FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Orânia, a miragem de um país.
“Populacão: 700 habitantes.”
UMA NAÇÃO SEM PAÍS
Não muito longe da cidade de Kimberley no Northern Cape, em pleno deserto do Karoo na África do Sul às margens do rio Orange, fica situada a Vila-estado de Orânia. Esta pequena vila com 14 ruas e 700 habitantes mantêm o ideal da comunidade africâner (boêres), manter-se branca e autonoma.
A vila é considerada propriedade da empresa-estado tendo sido adquirida por cerca de 200 mil dólares ao organismo que tutela o assunto das águas, pois que, mais não era do que o acampamento dos trabalhadores de uma represa e canais de irrigação saidos do rio Orange.
Em Dezembro de 1990, umas 40 famílias africâneres lideradas por Carel Boshoff, compraram a abandonada vila poucos meses após o fim das leis do apartheid.
A vila propriedade da empresa é de todos aqueles que adquiriram titulos de parcelas da propriedade e, se tornaram accionistas: têem um presidente do executivo que actua como se fosse um presidente de câmara. O Dr. Manie Opperman exerce as funções de gerenciar a economia e todos os demais pelouros inerentes à sua funcionalidade; para o efeito têm o Ora, moeda com paridade com o Rand, uma bandeira e, o requesito para se ser cidadão de pleno direito é a de ser branco.
Com o sonho de ter uma comunidade livre e segura, Orânia tem autonomia para decidir quem pode e quem não pode viver lá, pois que a empresa-estado tem a liberdade de juridicamente aceitar ou recusar sócios. Como se fosse um governo de verdade decide com autonomia aquilo em que acreditam ser o melhor.
A Vila no seu início era um aglomerado de 240 casas em ruínas, sem água, luz ou esgotos. Um dos directores chamado de John Strydom orgulha-se desse feito colectivo adicionando ao facto o de não haverem cancelas ou muros altos com alta tensão a guardá-los. Eles têm orgulho em serem de Orânia e dão desconto de 5% a quem pagar o que quer que seja em Oras; neste sistema financeiro sobressai a identidade nacional dando autosuficiência econômica ao sistema cativando a moeda Rand que fomenta juros. Gastando com a moeda local fortalece-se o sistema originando empregos. Têm três igrejas, duas escolas, 2 museus, uma estação de rádio e um posto de abastecimento de combustivel. A maior parte dos oranianos têm negocios próprios na Vila e não necessitam de lá sair para ganhar a vida.
São estes os descendentes das muitas levas de Holandêses, Huguenotes que a Companhia das Indias Orientais levou para a Cidade do Cabo quando do início da ocupação em meados do século XVII.
Em Orânia, tudo é escrito em africaans; dizem tratar-se de preservar os valores, a cultura, a lingua e a relegião. Trabalho é o lema dos africâners de Orânia.
A côr laranja, branco e azul são os legadas da antiga República Holandesa à bandeira de Orânia, tendo o desenho de um garoto levantando as mangas da camisa, como se fosse iniciar um trabalho.
O sonho dos Orânianos é a partir da Vila, iniciarem o agrupamento da etnia que está espalhada pelo mundo em um total de quatro milhões de africâners.
Esta nação sem país ainda é uma miragem
(continua…)
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