D. JOÃO VI - Visto de tardóz
1ª Parte
Rodando o calço dos óculos para desanuvir as moscas volantes para cima, baixo e lados, dei-me conta que faltava uma vista à figura de D. João VI. A contraluz do candelabro com um cesto invertido fêz-me rever a forma inversa daquele monarca e fêz-se luz do outro lado tardóz.
A partir de 1808 após a chegada da corte de D. João VI, o Brasil tornou-se uma terra de oportunidades aonde se podia fazer fortunas da noite para o dia.
D. João VI, por falta de dinheiro nos cofres no novo reino do Brasil, Portugal e Algarves, necessitou de a troco de dinheiro distribuir títulos de nobreza e outras honrarias de sequente influência na nova sociedade em formação; enquanto que em Portugal continental eram necessários quinhentos anos para um nobre se tornar visconde, na nova terra de Vera Cruz, com quinhentos contos adquiria-se tal título.
Daquele modo, havia marqueses, condes, viscondes, barões e outras insígnias de cavaleiros, mesmo a quem nunca tinha usado esporas nem montaria. As Ordens, ficaram repletas de comendadores.
A nova nobreza exibia suas insígnias no dia a dia e, eram tantos a cruzar-se na rua e a fazer salamaleques de curvar benção que se tornou coisa banal; por tão caricatas actitudes, os fofoqueiros da esplanada ”bataclã” riam fazendo cavalhadas com saudação de vénia.
As insígnias deixaram de simbolizar importância e dignidade aos seus portadores.
Por via desta nobilização aos senhores ricos negreiros e donos de engenhos, D. João VI criou o Banco do Brasil por acções cuja principal finalidade era custear os gastos da nobre corte.
Os previlégios em títulos e prestígio social e favores de retorno, levou gente comum a administrar impostos públicos e, de troca em troca de favores, o desvario continuou nos duzentos anos seguintes; estamos em 2008 e, as notícias dão-nos conta de gestores de banco fazerem lavagens de dinheiro, corrupção, suborno, sunegação de dados, e corrupção activa com formação de quadrilha. Gente a contas com a justiça por crimes daquela índole e por ter sido benefeciado por corrupção de informação antecipada sobre movimentos de bolsa provocando também fuga de capitais.
Os senhores donos de escravos faziam negócio com estes vendendo o seu trabalho em forma de tarefas, por assim dizer eram alugados para fazer recados ou transporte de coisas; para maior despacho no aluguer, o patrão e senhor, fazia acordo de forma percentual no custo com o escravo; sucedia haver escravos que adquirindo bom dinheiro, pagavam sua liberdade ficando na qualidade de alforriados. Estes escravos ficavam livres para fazer o que lhes aprouvesse e até sucedia que se tornavam com o tempo, donos de outros escravos.
( Continua....2º parte )
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