FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
As emboscadas dos filhos da terra
BATALHA DE GUARARAPES
Já com 1300 homens, tiveram a seguir uma nova vitória a Janeiro de 1654 no engenho Casa Forte dos Mafulos.
Em Setembro de 1645, os “Luso-brasileiros” isolaram a capital do Brasil Malufo deixando seus habitantes à mingua; Johan Nieuhof, alemão residente em Recife, testemunha que “os gatos e cachorros, dos quais havia em abundância, eram considerados finos petiscos. Viam-se negros desenterrando ossos de cavalo, já muito podres, para devorar o tutano com incrivel avidez”.
Algumas atrocidades entre os cítiados atingiram foros de bestialidade como alguns descritos existentes no Instituto Ricardo Brennand; descrevem actos cometidos pelos holandeses e índios antropófagos seus aliados: - Foi-lhes entregue para alimentação, corpos das vitimas feitas por seus soldados. “Selvagens Tapuias a quem animavam como a tigres ou lobos sangrentos, e diante de seus olhos, comiam os corpos mortos daqueles que haviam matado”.
D. João IV não tinha efectivamente escolha quanto à decisão de resgatar Pernambuco para Portugal porque, sem o açucar do Brasil, não teria como pagar aos exércitos incumbidos de defender a fronteira continental dos beligerantes espanhois. A perda do Brasil, envolveria o desaparecimento de Portugal como nação independente.
Os Mafulos tinham em seu contigente militar, mercenários francêses, alemães, polacos, húngaros, inglêses, e de outras nações do Norte, todos versados e experimentados nas clássicas guerras de então da Flandres e Alemanha. Desonheciam a tocaia, a guerrilha de arco e flecha, o ataca e foge em matos dificeis; para eles era uma guerra desmoralizante pois nem sempre divisavam o inimigo.
Um cronista de nome Pierre Moreou, testemunha presencial daqueles dias de cerco no Recife em continuo bombardeio de artilharia feito pelos inssurectos Luso-brasileiros refere: “Todo o Brasil é povoado com numerosos guerreiro, sabem como subsistir e vivem do que a terra produz de forma abundante, prescindindo dos produtos da Europa o que é impossível aos Holandêses que não têm senão soldados de carreira, recrutados em diversas nações, mais comprados que escolhidos de cuja fidelidade não se pode fiar. Pouco adaptados aos costumes e ao clima diferente de seus países, não conhecem atalhos e nem o local apropriado para emboscar.
Os portuguêses ao contrário, nasceram aí em sua maioria, e são robustos, um mesmo povo, os mesmos costumes, as mesmas crenças e compleição auxiliando-se uns aos outros, não deixando de valorizar a terra aproveitando-se dela. Conhecem os menores recantos e basta-lhes esperar seus adversários em determinados locais e, abatê-los.
Enquanto decorriam as vitórias nos Montes Guararapes pelos inssurretos de Pernambuco a moral das tropas Holandêsas entravam em declinio descrevendo-se assim os acontecidos: - “ Os combatentes Luso-brasileiros por natureza ágeis e de grande firmeza nos pés, são capazes de avançar ou bater em retirada com grande rapidez, com ferocidade natural constituidos que são de brasileiros Tapuias, mamelucos, etc.,... Todos filhos da terra.
O governo do Brasil Holandês capitulou a 26 de Janeiro de 1654 tendo sido então o mais importante registo da História Militar de toda a América do Sul; depois deste acontecimento há a salientar de relevante saga, a libertação dos cinco paises americanos por Simon Boliver.
Após a capitulação de Recife, os moradores aclamaram a liberdade contra a dominação Holandesa e, a 7 de Outubro de 1645, os homens de guerra de Pernambuco lavraram certidão de aclamação a João Fernandes Vieira como Governador da liberdade.
Restaurado o domínio Português sobre os mares do Atlântico Sul e, após a conquista de Luanda, o conflito entre Portugal e os Paises Baixos ficaram confinados ao campo diplomático tendo como o mais notável embaixador em Haia, Francisco de Sousa Coutinho.
( Continua... A reconquista de Angola ... X)
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