POVO IMBINDA - V
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Os grandes senhores
FLEC nas matas do Mayombe
A acção católica desenvolveu-se a partir de cinco missões masculinas e três femininas. A saber: Cabinda, Zenza do Itombe do Lucula, Lândana, Belize, Necuto, Nossa Senhora do Mundo, além de muitas capelas espalhadas pelo território.
A moral tradicional dos Cabindas visa basicamente comportamentos tendentes à coesão e fortalecimento da família, da etnia. Por isso o argumento da obrigatoriedade é a tradição dos antepassados.
A mulher casada ou amancebada é obrigada a guardar fidelidade ao marido ou ao companheiro. O homem, porém, não é obrigado a guardar fidelidade à esposa ou à companheira.
A junção da última sílaba de Mafuka com Binda, nome de um importante dignitário do Rei Ngoyo, dá Kapinda que pela semântica se tornou
Segundo antigas crónicas e narrativas de viagens, os dignitários, fidalgos e titulares Cabindas eram imensos. Os mais comuns, porém, nas diversas cortes destes Reinos eram: Marubuku (Vice-Rei), Makaia (sucessor presuntivo do Rei), Mafuka (ministro do Comércio), Mucurata (urna espécie de ministro de guerra), Samário (cobrador de impostos), N´gúvulo (primeiro intérprete do Rei e seu porta-voz), Maukaka (chefe de polícia), Mangovo (ministro dos Estrangeiros) N´kotokuanda (espécie de procurador-geral e advogado público). A Corte era, via de regra, composta por cerca de meia centena de «GRANDES SENHORES»
Os Reis de N´goyo concediam títulos diversos às suas gentes que se notabilizavam por serviços prestados aos povos ou aos monarcas. Citam-se alguns de que o Príncipe D. Domingos José Franque, ilustre Imbindense (descendente de D. Francisco Franque, um nobre, coronel honorário do Exército português), refere no seu livro «Nós, os Cabindas», editados em 1940.
Mambuco: espécie de Vice-Rei que governava na zona litoral. Bona-Zanei: uma autoridade especial que tinha poderes para perdoar penas, inclusive a de morte. Mafuka, Mambondo e Mancafi - títulos apenas concedidos a fidalgos do litoral. Mas existem ainda outros títulos, como: Capita, Furcico e Mongovo Velho, atribuídos a indivíduos em recompensa dos serviços prestados ao Reino.
Existiam também os Bimpabas. Estes, porém, integravam o governo e a sua missão equivalia à dos diplomatas que, credenciados para o efeito pelos Reis, tratavam de assuntos noutros reinos.
( Continua .... VI )
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