VALE A PENA LER
PARA QUE A PLEBE SAIBA:
cunha ? gamanço ? Se estes Senhores fazem o que fazem é porque o POVO PORTUGUÊS se cala e consente. CHEGA! |
PITANGA NA LAGOA AZUL
Na ilha dos amores
Escaldada pelo sol apresentava-se gulosa como a fruta que lhe deu o nome; Gomosa de saliências fazia apitar barcos, sirenes de vapores, sinos de veleiros e campainhas na cabeça dos marinheiros.
Perdidos de amores, os coqueiros esfregavam a brisa assobiando cânticos de sedução àquela sereia que a seus pés se lambuzava de areia fina.
Na ilha dos amores, um lugar distante de tudo, Kapicua por entre pedras, sombras e areia, roía as unhas esfarelando a coragem que demorava a surgir e, sempre que podia acercava-se de Pitanga oferecendo-lhe coco frio com maçaroca de milho cozido; sem cobrar nada saboreava a presença cheiinho de vontade abafada.
Naquele dia a serenidade da madrugada convidava a passear ao longo da margem mas, ele Kapicua andava ensaiando um esquema de conquista, uma coisa assim com estilo de banga.
Kapicua gozava de uma agradável encantamento só por estar ali junto de Pitanga na borda de água; o olho dele não desperdiçava apetites e o espírito exercitava aveludas carícias de pensamento.
As fronteiras da coragem transpiravam incertezas mas, um dia destes iria acontecer, disse ele só para si!
Havia indícios de mudança nas atitudes de Pitanga no decorrer dos seguintes dias e até as poses eram já notoriamente pré-preparadas para espicaçar a ternura de Kapicua.
Neste encantamento viam-se forçados a ir ao mar apaziguar quenturas evidentes; Chapinhavam atiçadas labaredas nas frias águas, como lava de vulcão. O fumo não se via mas o fogo estava prestes a acontecer.
A maturidade de Kapicua adquirida na idade e subida aos mais altos coqueiros, foram-no transformando em timoneiro e, num dia de vento favorável, engalanou coragem dizendo a Pitanga:
- Teu nome é muito bonito! É gostoso demais e,... também gosto muito de ti. Dizia isto com os olhos quase semicerrados, cabeça de lado como carneiro mal morto, dando entretanto afagadelas aos dedinhos do bronzeado pé de Pitanga.
Pitanga retorcia-se de suavidades balouçando o corpo em jeito de provocação desafiadora sem impedir os avanços de mão que Kapicua, entretanto explorava.
As brincadeiras iam-se prolongando sem chave de guarda com abusos consentidos; o puro amor tornava-se propriedade de ambos sem registo nem bênçãos antecipadas.
Progressivamente aprenderam tarefas em comum e da comunidade; os desejos consumaram-se fundindo correntes de ternura sem concurso nem curso previsto.
Ali não havia IRS, autárquicas, taxas de lixo, luz e água, nem tampouco a previdência social, cota do clube e do sindicato ou pagamentos por conta. Livremente subia ao maior coqueiro sem ter carteira profissional, sem pagar seguro ou taxa de coqueirista nem tão pouco tinha seguro e vinculo com a higiene no trabalho e não usava capacete; as atribulações de então não provocavam depressão.
Nem existia registo!
Conservatória era ainda coisa por inventar.
Nove meses passados, nasceu Jussára Pitanga Kapicua, fruto daquele farfalhado amor.
No meio do coqueiral ocasionalmente, descobriram os restos mortais de Jussára; se fosse viva teria agora 333 anos.
Das análises com ciência actual de raios leiser, carbono e outras inovações concluíram que ali bem perto daquele sitio aonde viveu Pitanga, Jussára e Kapicua, porto de pesca actual, tinha sido um paraíso pintado de verde, azul e amarelo da praia.
Agora aquele sítio só tem betão, ruído e turistas à busca daquela história mas, quanto ao amor continua tudo como dantes, frenético e ardente.
Esta, é uma homenagem àquela donzela que antes tinha nome da família da mirtácea.
Na mente de cada um, existirá sempre que se queira, uma ilha de amores!
O Soba T´chingange
O CRAVO HIBRIDO DO TÓ CHARRUA
Tó Charrua, continua a mancar da perna que ficou doente antes da maluqueira chegar a todo o seu corpo; amiudadamente mete-se nos copos e, quando tal sucede, tropeça nele só e, frequentemente enquanto fala, sozinha-se numa conversa sem tino. De cambadela em cambadela luta pela liberdade com todos os carretos e dentes disponíveis.
De cravo na lapela, ciente dos seus direitos de cidadãnia, mesmo quando o álcool o força ao desvario, não perde a bondade; ao cair da tarde pega a caçadeira e percorre uns quantos quilómetros na mira de caçar uma lebre e, entretanto divaga os feitos, após aquele glorioso momento do “vintecinco”. Dali, pode divisar o monte destelhado que ajudou a “desfascistizar” durante a Abrilada.
O tipo, dono daquilo, era um carrasco para os seus trabalhadores e, resulta que, na fúria de um daqueles dias quentes, a raiva deu para aquilo; o homem que Deus tem, voltou do Brasil uns anos mais tarde mas, perante um nada recheado de amarguras acabou por deixar aquilo em mato, o gado foi sendo vendido pela comissão “HADOC” que orientava tudo mas, pouco a pouco o desalento revolucionário foi-se desproporcionando à medida que os subsídios do “PREC” se iam tornando escassos,...(é ele que o diz).
-“Fizeram-se grandes encontros por ali; vinham senhores de fatiota confraternizar connosco, sardinhadas, gaspacho e febras com tintol de Conqueiros. Era um alento a novas perspectivas de combate, uma quase guerra; corriam cartazes com frases revolucionárias que nos faziam heróis”.
Grandes feitos ao lado de barbudos Cubanos, da Sierra Maestra, de “los hermanos que luchavam com nosotros a câmbiar la vida óscura”.
-Tornamo-nos proletários importantes; incharam-nos o orgulho!
Charrua fala alto lembrando aqueles tempos e, nem as lebres parecem perceber estas novas curiosidades dum palhaço falante.( perdoe-se o excesso,...)
Aquele monte ficou conhecido como sendo o ”O dos Ruíns”.
Charrua, chega ao povo já escuro em estado de euforia; as muitas papoilas vermelhas que lhe despertavam um não sei quê de vontade e brotoeja, sem picar bois, sentia-se um pouco abandonado pela Nossa Senhora de Assunção, ermida que tinha ajudado a pintar numa regeneração de mágoa, nunca dita por orgulho.
A fúria proletária daqueles tempos não lhe trouxeram as valias que se podia pensar e, agora, até rezava n´uma de que se calhar, iria ser perdoado; claro que em redor, ninguém via e, ele não era pessoa para quebrar esse passado tão camarada, por isso ainda se dispôs a colocar um cravo na lapela, um cravo híbrido, no dizer do seu cunhado que tem uma estufa lá para os lados de Albufeira.
Neste dia já copado, quase noite, subiu a rampa trôpego, entrou pela ermida adentro e trouxe para a rua todos os santos; A Senhora da Assunção, S. Cristovão, S. Martinho, Santo António, uma miniatura do Padre Cruz e, falando, sempre falando, ia dizendo:
- Coitados! Aqui presos, todo o tempo sem apanhar ar. Venho libertar-vos!
Depois, dispondo-os em circulo, sentou-se nos degraus do adro, acendeu um cigarro do tipo mata ratos e, após uma baforada, discursou com funda penetração num misto de revolucionário e cristão novo:
- Este é o vosso “vintecinco” de Abril, não tenham medo dos lobisomens nem bruxas; eu estou aqui!
Enquanto recordava feitos idos ia-se desculpando até que, se lembrou da Catarina e aí mudou de atitude:
- Aqueles cabrões, deram-lhe um tiro, malfeitores “gêeneerres”; (desculpem pelo palavrão),... então,... não era de pegar em foices?!... gadanhos e forcados para nos livrarnos desses "Pides" e Salazarentos bufos, mais esses macacos todos, fardados de zuarte, empoleinados a caqui!
Eu, que descrevo isto, estou a sentir-me comprometido mas, desculpai-me porque só relato o que me é dado saber,... os bufos,... tudo se deturpava num mundo de medo, egoísmo ou simples malvadez; todos se tornavam prisioneiros de uma vigilância em estado de sítio.
Era um culto de ignorância e mesquinhês com adulteração das liberdades primárias fermentando vergonhas.
O Soares, barbeiro que desconheci, envolvido em "patuscadas", fados e cantorias desgarradas, se estivesse vivo no seu devido tempo, seria preso pela simples razão de ler o jornal ao resto do povo; a morte salvou-o de ser preso.
Voltando ao Charrua já quase com setenta anos, diz-se que tinha uma forte propensão para roubar e, até chegava ao cúmulo de atirar o próprio chapéu para um qualquer quintal para em seguida saltar o mesmo para o roubar; depois, já realizado sentia-se compensado de não ter ido mais longe; era a cleptomania que o atormentava. (ele nunca soube disso)
Charrua é por si só um património que, inventariado dará um bom nome de rua.
De cravo na lapela, carregado de naftalina, lá ia ele cantando, algo que não consegui descodificar:
- Santa Luzia dos olhos,
S. Martinho dos mancebos,
Garvão é terra de negros,
Panoias é burguesia.
Messejana é gravidade,
P´ra falar com cortesia,
Barrigotos de Alvalade.
O Soba T´chingange
ASSEMBLEIA DO CHÃ DA ABROTEA
DIA DO PICA-PICA, 23 de Setembro de 2008
POR VONTADE SERENA DO SÚBDITO M´BIKA KAPUTO, VULGO CANDEIAS, REALIZOU-SE UMA ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA PARA VINCULAR OS ALTOS SERVIÇOS PRESTADOS POR ESTE, NO REINO DE BARLAVENTO.
ASSIM, EM TERRAS DO MORGADO DO REGUENGO E, POR PROPOSTA DO SOBA T´CHINGANGE FOI AQUELE SÚBDITO AGRACIADO COM O N´ZIMBO MUNDAÚ DOS REINOS DE VERA CRUZ E O HONORÁVEL TÍTULO DE SENHOR DO CHÃ.
A DIGNISSIMA ASSEMBLEIA COM NOBREZA, GUARDIÃES, M´BIKAS E HOMENS RICOS, DERAM CUMPRIMENTO Á TAREFA DE RECHAÇAR O CHUÇU DE CABIDELA E O DILENGO CAIPIRA ORNAMENTADO COM OS AMORES DA SENHORA MARIA MINEIRA.
E, PARA QUE CONSTE, FOI DADO AO NOBRE SENHOR DO CHÃ UM DIPLOMA COM CHANCELA REAL, ASSINADO POR TODOS OS PRESENTES.
ESTA AKTA É ELABORADA AFIM DE SER ARQUIVADA NA TORRE DO ZOMBO EM TERRAS ULTRAMARINAS DO REINO DE MANIKONGO.
ESTIVERAM PRESENTES:
- M´BIKA KAPUTO, O SENHOR DO CHÃ; O SOBA T´CHINGANGE; O VISCONDE DO MUSSULÚ; O CONDE DO GRAFANIL; O MARQUÊS DA FIGUEIRA; O CIPAIO-MOR N´DALATANDO; O KOMANDO KAMUNDONGO; O KAMALUNDU DO PUTO; OS NOBRES FUCA-FUCA E JAMBA.
OS HOMENS RICOS DOM FERNANDO HIMAGINÁRIO, DOM MARCO KORREIO, DOM JOÃO VEIGA, DOM JOSÉ PACHECO, DOM PAULO JORGE E DOM JOSÉ NOBRE, DIGNIFICARAM-NOS COM A SUA HUMILDADE E CORTESIA. BEM HAJAM!
O BÉUBEU FINAL FOI CANTADO POR TODOS APÓS O CONDE DO GRAFANIL TER ASSINALADO A MÁXIMA DE “ CADA MACACO NO SEU GALHO ( Ó sima lo sima irikassiriri uahê )” COM ELOGIO Á BOLUNGA DE MEDRONHO
CHÃ DA ABROTEA - BARLAVENTO, TERRAS DO PUTO AOS 23 DE SETEMBRO DO ANO DA DES-GRAÇA.
O SOBA T´CHINGANGE
PATRIMÓNIO SOCIAL DO KIMBO
Aura dos kizombeiros
BAROMETRO KI
No sentido de melhorar o equilíbrio sentimental do Sobado., Nobreza, Súbditos e Guardiães, M´bicas e Homens Ricos, decorridos que são quatro meses após início do Blog Kimbolagoa (13 de Maio de 2008) consultei um Terapeuta da Aura do qual obtive os seguintes resultados:
O Ki, equilíbrio energético, é um conjunto de corpos subtis de 3ª visão com cores padrão. Numa tentativa de descobrir o mérito aos colaboradores no universo Blog Kimbo, chegou-se ao seguinte gráfico:
0 a 3 pontos - Vermelho
4 a 6 pontos - Amarelo
7 a 9 pontos - Azul
10 a 12 pontos - Magenta
13 a 15 pontos - Castanho
16 a 19 pomtos - Verde
20 pontos - Branco no Preto
- DUQUE DO MACULUSSO – 3 – Vulgo Jolixanel – swinguista intempestivo; não aceita criticas.
- COMENDADOR DO VALE DOS REIS – 5 – Trata de raspão, não dá valor ou fica indiferente.
- MARQUÊS DA FIGUEIRA – 6 – Atrasado permanentemente às assembleias; um bom Kamarada; parece que não vê o Kimbo porque, tem muito trabalho
- BARÃO DO LIMPOPO -8 – Trata a borracha por tu, mas, ainda não foi ao Amazonas; A Machamba do Kimbo ainda não o viu.
- KOMANDO HN – 9 - Acutilante nos aktos; sim ou sopas; glutão por sardinhas; não colabora com o Kimbo Blog porque, não tem computador.
- KAMALUNDU – 9 – Importante no dizer; sério e insistente; 100% amigo do amigo; não gosta da traição; pouco participante com o kimbo Blog.
- FUCA-FUCA – 10 – Não brinca em serviço; amigo do amigo; um bom autarca .no futuro próximo; não visita o Kimbo nem faz propaganda;
- M´BIKA KAPUTO – 13 – Esforçado; é um confrade de puro sangue; tem um projecto de plantio de medronho para fazer uma t´chissângua de qualidade superior.
- JAMBA -15 - Homem com H grande; directo e conciso; não gosta de meias verdades; participa com o Kimbo quando os jambinhas permitem.
- CONDE DO GRAFANIL – 18 – Pícaro; paciente e persistente; amigo com A grande; Anda em banho maria esperando subir a Visconde.
- N´DALATANDO – 18 – O Cipaio-Mor patriota; apaziguador; participante; amigo de uma boa tertúlia; escárnio e maldizer são para ele coisas nefastas; com ele, pode-se ir até Marte; domina as partículas, os átomos e os glutões que conspurcam os protões
- VISCONDE DO MUSSULU – 18- O dono da guilhotina; sofre investidas permanentes do Conde; Não fuma o cachimbo da paz com um traidor; Tem fobia ao vinho; adora a cerveja e o “mujito de cuba”; enterra os malandros de pé para não roubarem espaço aos justos (mal de profissão); Pode-se ir com ele até ao Xingrilá, caso haja cerveja.
- SOBA T´CHINGANGE – 20 – O branco mais preto do Kimbo; tem pinta de feiticeiro; Kizombeiro nato; ama Angola com muito maldizer; consegue fazer ”surf “ em seco; amante da tertúlia; inventador por defeito e feitio.
Um pequeno extracto dum texto do Soba
Como um leão suspeitoso agachou-se por detrás da espinheira, espevitou os odores do embaciado cacimbo e pé ante pé galgou uns metros penetrando o olhar para além do muxito.
Tenso de bravura afastou as bissapas, colocou a sua curta azagaia no arco e, com gestos lentos tomou pose de felino; de mão estendida prendia o arco e, afinando pontaria largou o ensebado e tenso fio de couro.
O Soba T´chimgange
N´Dalatando
ANGOLA NO APÓS ELEIÇÕES
M´ tu Yaknight, o patriota
M´tu Yaknight, impregnado de patriotismo quis que o akto eleitoral de 5 de Setembro de 2008, ficasse na sua própria estória. Após a votação andou exibindo o indicador da mão direita cintilando fosforescência como um extraterrestre (ET).
Estava extremamente eufórico por ter votado no seu partido do peito, o Empelá e, queria deixar bem explicita para a posterioridade esta altitude; num repentemente maluco, cortou o dedo metendo-o num frasco com álcool. Colocou este pequeno mausoléu num altar tendo por fundo a bandeira do seu país, com estrela amarela, igual à do seu partido.
Este acontecido, que por ser tão verdadeiro até parece mentira, sucedeu no nº 13 da rua Valódia em pleno Zambizanga. Agora, chega gente de todo o lado de Luanda para ver o dedo defuntado.
- Pópilas, este kamba é por demais de maluco, vou ver este feitiço de tuji para creditar! Quem diz isto, é um vizinho de longa data que assombrado, não encontra explicação para Yaknight sair dos carretos desta forma, amputando o dedo; ficou desamputado com tal.
Para arredondar o orçamento, M’ tu Yaknight amputado, ia cobrando uma gasosa de ingresso para quem queria ver seu ex-dedo brilhante feito pirilampo. A sua luz intermitente e fosforescente fazia-lhe sentir arrepios de vida barulhada, numa satisfação nunca sentida; eram calafrios de perlimpimpim cheios de N´zambi.
- Haka! È mesmo um pírulas cheio de factor P de patriota, carregado de cazumbi, disse Zeca Kapiango desconfortavelmente sentado em um saco de carvão para desentorpecer as quinambas.
- Pópilas! Muxoxava Xico ao Zeca Kapiango meio curvado para assegurar segredo, votaram dia cinco com o indicador da mão direita e dia 6 com o dedo da mão esquerda.
Xico foi um antigo combatente Ovibundu em terras do fim do mundo e por carências várias refugiou-se em Luanda após fuga dum campo de acantonados da Unita lá para os lados do Sumbe; disfarçava ser um cidadão do Muquitixe.
Entretanto a fila de povo ia avançando para o nº 13 da cubata do relampejante ex-dedo do M´tu Yaknight, um verdadeiro Mujahideen dos tempos modernos.
Aquele dedo morto dava luz e, como tal, a imaginação fértil do povo tratou de mudar o nome do Yaknight para Yakvela. O dono do ex-dedo achou que este novo nome tinha muita banga e até lhe dava jeito pois era uma verdadeira regeneração; Ninguém mais o confundiria com um qualquer desqualificado Taliban.
- Sukuama! Esse dedo é mesmo milagroso, disse Zeca Kapiango quando saiu cuspindo repetidas fagulhas de cuspo aos monandengues que lhe gozavam.
Zeca Kapiango tinha cara de sape-sape; os monandengues uatobavam (faziam pouco) de Kapiango parque era um gweta, um sungadibengo feio, fruto duma vergonha antiga da gorda Zéfinha.
Não demorou muito, apareceu a polícia Ninja do Bungo dando berrida naqueles mangonheiros do Sambizanga e Catonho Tonho.
Os inteiramente policias do M, bassulavam com cassetete qualquer transeunte desobediente. Naquele dia o azar saiu ao fim da tarde arrumando a gente fora daquela rua de cubatas à toa. Não era permitido fazer chinfrim na rua.
O partido do M ganhou com 82 por cento. Um vento raivoso corria por toda a N´gola disfarçando a cambulagem.
- Sukua!... Pópilas!... Angola é um exemplo ao mundo; mesmo sem cadernos na urna de boca foram exemplares no uso do dedo.
- Meu,... o kamba Samakuva tem mazé de abrir os olhos, ver o dedo do N´tu Yakvela, corrigir as macas e arreganhar nos conformes. Foi a ultima coisa que ouvi antes de sair dali bazado.
-Tunda à m´chila dizia o ninja cheio de conspiração. De dedo apontado, todo ele era um verdadeiro polícia.
O Soba T´chingange
Será que a ida á lua tb foi uma farça dos nossos amigos Americanos, senão leiam......
Na sequência o resumo das evidências, constate ou discorde:
Bem dá que pensar.......
N´Dalatando
Vale a pena ler as feridas deste país Clara Ferreira Alves - Expresso
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo 'normal' e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são 'abafadas', como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos. Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida? Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático? Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico? Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana? Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma. No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém? As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância. E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas a crianças desaparecida antes delas, quem as procurou? E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente 'importante' estava envolvida, o que aconteceu? Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê? E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha. E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento. Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade. Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os 'senhores importantes' que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças , de protecções e lavagens , de corporações e famílias , de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa!
E, eu o Soba T´chingange, Subscrevo isto! |
Será que o ataque ao Pentagono no 11 de Set2001 realmente foi provocado por um dos aviões desviados pelos terroristas.....
N´Dalatando
Na passada terça feira, várias individualidades do kimbo rumaram para terras D`el Rei, mais propriamente para a kubata do JP e comendador dos vales delRei , com a finalidade de comemorarem mais uma bassula, neste caso do Kamalundu, que estava em débito havia tempo.
Não pode faltar o famoso ungulo devidamente acompanhado de tchissagua e ainda uma surrapa já deteriorada do JP.
Contudo veio a colmatar essa falha com catembe de folha de figueira e seguidamente uma pinga de candingolo de medronho, em tempo apanhados com todo requinte pelo conde do grafanil, esta sim era de bisar.
O criado desta feita não teve disposição para trichar o dito ungulo, pelo que teve de arregaçar as mangas o Visconde do Mussulo, por acaso esteve à altura.
Dos presente notamos a ausencia de Fuca-Fuca, que andava por terras de alem Tejo e sobretudo do soba T`chiganje, que em abono da verdade ausentou-se sem a devida autorização ???????
Não houve muitos bébéu, pois o fomentador estava no dia não.
Mas resumidamente correu bem, bem hajam.
Conde do Grafanil
Dia do ataque: 11
New York City tem 11 letras.
