FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"Os Tugas brazucas" - 5ª Parte
Contrastes do Brasil
Alguns destes portugueses seguiram a trilha dos ex-escravos nas explorações agrícolas do Brasil, e viviam pobremente e sem felicidade, de acordo com o Primeiro Inquérito Parlamentar sobre Emigração, de 1873. Porém, muitos daqueles portugueses que se dedicaram a pequenos estabelecimentos comerciais nas cidades, como no Rio de Janeiro e em São Paulo, fizeram verdadeiras fortunas. Esta emigração foi tão acentuada que na região do Minho a maioria da população teve ou tem um avô ou bisavô no Brasil, assim como tios, padrinhos, enfim, cada família teve ou tem ainda hoje algum emigrado no Brasil. O “brasileiro”, nome dado ao emigrante que regressa a Portugal, trazia verdadeira fortuna e chegado à sua terra construía uma casa luxuosa, também conhecida por “chalé”, na qual procurava ostentar o seu perfil de homem rico. Estas casas vão sobressair na arquitectura das terras, porque são grandes, vistosas, de amplas e muitas janelas, varandas, geralmente com clarabóias no interior da casa e uma palmeira no jardim.
O Gosto pela cachaça
Casas que contrastavam com as casas portuguesas existentes. A influência destes “brasileiros” na sua terra portuguesa é notória, não só pelas casas como também pelas avultadas ofertas para construção e obras da igreja, subsídios para outras benfeitorias e ajudas a familiares, juntando-se em alguns casos uma certa prosperidade que incutem na economia local. Com frequência adquirem antigos conventos. Estes emigrantes não vinham cultivados, no sentido científico e erudito, pois a vida no Brasil era o trabalho, mas muitos deles já com uns horizontes mais largos que os seus compatriotas - viveram noutros mundos, e, por isso, são mais conhecedores, como nos relata Júlio Dinis nos seus romances. São os nossos escritores do século XIX que criam a imagem jocosa do “brasileiro torna-viagem”, bem característica na maneira de vestir, de falar e de ostentar riqueza.
A Aldeia na volta
Apesar de por volta de meados do séc. XX a grande maioria da emigração portuguesa seguir rotas europeias, o Brasil nunca deixou de ser terra para emigrantes portugueses e, principalmente após a independência de Angola em 1975; Estes novos emigrantes enriquecem a sociedade Brasileira por terem trazido com eles a partilha de vivências e novos conceitos por via também de terem uma cultura acima da média. Sempre permaneceu um certo intercâmbio entre descendentes da primeira geração de emigrantes “brasileiros” e os familiares que viviam e vivem deste lado do oceano Atlântico. Só que agora, geralmente, os filhos dessa emigração optam por viverem no Brasil, fazendo várias visitas ao país de origem dos seus antepassados, ficando admirados com a evolução que a terra lusa sofreu, desvirtualizando positivamente um pouco a imagem do país contada pelos pais e avós. O filho do “brasileiro” de hoje geralmente é culto, e em alguns ainda paira a ideia de tornar melhor a sua terra portuguesa.
Dados de Manuela Gama & José Gama da Faculdade de Filosofia UCP - Braga
(continua...)
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