Domingo, 30 de Novembro de 2008
NAÇÃO OVIBUNDU
Vamos, pouco a pouco dar a conhecer os vários reinos tribais existentes em Angola, seus Reis e feitos mais destacáveis transcritos de geração em geração por via oral. Ali não havia bibliotecas nem cronistas ou bloguistas.
EKUIKUI, O REI DOS BAILUNDUS
Entre 1876 e 1893, reinava no Bailundo Ekuikui II, substituto de Ekongo-Lyo-Hombo, quando o reino entrou em grande alvoroço. Foi numa altura em que, no planalto, os reinos iam caindo, um a um, nas mãos dos colonos portugueses.
Nesse ano de 1893, os emissários do reino Bailundu, dirigiram-se à embala de Ekuikui II dizendo-lhe que o reino estava em vias de ser atacado.
Todos se recordavam da prisão feita pelos portugueses, do rei Cingi I um século antes.
E, o reino do Viyé, já estava há uma centena de anos submetido aos brancos.
Todos pensavam que Ekuikui II fosse ordenar ao Kesongo (ministro da guerra) que preparasse a defesa, mas fez precisamente o contrário; dirigiu-se ao Kalei (ministro da informação), instruindo-o no sentido de informar a população para aumentar a produção de milho, borracha e o comércio de escravos.
Na óptica do soberano era a estratégia mais viável para evitar que os portugueses metessem os pés naquele local e, assim foi. A versatilidade de Ekuikui II fez com que ele nunca provasse o sabor amargo da derrota.
O Bailundo viria apenas a ser tomado por Teixeira da Silva no reinado de Numa II. Este, inicialmente, não teve grandes dificuldades em conviver com o capitão português que o havia derrotado. No entanto, as coisas mudaram no dia em que um soldado português, violou uma das suas mulheres. O rei foi ter com o capitão, exigindo, como era hábito, uma indemnização.
Teixeira da Silva, ao invés de atender as queixas do soberano Ovimbundu, prendeu-o e mandou-o para Benguela onde, metido num barril, foi atirado ao mar alto, morrendo desta triste forma.
Quem é o povo Ovibundu:
-São os Bailundos (va-mbalundu), os Biés (va-vihé), os Uambos (va-wambu), os Galanguis (va-ngalangui), os Quibulos (va-kimbulu), os Andulos (va-ndulu), os Quingolos (va-kingolo), os Kalukembes (va-kaluquembe), os Sambos (va-sambu),os Ekeketes (va-ekekete), os Cacondas (va-kakonda), os Quitatos (va-kitatu), os Seles (va-sele), os Ambuis (va-mbui), os Hanhas (va-hanha), os Gandas (va-nganda),os Chicumas (va-chikuma), os Dombes (va-dombe) e dos Lumbos (va-lumbu).
Quem pensa que sabe tudo, um dia vem a saber mais um pouco! depois, só fica o espírito
O Soba T´chingange
Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008
MOPANE . A larva comestivel
MOPANE AO ALMOÇO
Estavamos a almoçar na Kizomba das terças quando e, falando das larvas que estão agora a matar as palmeiras da costa Algarvia, me recordei duma lagarta comestivel à venda ao público nos mercados na àfrica Austral; é mais comum ver a sua comercialização na África do Sul, Namibia, Botswana e Zâmbia.
Aquela larva não é agradável à vista mas é muito nutritiva e, pode vir a ser uma boa alternativa para socorrer povos com carência de alimentos proteicos.
Na África Austral, a lagarta mopane (Gonimbrasi ou Imbrasia belina) constitui uma verdadeira indústria. Não existem muitos dados sobre a quantidade de lagartas selvagens apanhadas anualmente ou o que representam nos rendimentos e na alimentação das populações rurais, mas estima-se que todos os anos sejam comercializados só na África do Sul 1,6 milhões de kg e que centenas de toneladas sejam exportadas a partir do Botswana e da África do Sul, para a Zâmbia e o Zimbabué.
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Para produzir 1 kg de carne de vaca são necessários, normalmente, 10 kg de forragem, mas há uma alternativa à carne de vaca, mais rica em proteínas e necessitando apenas de 3 kg de folhas de árvores para produzir 1 kg de lagarta.
Mas como para todas as coisas boas, se nada for feito tudo poderá acabar em breve. As lagartas têm sido sobreexploradas e em algumas zonas da África do Sul já se encontra extinta. Esta ameaça levou o etnoecologista Rob Toms e a sua equipa do Museu do Transvaal a estudar o conhecimento local sobre a lagarta mopane (também designada “Mashonza” ou “Masonja”). Eles descobriram que a maioria das pessoas, incluindo professores de Biologia, sabiam pouco sobre o seu ciclo de vida. Ela põe ovos, dos quais nascem pequenas larvas, as quais mudam de pele diversas vezes antes de atingir a maturidade. As lagartas adultas que sobrevivem à apanha deixam as árvores e transformam-se em crisálidas debaixo da terra.
É essencial deixar algumas lagartas nas folhas, na altura da colheita, para garantir uma nova geração, indo contra a crença local de que as lagartas vão para a terra para morrer. Os investigadores elaboraram um cartaz descrevendo o ciclo de vida da lagarta, que distribuem nas escolas e vendem na loja do museu para encorajar as pessoas a adoptarem uma forma de colheita mais sustentável para seu próprio benefício. Outra opção sob investigação é a domesticação da lagarta mopane para desenvolver uma indústria similar à do bicho-da-seda.
Este tema talvez possa ser mais desenvolvido pelo Nosso Exmo Dom Visconde do Mussulú, Embaixador Itenerante da globália e dos PALOPS, concelheiro de Cienfuegos do mar da palha e conhecedor dum tal escaravelho que atacou a minha palmeira Phoenix Canariensis. Se não me diz como atacar o dito escaravelho, os meus sinais exteriores de riqueza extinguem-se aqui.
O Soba T´chingange
Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008
ASSEMBLEIA MAGNA (ALTERAÇÃO)
A todos os kizombeiros, a pedido do Don Conde do Grafanil, informo que o dia da realização da Assembleia Magna foi alterado para o dia 3 de Dezembro, á mesma hora.
cumprimentos
N´Dalatando
Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008
LAGOA DO PUTO . III
Conhecer Lagoa . III


A ORLA COSTEIRA . Além Praia de Carvoeiro
Há na vida, coisas obrigadas que, por mal engendradas apetece infringir. Quando assim é, um gozo de travessa adrenalina, desassossega. Dar um paseio ao longo da costa é a forma de aliviar tensões e essas tais coisas mal engendradas anti-governamentais.
Conforme a maré, a adrenalina com salinidade, condiciona a distribuição de muitas plantas e animais. Os factores adversos determinam os seres ficarem confinados a uma zona restrita. Temos cracas, lapas, raros perceves e mechilhôes pegados à superficie das rochas e, nas fendas os burriés, búzios, anémonas e caranguejos.
Por algum tempo olhei o infinito do céu na busca duma certa inspiração, sem negociações, mas, ao redor também ali estavam minúsculas algas, esponjas e hidrozoários ou mesmo um pequeno polvo compartilhando a vida comigo.
Decidi-me a trepar a sombra, o barranco, a falésia. Por momentos pareceu-me ouvir o mugir da vaca mas, foi só imaginação.
Estava só! Não,... as pulgas-do-mar, estrelas-do-mar pequenos camarões e pequenos peixes faziam-me companhia girando num mundo de pequena e extraordinária beleza.
E só, sem rezas de obrigação, subi por minha vontade ao lombo do quadrúpede. Trepei ao dorso da Vaca!
Não encontrei o minotauro; só ouvi o barulho do raspar de chifres ao longo do escuro algar e, até fiquei com algum receio.
Pus de lado angustias, medos e maldecências de modo a não infringir aqui o regulamento da vida secular e, naquela inquietude de momento, menor que um instante, sufoquei a aflição com uma anémona mais expedita que se aventurou a raspar o meu pé.
Refeito num susto, adiei remorsos segredados a umas quantas angiospérmicas marinhas.
Na praia da Marinha e, mais à frente no areal da praia do mato e Barranquinho voei com bandos de gaivotas, ostraceiros e rolas-do-mar.
De cansado estendi-me na areia da Albandeira de asas abertas secando ao sol.
Depois de rodar na gruta, fiquei zonzo com a luzerna do buraco lá no alto; despertei num danado susto. Estava rodeado de gente bela tostando-se ao vento quente.
:::::::Continua::::::
Em terras ultramarinas
O Soba T´chingange
Terça-feira, 25 de Novembro de 2008
OS MAIAS . BAKTUM 3
MAQUEXE
Em terra de Chiapas . 4
CRÓNICAS SOBRE OS MAIAS E SEUS 13 BAKTUNS OU CICLOS DE VIDA COM 394 ANOS.
Sabe-se hoje que os Egípcios, bons navegadores, passaram além do Mediterrâneo usando juncos de papiro. O explorador Norueguês Thor Heyerdahl demonstrou que estes poderiam ter chegado à América e, através do junco chamado Ra II (deus do Sol), em 1970 e partindo de Safi em Marrocos atravessou o Atlântico navegando com a corrente das Canárias e a força do vento bolina, chegando a Barbados 2 meses depois, após ter percorrido 6100 quilómetros; de salientar a curiosidade de na ilha de Gomera em Tenerife existir uma pequena pirâmide feita pelos Guanches com idênticas características de construção e orientação das encontradas em Tucume no Peru.
Nesses recuados tempos de Vândalos, Suevos, Cartagineses, Fenícios, Egípcios e Normandos a escrita não fazia parte das suas preocupações; conquistar terras, saquear e escravizar outros povos era o dia a dia, muito antes do nascimento de Cristo.
O mundo do conhecimento é tão absorvente que depois de se querer saber isto e a ligação com aquilo, vemo-nos num atoleiro infernal que levou o guerrilheiro Carlos fugindo a todo o instante das forças governamentais Mexicanos a dizer isso mesmo, a vida aqui é um inferno; não há nada mais terrível do que viver porque quando quase se sabe tudo, … morre-se!
Teríamos de viver 394 anos para assimilarmos todos os principais conhecimentos de um ciclo e, vai daí, dizer-se agora que os Maias tinham o conhecimento mais perfeito do universo Galáctico do que todas as outras culturas conhecidas.
Os Maias dividiram o tempo em eras ou ciclos e, são exactamente necessários 394 anos para se viver todo um percurso do conhecimento; o chamado Baktun.
- Baktun 3
Deu-se entre os anos de 1931 e 1537 antes de Cristo
Construção de canais de irrigação para a agricultura no fértil vale de Faium no rio Nilo, anexação da Núbia ao Egipto, construção de Carnaque perto de Tebas, exploração das minas de cobre no Sinai, canal ligando o rio Nilo ao mar Vermelho, relações comerciais feitas por mar entre a costa da Somália no norte de África e o Mediterrâneo Oriental, relações com Canaã e seus habitantes Fenícios, o surgir da Filisteia ou Palestina e Abraão entre os hititas, a importância do rio Jordão, Gaza, mar morto, Galileia e Transjordânia, Jacob, que deu o nome a Israel.
Note-se aqui o factor de expansão dos Egípcios usando barcas como meio de transporte.
:::continua::::
O Soba T´chingange
AS ONG´S NA GLOBÁLIA . V
O ÓPIO DE MANHATTAN … V
As ONG´S e os piratas
A “GREENPEACE”, que passou a actuar com o aval de centenas de “ONG´S” e personalidades “quase” incontestadas, passou a orientar a opinião no sector nuclear Brasileiro, (entre outras) tendo a integrá-la a secção paulista do ”PT”, Partido dos Trabalhadores.
Greenpeace, que no ano 2000 geria um orçamento de 100 milhões de dólares, encetou uma campanha denunciadora da exploração predatória da madeira no Amazonas; esta campanha arrancou com mais de 5 milhões de dólares subindo o rio Amazonas nos meses de Março, Abril e Maio daquele ano com o barco “Amazon Guardian”. Um despautério comparado à questão do Acre em 1902, tendo como intervenientes a Bolívia o Brasil e, como não podia deixar de ser, já nessa altura, os Estados Unidos da América; foi por esse tempo que os Britânicos levaram sementes da seringueira para a Malásia arruinando os seringueiros do Alto Amazonas.
Durante o governo de Lyndon Johnson, o planeamento do movimento ambientalista, recorre ao Instituto Tavistock de relações humanas, com sede em Londres, para instruir técnicos “engenheiros de lavagem cerebral para as questões ambientais” com o pomposo nome de “Instituto de Pesquisa…”, financiado pelas famílias, real Britânica e Rockfeller
Quatro meses antes do pronunciamento da independência em Angola por Agostinho Neto, a 11 de Novembro de 1975, no então Largo Diogo Cão, às portas do porto marítimo de Luanda, as muitas “ONG´S” e seus países anfitriões puseram à disposição os aviões necessários para retirada de colonos e nacionais que assim o desejassem (foi aproximadamente um milhão).
O relator desta crónica, no voo treze, a sete de Agosto de 1975, embarcou no então Aeroporto Internacional Craveiro Lopes com sua mulher, dois filhos e a cabeça de uma máquina de costura “Oliva”, único valor substancial; os escudos de então, de nada valiam no Portugal metropolitano.
A Cruz vermelha esperava por nós no Aeroporto da Portela em Lisboa, dando a cada adulto a quantia de cinco mil escudos para início de vida num qualquer lugar de Portugal; também forneceu roupas e alimentos a quem o requisitasse.
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O Soba T´chingange
Domingo, 23 de Novembro de 2008
LAGOA DO PUTO . II
Conhecer Lagoa . II
A ORLA COSTEIRA . Na poça do ouriço
Por fim o Sol abre.
Escondido por detrás da cama, estremunha por cima da vaca com ternuras de primavera e calor de verão. Submetido a alforrias impostas ou espoliadas, surge com sons de cigarra.
O rendilhado de arribas carbonatadas quebram a sucessão em vales suspensos aonde petreficados gastrópodes espreitam grutas e algares de à vinte milhões de anos.
Nas horas de fantasia feita metáfora, o vento segreda-nos ter concebido aquelas furnas por um minotauro datado do plio-plistocénico com dois milhões de anos.
Reproduzindo quereres por mais de duas léguas, esse minotauro espalhou falésias enfeitando grutas para ali devorar donzelas; Os leixões sempre vigilantes, que digam quantos Teseus vingadores por ali aparecem à procura desse minotauro de cársica formação.
O sonho e fantasia, quando a sombra se recolhe no penhasco, é possivel tomar a forma de falcão-peregrino, pombo-das-rochas ou um simpes melro-azul.
Refastelado no poço dos ouriços, olhava sem inquietude as ranhuras e conchas incrustadas, na lasca de pau que ia e vinha na correnteza.
Três abelhas rondavam uma anémona espalmada sem vida; surgiram do nada sem experimentar o acto de voto, terra e liberdade, sem eleições ou coisas institucionais,... Iriam mudar o curso da história?
A gaivota-Argêntea, nidificando em pequenas fendas na parede da arriba só se arrisca voar quando não têm por perto o falcão de bico curto e garras de unhas aguçadas.
Andorinhas aos bandos parecem brincar com a sombra; furando o contraste azul distraíam-me das aflições. Aquele segundo era toda a minha vida, eternamente na sombra,...fossilizado!
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Em terras ultramarinas
O Soba T´chingange
Sábado, 22 de Novembro de 2008
ASSEMBLEIA MAGNA
PRIMEIRA ASSEMBLEIA MAGNA 2 de Dezembro 2008
KIMBO LAGOA
Esta Assembleia, contará certamente com a presença de muitos dos seus membros e outros convidados, por se tratar de época Natalícia e sobretudo pelo espírito kizombeiro, para além dos ungulos e outras iguarias que nos aguardam, fazendo parte do ritual.
Certamente que Chã da Abrótea, nesse dia por volta das 13 h., terá uma movimentação anormal, alguns residentes da zona, deverão mesmo pensar, estes coitados enganaram-se no caminho para o autódromo, contudo, iremos ter o Dom Visconde do Mussulo a controlar o transito na rotunda aí criada para o efeito, e certamente o Kaputo e dono do chã a fazer as honras da casa, acompanhado pelo soba devidamente engalanado para o akto e este coadjuvado pelo M`fuma Manhanga, como manda a sapatilha, sabendo-se à priori que vamos ter que aguardar pelo habitual Marquês da Figueira, para dar inicio ao ritual.
Para além dos vários convidados, contamos com o preto mais branco de Lagoa e arredores, cuja presença me honra imenso, fazendo-me lembrar as centenas de vezes que atravessei a ponte do Luena para ir ao cineluena. Para além da honra que é recebê-lo, no chã da Abrotea, proponho desde já, que lhe seja atribuído um titulo, com a categoria condicente a um verdadeiro Kaluena, que será com certeza, uma mais valia para o Kimbo de Lagoa e para a Kizomba.
Esta iniciativa, tem por base a convivência, o relembrar de velhos tempos e, para alguns conhecer aquilo que foi, a maneira de viver, os hábitos e alguns rituais Africanos. É claro que isto não passa de um simples exemplo, a realidade é bem diferente, a atmosfera é outra, mas fica a ideia e a convivência.
Um grande bem haja ao proprietário do chã da abrotea, KAPUTO, por ter disponibilizado o espaço para o akto, sobretudo por se tratar de zona onde as bissapas abundam, para que em caso de engarrafamento servir para dezapertá, e, não há leões, podendo fazer-se calmamente, ao contrário de outras zonas, que se sonham.
Um grande abraço
Dom Conde do Grafanil
Sexta-feira, 21 de Novembro de 2008
PAI DE SANTO
CONSIDERAÇÕES
10 "ÍTENS TÓXICOS" DO PAI DE SANTO - MUTU YA . KEVELA
Numa consulta do Soba ao Caboclo das Sete Encruzilhadas este disse:
- As linhas da Umbanda às vezes são injustas; Eu Mutu Ya.kevela posso chamar no terreiro os espíritos dos esquimós, embora não conheça nenhum deles, mas não posso chamar os espíritos do meu pai-de-santo, dos meus familiares de carne, como pai, mãe, avós, irmãos, e amigos. Do Kimbo de Lagoa, vou dizer o que disseram os N´zimbos:
- 1. Um súbdito do kimbo não morre, nunca, ausenta-se para parte incerta.
- 2. No Kimbo os políticos são "produtos tóxicos".
- 3. A crise é vista como a aspirina dos empresários.
- 4. A crise é também uma inventação de milionários.
- 5. O cérebro é uma coisa muito cheia de neurónios; um súbdito do
Kimbo têm só um.
- 6. O "stato quo" é irrelevante para prosseguir na euforia irresistivel da
vida dum Kizombeiro.
- 7. A igorância é o fundamento do fanatismo. Os súbditos do Kimbo são sábios.
- 8. Um, já é maioria em democracia; o "quorum" para um súbdito do
Kimbo não existe.
- 9. Na sociedade em evolução o Kimbo ajusta os súbditos a viver
com as incertezas, perguntas sem respostas como o é, a vida.
-10. O protagonismo só serve para satisfazer a vaidade. O Kimbo não tem verniz
para revestir essa bolha.
Consulta feita, saí simplesmente democráticamente só.
O Soba T´chingange
MEXICO . NO IUCATAM
MAQUEXE
Em terra de Chiapas . 3
CRÓNICAS SOBRE OS MAIAS E SEUS 13 BAKTUNS OU CICLOS DE VIDA COM 394 ANOS.
NOVEMBRO DE 2008
A quatro anos de distância temporal da profecia Maia descrita no livro de Alberto Deuttenmuller, retorno à caixa de memórias a relembrar a minha passagem pela Península do Iucatam no México.
Teotihuacan, a pirâmide do Sol, em língua Olmeca quer dizer “lugar aonde os deuses tocaram a terra” e, foi do topo desta obra tão parecida e proporcional à pirâmide de Gizé no Egipto que me senti um sortudo; quantas pessoas terão subido ali e admirada aquela visão tão deslumbrante tendo a calçada dos mortos a ligar esta á pirâmide da Lua.
Após ter visitado o museu de antropologia na cidade do México e ter visto as pirâmides da Lua e Teotihuacan voei para a cidade de Mérida, harmoniosamente afrancesada, bem colorida e a cerca de cem quilómetros de Chichen-Itzá.
Em 1999, não tinha então o conhecimento dos meus chacras e, não sabia que o zero matemático era uma descoberta Maia anterior ao aparecimento dos Romanos. Aquele nada que veio a ser tão fundamental na vida de todos nós, não tinha definição para os romanos; havia o X, o XX e todas as dezenas mas, o símbolo zero não estava definido como número.
Esta roda da matemática ainda ignorado na Europa, dava a conhecer dois mundos, duas culturas e, tanto mar a os separar.
Entre 1492 e 1500 surgiram os navegadores pioneiros Colombo, Américo Vespúcio, Álvares Cabral e mais tarde os conquistadores Hernando Cortez e Pizarro que levaram ao mundo de então aquilo a que hoje chamamos de globalização e, da qual ainda temos um imperfeito conhecimento.
Os segredos diplomáticos de então entre Espanha e Portugal, com o Papa no topo da hierarquia e o tratado de Tordesilhas a ser respeitado, escamotearam a verdade nas novas descobertas e, é assim que se sabe hoje que João Vaz Cortes Real chegou à Terra Nova ou Terra do Bacalhau em 1472, descendo pelo continente Americano até ao mar da palha nas Caraíbas. Corte Real retomou a rota dos Normandos do século VI pois gente informada, sabia que aqueles, tinham por essa rota alcançado a Islândia e Gronelândia. Isto é tão verdadeiro que por esses feitos foi dado a Corte Real e Álvaro Martins Homem as capitanias de Angra nos Açores no ano de 1474 ou seja, dois anos após tal descoberta.
É necessário reescrever a história!
Baktun 2
Deu-se entre os anos de 2325 e 1931 antes de Cristo
É a descoberta da roda, do início da tecnologia do transporte e leis escritas, da metalurgia no fabrico de armas, dos mais notáveis imperadores na China, da civilização minóica em Creta, de Hamurábi e os zigurates, templos piramidais em adobe.
:::continua::::
O Soba T´chingange
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008
ANGOLA DA GAZOSA
NA FRONTEIRA DE ANGOLA...
NAMAKUNDE
Cinco indivíduos de nacionalidade portuguesa entram pela fronteira angolana num carro novo. Chegados à fronteira, depararam com um 'cinzentinho' (polícia sanguessuga fronteiriço angolano).
O fiscal deu uma volta em redor do carro e disse aos viajantes: É dos PALOP... tá.bem falam português! Do Puto!
- Não pode passar.
- Mas porquê?! - perguntou o Tuga.
- É porque são cinco num Audi A Quatro.
- E daí?! - questionou o viajante - Isso não tem nada a ver! Quatro é o tipo do carro, mas se o senhor olhar os documentos vai ver que é um carro de cinco lugares.
- Isso não me interessa - disse o 'cinzentinho' - O meu chefe dize que num Audi A Quatro só pode ter quatro passageiros.
- Mas isso é um absurdo!! - indignou-se o Tuga - Vá chamar o seu chefe, quero falar com ele.
- Agora não é possível, pá! Está muito ocupado...
- Ocupado com o quê?!
- Com os dois viajantes do Fiat Uno...
gentileza do Só.Ares Mentes
Seleçãao do Soba T´chingange
Terça-feira, 18 de Novembro de 2008
E se Obama fosse Africano?
E se Obama fosse Africano?
por Mia Couto
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes.
O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano".
O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas - tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos.
Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política.
Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente.
É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Jornal "SAVANA" - 14 de Novembro de 2008
N´Dalatando
LAGOA DO PUTO
CONHECER LAGOA
A ORLA COSTEIRA
O maior património natural do Concelho de Lagoa, são os seus 17 quilómetros de costa. Banhada pelo Oceano Atlântico na forma de arribas apresenta-se no seu máximo esplendor entre Fevereiro a Abril, colorida em várias matizes. As muitas espécies vegetais que ali abundam são o regalo à vista para quem se dispõe a caminhar ao longo da sua falésia.
A palmeira anã, as aroeiras, estevas e alfarrobeiras podem ser vistas ao longo daqueles 17 quilómetros entre a Ponta do Altar próximo de Ferragudo e a Praia da Cova Redonda junto a Armação de pêra.
O alvoroço da primeira hora é o melhor; não é só o pardal que chilreia, a pega que palra mas, um sem número de gralhas que esvoaçam no promontório; defendem-se dos gaviões ou mesmo das gaivotas que por ali intimidam relações.
Se tiver sorte até pode ver raposas.
O Sol está por nascer e, o estado da alma traz sensações de liberdade; a universalidade inclina-se de prazer ao vento matinal de sotavento, ao palmito, urze, arruda, madressilva ou tomilho.
É o sítio e hora certa para quem quer arranjar paz de espírito!
O amor do encontro acontece logo à primeira vista com uma traineira a barulhar a paz num brilhante horizonte, sereno e curvo.
Quem ali passeia, sente necessidade de sonhar concebendo entre ouriços, ideias para arranjar o futuro, inventando-o.
È o local ideal para construir qualquer sonho.
Àquela hora, o mar sereno lá em baixo, murmura ondulação nas pedras, abraçando-as de espuma e correrias, enchendo naturais piscinas, pasto de ouriços, lapas, polvos e caracóis.
O intenso cheiro a iodo impregna-se no nariz, borbulhando fragrância de flores, algas e maresia.
Aquele quadro natural de pedras escarpadas, servem de chamariz a namorados, aonde o vago querer do encontro se torna em disponível vontade.
Cama da Vaca após o Barranco das Aroeiras, tem sossego calendarizado nas posturas de reserva natural. Até quando, não se sabe!
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Em terras Ultramarinas
O Soba T´chingange
De Ferragudo até Sra. da Rocha
Sábado, 15 de Novembro de 2008
OS MAIAS . MAQUEXE

MAQUEXE
Em terra de Chiapas . 2
Os Maias e seus 13 baktuns de 394 anos
Eis que, a um de Janeiro do recente ano de 1994 surge o Comandante Carlos e o subcomandante Marcos, chefiando a rebelião armada de campesinos seguindo os mentores Zapatistas; Marcos, surgiu na sublevação estudantil de 1960 aparecendo aos órgãos de imprensa e às autoridades mediadores com um lenço no rosto, “passa montanha”.
As revoluções do México sempre surgiram com os índigenas campesinos e, desta feita o Partido Revolucionário Institucional surgiu experimentando em eleições o acto do voto terra e liberdade, tal como Emiliano Zapata e Pancho Vila.
Curiosamente aquele movimento de um de Janeiro de 1994 por contradição, surge no mesmo dia do início do Mercosul (América) e, daqui ter-se fortes suspeitas de toda esta movimentação não passar de manobras de diversão com o objectivo de desactivar o tão desejado mercado americano à semelhança do mercado Euro.
Ali, aonde o poder religioso é tão forte e condicionante desde o aparecimento da virgem de Guadalupe no pano desfraldado aos índios por Juan Diego, em Puebla, duvido que a minha compra modesta de um simples pendente em âmbar, modifique o curso da história daquele povo.
Só por isto foi bom visitar Puebla aonde benzem os carros, os arados, as coisas mais simples do nosso quotidiano.
Como em muitos outros lados, ali o dólar, ainda é mais deus que Canan-Há. Contradições!..
Naquela noite de Março comi “lechon al orno, cochinita pibil e panuchu com muito xili´ (piripiri), sapote e alguma tequila”.
Aqui, eu fui o meu guia!
- Baktum 1
Deu-se entre os anos de 2719 e 2325 antes de Cristo
É a idade do Bronze, a corporação de luz na Terra com expansão das culturas entre os rios Tibre e Eufrates, O Crescente Fértil, início da vida sedentária, a construção de muitas pirâmides e entre elas a de Gizé, a especial pirâmide de degraus em Sacara, a mais antiga estrutura conhecida e feita em pedra até à quarta dinastia Egípcia
Se compararmos com os Maias vamos ter de recordar Sargão, da dinastia Ur, semita que tendo se apoderado dos sumérios, nomeou sua própria filha como sumo-sacerdote de Ur, em reconhecimento ao deus-Lua Nanar.
Os sumo-sacerdotes Egípcios tinham uma relação estreita com os astrólogos; No México Maia, vem a verificar-se a mesma prática de costumes.
:::::::Continua:::::
O Soba T´chingange
Sexta-feira, 14 de Novembro de 2008
AKTO RÉGIUM
ASSEMBLEIA MAGNA DO NATAL 2008
2 DEZEMBRO
KIMBO LAGOA . CONVOCATÓRIA
Vai o Kimbo realizar a 1ª Assembleia Magna para conviver o " Espírito de Natal" com benção Régia.
Tema dos Vanguardistas:
- Recordar o 1º Rei cristianizado de há 499 anos atrás N´Zinga-a-N´kuwu
com dois "ungulos" e mais iguarias do Reino de Mani.kongo.
Pede-se aos súbditos que levem uma prenda simbólica de "não superior a 5 n´Zimbos" para se fazer a tradicional troca de insígnias da Globália, Putolândia, M´Banza e Cienfuegos.
O Akto vai ser no Sítio do Chã da Abrotea, propriedade do Súbdito M´bika Kaputo
O Soba T´chingange
Quinta-feira, 13 de Novembro de 2008
AS ONG´S NA GLOBÁLIA
O ÓPIO DE MANHATTAN … IV
As ONG´S e os piratas
A conferência de Haia realizada em Abril de 1989 teve a participação de François Mitterrand, dando assim entrada da França ao grande clube verde de Roma e, por inerência, da nomenclatura oligárquica Anglo-Saxónica. Mitterrand disse nessa conferência que o Brasil “deveria renunciar a parcela da sua soberania sobre a região Amazónica”, enquanto que a primeira-dama de França se tornava uma das mais indigenistas internacionais, com ligações ao “MST”, Movimento dos Sem Terra e os Zapatistas Mexicanos.
Os amigos da terra, no Brasil, em coordenação com a “RAN”, um braço da Internacional Rivers Network, são as promotoras do “EZLN”, Exército Zapatista de Libertação Nacional; esta luta armada pela separação dos Chiapas do Estado Mexicano é feita em nome da autonomia indígena.
Este entrelaçado de influências, tem como contribuintes principais as grandes fundações filantrópicas Estadunienses; deduz-se na prática que os reais propósitos das doações, não são propriamente “ambientalistas”.
Em 1972 surge o “CIMI”, Concelho Indigenista Missionário, um braço militante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ”CNBB”; criando assembleias indígenas, consciencializam-nos dos seus supostos direitos. Não é novidade esta intrusão da Igreja na promoção da autonomia ou independência de tribos ou povos.
Na África Colonial Portuguesa, em Luanda, capital de Angola, foram encontradas armas brancas, catanas e canhângulos sob o altar da Sé Catedral, para uso na revolta armada que teve início a quatro de Fevereiro de 1961; eclodiu então o assalto às prisões de Luanda seguindo-se a matança no Norte de Angola de brancos fazendeiros e pretos umbundos originários do Sul.
A maioria de roças de café, cacau, algodão, coquenote e sisal dos distritos de Bengo, Uige, Zombo, Negage e Malange, aonde predominavam as etnias Ambuíns, Icolos, kicongos e kimbundos, foram atacadas com a maior das violências então conhecidas.
O Indigenismo em Angola foi cultivado pelas “ONG´S” trabalhando secretamente com missionários protestantes no âmbito do Concelho Mundial das Igrejas. A agenda neo-colonial Estaduniense com capa de neo-liberal, cria em todo o mundo braços armados em apoio àquele subterfúgio de evangelho. Em Angola surge o “ELNA”, Exército de Libertação de Angola com Holden Roberto no comando, um mestiço cunhado de Mobutu, de medíocre capacidade mas, impregnado de muito ódio; recebe milhares de dólares, fardamento e armamento moderno; enquanto isso no Continente Sul-Americano, em operações triangulares envolvendo trocas de armamento por droga, vem á luz o escândalo do Irâ-Contra, rebeldes anti-sandinistas, “os contras” da Nicarágua. O dinheiro era fornecido pela Fundação Nacional para a Democracia ”NED”, dirigida pelo congresso dos E.U. A.
Em 1969, no Canadá, nasce o movimento “NÃO FAÇAS ONDAS”, que veio pouco depois, em 1971, a mudar o nome para “GREENPEACE”, tendo o veterano da Inteligência Britânica de nome Ben Metcalf no comando.
Um importante membro daquela organização, de nome Robert Hunter, afirmava em 1971 que “em lugar de mísseis balísticos, nós disparamos imagens, bombas mentais transportadas pela mídia mundial”.
::::::::continua ::::::::
O Soba T´chingange
Quarta-feira, 12 de Novembro de 2008
VIVER O KIMBO
12 . Novembro . ALLGARBE
PATRIMÓNIO SOCIAL DO KIMBO
Festejando o sexto mês de existência do Kimbolagoa, actualiza-se o seu património.
Dados da Torre do Zombo
SOBADO E NOBREZA
1 Soba----T´chingange, O Chato do Xissa - (1º Vanguardista)------(CM)
1 Conde----Dom Conde do Grafanil, Súbdito do ano 2008, Mestre da
Távola Redonda do Kimbo e Grão Mestre da Roda Dentada----------
---------(2º Vanguardista)------------------------------------------------------ (JV)
1 Visconde----Dom Visconde do Mussulú, Embaixador Itenerante da
Globália e Conselheiro Nobre de Cienfuegos- (3º Vanguardista)-----(PI)
1 Marquês--------------Da Figueira ----------------------------------------------(RO)
1 Duque-----------------Do Maculussu, Senhor do Estibordo--------------(JX)
1 Barão------------------Do Limpopo, ---------------------------------------------(CC)
GUARDIÕES (Súbditos)
1 Cipaio-Mor-------- Do N´dalatando, Grão Mestre do acelerador
de partículas da Globália - (4º Vanguardista)-----------------------------(AA)
1 Komando----Ka-mundongo - (O Kimbanda Ninja do Kimbo, O Fiel
depositário da chave da Torre do Zombo)---------------------------------(HN)
1 Kamalandú----------- Do Puto--------------------------------------------------(MV)
M´BICAS (Súbditos)
1 Juiz de Paz----- Fuca-Fuca, Grão Mestre da Roda Dentada-------(LF)
1 Juiz da Festa ------ Jamba, ( 5º Vanguardista)--------------------------(PS)
1 Kaputo----------------- Do Puto, Senhor do Chã da Abrotea-----------(CP)
1 Embaixador---------- Do Kacuácu - (T´chikucuvanda)------------------(BO)
1 Fidalga---------------- Do Ferro-Agudo----------------------------------------(AS)
HOMENS RICOS
1 Comendador-Dos Vales D´el Rey (Por empossar . não pagou Gazosa)--(JP)
1 M´fumo------ 1º da Manhanga (Por Kognomizar . Gazosa prevista para Janeiro
de 2009)----------------------------------------------------------------------------------(MM)
Vanguardista: - É o Portador da Senha "a Catana do Kimbo". Os que constam no Brazão do Reino de Manikongo.
O Soba T´chingange
Terça-feira, 11 de Novembro de 2008
INTERVALO COM PIADA
PIADA DE RETRETE
Se conseguir imaginar a cena, esta piada vai ter graça.
O garoto estava brincando pelo apartamento com um destes balõezinhos de festa de aniversário.
Chutava pr´a cá, chutava pr´a lá, até que o balão acabou por entrar na retrete e foi
cair justamente dentro da sanita.
Ele chegou, viu a bola molhada, ficou com nojo e deixou-a ali mesmo.
Pouco tempo depois seu pai entrou para se 'purgar' e nem notou a bola.
Ficou ali, lendo, enquanto fazia o serviço. Ao terminar, olhou horrorizado para a sanita.
Suas fezes haviam coberto o balão e a impressão que se tinha era de um imenso, um absurdo, um gigantesco bolo fecal!
Sem acreditar naquilo, ligou dali mesmo, pelo telemóvel, para um seu amigo que era médico:
- Tobias, eu enchi a sanita de bosta. Nunca vi tanta assim na minha vida!
- Tá quase passando do limite da sanita! Acho que eu devo estar com um algum
problema sério!
- Que é isso, Anselmo, está a exagerar !
- Que exagerando, o quê, meu!!! Eu estou a olhar p´ra esse 'merdel' todo !
- É um absurdo! Eu devo estar doente !!!
- Bom, eu vou já p´ra casa; passo por aí, que é de caminho !
O médico chega e vai direto ao encontro do amigo que estava na porta da
retrete esperando-o.
- Olá, Anselmo, mostra isso que vooo................ MÃE DO CÉU !!!
O que é iiisso ???
O que foi que comeste, criatura???
- Não te disse?! Agora acreditas, não é?!
- Caramba! Isto é inacreditável!
- E então, será que eu tenho algum problema sério?!
- Olha, o melhor é eu pegar uma amostra desse "merdel" e mandar fazer análise!
O médico saca uma pequena espátula e um frasco esterilizado de sua mala e
quando espeta o 'bolo' para recolher uma amostra do material eee....... BUMMM !!!!!!!!!!!
O balão estoura e voa merda p´ra todo lado!
Seguem-se instantes de absoluto silêncio. Os dois, cheios de bronze, olham-se e,
estupefacto, o médico berra:
- P_ta que o pariu !!!! Eu achava que já tinha visto de tudo nesta vida, mas peido com casca, nunca !!!!!!
Selecção do Chato do Xissa
DIA DE ANGOLA . 11 DE NOVEMBRO
ANGOLA . 11 DE NOVEMBRO
2008 . Angola volta a sorrir
Há 33 anos atrás.
A bactéria do rio Bengo entrou em mim mas, não me reconheceu como cidadão, nem me deu opção de escolha; ficou só mesmo o paludismo e flor-do-kongo.
Da ponta da ilha Mazanga, de coração partido, via o outro lado da baía com nuvens da guerra e rajadas sofisticadas de morte. Ali só moravam guerrilheiros, pioneiros, portadores de “mona-caxitos” e muita gente com medo. Luanda-Luanda-Luanda sem Assunção.
Na saga da diáspora sentia a politica de exclusão com intolerância continua. A reconciliação entre irmãos revelava-se no correr do tempo uma treta enganosa cheia de antagonismo entre beligerantes. Frustante.
Numa vergonha desfrizada de revolta partia para o Puto com filhos e sonhos confundindo heróis verdadeiros com bastardos sem dignidade.
No Puto, havia um campo pequeno p´ra entreter a malta. No seio do povo perdia-se a identidade em cada novo dia. No Puto e lá.
A terra dos meus sonhos de forma inglória, esgotava a paz desde o Maiombe ás terras do fim-do-meu-mundo, apagando-me as pisadas do Belize, Kifangondo, Pungo-Andongo, Sumbe, Leba e Okavando do Dirico.
A paz tardava e eu não podia esperar! Rumei para lá das terras do kwanhama, povo que nunca se submeteu a outras leis que não as suas. Os Himbas.
Fui sozinho pr’a Namíbia
De lá voltei pr’a Luanda
Nada feito, vou embora
Sem contar nada ao Zombo
Fui p´ras terras de Orinoco
Voltei de novo ao Puto
Depois fui p´ro Zumbi
Agora estou na Kizomba
Ali e aqui, brancos e pretos
Lembrei-me do Agostinho
E no meio da festança, sem chorar
Vi o mesmo Neto a falar
Ai, que vontade de ficar
Mussulo a recordar
Matubas a descançar
Angola, Angola, Angola.
A memória de “Hoji ya Henda” reclamava entendimento mas, lá no saliente de Cazombo, kakenda, karipande ou Calai, viaja-se num passado de lendas tribais confusas.
Redescobrindo trilhos novos, regressa-se ás terras de antecessores sem se saber bem porquê! Como se fosse um instinto! Involuntáriamente!
Da lavra do Soba T´chingange
Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008
OS MAIAS . MAQUEXE

MAQUEXE
Em terra de Chiapas . 1
CRÓNICAS SOBRE OS MAIAS E SEUS 13 BAKTUNS OU CICLOS DE VIDA COM 394 ANOS.
PREÂMBOLO
PARTE 1 - POR VOLTA DE 1999
Maquexe é o nome dado a um escaravelho na América central; vi-o comendo madeira podre em Mérida, em terras de Yucatan no México.
Terras de Chichen Itzá do Deus Canan-Há.
Fazia compras quando reparei num escaravelho ornamentado de pintura colorida na sua carapaça; fosforescente mexia-se comendo como qualquer carocha nossa conhecida; em cima do balcão daquela loja, aquele bicho vivo de 2 centímetros estava a ser vendido como forma de adorno. Intrigado por novidade, interroguei o porquê à morena do balcão e fiquei a saber que, o mesmo com aquelas pinturas e pedras de enfeite, desde o tempo dos Maias Toltecas, servem de chamariz a namorados, uma forma de buscar encontro e dizer-se disponível para encetar um romance.
Normalmente este adorno é usado pelas damas, preso do lado do coração em cima de camisa ou corpete também ele vistoso e, para que sobressaía nos enfeites frontais.
Ali no mercado popular Garcia Rejon no centro de Mérida, aonde o ar é sereno e aonde as praças se enchem de gente nas noites cálidas, à socapa comprei um pendente de âmbar com uma abelha aprisionada; e digo à socapa porque assim foi, em combinada surdina com a morena do balcão e, em lugar do escaravelho iria naquela noite, fazer uma surpresa à minha mulher com este pendente em forma de gota.
É aqui que entra a história recente dos Chiapas pois que, tanto o maquexe como o pendente de âmbar são uma parte do artesanato cuja venda reverte a favor deste grupo guerrilheiro; é este um dos vários recursos usados no seu financiamento.
Tendo sido o México uma colónia Espanhola, a evangelização fez-se ao longo de séculos, eliminando cultos Maias (e Astecas) tendo como fazedores desta mudança frades Franciscanos que se internavam nas zonas dominadas por aquelas antigas civilizações; estes consideraram sempre os seus rituais como sendo obra ou artimanhas do diabo pelo que, infelizmente, queimaram muitos dos escritos, códigos Maias; provocaram assim, uma grave lacuna dos conhecimentos astrofísicos em que aqueles, eram especialmente desenvolvidos.
Submetidos desde então e, de forma progressiva ao Cristianismo os menoritas, ordem menor dos Franciscanos, acabaram, pode dizer-se com aquela civilização; resquícios de então entre os maias actuais, deram origem a levantamentos em luta pela sobrevivência e anti-exploração. Os campesinos sem terras de boa qualidade sentindo-se espoliados, provocaram rebeliões ou levantamentos tendo sempre como lema “a terra a quem a trabalha”.
- Baktun Zero
Deu-se entre os anos de 3113 e 2719 antes de Cristo
O feixe galáctico deu corpo às culturas do Alto e Baixo Egipto e Mesopotâmia, a expansão dos Sumérios na região do rio Eufrates, os escritos hieróglifos e caracteres cuneiformes. Era religiosamente essencial o sacrifício de seres humanos, tomavam drogas alocinogeneas no sono final. Os túmulos eram atulhados de alimentos, armas, bebidas e pingentes.
:::::::::::::CONTINUA::::::::::::
O Soba T´chingange
Domingo, 9 de Novembro de 2008
REFLEXOS TRANSVERSOS

10 PÓPIAS DO SOBA
1 . Um súbdito do Kimbo do reino do Manikongo só usa a palavra como veículo de entendimento.
2 . A palavra dum Kizombeiro só lhe dá poder se, estiver impregnada de mentira ou verdade absolutas.
3 . Um súbdito do Kimbo não reconhece o erro porque está na sua excência, do Nada caminha para o Nunca.
4 . O súbdito do Kimbo, aceita a crítica como o melhor reconhecimento dum adversário.
5 . A Gazosa do Kimbo é uma dádiva que tapa todos os pecados; é a purificação dum AKTO. É passar do estado sólido para o estado gazoso por sublimação de vontade.
6 . A Bassúla no Kimbo (instituida pelo DOM Conde do Grafanil), é a consumação da sublimação passando pelo estado líquido.
7 . A nossa autenticidade, vem do elevado número de irracionalidades linguísticas e ambiguidades. Por isso ao nosso linguajar chamamos de Pópia.
8 . Um súbdito do Kimbo sem fanatismos, admite o político como um opressor, um militar como transgressor e um banqueiro como gatuno.
9 . Um verdadeiro súbdito do Reino de Manikongo, abomina o respeito ao "Statu Quo" ou um tal de "Quorum".
10 . O súbdito do Kimbo é simplesmenta "Um amigo" com vontade de o sêr.
Na Praia Ultramarina de Messejana, som do quissange, altas ondas, t´chissângua do Puto, tá-se bem!
O Soba T´chingange
O INCHAÇO DA CRISE
LAMBIDELAS
O inchaço da crise visto no raio X
É comum quando temos uma carta a enviar a alguém passarmos a borda de cola do subscrito pela língua húmida de saliva.
A Estória da coisa lilás
Uma mulher que trabalhava num escritório, na Califórnia, costumava lamber os envelopes ao invés de os humidificar com uma esponja. Todos os dias, ela cortava a língua no mesmo tipo de envelopes.
Uma semana mais tarde ela reparou num inchaço anormal na parte de cima da língua. Foi ao médico e ele disse-lhe que não havia nada de errado, que a sua língua não estava infectada com qualquer espécie de vírus. Uns dias mais tarde a língua estava ainda mais inchada e, mais ainda nos sequentes dias; o desconforto era tanto que a senhora já nem conseguia comer.
Aquela senhora voltou ao hospital e exigiu que alguma coisa fosse feita, pois não era normal e, cada dia que passava ela ficava pior. O médico fez um raio X e detectou algo anormal e daí,... teria de lhe fazer uma pequena cirurgia. Quando o médico fez a incisão para verificar o estado da situação, uma barata saltou de dentro do inchaço.
As baratas tinham colocado ovos na parte do subscrito que tem cola e, um dos ovos conseguiu introduzir-se na língua através da saliva, quente e pegajosa. Esta história é real e até chegou a ser reproduzida na C.N.N.
O trabalhador de uma reprografia afirmou: -“ Trabalhei durante trinta e dois anos e, de início disseram-me para nunca lamber um envelope e, eu não percebia bem do porquê. Quando num dia tive de ir aos armazéns buscar 2500 subscritos de um cliente, vi vários montes de baratas a percorrer o pacote e, o seu conteúdo espalhando ovos por todo o lado; as baratas costumam comer a cola dos envelopes”.
A Lei da coisa
Recebi à algum tempo atrás da Direcção-Geral da Saúde um relatório a ser preenchido pela empresa; este relatório com base no Decreto-Lei numero 26/94, de 1 de Fevereiro,... que incide sobre a actividade de serviço e segurança, higiene e saúde no trabalho, ficou-me a dúvida se este expediente é para nos preservar ou, se pelo contrário é para tirar, (despilfarrar) mais uns cobres aos já magro orçamento.
A Coisa sem lei
Qual o porquê daquela horripilante estória vista a lilás?
