ANGOLA - A força da gasosa! - 1ª de III
A HIPOCRISIA DE UM JORNALISMO ALIMENTADO PELA GASOSA
As escolhas de
Por: Fernando Vumbi
Não tenho nada contra o jornalista que por ter fome e não saber como alimentar a sua família peça uma ajuda ao patrão para qual ele trabalha, num país onde uma boa parcela dos cidadãos chegam a ficar anos inteiros sem ordenado. Quantas relações já se romperam, quantas famílias foram destruídas e quantos maridos já não foram traídos porque os tempos hoje são outros e já não há lugar para o amor com barriga vazia? Mesmo, se vivendo num país onde o roubo até compensa logo que este seja apoiado, garantido e partilhado com algum membro de um governo cheio de corruptos e malabaristas refinados; o pedir um pedaço de pão ao patrão é sempre melhor do que roubar.
Para ser sincero, como angolano que sou, não tenho nenhum orgulho pela qualidade do nosso jornalismo; se calhar por estar habituado a uma imprensa, onde os jornalistas dizem e escrevem o que pensam livres de qualquer censura. Não quero com isto dizer que não tenhamos bons jornalistas; só que muitos, vivem sob forte pressão e quase permanentemente com o coração nas mãos por receio de que mais um dos seus editoriais ou comentários, possam ser mal interpretados pelo sistema. Um procedimento à revelia disto, pode traduzir-se em mais um prego em seu caixão.
Muito embora a vida dos jornalistas que não defendem a linha editorial do regime esteja constantemente em perigo ou nas mãos dos que mandam, mesmo assim, ainda são muitos os que merecem o nosso respeito e admiração pela contribuição que têm dado a Angola. É preciso saber diferenciar uns de outros; não é difícil apercebermo-nos de quais são os jornalistas sempre prontos a estender suas mãos à tradicional gasosa do cliente governamental, prostitutos na verdadeira essência da palavra!
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