A CHUVA E O BOM TEMPO - 16.02.2018
- Apaziguando rijezas adversas, perfilando anjos com a singularidade … Pechinchando a vida.
Por
T´Chingange - No Nordeste brasileiro
O que mais evito num encontro de amigos é abordar o assunto de religião porque isto cria abismos de constrangimento entre as pessoas. Nossa natureza tem no ADN existências agarradas que nos envenenam a felicidade. Pode até se tornar numa agonia com violentos anjos às ordens de diabos muito cheios de vermelhitude nas labaredas.
Evito a todo o custo enfadar-me porque e, até meus dentes sem o querer me mordem a língua. Para a maioria, ter muito dinheiro é a chave da felicidade; possuir celulares xis-pê-tê-óh, casas, um grande salário, um carro de dar nas vistas e roupa de marca é considerado sinónimo de emproada felicidade. Quem não tem amigos destes?
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Não é normal alguém se passar deliberadamente por pobre; é normal agigantarem tudo o que sai de si, porque na malfadada vivência, as atitudes mostram a pobreza como algo de infecto-contagioso, uma doença a dar para o perigoso. Muitos e próximos tentam mostrar o que não são ou aparentarem; mentem-se a si e aos demais subestimando-os e querendo estar sempre por cima num qualquer simples procedimento.
Ao fazermos amizades e com o tempo seremos mais conhecedores duma qualquer pessoa, assim e mais de perto e com o tempo, descobrimos uma outra realidade mais profunda; realidade que nos leva a frustrações por isto marcar necessidades profundas devido à cultura da aparência; a verdade permanece neles, oculta na superfície e como se fora uma pelicula de verniz – gente que usa sempre a dissimulação.
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É verdade que ao nos permitirmos adquirir várias culturas em países ou lugares diferentes, surgem características próprias e costumes bem arreigados como um paradigma, tornando-os singulares. Ao nos relacionarmos com as pessoas percebemos coisas interessantes ou não. E, sempre ficamos chocados quando o lado da análise tomba para o negativo.
Embora haja casos em que as pessoas são prestativas ou atenciosas, caímos por vezes no ridículo de sentir que tem muita gente a desprezar o próximo tornando a vida barata e vulgar. É sabido que toda a mudança exige sacrifício e adaptação mas há entre nós gente ruim que nos cobiça a todo o instante sem deles sair uma palavra de conforto ou solidariedade.
E, afinal porquê aceitamos este desafio permanente de querer acreditar; com o tempo vou fazendo triagem do que ouço deste e daquele e no tempo, vou excluindo este e aquele senão até que me remeto a um distante silêncio. Digo para mim: está na hora de rumar a outro desafio! E, posso dizer são muitas as desilusões mas, também surgem aspectos reconfortantes, gratificantes! Este mundo não é a nossa pátria, somos todos estrangeiros e peregrinos. Cada vez mais me sinto assim! Os abraços são-no de graça mas nem todos têm graça. Poderia até ser pior…
Ilustrações: Aleatórias de Costa Araujo e Assunção Roxo
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