FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“REVOLUÇÃO DO CARIRI” - Falar de Padre Cícero*
VALE DO CARIRI
Verso . 9 : Nasci na tua vida, para te conduzir à casa do Pai. (Lambert Nolen)
Kianda (Quimbundo de N´gola): Espírito, sereia, kalunga de contos africanos, miragem das águas, visão das lagoas
No início de Dezembro de 1913 rebenta em Juazeiroa a revolução do Cariri. Um pouco por todo o Brasil, havia manifestações de descontentamento com o poder longinquo e o despotismo ditatorial nas várias regiões. Despoletaram revoltas como a dos Canudos e esta, a do Cariri, tendo como chefe da rebelião o Dr. Flôro Bartolomeu, muito próximo ao padre Cícero e, usando a popularidade deste para fazer vingar sua ambição. O capitão Ladislau que comandava o batalhão estacionado na cidade de Crato, procurava amedrontar os revoltosos, usando seus militares para açoitar romeiros indefesos na Serra do Araripe e Taboleiros de Barbalha. Sob seu mando faziam-se comicios nas ruas gritando a todo pulmão ameaças de destruir "a raça maldita do Padre Cícero"; afiavam os sabres para degolar os jagunços, povo de Juazeiro. Era a guerra dos romeiros-jagunços contra os "macacos" das forças legalistas. Dr. Flôro Bartolomeu que vem a ficar Presidente do Estado do Ceará defenderá mais tarde em livro a honra do "Painho Ciço" afirmando: «Será possivel que não se saiba ainda hoje que fui eu o chefe da revolução do Juazeiro e o único responsável por ela ? ». No meio daquela turbulência social podia vêr-se as ruas cheias de polícias armados de carabinas mausers tendo a seu lado homens da sociedade Cretense, armados de rifles, punhais à cintura, lenços coloridos enrolados ao pescoço, chapéus de couro quebrados à frente, anciosos pelo momento de entrarem em cena contra as forças rebeldes de Juazeiro.
SOLDADOS DA REVOLTA DE CARIRI -" OS MACACOS"
Os revoltosos, homens armados de rifles, bacamartes, espingardas de matar passarinos, cacetes, foices, facões, punhal e chuços, facas de cozinha, garrafas cheias de cacos de vidro, pimenta em pó e pólvora; enfim, uma desconcertante algazarra de audazes guerrilheiros e aventureiros voluntários vestidos de cangaceiros. Era a independência de Juazeiro separando-a da cidade do Crato que estava em causa. O lado legalista afirmavam que os combatentes da revolução eram bandidos, fanáticos criminosos que usavam rosários ao pescoço, rezavam pela manhã purificando-se das mortes a fazer nesse dia; criminosos fanáticos, sentenciados cangaceiros importados do Navio e desesperos da fome. De facto havia gente sem eira nem beira dispostos a morrer defendendo Juazeiro e seu fundador Padre Cícero. Ao lado de toda esta gente, também se juntaram homens de bem de todas as classes sociais, residentes dalí e de outros municípios que se sentiram na obrigação de pegar em armas para fazer frente aos legalistas aquartelados em Crato.
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: Verdadeira históri de Juazeiro do Norte de Amália Xavier de Oliveira
Padre Cícero Romão Batista*: Ou Padim Ciço na versão popular, foi um sacerdote católico brasileiro, nascido no Crato de Cariri a 24 de Março de 1844, tendo falecido no Juazeiro do Norte a 20 de Junho de 1934.
(Continua...)
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