Afeganistão (ou Afghanistan) tem 11 letras.
The Pentagon (Pentágono) tem 11 letras.
Ramsin Yuseb (terrorista que participou no atentado contra as torres em 1993) tem 11 letras.
George W. Bush tem 11 letras.
Skyscrapers (arranha-céus, em inglês) tem 11 letras. E Arranha-céus também.
Nova Iorque é o estado Nº 11 dos EUA.
O primeiro vôo a embater contra as Torres Gêmeas era o Nº11.
O vôo Nº11, levava a bordo 92 passageiros: 9+2=11.
O vôo Nº77, que também embateu contra as Torres, levava 65 passageiros: 6+5=11.
A data 11 de Setembro: 11 do 9 (1+1+9=11).
Nos EUA, coloca-se o número do mês antes do número do dia: 9/11 e 911 é número de telefone de emergência, nos EUA: 9+1+1=11.
O numero total de vitimas que faleceram nos aviões é 254: 2+5+4=11.
O dia 11 de Setembro, é o dia número 254 do ano: 2+5+4=11.
A partir do 11 de setembro faltam 111 dias até ao final de um ano.
Nostradamus, cujo nome tem 11 letras, faz uma profecia da destruição de Nova Iorque na Centúria número 11 dos seus versos.
As Torres, lembram o número 11. E as suas sombras também.
O atentado de Madrid aconteceu no dia 11-03-2004, que somado dá: 1+1+3+2+4=11.
O atentado de Madrid aconteceu 911 dias depois do atentado às Torres Gémeas, que somado dá 9+1+1=11.
Dá que pensar.....
N´Dalatando
A base ético-linguística de Angola compreende os grupos populacionais BANTU e uma minoria não -BANTU, os VASSEQUELE.
OS BANTU
Habitando não só Angola mas também a África Central, Meridional e Oriental, o povo Bantu constitui um grupo especial entre os negros da África. Eles têm três elementos comuns sobre os quais nenhuma contestação é possivel:
a) O mesmo sistema linguístico;
b) Uma civilização base;
c) Unidade nas ideias filosóficas.
Na vastidão das áreas que ocupam, a arrancada rumo ao progresso não se deu num dia nem obedeceu, depois, a uma velocidede uniforme. Assim, no progresso histórico do desenvolvimento da sociedade, uns avançaram mais que os outros.
O povo Bantu desenvolveu a metalurgia, a agricultura, a criação de gado,a pesca, o que lhe dava uma ascendência económica e militar.
A influência do meio geográfico, o modo de vida e a influência linguística de outros povos fazem com que existam em Angola nove grupos étnico-linguísticas. Também conforme o grau de desenvolvimento, o crescimento demográfico e o nível de organização, os grupos ético-linguísticos mais fortes tinham formado Reinos que marcaram a sua história. Assim temos:
BAKONGO: O grupo étnico-linguístico Bakongo, ocupa o Norte e o Noroeste de Angola, na área que abrange Cabinda até às linhas do rio Dande. A língua falada é o Kikongo.
Repartidos aquando da partilha do Continente Africano pelos países colonialistas, uma parte desse grupo passou para as actuais Repúblicas do Congo e Zaire.
A tradição ancestral diz-nos que foi um chefe chamado Nimi a Lukeni que reuniu no passado todos os clãs que falavam Kikongo, fundando o Reino do Congo, com capital em Mbanza Kongo, situada na província Angolana do Zaire.
Povo trabalhador e comerciante adoptou a moeda "njimbu" que consistia de conchas marinhas, muito antes da chegada dos Portugueses, o que assegurou o apogeu comercial do grande Reino do Kongo.
Dada a situação geográfica, foi o primeiro Reino contactado pelos portugueses, em 1482.
Kimbundu: Vizinho imediato dos Bakongo, a sul, entre os rios Dande e Cuanza, o grupo étnico-linguístico Kimbundu espalha-se de Luanda até aos Lunda-Chokwes e confina a sul com os Ovimbundu.
Antes da população Portuguesa, os Kimbundu tinham formado os Reinos do Dondo, Matamba e Estados da Kissama, onde florescia a agricultura e o comércio.
Primeiro grupo invadido militarmente pelos Portugueses, a partir dos meados do século XVI, a história nunca poderá esquecer-se dos seus grandes feitos heróicos na resistência contra a dominação estrangeira, sob o comando dos seus chefes, de que a Rainha Nzinga é expoente máximo do século XVII.
Compelidos de várias formas a conviver com os Portugueses durante séculos, os Kimbundu sofreram inflência Portuguesa, intensiva aqui e extensiva acolá, com a fundação das primeiras instituições escolares na área, o que afectou sobremaneira a sua base cultural Bantu. Em contrapartida, surgiram entre eles os primeiros passos da literatura em Angola.
OVIMBUNDU: Grupo étnico-linguístico mais numeroso, ocupa o Planalto Central de Angola nas Províncias de Benguela, Huambo, Bié, na maior parte do Cuanza Sul e no Norte da Huíla. A sua língua, umbandu não tem fronteiras no interior do País e marca presença forte no Zaire, na Zâmbia e na Namíbia.
Grandes comerciantes e agricultores dedicados da África Austral, os Ovimbundu repisaram o sub-continente do Atântico ao Índico e promoveram um intercâmbio forte de experiências e valores culturais, o que marcou fundo a sua psicologia, que faz da convivência com outros povos a sua característica principal.
É históricamente conhecido como trabalhador, hospitaleiro e paciente, mas implacável quando lesado nos seus direitos. Durante a ocupação colonial, sofreu grande influência Cristã e atingiu o maior índice no País de alfabetização e de quadros intelectuais e técnicos de níveis básico, médio e superior.
os Ovimbundu formaram vários Estados antes da ocupação colonial,de entre os quais se destacaram os seguintes: Mbalundu, Wambu, Viye, Ndulu, Ngalangui e Chiaka. Estes Estados constítuiram uma divisão administrativa da vasta área e não do seu povo unido e amalgamado na língua, cultura, tradição e carácter comum do poder - o Poder Democrático. Foram Estados fortes pela alma do seu povo, que sempre acreditou ser povo da terra dos destemidos, dos guerreiros. Ao lado das narrações, lendas e adágios, a canção testifica o passado: Kapalandanda wa lila; wa lilila ofeko yahe yilo ofeka yoku loya, ka loyele a tunde ko!... - Kapalandanda chorou, chorou pela sua terra...Esta é terra de combate, quem não luta, saía! O que ficaconsubstancia a mensagem secular do grito da liberdade "TERRA E LUTA ARMADA".
LUNDA-CHOKWE: Ocupa as província da Lunda, parte do Moxico e está também dissiminado nas províncias do Cuando-Cubango, Huíla e leste do Bié e compreende os Lunda-Lua Chimbe, Lunda-Demba e Chokwe.
A tradição conta que os Chokwe, negando ser tributários do Rei Lunda, expandiram-se numa vasta região do Moxico, Bié, Cuando-Cubando e Huíla. Antes da sua expanção, os Chokwe permaneceram estreitamente ligados ao Império Lunda, até que fundaram vários Estados.
São comerciantes, caçadores e apicultores, o que faz da área dos Lunda-chokwe um centro comercial importante com os povos do planalto central até aos princípios deste século.
NGANGUELA: Povoando as províncias do Cuando-Cubango, moxico e parte do Cunene e Huíla, o grupo étnico-linguístico Nganguela compreende os Luimbi, Luchaze, Bunda, Luvale, Mbuela, Kangala, Massi e Yavuma.
Os Nganguela destacam-se como pescadores (os Luvale são exímios pescadores que não se deizam influenciar pela época do ano) e notáveis apicultores.
Vivendo longe da costa do Atlântico e num habitat disperso, os Nganguela só foram dominados pelos portugueses a partir dos anos de 1920, dominação esta que sofreu resistência dos Bunda, chefiados pelo seu dirigente Muene Bandu, assim como dos Nhemba, com o Rei Chilhauku.
Divididos em sub-grupos, não tiveram autoridade centralizada; contudo formaram importantes Reinos, dentre os quais se destacaram os Reinos do Kubango, de Massaka, ou da Raínha Lussinga, de Senge e dos Luvale, sob a prestigiosa dinastia Nhakatolo.
NHANEKA-HUMBI: Vizinhos dos Ovimbundu e dos Ovambo os Nhaneka-Humbi espalharam-se por Províncias da Huíla e do Cunene e compreendem entre outros, os Muíla, Humbi e Gambo.
Dedicando-se à pastorícia e praticando uma fraca agricultura, de vida semi-n´mada, tiveram reinos fortes que resistiram ao colonialismo.
OVAMBO: Ocupando a Província de Cunene, entre o paralelo 16ª e a fronteira com a Namíbia, é constituído por Kuanhamas, Kuamatuis, Evales e Kafimas.
Praticando uma agricultura de subsistência, tem a sua base económica na criação de gado que, por factores climáticos e baixo nível de desenvolvimento, não se libertou da vida semi-nómada. Sente-se ainda o calor de Mandume, que conseguiu unir o povo e fazer resistência forte aos Portugueses até Stembro de 1917. A sua capital foi Onjiva, cujo nome foi novamente retomado em substituição de Pereira d`Eça, nome que fora dado pelos Portugueses.
HERERO: O Herero é também um dos grupos populacionais do nosso País que se espalha na Província de Moçamedes, Sul de Benguela e Oeste de Huíla.
Tal como seus vizinhos Nhaneca- Humbi e Ovambo, dedica-se à criação de gado. Cada um vê no gado graúdo o seu capital e nas crias o seu lucro final.
KUANGAR-BUKUSSO: O grupo linguístico Kuangar-Bukusso ocupa toda a faixa Sul da Província do Cuando-Cubango.
Agricultores pacientes devido à acção cíclica da estiagem, têm a sua economia na criação de gado. Também praticam a pesca nos rios Cubango e Cuando.
OS VASSAQUELE: Os Vassequele constituem um grupo numericamente muito reduzido, que se encontra na Província do Cunene e no sul do Cuando-Cubango.
Caçadores infatigáveis, têm sido nómadas ao longo dos tempos. Porém com a influência dos povos Bantu, quase todos adoptaram a vida sedentária, fazendo pequenas lavras, sem terem deixado a caça e a procura de fruta e mel.
Os Vassaquele possuem uma linguagem especial, caracterizada por "clics" ou estalidos. Foram os autores das maravilhosas pinturas que se encontram nos rochedos, em muitas grutas do Sul de Angola, como na gruta do Chitundo-Hulo no deserto de Moçâmedes.
O VISCONDE DO MUSSULO
A primeira tentativa de fazer circular um feixe de milhões de protões no acelerador LHC, o mais potente do mundo, começou com sucesso às 8.30h de Lisboa, no Laboratório Europeu de Física de Partículas. A experiência procura simular os primeiros milésimos de segundo do Universo.
Minutos depois efectuou-se uma segunda tentativa de injectar protões, informaram responsáveis do CERN.
O objectivo é conseguir que as partículas dêem uma volta completa ao enorme túnel de 27 quilómetros que constitui o Grande Acelerador de Hadrões (LHC na sigla inglesa), antes de realizar experiências com colisões de protões, para tentar identificar novas partículas elementares.
A evolução dos acontecimentos é, no entanto, desconhecida, reconheceu numa conferência de imprensa Lyn Evans, director do projecto do LHC.
"Não sabemos de quanto tempo vamos precisar" para conseguir que circulem os protões de forma estável, disse.
O primeiro lançamento de partículas até ao acelerador fez-se no sentido das agulhas do relógio, explicou Evans.
"Iremos confirmando que cada um dos elementos da máquina funciona, um por um", acrescentou.
De qualquer forma, hoje não se farão lançamentos em sentidos opostos, pelo que não se produzirão colisões de
partículas.
Projecto faraónico
O projecto faraónico juntou milhares de cientistas do mundo durante 20 anos e procura simular os primeiros milésimos de segundo do Universo.
O Large Hadron Collider (LHC), projecto que o Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) desenvolve há mais de dez anos, é considerado a experiência científica do século e vai permitir recriar as condições do início do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos atrás.
Desde 1996, o CERN construiu a 100 metros debaixo da terra, perto de Genebra, na Suiça, um anel de 27 quilómetros de circunferência, refrigerada durante dois anos para atingir -271,3º Celsius.
À volta deste anel estão instalados quatro grandes detectores, no interior dos quais vão produzir-se colisões de protões numa velocidade próxima da da luz.
Em plena força, 600 milhões de colisões por segundo irão gerar uma floração de partículas tal como aconteceu no início do mundo, algumas das quais nunca puderam ser observadas.
No entanto, só daqui a alguns meses, quando se comprovar a evolução do funcionamento, é que haverá colisões de partículas.
"Certamente que hoje não vai haver uma grande descoberta. O que os nossos físicos estarão a fazer é olhar para os monitores da sala de controlo e verificar que o detector está a funcionar", explicou Ana Henriques Correia, uma física portuguesa envolvida no projecto desde o início, e que nesta nova fase estará envolvida nas calibrações do calorímetro e análise das partículas que vão ser produzidas no detector.
"Tanto o acelerador como os detectores vão necessitar nos próximos meses de um processo de optimização e de ajuste de calibração até estarem 100 por cento operacionais", acrescentou, salientando que o que está planeado é que nos próximos meses "aconteçam as primeiras colisões e que a energia da colisão dos protões atinja a sua intensidade máxima no espaço de um ano".
Só então estarão criadas as condições para o estudo de novos fenómenos, através da recriação das condições que se produziram instantes depois do Big Bang.
As partículas serão dirigidas graças a 9.300 ímanes gigantes supracondutores.
O objectivo final desta grande experiência é poder dar resposta a muitas perguntas sobre a origem do universo, entender por que a matéria é muito mais abundante no Universo do que a anti-matéria, e chegar a descobertas que "mudarão profundamente a nossa visão do Universo", afirma o director do CERN, Robert Aymar.
Uma das aspirações dos cientistas é encontrar o hipotético bosão de Higgs, uma partícula que nunca foi detectada com os aceleradores existentes, muito menos potentes que o LHC.
Situado em Genebra, o CERN é um organismo europeu propriedade dos seus 20 Estados-membros, entre os quais Portugal.
O projecto, para o qual contribuíram os países europeus, mas também os EUA, Índia, Rússia e Japão, custou 3,76 mil milhões de euros.
Na construção do LHC participaram mais de 10 mil cientistas e engenheiros de 580 universidades e de cerca de 100 nacionalidades.
Um artigo da BBC indica que a Terra pode enfrentar agora uma nova ameaça… Para além do Aquecimento Global, da fome provocada pela alta dos preços do alimentos, do sempre possível conflito nuclear e de um impacto de um asteróide, parece que segundo a BBC existe também uma possibilidade - remota - mas ainda assim uma possibilidade que o LHC (“Large Hadron Collider”) o Super ciclotrão possa criar um… Buraco Negro não-evaporante capaz de engolir toda a Terra e até talvez o nosso Sistema Solar.
"foi pena não ter encontrado videos em Portugues tão completos como este"
Será o fim do planeta, vamos vêr.....
N´Dalatando
ELEIÇÕES - OBSERVAÇÕES SOLTAS
- Desfazer mitos e encontrar novos caminhos é importante. Angola tem de se tornar num país justo porque rico, já o é.
- Tendo Luanda 4,5 milhões de almas e estabelecendo uma regra simples em função dos 8 milhões em todo o território, teremos a victória do MPLA por 57 a 60 %. A máquina de campanha do MPLA foi demolidora. Em Luanda quase só se vê cartazes do MPLA.
- A maior expectativa está em saber qual a votação na UNITA no após Savimbi que, foi morto em Fevereiro de 2002.
- O recenceamento tem numeros pouco fiáveis; os óbitos e nascimentos podem ser manuseados técnicamente.
- Não é transparente José Eduardo dos Santos, ter monopolizado as notícias. Os presidentes em exercício, não deveriam participar em campanha. Santos, desdobrou-se em inaugurações (por explo a estrada do Cacuaco), fez visitas não habituais e ofertou bens a associações e cidadãos; um mau sintoma.
- Há em Angola um fosso enorme porque há poucos muito ricos e muitos muito pobres. O MPLA tenta alijar carências visiveis. Não é visivel haver equilíbrio de poder entre governo e Oposição.
- Isaias Samakuva da UNITA, de postura moderada foi dizendo que há um clima de medo lactente.
- O Século, Público, Visão e Renascença, foram impedidas de participar na cobertura do acto eleitoral. Não é saudável tal postura.
- Em caso algum o MPLA vai largar o poder!
