FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
O VOTO PARA QUEM?
Há 35 anos que votamos num Portugal livre mas, para quê e para quem ?
O povo vota naqueles que pensa serem os melhores, estes depois de cimentarem os seus lugares mantêm-se neles dividindo cotas de participação entre seus partidos ou grupos segundo instruções de cúpula, omitem verdades ou entornam mentiras pelo meio desnorteando, misturando, chocalhando a gente comum, as pequenas empresas, o liberal de profissão ou o funcionário.
Li algures num jornal da Beira: “-Nós antes, tínhamos tostões, agora temos ladrões, é nesta gente que vamos votar, continuar a ser cada vez mais do mesmo? Não! È tempo de dar a lição da força do voto; não participar.”
Enquanto uns têm reformas muito grandes, o povo em geral vive em dificuldades, endividado; há discrepâncias gritantes e, não podemos calar nem enganarmo-nos todo o tempo. Um fantasma anda por aí, talvez seja Salazar ou a sombra dele a deslizar, ou ele mesmo feito zumbi, sonambulo. Este estranho fantasma figura de apóstolo fascista, anda por aí de olhos muito abertos examinando cuidadosamente a vida carente das populações rurais ignorados pelos estadistas de nova vaga, vagabundos compinchas da ladroagem, um magote de figurões alvorotando os pobres; quase que espicaçando um apelo patriótico de civismo aos cidadãos: - Não votem em nós!
Esbarro permanentemente diante de criaturas supliciadas e, consequentemente envilecidas, sem tiros nem punhaladas, vítimas arrepiadas no tempo, descuidadamente carregadas de impostos e juros, pulidas na dignidade; gente desnobilitada, tornada arruaça na sopa do dia. Em contrapartida, os grupos económicos e financeiros continuam a ter lucros fabulosos.
A sinceridade que transparece num rosto claro ou num olhar um tanto vesgo, crava-se na gente como cravos, pregos, num gesto amplo de vida triste, torpe.
No silêncio da noite, a degradação levada a eito, sem jeito, sibila segredos envoltos em chumaços de pano sujo na boca.
Nenhuma defesa, um infortúnio sucumbido de músculos relaxados, a vontade suspensa, miserável, aviltante.
As recordações trancadas libertam-se agora sem receios de se ser molestado. Verdadeiras, mesmo que suprimidas com cortesias em forma ridícula de distinção, fundem-nos com desclassificadas gentes, perturbando-nos.
Que importa nos dias de hoje impingirem-nos tecnologia de “ banda larga” se a mente é estreita, que diferença faz entre ficar nas trevas ou usar postiças éticas, parolar na inércia da justiça.
E, o que é que eu faço? Não espero nada,...estou preparado para tudo.
O Soba T´Chingange
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