CINZAS DO TEMPO – 27.10.2016 - Como somos organismos reprodutores, o futuro deslindar-se-á… Tenho de falar assim para não me mentir!
MALAMBA: É a palavra.
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Desde o início da civilização que as pessoas não se contentam com ver os acontecimentos sem explicação plausível. Anseiam por um entendimento da subjacente ordem no mundo, do Universo. Sempre sentimos a mesma ânsia de saber porque estamos aqui, como e de onde viemos. Vejo, todos os dias em comentários de grupos sociais do Facebook e outros, o mais profundo desejo de conhecimento da humanidade, uma suficiente justificação para a nossa contínua procura.
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Um acontecimento é qualquer coisa que ocorre num determinado ponto no espaço e num determinado momento mas este espaço quadrimensional designado de espaço-tempo é difícil senão impossível imaginá-lo. Desta maneira a luz que se propaga a partir de um acontecimento, forma dois cones tridimensionais nesse espaço-tempo quadrimensional. Estes cones de luz são o cone do futuro e o cone do passado e, ambos constituem o conjunto de acontecimentos a partir dos quais um impulso de luz pode alcançar o dado acontecimento.
Para entender isto vai ter de imaginar uma pedra que se lança num lago de água parada e ver a cada segundo as ondas circulares que se formam em volta enquanto a pedra se vai afundando. Se unir pontos imaginários nesta onda, irá definir um cone ou funil que de forma suave se vai desvanecendo. Podemos até escolher um ponto a que chamaremos K situando-o num tempo passado agarrado a este cone.
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É nesse cone virado para o passado, o cone do passado, que situamos nossas lembranças com Kapas transformados em tempo de séculos, de anos, meses, dias, minutos e segundos. Nesta ponta do funil, cone do passado, teremos o momento A que o é numa fracção de tempo micro a que chamamos o agora. É deste agora que vai sair o funil ou cone do futuro do qual nada se sabe; podemos prever, deduzir, ter uma propensão ou um cálculo do que será, mas não passa disto mesmo, uma incógnita!
Então o futuro absoluto do acontecimento será a região dentro do cone de luz do futuro. Podemos até designar um ponto P situado numa data posterior mas isso será sempre uma previsão. Porque é o conjunto de todos os acontecimentos susceptíveis de serem efectuados por aquilo que acontecerá. O problema esta em que este poto P não pode ser alcançado por sinais provenientes do A, do agora, porque nada se pode deslocar com a velocidade superior à da luz.
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Nós só podemos predizer o que acontecerá lá para a frente num determinado ponto P do tempo. Os acontecimentos ocorridos em A do agora, situado entra o cone de luz do passado e o cone de luz do futuro será o presente do indicativo da matemática quântica. Como falei da pedra que forma argolas visíveis no lago, poderão imaginar as ondas que se propagam também no ar, viradas para o espaço e não visíveis por nós a olho nu.
Neste preciso momento A, se o Sol deixasse de brilhar, terão de aguardar oito minutos para saber o sucedido e, isto porque só nesta altura é que o cone de luz do futuro se fará sentir na terra. A terra não é o centro do Universo e a luz que observamos de “objectos” longínquos deixaram-no há cerca de oito milhões de anos. Quando olhamos para o céu estamos a vê-lo no passado. Como se pode depreender somos uma ilusão! Será por isto que o oito foi escolhido em várias línguas como símbolo do infinito!?
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