A fundação do município de Colatina data de 1833. As primeiras povoações foram no Arraial da Barra do Santa Maria, hoje bairro Colatina Velha, onde surgiu a área urbana, Mutum de Boapaba e ainda Barracão de Baunilha. Os imigrantes eram italianos em sua maioria.
Em 1857, com a chegada de Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite, foi criada a colônia de Francilvânia, na margem esquerda do Rio Doce. Mas, devido aos constantes ataques dos índios botocudos, muitas colônias só se desenvolveram a partir do último decênio do século dezenove.
Em 9 de dezembro de 1899, Colatina virou sede do distrito. Naquela época a região pertencia ao município de Linhares.
Com a instalação, em 1906, da estrada de Ferro Vitória a Minas, da Companhia Vale do Rio Doce, o município assumiu importante posição econômica, superando Linhares, cuja posição geográfica não mais correspondia às exigências do Governo.
Em 20 de agosto de 1907 a sede da Comarca foi transferida para Colatina, e a 22 de novembro era tomada idêntica providência em relação à sede do município. Colatina ficou então elevada à categoria de Vila, não se alterando, contudo, o nome do município.
Em 26 de maio de 1916 o coronel Alexandre Calmon e o médico Pinheiro Júnior compuseram uma chapa e foram derrotados por Bernardino Monteiro, na disputa pela presidência do Estado. Chefiaram então um movimento revolucionário, em que proclamavam Colatina a nova capital do Espírito Santo, instalando o governo em Colatina.
Pinheiro Júnior transferiu o cargo a seu vice, "Xandoca", e regressou ao estado do Rio de Janeiro, onde clinicava. Somente em 29 de junho é que a rebelião foi debelada pelas forças governistas. O fato ficou conhecido como a "Revolta do Xandoca", assim, o município voltou a pertencer a Linhares.
Como a maioria das cidades brasileiras, os aspectos sócio-econômicos e culturais de Colatina se formaram a partir da imigração de europeus. No final do século XIX e início do século XX, italianos e alemães chegaram à cidade para morar e trabalhar. Com a introdução da agricultura e pecuária, a cidade se tornou sustentável. O crescimento gerado proporcionou sua emancipação em 1921. O nome da cidade foi escolhido pelo engenheiro Gabriel Emílio da Costa em homenagem à Dona Colatina, esposa do ex-governador do Estado, Muniz Freire.
O Rio Doce corta toda a cidade. A partir de 1928, iniciou-se o desenvolvimento urbano, com as construções do Hospital Sílvio Avidos, a Ponte Florentino Ávidos (1924-1928) e a estrada de ferro. Já na década de 50, Colatina começa a colher resultados significativos ao se tornar o maior produtor mundial de café. O processo de industrialização teve início nos anos 70 e colocou a cidade no rol das maiores economias do Estado, com um potencial enorme de expansão.
Desde 1975 os trilhos da estrada de ferro já não fazem parte da paisagem no centro da cidade, mas sim uma avenida repleta de árvores. A ponte Florentino Avidos continua ocupando lugar de destaque nos cenários local e estadual.
O pôr-do-sol da cidade conhecida como "Princesa do Norte Capixaba" é um cartão-postal de rara beleza, classificado nos anos 60 como o segundo mais bonito do mundo, pelas revistas americanas Time e Seleções Readers Digest.
Tudo isso com a benção do Cristo Redentor, uma estátua de 35 metros de altura, construída em 1975, de onde se avista toda a cidade.
Colatina ainda é embelezada por diversos rios e cachoeiras, e mesmo sendo conhecida por ter um clima muito quente também tem locais com clima de montanha.
Imensas pedras e formações rochosas de diferentes formatos encantam os admiradores. Sem contar a hospitalidade dos colatinenses, verdadeiros anfitriões, conquistando qualquer turista.
O município ainda tem o maior pólo de confecções do Espírito Santo, produzindo para o Brasil e para o exterior, um centro de moda que figura nas agendas dos compradores mais exigentes do país.
As festas também acontecem durante o ano inteiro. Além do aniversário da cidade, no mês de agosto, os bailes fazem parte do roteiro dos boêmios. A festa do Cafona é o maior exemplo, atraindo gente de todo o Estado e de Minas Gerais.
JAMBA