FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Os pobres vivem do esbanjamento dos ricos
“O silêncio do lado de fora”
T´CHINGANGE
Torna-se muito difícil gerir as nossas vidas num sem fim de leis, regras e obrigações que se transgridem no dia a dia, fruto de exigências muitas vezes descabidas. Ficamos demasiadas vezes à mercê dum qualquer senhor, que sempre ou naquele momento se julga o maior conhecedor dos parâmetros certos.
E,... Como ficamos pequenos naquele preciso momento e, um nó de fúria na garganta!
A falta dum chapéu num dia de frio pode despoletar atrofiamento de uma veia e mais tarde ser objecto de uma embolia; somos tão pequenos neste mundo cósmico que aflige ver ao nosso redor pessoas como nós, sentirem prazer em subestimar a todo o tempo o seu semelhante.
Na medida tempo, usar a mente revela-nos o infínito numa quarta dimensão feita de prognósticos, uma projeção do passado no futuro. O passado projecta um futuro imaginário de medo; um fantasma mental que pode originar insanidade corroendo a saúde e a vida.
Na convicção de sentir o ar entrando e saindo do meu corpo, aceitando o tempo presente, tento matar o passado a cada instante. Não é fácil!
A sociedade de envolvimento conduzida pelos “midia / informação”, passa a vida esperando para começar a viver. Há um lactente conflito interior entre o presente e o aonde não se quer estar; é este futuro projectado que nos reduz grandemente a qualidade de vida.
RECICLAGEM DOS POBRES
O futuro é uma ficção de promessas que nos fazem perder o presente e, quanto mais penetramos no passado, mais ele se nos afigura um buraco sem fundo, o deslize para as drogas reais ou dogmáticas paralizando a disfunção de cada um, uma consciência livre na forma de pensamento.
A verdade nunca o é de valor absoluto, mas na relatividade da afirmação o povo de sempre vai dizendo o que muitos não querem que se saiba. Quando a justiça nos dá lições como a que a televisão nos mostra, ficamos seriamente sisudos, apreensivos e interrogamo-nos: - se tudo fica na mesma, valerá a pena falar?
Recalcados de tanta injustiça alguns poucos, perdem o medo ficando sozinhos ruminando subterfúgios.
Numa hora de serenidade ouço o silêncio perturbado pelo estrebuchar das cigarras com 37 graus à sombra, um vento seco quente a farfalhar as folhas do abacateiro, ressequindo-as.
Só a serenidade dentro de nós percebe o silêncio do lado de fora.
(continua…)
O Soba T´chingange
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