FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“Ovambos”
Owamboland (Parte Namibiana)
Eduardo Costa que foi governador de Angola, logo após a sua posse, procurou ocupar as terras Cuanhamas que estavam em revolta permanente. Logo em inícios de 1904 assassinaram dois comerciantes portuguêses o que levou o governo da metrópole a enviar reforços o que se veio a verificar com a chegada a Junho de 1904 de duas companhias de infantaria, um esquadrão de dragões e uma bateria de artilharia do Puto com mais uma secção de artilharia da marinha com duas peças de 37mm e oito marinheiros comandados por um guarda-marinho. Esta expedição foi entregue ao comando do capitão João Maria da Aguiar então governador dos distritos de Moçamedes e Huila. A 25 de Setembro daquele ano, o capitão de artilharia Luís Pinto de Almeida, assumindo o comando de 500 homens interna-se em território Ovambo vindo a sofrer aquele que ficou conhecido como o massacre do Pembe; uma força avaliada em 15.000 Cuamatos, atacaram aquela força portuguesa tendo dizimado mais de metade dos seus efectivos.
Cuamatos do Pembe
No combate do Pembe perderam a vida entre outros, o capitão Pinto de Almeida, os tenentes Adolfo Ferreira, Freire Temudo, Francisco Rezende, Luís Rodrigues, Matias Nunes, Albino Charlot, Pacheco Leão e Joaquim Rodrigues; do quadro colonial morreram o tenente José Maria Pereira, alferes Manuel de Oliveira e Correia da Silva; da marinha: o segundo tenente João Roby e 1º tenente médico Manuel João da Silveira. A coluna do capitão Aguiar, instalada nas margens do Cunene, estrategicamente, retirou para o Lubango. As notícias do desastre do Pembe tiveram efeitos alarmistas entre a população europeia do distrito da Huila, cujo governador era desde 1905 o capitão Alves Roçadas. A vitória do Pembe por parte dos Ovambos, estimulou outros povos do Sul de Angola no caminho da revolta com a inclusão dos aquém Cunene, da Chibia, Humbe e Gambos.
Alves Roçadas . chegada ao Lubango
As primeiras operações de Alves Roçadas foram dirigidas ainda no ano de 1905 contra o soba de Mulombo que tinha praticado actos de violência contra comerciantes europeus que passavam pelas suas terras. As terras do fim-do-mundo foram um osso duro de roer. Os grandes embates de guerra ainda iriam durar até ao ano de 1920. Os Cuamatos reuniram o máximo de vizinhos sendo estes, no entanto, os mais aguerridos, os mais audazes, sendo até temidos por Cuanhamas e Envales. Este povo Ovambo, ainda tinha a seu lado os Kwambi, muito temidos no uso de arma branca (catana e facão) mais os Ganguelas, Barantus e Himbas ou Hingas que todos juntos seriam uns 20.000 guerreiros. Alves Roçadas distinguiu estes povos guerreiros como sendo merecedores de respeito no campo da batalha. É curioso rever o passado desses guerreiros para lembrar a morte do último desta fusão de povos do Sul, o Umbundo Jonas Malheiro Savimbi há nove anos atrás (22 de Fev. de 2002). A história não pode ser decepada para contento só de alguns, mesmo que isso seja desconfortável.
Jonas Savimbi
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: Batalhas da História de Portugal – Academia Portuguesa de História – Campanhas Coloniais.
(Continua…)
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