FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
EXPEDIÇÃO "Angola, terra da gazosa"
“Benguela, terra das acácias rubras"
ACÁCIA RUBRA
O lixo era por demais naquela descida para o sapal do Lobito, era-o de um lado e outro nas encostas do morro que nos levava lá abaixo . A estrada no final não se distinguia do resto e a gente era mais que muita no meio de uma suja poeira e fumo desmaiado de tendas mal amanhadas; ali bem perto e do lado esquerdo corriam umas águas vindas do Alto Liro, dos esgotos claro! ou, nem tanto, pois que talvez estivessem filtradas pela terra ou então uma rotura nas águas domésticas porque estava a ser recolhida em baldes e já se via um Jeep luzidio da lavagem!
De um qualquer lado, bancas de bolos de batata doce e mandioca desprendiam odores fortes mas, do lado esquerdo, estava uma negra e abandonada ruína que em tempos foi bloco de apartamentos. Talvez!
Neste redor de muitas coisas e dúvidas senti uma náusea, uma multidão de gente barafustando ou incitando, rodeava um negro de aspecto encorpado, que tombado rolava no chão ensanguentado; não sei o que teria originado aquele bate e chuta de alguns ou de todos mas, correu-me um calafrio pela tardoz coluna e, os senhores dois polícias que ali estavam, a escassos trinta metros se tanto, nada pareciam ver; ali havia coisa de roubo mal sucedido porém, o nosso guia Bien também de acostumado continuou sem nada dizer; conclui que a justiça popular estava a seguir as normas.
Daquela parte e do envolvente não gostei e, quando olhei para trás as barrocas estavam apinhadas de cubatas. Seguiram-se as lagoas de imundas margens, os barracões armazéns de todo o género de mercearia e bebidas que os Libaneses controlam; todo o grande armazém dizia-se ser de um Libanês.
A dona Andresa esperava-nos de refeição posta; sabendo das carências nos caminhos ultimou um repasto de muitas iguarias e as frias e gulosas cervejas; A restinga, o barco no ar, o porto, o clube náutico, as casuarinas e os bares da pontinha estavam de melhor agrado do que tudo o anteriormente visto; dou nota positiva a este istmo a que chamam ilha mas o resto fica amachucado.
Noite entrada e já para lá da Catumbela a policia fez alto ao nosso carro, ou melhor o do Bien e eu nem saí pois sabia que teria de forçosamente haver uma conversa longa de convencimento e respectiva gasosa pois que os motivos eram por demais evidentes. Da parte de trás o carro era fantasma, só tinha escuro de noite e fuligem de má combustão, luzes nem uma, luz de stop nunca tinha sido necessária mas, agora o policia não saía das más conclusões e só a promessa de arranjo e o cuidado a ter com a outra patrulha mais à frente fez deslizar o desejo em vontade e o agrado ficou registado com uns quantos kwansas. Entretanto a meia hora perdida passou-nos à frente e deu-nos luz.
( Continua... Angola, terra da gazosa...XII )
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA