FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“ A presa da Moura”
PRESA DA MOURA
A origem desta pequena represa junto à praia de Vale da Lapa, pelas argamassas usadas juntando as pedras, leva a crer remontarem ao período de dominação romana. As técnicas usadas em construção nos séculos I a III antes de Cristo e o coliseu de Roma que se manteve em funções até à queda do Império no ano de 476, são em tudo semelhantes a esta argamassa. Esta tinham uma percentagem de gesso e cal aérea ao que se juntava aditivos de gordura animal, ceras e resinas do látex da figueira que aqui havia em abundância. Pode perfeitamente ter sido construída quando das reconquistas de localidades importantes tais como Évora, Beja, Badajoz e Sevilha.
Ao longo da costa havia necessidade de criar condições para a salga e conserva de peixe pelo que, as linhas de água potável eram usadas como abastecimento aos residentes, marinheiros, guardas das vigias e zeladores de salinas.
A TORRE DE VIGIA
A presa da moura, originalmente deveria ter uns seis a sete metros de altura o que me leva a supôr provocar uma reserva de 15.000 metros cúbicos de água potável.
A costa era frequentemente fustigada por ataques de mouros, leoneses e portugueses da Lusitânia; como um primeiro aviso às invasões por mar havia as vigias que se alinhavam ao longo da costa em toda a bacia Sul do Mediterrâneo e costas da Ibéria.
A seguir à queda do Império Romano, os Visigodos tomaram dois terços da península Ibérica na parte Sul e aqui se mantiveram entre os anos de 418 e 741, data da invasão Muçulmana substituindo o reino visigodo de Al-Andaluz.
O LEGEDO DO EIRADO E A CISTERNA
Foi a partir do século VIII que as lendas das mouras encantadas que guardavam tesouros, a que se associaram florestas, rochedos, serras e fontes, numa tradição oral que prevaleceu nos cultos pré-cristãos chegando até os nossos dias. Assim, podemos encontrar lendas de mouras em toda a costa Sul da Ibéria como a lenda da Moura Salúquia da actual cidade de Moura que em 1554 recebeu o título de Notável Vila de Moura, por D. João III de Portugal.
Depois da invasão árabe, entre a lenda e a história, constatou-se em vários lugares a importância duma Moura.
Há no Vale da Lapa umas quantas levadas nas encostas pedregosas, construidas desde então, que serviam para irrigar pequenas hortas dos socalcos separados por muros de suporte em pedra solta. Creio que a água armazenada naquela represa dava para gerir durante todo o ano as irrigações dos produtos hortícolas.
BAGAS DE AROEIRA
Nesta pequena bacia dos barrancos de Vale da Lapa, há agora o reino da aroeira, a palmeira anã, a erva rasca, travisco, zimbro, as cãndiolas e tantas outras a que chamamos no seu todo de carrascos, resistindo ao calor tórrido de verão pela brisa húmida do mar que entra no lugar da presa, junto à praia.
Algarve é um legado árabe que nos deixou muitas palavras como o oxalá (se Alá quizer) que fazem parte da nossa cultura.
Se houver consciência na preservação dos coutos, reservas naturais e legados históricos, poderemos ainda passear por este património ecológico pertença dos mourinhos, gralhas, melros pegas e cucos, e até zorras (raposas).
(…Continua)
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