AS ESCOLHAS DA CONDESSA DO KIPEIO T.R.
“ Uma coisa perigosa – 1ª Parte”
MARCK BLYTH
O que significa isso de AUSTERIDADE? - É uma coisa que confunde a virtude com o vício. Isto teve início à dois anos atrás quando o sistema financeiro explodiu; a crise abriu um buraco de dois triliões de dólares no universo financeiro e ao todo, os governos mais ricos do Mundo, gastaram, emprestaram ou financiaram entre 5% a 20 % do PIB dos seus países para salvarem os bancos. Um período de austeridade para alguns provocados pelos fazedores de catástrofes; parece ser uma boa ideia para depois tirarem daí dividendos mas, para a maioria esmagadora dos trabalhadores do Mundo, não é assim. Seguindo o raciocínio lógico de que existe um activo, um passivo e um balanço patrimonial antes da crise de 2008, toda a gente acumulou dívidas; nesse então, fazia sentido endividarmo-nos. Temos por exemplo que os 40% mais pobres da sociedade Americana não tiveram aumento do salário real desde 1979. Estes dados não andarão muito distanciados dos países europeus e principalmente para os povos do Sul, ditos mediterrâneos.
As empresas, sobretudo os bancos fizeram o mesmo mas, os bancos, fizeram engenharia financeira para ganhar dinheiro; ao invés de pagarem as contas “alavancaram” as dívidas ou seja, perspectivaram-nas duma forma diferente. Alavancar, é um pouco como jogar ”o dobro ou nada” no blackjack; se ficou endividado com uma hipoteca, ficará à espera que a sua casa aumente, se achar que há uma grande hipótese do seu valor subir, pode apostar num “tudo ou nada” e arriscar uma hipoteca maior só que, tal como no blackjack, há sempre o risco de perder. Desta forma os bancos criaram montanhas de dívidas, alavancaram o seu valor umas vinte ou trinta vezes mais; é como se tivessem apostado todas as fichas no blackjack, cada ficha era apenas uma promessa de pagamento, então quando as coisas correram mal os governos acharam que tinham de intervir porque os bancos tinham-se tornado demasiado grandes para falirem e, foi aqui que os problemas do balanço começaram. Esta é a razão pela qual esta ideia de austeridade teve dificuldade em ser explicada e, em realidade reconhecer isto não é assim tão simples.
Se você está a alavancar uma divida e os seus rendimentos perdem valor, como a sua casa ou o seu portfólio de derivados do crédito à habitação ou mesmo se for o banco, o conjunto do seu balanço patrimonial vai afundar. Quando isso acontece, quer você seja o financeiro da empresa ou uma mulher-a-dias, caso tenha rendimento, vai querer diminuir a dívida para ver o seu plano financeiro emergir, em vez de gastar esse dinheiro. Isto nesta fase, significa que ninguém está a gastar e, é aqui que o governo é obrigado a entrar em cena. Se todo o sector privado está a tentar saldar as suas dívidas, então o governo eleva-as para compensar. A receita fiscal cai, logo o défice aumenta, os subsídios de desemprego disparam e o consumo público assume o lugar de consumo privado.
(Continua – 2ª Parte)
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