FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“DOAÇÕES DA GLOBÁLIA “
Até tempos recentes os desastres eram periodos em que as comunidades se solidarizavam com os desfavorecidos da sorte ajudando voluntáriamente sem nada exigir em troca; nesses momentos a sociedade atomizada, era solicita a apoiar quem cruelmente era atingido por uma avalanche, cheia , incêndio florestal ou furacão entre outros tantos cataclismos.
Hoje, os desastres são cada vez mais o oposto disso. Eles, os desastres proporcionam um futuro ainda mais nefasto por via da usura do empresariado da tragédia que implacávelmente de forma benemérita compram sobrevivência.
Como um espólio de guerra os governos em nome da reconstrução lavam situações de companhias privadas com quem se emparceiram dando-lhes perdões fiscais em anuncios de programação com investimento na ajuda que é escassa ou, nunca chega ao verdadeiro necessitado.
A justificar o empenho cortam regalias adquiridas a funcionários, reformados, estudantes, fecham escolas, reduzem salários metaforseando doações em subsidio dependência a empreiteiros, sempre esventrando o cidadão pobre, o trabalhador inchado de impostos.
JOHANESBURGO
O cidadão, sugeito a inúmeras violências fica empobrecido aonde quer que o “capitalismo de desastre“ chegue; quando assim acontece, só os empreiteiros da desgraça, promíscuos com os poderosos crescem. O dinheiro fácil dessas benesses termina num desenvergonhado partidarismo e sequente afrouxamento de regulamentos estabelecidos.
Cada vez mais a sociedade fica dividida entre os protegidos e os condenados, os incluídos e os excluídos.
Após um desastre, milhões de fundos públicos vão direitinho para consultores, poderosos construtores e lóbis “corvos da agonia”; serão aqueles que “ajudam” a limpar o bairro por regra excelente para a construção dum condomínio fechado.
Em Nova Orleães (USA) sucedeu tudo isso usando a tempestade do furacão Katrina como desculpa a que chamaram com desplante de “destruição criativa”.
IMBONDEIRO . UM CONDOMÍNIO DE CUCOS
É fácil imaginar um futuro aonde cada vez mais as cidades vêem as suas infra-estroturas, negligênciadas ou destruidas por um qualquer dsastre (natural ou provocado) que depois são abandonadas para apodrecer sem que os serviços exênciais sejam reparados alguma vez ou mesmo reabilitados. Um dia aparecerá um magnata da desgraça a oferecer três tostões por aquilo.
A realidade que observei no centro da cidade de Johanesburgo na África do Sul, completamente abandonada, com arame farpado em edificios de janelas tapadas com improvisadas chapas, é bem um cartaz de negligência a condizer com um desastre. O que em anos atráz eram belos edifícios, é agora um amontuado urbano de bolor de visão mortifera.
Bolas! Isso vai sêr um negócio da china.
Bibliografia de referência: A DOUTRINA DO CHOQUE de Naomi Klein da Globália
(Continua)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA