CONHECER O BRASIL
D. JOÃO VI visto de lado ( 2ª parte)
Negociantes negreiros, farmaceuticos, tropeiros e demais artesãos esperavam ver um soberano de nobre postura e altivez mas, ao invés disso depararam com um homem demasiado gordo, de mãos papudas, testa grande, bochechas caídas, olhos pequenos e esbugalhados, nariz fino, beiços grossos, pernas curtas e grossas com pés demasiado pequenos para tal figura; da indomentária salienta-se a casaca comprida de gargantilha bordada com algumas nódoas, calças de cetim e chapéu com enfeites de arminho. A vestimenta ao invés de beneficiar a anatomia do principe ainda a agravava mais pois não era suficiente para encobrir a figura torpe daquele monarca.
Ao lado do Príncipe Regente vinha a senhora sua esposa, Carlota Joaquina que de olhos rebrilhantes, seca de carnes num rosto de nariz e queixo compridos, se via feia de amedrontar.
No meio do séquito desleixado, as mulheres apresentavam-se com turbantes a cobrir totalmente a cabeça; era uma nova moda trazida da europa, assim pensaram as mulheres que recepcionavam a corte. Por via da praga de piolhos que grassou em algumas naus, aquelas damas tinham sido obrigadas a tapar as inestéticas carecas. Nos meses que se seguiram, as damas cariocas passaram a usar tal turbante como coisa chique.
A ansiedade do povo de Guanabara, em receber o primeiro rei a pisar terras de América, era tanta que de tudo o que viram amenizaram numa aprasivel e eufórica recepção. Algazarra quanto baste, arraiá, coretos dispersando alegres folguedos de música e inebriante cheiro de torresmos em ar da festa quase brava, logo, logo fizeram esquecer aqueles pormenores anatómicos de gentes nobres e, por sete dias festejaram o acontecimento.
O carnaval teve talvez aqui o seu embrião, pois que os muitos e variados adereços estimularam a fantasia que já fervilhava nas veias quentes da crescente mestiçagem.
Este acontecimento dum primeiro monarca pisar terras de América, teve de ser celebrado na catedral, em acção de graças pelo sucesso da viagem, momento alto com exibição de cerimoniais mais pomposos que o habitual.
Após o beija mão e descanso, por ordem do Conde de Arcos, começaram a ser requesitadas casas para o uso da nobreza e todos os funcionários e militares que acompanhavam o futuro rei D. João VI; para isso iniciaram a marcação das casa escolhidas, escrevendo nas respectivas portas as iniciais PR de Principe Regente. A picardia Carioca que já começava a espandir-se em tertúlias marialvas, logo interpretaram como sendo “Ponha-se na Rua”.
Os doutores de então, farmaceuticos e barbeiros que tinham como condimentos remédios de quimbanda como lixa de lagarto, raspas de corno de bode, dentes de javalí ou olhos de círi, juntavam-se nas vendas tertuliando alegres dizeres da sociedade de então; foram, conjugados com os marinheiros que aportavam
( continua.... 3ª parte em execução)
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