FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
EXPEDIÇÃO "Angola,terra da Gazosa"
"Alto liro.Lobito à vista"
ALTO LIRO
Na geografia natural seguem-se os rio Evale, fronteira do Quanza Sul e não muito longe o rio Colango aonde paramos e provamos cocoto, fruto da matebeira; cá para mim aquilo de tão rijo só dá mesmo para enfeitar centros de mesa ou chapéus de dama exótica e, brasonada.
Foi aqui, no Colango que vimos indicação de minas em tabuletas vermelhas de caveiras brancas e, com pedras pintadas de branco a dar indicação do lado ruím além berma em ambos os lados da ponte. Aqui compramos aos acantonados da Unita umas quantas perdizes por 50 kwanzas cada e mais uma tua; estes faziam por ali desesperos de nada recheados de moleza rota e mal paga.
Mais à frente...
Muitos buracos...
Os táxis e candongueiros das "piruas" passavam por nós desafiando a gravidade, como batiscafos alguns ultrapassaram as indefinidas bermas e desmantelaram-se nos capins e cajueiros; andam que nem loucos estes chapas cazucuteiros; vimos vários nos capim ainda cheirando de desastre fresco.
Foi a partir do rio Balombo ou, melhor , lá atrás na Kanjala, aonde começou a dança, aonde parámos para provarmos as frias Nocal, Eka ou Cuca à sombra de uma grande mulemba; mesmo ao lado do hotel aonde o Jimba passou a sua lua de mel e, do outro lado do rio lá estava o bananal do Setas.
Demoramos seis horas contornando buracos nos 180 quilómetros, sendo os últimos oitenta os piores A cassete enquanto desprendia musica na perplexidade de tanto solavanco e, no recordar de palavras memorizadas de sal sujo, com as matubas (testículos) pisadas o “havemos de voltar “ incubava-se de vontade; entretanto as canções dos Irmãos verdade “ Deixa eu entrar no teu coração “ ou o “Ka Bu Fronton “do Jota Neto e mesmo “Os amigos da Onça” do D.j. Rafa e Isidora perturbavam-me.
Passado o cruzamento da estrada que liga ao planalto central através do Bocoio via Bailundo segue-se o desvio para a barragem do Biópio no rio Catumbela a montante dali, o Alto Liro do Lobito já estava próximo. Era este o caminho de destino às acácias rubras e buganvílias de Benguela.
Sem ter chegado à nascente do Nilo ou Zambeze , tal como Livingston e, ressalvada a lonjura no tempo e no espaço, também parte do meu coração vai ficando por ali em dedicação e fidelidade canina a África, terra de largos gestos!...
Bien?...prego no fundo que já cheira a maresia.
( Continua... Angola, terra da gazosa...XI )
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