FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
A colonização do Nordeste Brasileiro
NOSSA SENHORA DA APARECIDA
Havia a preocupação expressa nos seguintes termos: “ Cuideis muito que eles sigam a sua condiçam acostumando-os ao trabalho e cultura das terras na forma que praticavam nas ilhas, porque nam sendo diferente genero de trabalho, e indo acostumados a ele, nam ha motivo para que nam cultivem pelas suas mãos as terras que se lhes repartirem, evitandose asim hua ociosidade muito prejudicial”.
O “oficio” do cultivo da terra, até aí aviltante, passa também a ser uma forma digna de acesso à honra.
Com casais das ilhas, procedeu-se à fundação de aldeias e vilas na Amazónia e ilha de Marajó.
Com o propósito de casarem portugueses com índias, neste processo de colonização, vemos ao longo do Amazonas, rio Negro e Solimões, povoações com os mesmos nomes de Portugal tais como e de juzante para montante: - os povoados de Soure, Portel, Porto de Mós, Almeirim, Alenquer, Óbidos, Faro, Silves, Moura, Barcelos, Santo António do Iça, São Paulo de Oliveira, Borba, Santarém, Monte Alegre, Bragança, Viseu, Guimarâes, Alcântara ou Alter do Chão.
Este listado de nomes transpostos do Continente induzem-nos na lógica de que foram destas povoações de Portugal e Ilhas Insulares da Madeira e Açores, grandes ou pequenas, que saíram os primeiros povoadores. Foi esta incógnita gente que engrandeceram e perpectuaram um bastião que agora é património Brasileiro. Não me parece ser de bom tom o cidadão Brasileiro esquecer estes ascendentes e menospresar tamanha dedicação à sua saga.
Vale a pena transcrever um extrato de carta enviada a 5 de Fevereiro de 1750 pelo Juiz de Fora de Belém do Pará, João Inácio de Brito Abreu : - “ Com o mayor numero destes cazaes, se estabeleceo a vila e S. José de Macapá, que hoje com alguns outros moradores do Estado e soldados cazados com as povoadoras passa a ter cento e setenta vizinhos e he certamente o mais util estabelecimento neste Estado, pois lhe serve de chave por ser fronteira aos francêses...”
IV – A COLONIZAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO
Corre o ano de 1550; o donatário Duarte Coelho, preocupa-se em contratar operários especializados e peritos madeirenses encomendando para o efeito, maquinaria para o fabrico do açucar comprovando-se a presença de um importante mestre de açucar madeirense de nome Manuel Luis.
Desse então, há uma carta de Pero Borges dirigida a D. João III (1521 – 1579): “... nesta capitãnia de Porto Seguro, alguns homens que tinhão e têm suas molheres no reyno e nas ilhas haa annos, he estão abaregados publicamente com gentias da terra christãs outros com suas próprias escravas tambem gentias de quem têm filhos...” Facto sobejamente comprovado.
- Meu próprio avô (do relator) materno, Manuel Lopes Loureiro, emigrou para o Brasil algures lá pelo ano de 1930, “abaregou-se “ com uma indígena algures em terras da Bahia e legou 2 filhas à familia Lopes Loureiro; ouvi falar em pequeno nestas tias brasileiras e do meu avô têr regressado já muito debilitado e “tisico” para referir as palavras certas escutadas nesse então. Sem dinheiro para se tratar creio ter sido levado para o sanatório do Caramulo para respirar ar puro mas, chupado de amarguras entrelaçadas na saudade das noites quentes, cachaça e quanto baste, mirrou-se de morte. Sõ me lembro da foto amarelada, sua estatura alta, bem aparentado e bem penteado a preto e branco, tendo uma bigodaça retorcida para riba e, uns olhos brilhantes.
Talvez o terno (fato) com camisa branca daquela foto de meu avô, fosse o mesmo que levou no caixão; um homem de nariz e perfil beirão, descendente de gente normanda. Isto, é tudo quanto me foi legado. Uma visita a casa de uns primos meus nos arredores de Viseu do Puto, deparei com um velho quadro mostrando Nossa Senhora da Aparecida (negra) tendo no roda pé inferior deste, dois pescadores em um canoa recolhendo o pau negro, busto naufragado daquela Nossa Senhora em águas dum lago brasileiro.
Algures, num sítio perto desse lago do Brasil, meu avô andou talvez, servindo de carreteiro levando leite de casa
Tal como meu avô, quantos carpinteiros, calafates, torneiros, ferreiros, serralheiros, almocreves, carvoeiros, serradores, cordoeiros, cavouqueiros, besteiros, pedreiros, ou oleiros não ficaram nesse mundão do Brasil.
( Continua... A emigração contemporãnea... XIII)
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