FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
O Velho Chico e o Padrea Cícero
Padre Cícero . O padrinho de Lampião
Autoridades próximas de padre Cícero fizeram apelo a este para chamar seu afilhado Virgolino Silva; este acudiu conjuntamente com cento e cinquenta homens sendo recebidos em Juazeiro em ambiente de festa. Já com fardamento de militares receberam a promessa de amnistia para todos tendo Lampião recebido a patente de capitão. Seu irmão António Ferreira foi nomeado 1º tenente, Sabino teve o posto de 2º tenente, Luís Pedro o de 1º sargento e o descritor desta passagem, José Ignácio Vieira, de alcunha “o gato”, o posto de 2º sargento.
O resultado daquelas medidas vieram somente a reforçar a posição de Lampião; este recebeu armamento novo oxigenando os ânimos: - numa contenda política na luta contra o embrião contestatário daquilo a que veio a ser o Partido Comunista Brasileiro.
No meio de ineficientes quadros miscigenados com outros valores, a adesão de Virgolino deu em nada; uma grande parte do grupo abandonou as forças da lei e voltaram à sua habitual conduta rebelde de freios soltos, ditando novas leis pelo sertão. Acobertados por coiteiros de todas as classes mas, principalmente pelos muitos “coronéis” de então, sentiam-se os senhores do mando.
Este homem casou com Maria Bonita natural de Malhada da Caiçara no estado de Bahia, não muito distante da cidade de Paulo Afonso. Hoje, um dia de Março de 2008, pode ver-se no jardim das mangueiras desta cidade, um monumento em granito com uns três metros de altura a homenagear essa figura de mulher, que veio a ser degolada ao lado de Lampião em Angico.
Com um calor intenso, descansava eu a uns escassos trinta metros deste monumento e, sucedeu meter conversa com o Senhor Falcão; um aposentado, indignado com a feitura daquela figura; que não havia o porquê de aquela mulher, estar ali em destaque deixando de lado milhares de mães que andaram pelo lado bom da vida. Quantas outras mulheres não tinham de sobreviver nas dificuldades do sertão criando seus filhos; disse-me que aquela homenagem era uma afronta ingrata induzindo ao erro o cidadão. Por aqui ficamos matutando enquanto nos aproximávamos da igreja da Nossa Senhora de Fátima para assistir à missa de domingo.
O Interventor Osman Loureiro de Farias, que exerceu o cargo entre 1935 e 1940, ficou com a glória de eliminar Lampião através da Volante Alagoana estacionada em Piranhas e, comandada pelo tenente João Bezerra no estado de Sergipe e, no lugar da Fazenda Angico.
A 28 de Setembro de 1938, um telegrama enviado de Piranhas pelo prefeito local Corrêa de Brito, dava conta que os volantes aspirante Ferreira, sargento Aniceto e tenente Bezerra, que comandava ao grupo composto de quarenta e cinco elementos, emboscaram no covil de Angico Lampião e seus cinquenta e sete cabras; às cinco da manhã foi disparado o primeiro de muitos tiros que resultaram na morte de onze bandidos, entre eles duas mulheres a saber: - Virgolino, o Lampião, Maria Bonita sua companheira, Luís Pedro, Ângelo Roque, Eléctrico, Caixa de fósforo, Mergulhão, Cajarana, Diferente, Enedina e um outro não conhecido. Houve uma baixa do lado volante e a contenda terminou com a fuga de todos os restantes meliantes.
Findou aqui o homem cujo facão tinha mais de cento e cinquenta ranhuras (só em 22 de Maio de 1931 tinha 113); A sua vida foi ditada pela sociedade de então, se não tivesse sido essa lendária figura de cangaceiro morreria como um desconhecido almocreve de Delmiro Gouveia transportando uma incógnita vida de simples campesino para um e outro lado o sisal, a palma, o algodão ou as muitas fibras para fabricar tecidos.
( Continua... José Baiano... XXIX)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA