CORRESPONDENTES DO KIMBO
*MALEMBE-MALEMBE*
As escolhas do Exmo Embaixador do Kacuacu
“Jacaré kianda Bonibioni da Katumbela”
LUANDA . ROQUE SANTEIRO
Pópilas!...
Juca Kat´chipemba falava dos antigamente, naquele linguajar próprio de quem só sabe falar, das cuesas que lhe mexiam na cabeça e que não estava mesmo certo; a todo o momento jurava que, sim patrão, jura mesmo, o país num anda; só caminha.
E, eu ali estava, bem por demais, debaixo daquela mulembeira do Kacuacu; nos frente era só capim e, lá muito no longe, despois dos embondeiros e os mato cheio de bissapas, se viam as luzes do lusco-fusco de Luanda.
No despois do almoço do Lifune de cacússu com mandioca de funji, por ali ficamos, só falando e rindo no catravés doutros tempos, de quando nós éramos candengues e garrávamos rabo-de-junco e piriquitos juntos e, dávamos berrida nos lagarto pintado de colonialista, vermelho e verde, sempre sustando a gente nos pedra dos cajueiro e os maboque que garrávamos na estrada de Catete!
Haka! (...) Patrão, tem saudade daqueeeele tempo, jura mesmo! (...) Agora esta terra só tem kissonde rico! No resto, tudo nas maioria, é mesmo pobre.
Angola, sendo duas vezes maior que Espanha, com aproximadamente 16 milhões de habitantes, 70% da população vive com menos de 1,7 dólares por dia. Sendo Angola o maior exportador de crudo de petróleo, a riqueza só está na mão de uns poucos.
Angola com uma economia forte e crescente, é um país de contrastes com um comportamento raro social tendo 80 % de pobres com extrema penúria, comparaveis à população do Haiti e, tendo uns poucos muito ricos, inchados de prepotência; estes apresentam-se aos demais com carros do ultimo modelo de vidros esfumados. Que se saiba, há um carro todo em ouro de um desses magnatas de factor P3: “ prepotência, poder e petulância”.
O aluguer de um pequeno estudio do tipo A zero tem o preço absurdo de 3000 dólares ao mês e um simples quarto de uma qualquer casa de bairro de Luanda, fica por 250 a 300 dõlares por mês. Estes preços excessivos tornam Luanda na cidade mais cara do Mundo; ainda mais que Tóquio ou Nova York , um absurdo!
Estando Angola num surto de desenvolvimento superior a 14 %, tornando-a no país com maior ascenção por via do petróleo, apenas 15000 cidadãos têm emprego fixo e estável. Serviços básicos de fornecimento de água, energia e recolha de lixo, são sumamente defecientes.
A “Luua” não só é cara como insegura e, não o é só para estrangeiros; os cidadãos nacionais sentem isso na pele, no dia a dia. O estrangeiro é olhado de vies e a ele é-lhes exigido todo o tempo a factidica “Gasoza” e sofre algumas contrariedades perante os angolanos kamundongos. Os naturais de Luanda “menos cultos”, matumbos, retaliam com minudezas linguisticas (uatobam) e giria os não nacionais entre os quais os tugas, portugas, besugos, gwetas de tugi, mazombos do puto. Os Chineses então, nem falar, ficam abaicho de cão e chamam-lhe os canibais,... Os mujimbos dizem que comem gente nos pik-niques com tira gosto de cobras e cachorros em espetadas entremeadas de pimentos e outros vegetais. Pópilas!
Contra “os xinas” os “muxoxos” do povo até espirram canivetes de jindungo. No bairro da lixeira (dixita da Luua), chamam aos amarelos de “diquixes” (monstros de mil cabeças)
Na Luua aonde acontecem comportamentos absurdos, o lixo transborda nas avenidas, nos muceques, nas praças e pracetas. Pode comprar-se pasteis em bancas improvisadas tendo ao lado um rio de água de esgoto correndo a descoberto.
(Continua....)
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