- Estas eleições são a meu ver, um referendo ao MPLA
O Soba T´chingange
Olá a todos,
espero que depois das férias, bem merecidas, venham todos com novas energias e ideias para o Grande Blog do Kimbo.
Passeando pela internet encontrei este site que poderá ter interesse para quem é Angolano e tb como forma de publicitar o nosso blog.
aqui fica o link do site.
sushiraw.hi5.com/friend/group/88892--%2522Angola%2Bnossa%2Bcasa%2522%2522Angola%2Bour--front-html
espero que gostem
abraço forte
N´Dalatando
VIVER A KIZOMBA
Visconde do Mussulú
Chegou das terras quentes de Kuba o Exmo Visconde do Mussulú. O nosso Embaixador Itenerante da Globália, e Mar da Palha, foi empossado no lugar de Matanzas com as honrarias e medalha de "Silver-Rum" .
De baterias carregadas, quinambas, tíbias e matubas morenas, afirmou não ter tido tempo de trazer "a cartilha de la revolucion de Cienfuegos para nuestro Komando" El-Ché HN, Ka-mundongo.
Afirmou não dominar totalmente a dança do Bolero-Kuduro do " Malecom" porque passou muito tempo giboiando na tasca do Hemingway aonde se apetrechou de património cultural, do qual fez a formal entrega ao Kimbo nesta Assembleia de 2 de Setembro, a saber:
- Um Xingufo de dois toques
- Uma coruja da sabedoria
- 3 Zimbos de fina linhagem
Estas insignias, passaram ao património do Reino de Manikongo em seu Kimbo Lagoa.
Distribuíu pelos seus confrades prendadas gazosas traduzidas em música D´el Ché Guevara e charutos de "Romeu e Julieta".
Num akto de magestosa humildade fez uma bolunga especial daqueles mares Caribenhos da seguninte forma :
- Em uma média taça macerou uns ramitos de hortelã pimenta (hierbabuena), uns quantos limões galegos, umas gramas de açucar, gelo gratinado e uns centilitros de "Rum Anejo Blanco". Só faltou a água em gazosa para ser um verdadeiro "mujito à la Hemingway", mas valeu!
Todos os presentes beberam essa Bolunga / Kimbombo de Kuba agradecidos, de ternos reflexos, envoltos em sabor frutado e hierbabuena.
Presentes: - O Emo big Jamba, O Conde do Grafanil, O Komando HN, O M´bica Kaputo, Kalundú e o Comendador deVal dél Rey
Para que conste e, em agradecimento
O Soba T´chingange
AS TORMENTAS DO IMPÉRIO
O Infante D. Henrique morreu a 13 de Novembro de 1460, sem saber içar uma vela e toscamente chimbicar um remo duma qualquer canoa ou chata. Ficou na história como o grande navegador, alterou o destino do mundo por ser o mentor e executor de projectos ousados, descobrir novas terras.
Efectivamente, a mando dele, gente destemida afoitou-se mar adentro, tendo a terra sempre do lado esquerdo. Porque era bom esse lado, passou-se a chamar de bombordo. De cabo em cabo em 1448, Cadamosto, um Genovês às ordens do D. Henrique chega ao rio Gâmbia.
Este senhor Cadamosto, cumprindo ordens, ali construiu uma pequena fortaleza que mais não era senão um abrigo, afim de garantir segurança e também dar assistência a futuras expedições marítimas.
Deste pequeno forte de 18 por 18 metros, num lugar chamado de Casamansa, um pouco a norte da actual Guiné Bissau, foram trazidos para Portugal gente de pele negra que após a curiosidade inicial, serviram de escravos, dando inicio ao lucrativo negócio para senhores portadores de carta branca, ou mando específico.
Deu-se inicio a um perturbador casamento de culturas, europeia e africana em atmosfera negra, numa miscelânea de odores, aromas, moscas e calor peganhoso da humidade e, sempre para sul ao toque da cobiça ergueram-se fortalezas, cruzeiros e padrões.
No Sambuia, (barco) pode ainda viajar-se até às terras planas dos Bijagós, numa amalgama de gente empanada de cores garridas e algazarra dum crioulo em fermentação permanente. Hoje, pode ainda viver-se as sensações de então, ressurgidas numa emancipação mal forjada, nos baixios de Bijagós, aonde os homens ainda se vestem de saias de palha.
Cinquenta e dois anos mais tarde, em terra fértil, de gentios com plumas de papagaios, deu-se inicio ao negócio chorudo com timbre real de sua majestade o rei de Portugal, o separar de gentes para estibordo; Era o Brasil.
Desse outro lado do Atlântico, num recife do mesmo nome, o cabra (sanfoneiro popular) chora saudade de doer com apego repentista, lagrimando sentimentos dum xodó passado, tão distante que só o xote e o fevro (danças) relembram aqueles idos tempos de 1500, dos antepassados mortos, morridos p`ra valer, soltaventados.
O meu sentir saudoso, envolvido de negro, também abraçava o xote maracatu. Ao largo do Cariri no Piauí pernambucano, giboiando catinga de roça em rede, relembro as baladas de Gilberto Gil:
A vida aqui só é ruím,
quando não chove no chão,
mas se chover dá de tudo,
fartura tem de porção.
Tomara que chova logo,
tomara meu Deus tomara,
só deixo meu carirí,
no último pau de arára.
Enquanto a minha vaquinha,
tiver o couro e o osso e,
puder com o chocalho,
pendurado no pescoço,
vou ficando por aqui,
que Deus do céu me ajude,
quem sai da terra natal,
em outro canto não pára.
Disfarçadamente limpei duas lágrimas traídas; silenciosas. Eis o agreste!
O Soba T´chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
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