QUILOMBOS DO BRASIL
há galinhas no porto! - 2ªParte
Nestes cachos a cor de tijolo despintado encontram-se os fujões modernos
Protegidos por rios, charcos e manguezais, com o encobrimento de taberneiros, barqueiros e comunidades de sanzalas vizinhas, faziam chegar os seus produtos às cidades com o alheamento de autoridades que faziam o jogo da cabra cega; estes tinham ganhos nas transacções de fruta silvestre , lenha e artesanias.
Nos dias de hoje, pode apreciar-se na zona de Manaus, este frenesim de movimentação na borda do rio Amazonas e, lá bem para dentro dos rios Negro, Madeira , Solimões e tantos outros afluentes.
O quilombo Malunguinho, nas proximidades de Recife, reuniu além de escravos fugidos, índios, caboclos brancos e foras-da-lei de todas as nacionalidades.
Do Maranhão, passando por Tocantins até Mato Grosso ou Pantanal vive-se o ambiente de permanente condição de provisório; a vida faz-se no balouçar duma rede, fumaça e cachaça. Protegidos pela imensidão dos matos, construiram o Brasil de agora, numa mistura de culturas e gente achinelada, que ali foi chegando.
Pela força de quereres naturais a mestiçagem é concebida sem previsão ou premeditação; simplesmente acontece, envolta em raspadura de cana doce à mistura com deixa andar.
Os Quilombos, em função das suas referências culturais, reuniam-se com a denominação de “Angola”; estes, de fala Bantu, tinham saído do Congo, Angola, Cabinda, Cassange ou Benguela e formavam regiões ou nações como eles próprios designavam. Estas nações, compostas de Bakongos, Zairenses, Kwanzas ou Tchokwes da Lunda ou Ambuilas, junto com pretos de Minas, foram-se fundindo com crioulos e árabes do norte.
Esta mistura explosiva, adicionando árabes fortemente reivindicativos e organizados, na forma de jihad islâmica, foi capaz de originar um movimento pelo retorna à sua África, dando origem aos candomblés e, foi através destes, que fermentaram a religiosidade Afro-carioca, com rituais cristãos, práticas de missionação e cazumbis na cresça do seu N´zambi (Deus).
Os Iombas do norte da actual Nigéria, originaram os Nagôs da Bahia, a que genéricamente se passaram a chamar de Umbandas.
A supressão do tráfico ilegal de escravos, por volta de 1850, foi em parte, o resultado da sublevação destas organizações Umbandas, ao qual os senhores Coronéis, donos de fazendas, engenhos e roças, passaram a enfrentar com medo.
Estamos em 2008!...
Naqueles cachos a cor de tijolo despintado a que chamam de favelas encontram-se os fujões modernos. Usando outros avanços na arte de fazer camangula, fintam a sociedade num outro tipo de capoeira, muito pó, muita bala perdida e medo vendido a granel.
Entretanto, os crioulos, mulatos, filhos escondidos dos senhores patrões e mucambas, originaram este caso social que fascinou historiadores, sociólogos e viajantes estrangeiros, naquele mundo, aonde a noção de raça fugia à catalogação, que então era tão básica.
Eu, em 1955 aprendi na escola que havia quatro raças; O Brasil, provou que esta inverdade, ainda é um preconceito. Os grandes culpados são os portugueses,...só podia!
Quando povoarem Marte vão ver!... uma venda e um português barbudo vendendo antiguidades do planeta Terra.
Escrita por mim em Quilombo - Mata Cavalos, Cuiabá – Mato Grosso
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