BRASIL – A saga do cangaço ( continuação... IX )
7 – A SAGA DOS CANGACEIROS NO BRASIL
A verdadeira saga de bandolismo no Brasil, teve início com Lucas da Feira, um negro nascido a 18 de Outubro de 1807 em Feira de Santana, sete meses após a chegada de D. João VI a Salvador; as invasões Napoleònicas forçaram o principe regente a refugiar-se com toda a corte em terras de Vera Cruz.
Lucas era vesgo e canhoto; observou desde menino o desprezo no tratamento de todos os da raça negra. Forte e grandão procurava vingar-se sempre das crueldades do feitor. Com quinze anos formou um bando de negros, mestiços e matutos fugidos da escravidão reagindo sempre contra quem reduzia os negros à condição de bichos. A feira de Santana em Olhos de Água era o local predilecto nas suas actuações de zaragateiro. Lucas, habituado a vêr o tratamento das mulheres negras e novas pelos feitores brancos, ele, procedia da mesma forma, só que invertendo as cores; assim, invadiu as terras de Francisco Correia, branco, desvirginando as suas três filhas, matando-o quando este tentava defender suas filhas. Apenas o filho do fazendeiro, Joaquim Correia, não foi molestado.
No correr do tempo o bando de Lucas desmembrou-se por deserção ou prisão de alguns, acabando por ficar só.
A 12 de Janeiro de 1849 no lugar de Poço Gurunga, foi aprisionado depois de ser baleado no braço esquerdo com uma descarga de bacamarte carregado de chumbo, pedras e chifre.
Julgado e condenado à morte, foi levado secretamente a Rio de Janeiro para sua magestade D. Pedro II vêr tal rara espécime de gente brava. D. Pedro II, não alterou o julgamento da justiça e, o “Negão” voltou a Salvador tendo sido remetido à feira aonde viria a ser executado. O carrasco voluntário que executou Lucas, foi o tal menino Joaquim Correia, o único sobrevivente da família de Francisco Correia; a 26 de Setembro de 1849 o terror Lucas das feiras deixou de o ser.
Nos tempos do cangaço matava-se friamente por ódio ou vingança; a perca de virgindade de uma donzela sem a prévia anuência da família próxima era motivo de sangria desatada porque estava em causa a honra. A morte não tinha um impacto cruel de desprezo pela vida; defendia-se nesse então, valores tão desusados que hoje, raia a incredulidade.
O bornal do bandoleiro sertanejo, tinha o indispensável para sobreviver: - queijo, bolacha, carne seca, sal, raspadura de cana e doce, tudo adquirido nas bodegas do mato. Ter café no bornal, era um luxo sempre apreciado mas, escasso.
A familia de Lampião “ Os Ferreira”, fez três mudanças para fugirem às contrariedades da seca e injustiças. Virgulino nasceu no sítio de Passagem das Pedras, também conhecido por Ingazeira, às margens do riacho São Lourenço, Município de Vila Bela, Serra Talhada no estado de Pernambuco. Local de cactos como o mandacaru, quipá, xique-xique e coroa-de-frade.
A primeira mudança deveu-se á grande seca; procuraram o padre Cícero em Juazeiro do Norte no Ceará e, por ali ficaram um tempo;
Continua..... (em execução)
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