploradores e empacaceiros

 

Nota: Contributo para a história do Huambo- Angola por SEBASTIÃO COELHO

Subscrito por

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 23:04
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Quarta-feira, 1 de Setembro de 2010
LIMITAÇÕES DA VIDA . VII

FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO

            CHICO XAVIER

 Chico Xavier para qualquer problema recorria ao Envangelho segundo o Espiritismo e, sempre dizia humildemente ao povo: - Esqueçam esta ilusão de que nós podemos voar. Isso, é tudo mentira.

Um dia dois jovens fazendeiros do Sertão pegaram Chico Xavier de surpresa apavorados que estavam com a grande quantidade de cobras cascavéis em suas terras provocando muitas baixas nos cavalos e já sete tentativas em ataque a seu pai sendo a última quase fatal; Chico Xavier pigarreou ao revelar sua receita que resultou: - Coloquem nitrato de prata aos montinhos nos lugares aonde é hábito elas aparecerem; isto às vezes resulta, disse. Os homens fizeram o que Chico ordenou e, em presença de um benzedor e foi remédio santo, desapareceram as cobras .

Na noite de 28 de Julho de 1971, Chico Xavier no espírito de Emmanuel teve o seu maior embate com o povão; Responsável então por quase 107 livros ditados por  quase 500 defuntos, submeteu-se via satélite a um estrondoso auditório televisivo na TV Tupi. Entrevistado por três jornalistas no programa "Pinga-Fogo", esteve debaixo de fogo por três horas. Nesta entrevista insurgiu-se contra o "delito do aborto" usando a expressão " assassinio de crianças" e, referindo sempre de forma diplomática ter imenso respeito pela Igreja Católica "em cujo seio formei a minha fé" disse, e defendeu a homossexualidade e a bissexualidade como "condição da alma humana", que não deveriam ser encaradas como "fenómenos espantosos, atacáveis pelo ridículo da humanidade".

UM KUDU . OLONGUE na paisagem

Tal como a espiritualidade, a intelectualidade evolui com o exercício da escrita e pesquisa. Falando por mim, relactor desinteressado destas crónicas avulso, qualquer escrita pode inadvertidamente invadir ideias de outrem e não se pode ser considerado ladrão ou plagiador só porque redescobriu esses elos de intercâmbio. A integridade exige ética no uso da palavra e da escrita como um direito intelectual mas, quando o sistema se padroniza com protecionismo exacerbado com patente exclusiva, reduz-se ou inibe-se a competição ou inovação.

O monopolio dos poderosos no uso da escrita não podem ficar isentos de crítica por tudo o exposto porque querendo sustentar o lucro, os interesses empresariais no apelo à propriedade intelectual resulta em mudanças comportamentais nefastas usando o poder por influências politicas.

Na bafunfa da vida inventariei recriações novas e matumbado fiquei gerênciando formalidades com uso de uma pasta lustrada de negro, fecho dourado e muita banga fecula (estilo próprio). Até me redescobrir vivia enrolado numa inverdade afrontando incompatibilidades tisnadas até que resolvi desfrizar a vida vuzumunando maus agouros, sombras crepitantes envoltas em falsas paternidades.

Em Sugaland, terra molhada, pisoteada e chafurdada t´chovei (empurrei) meu cangulo (carro de mão) até à "Xipofoland" (de xipefo: a terra das queimadas).

  Uberaba . Minas Gerais

Chico Xavier fazia questão de frizar que era um ser como qualquer outro contando uma cena de sua vida que o tornava mais comum. Seu pai João Cândido, antes de morrer disse ao filho: - Quando eu for embora, acredita, vai parar a roda da fortuna para você no Natal.

Após a morte de seu pai, Chico Xavier passou a jogar na loteria todo o final de ano . Jamais ganhou.

Servir, é o destino das grandes almas e, Chico xavier estava em plena comunhão com Deus pelo serviço ao próximo. Recorda-se aqui que Gandhi um dia afirmou: -" Se um dia um único homem atingir a mais elevada qualidade de amor, isso será suficiente para neutralizar o ódio de milhões". Esta afirmação cabia em toda a sua medida na pessoa de Chico Xavier.

Em Uberaba, Chico , com idade avançada ia preparando a sua despedida da vida dizendo: - Não existe sucessão em espiritismo. Morre um capim; nasce outro.

(Continua...)

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 19:02
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Temos um Hino, uma Bandeira, uma moeda, temos constituição, temos nobres e plebeus, um soba, um cipaio-mor, um kimbanda e um comendador. Somos uma Instituição independente. As nossas fronteiras são a Globália. Procuramos alcançar as terras do nunca um conjunto de pessoas pertencentes a um reino de fantasia procurando corrrigir realidades do mundo que os rodeia. Neste reino de Manikongo há uma torre. È nesta torre do Zombo que arquivamos os sonhos e aspirações. Neste reino todos são distintos e distinguidos. Todos dão vivas á vida como verdadeiros escuteiros pois, todos se escutam. Se N´Zambi quiser vamos viver 333 anos. O Soba T'chingange
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