NA CINSA DO TEMPO . Glórias do passado com tropeços de ódio…
MALAMBA: É a palavra.
Por
Muitas vezes erramos, simplesmente por não acalentarmos o silêncio do bom censo não discernindo sobre a qual espírito pertencemos; por vezes enchemo-nos de cantos piedosos com fervor religioso omitindo-nos das cenas de extermínio na ânsia de sermos poupados á cólera, das visões fanáticas muito cheias de sofismadas verdades, razões de fé descabidas de sustentada razão, fanáticas até. Em idos tempos medievais as cruzadas furando o cerco a Jerusalém mataram setenta mil muçulmanos, ditos infiéis. Com a cruz alongada em forma de espada sangraram vidas arrebatando órgãos vitais que mumificados decoravam altares com a cruz de Jesus Cristo ali ao lado.
Em nome da Santíssima Trindade, D. Sebastião cheio de fervor religioso e militar, um pouco por todo o Portugal, incentivou os jovens a irem com ele à luta; através desta cruzada, dilatariam a fé e o império mais além das fronteiras da cristandade. E, foi no Alentejo que conseguiu reunir uma grande parte da força militar constituída por 17.000 homens, dos quais 5.000 eram mercenários estrangeiros. De Beringel, D. Sebastião levou toda a sua juventude, ficando ali, só os velhos. Revivendo as glórias do passado, a armada partiu de Lisboa a 25 de Junho de 1578, fez escala em Cadiz, aportou em Tânger, seguindo depois para Arzila e Alcácer-Quibir.
Num hino à liberdade vislumbrei que a vida não faz sentido sem se ter um espaço próprio, de mente liberta; foi ali que toda aquela gente, nata de nobres e da arraia-miúda de Portugal foi destroçada perante um exército de 60.000 muçulmanos. A Beringel, regressou um braço conservado em sal, um claro aviso para não mais ali voltarem. Na linha tortuosa das ruas, casas com barras azuis a limitar em branco as portas, os indícios moçárabes perfilam sombras dos telhados lusos. No turbilhão da história com foices, defini os limites da ordem de Santiago com os cristãos fustigando mouros com suas espadas em forma de cruz. Foi em Alcácer Quibir que se deu início ao reverso da história e, já lá vão 436 anos; Em Beringel, por volta do meio-dia, os perfumes do campo de funcho, poejo e espargo silvestre, adensam seus cheiros a recordar tais nobres tropelias; os sinos, já nem repicam aquelas moengas.
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