Porque podemos comparar aquela crise lilás com a actual crise económica! Que por descuido dos governos, não fazem a correcta radiografia a bancos e à sociedade na hora certa e,... quando actuam, já é tarde.
Temos o caso concrecto da privatiização do banco BPN. Havia ali muitos ratos e baratas a mijar fora do penico.
Sabe-se que o mundo da banca não é perfeito; a verdade, só pode estar de mãos dadas com a malandragem e, tem de ser punida para tranquilidade dos demais.
Podemos presumir que os paraísos fiscais,“Of ...”, (contas sem rosto de lavagem de dinheiros com virús ou toxinas), irão inchar mais este caso de ansiedade, tornando-se num caso grave de saúde pública?
Quando o dinheiro é administrado de forma suja para que de tóxico passe a purificado alguém tem de ser apontado como criminoso.
Temos todo, de oxigenar uma porção de meias verdades, para não sermos tomados por parvos ou fomentadores de insanas coisas.
A Coisa preta
Para terminar, tenham cuidado, não lambam os subscritos!
Da lavra do Soba T´chingange
Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008
ANGOLA AI IU-É
OS ANGOLANOS MAIS RICOS DE ANGOLA...
Com mais de 100 milhões de USD
1-José Eduardo dos Santos-Presidente da República
2-Lopo do Nascimento Deputado
3-José Leitão-Chefe da Casa Civil de Luanda
4-Elisio de Figueiredo-Embaixador
5-João de Matos-General
6-Higino Carneiro-Ministro das Obras Públicas
7-Helder Vieira Dias (Kopelipa)-General
8-António Mosquito-Empresário
9-Valentim Amões-Empresário
10-Sebastião Lavrador-Bancário
11-José Severino-Empresário
12-Joaquim David-Ministro da Indústria
13-Manuel Vicente-PCA da Sonangol
14-Abilio Sianga-Admnistrador da Sonangol
15-Mário Palhares-PCA do BAI
16-Aguinaldo Jaime-Ministro Adjunto do 1°.Ministro
17-França Ndalu-General da Reserva
18-Amaro Taty-Governador do Bié
19-Noé Baltazar-Director Delegado da ASCORP
20-Desidério Costa-Ministro dos Petróleos
Com mais de 50 milhões e menos de 100 milhões de USD
21-João Lourenço-Secretário Geral do MPLA
22-Isaac dos Anjos-Embaixador
23-Faustino Muteka-Ministro da Admnistração do Território
24-António Vandúnem-Secretário do Conselho de Ministros
25-Dumilde Rangel-Governador de Benguela
26-Salomão Xirimbimbi-Ministro das Pescas
27-Fátima Jardim-Ex-Ministra das Pescas
28-Dino Matross-1°.Vice-Presidente da Assembleia Nacional
29-Álvaro Carneiro-Ex-Director Adjunto da Endiama
30-Flávio Fernandes-Ex-PCA da Multiperfil
31-Fernando Miala-Ex-Director dos Servios de Segurança do Estado
32-Armindo César-Empresário
33-Ramos da Cruz-Governador da Huila
34-Gomes Maiato-Governador da Lunda-Norte
35-João E. dos Santos-Governador do Moxico
36-Gonçalves Muandumba-Governador da Lunda-Sul
37-Aníbal Rocha-Governador de Cabinda
38-Ludy Kissassunda-Governador do Zaire
39-Luiz Paulino dos Santos-Ex-Governador do Bié
40-Paulo Kassoma-Governador do Huambo
41-Rui Santos-Empresário
42-Mário António-Membro do BP do MPLA e ADM. da GEFI
43-Silva Neto-Ex-Admnistrador da Sonangol Distribuidora
44-Júlio Bessa-Ex-Ministro das Finanças
45-Paixão Franco-Presidente do FDES
46-Mello Xavier-Deputado e Empresário
47-Kundi-Payhama-Ex-Ministro da Defesa
48-Ismael Diogo-Presidente da FESA
49-Maria Mambo Café-Membro do BP do MPLA
50-Augusto Tomás-Deputado
51-Generoso de Almeida-PCA DO BCI
52-Luiz Faceira-General
53-Cirilo de Sá-General
54-Adolfo Razoilo-General
55-Gilberto Lutukuta-Ministro da Agricultura
56-Simão Júnior-Empresário (Grupo Chamavo e Gema)
57-Carlos Feijó-Acessor da Presidência da República
58-Armando da Cruz Neto-Chefe do Estado Maior das FAA
59-Fernando Borges-Empresário
Os miseráveis:
14.000.000 (catorze milhões)...
-Menos de 1 USD...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Noticias de Jolyxanel
Lido pelo Soba T´chingange
Quarta-feira, 5 de Novembro de 2008
OS MAIAS . BAKTUM 13
Para comemorar o 6º mês de Kimbolagoa

MAQUEXE
Em terra de Chiapas
POR OUSADIA DO SOBA T´CHIGANGE VAI O KIMBO DAR INICIO A UMA SÉRIE DE CRÓNICAS SOBRE OS MAIAS E SEUS 13 BAKTUNS OU CICLOS DE VIDA COM 394 ANOS.
A “incorporação da luz na terra” vem desde os Sumérios no ano 2719 antes de Cristo. É daqui que vem os Dikromas do Kimbo.(Ver em Glossáro).............................................
Começo pelo fim:
- Baktun 13
Iinício da viragem do ciclo com eleição de um Afro-Americano para Presidente dos Estados Unidos da América.
A partir do ano 2012 do calendário gregoriano
Será a era da energia cósmica da mente, a espiritualidade, o conhecimento do portal magnético, do turismo em Marte, da luz e buraco negro, da cura de todos os males através da mão, o aquecimento global com o avanço dos mares pelo degelo, a bomba de hidrogénio e os meteoritos.
…………………..
Ninguém atinge a sabedoria perfeita, nesta vida; a análise da vida feita pelo homem é definitivamente limitada.
………………….
BIBLIOGRAFIA
- A Profecia Maia de Alberto deuttenmuller
- Histórias de Israel de Samuel J. Schultz
Glossário:
Dikroma, termo usado pelos persas, 550 A.C. por Ciro da Babilónia. Era um decreto oral, feito por um governante em língua aramaico; servia para orientar as autoridades constituídas, a iniciarem uma acção legal. Como Ciro andava permanen-temente em campanha militar eram os exilados judeus que transcreviam os textos adaptando-os à sua religião judaica.
::::::::::Vai continuar:::::::::::::::
O Soba T´chingange
OBAMA . 44º PRESIDENTE DOS E.U.A
M´BIKA A MUNDELE, MUNDELE UÉ
Escravo de branco também é branco - É a tradução do título na língua Bantu do Reino de Manikongo.
O Kimbo de Lagoa felicita o Novo Presidente dos E.U.A.
- "OBAMA, AI IU-É"
A América é um lugar aonde tudo é possivel, foram as suas primeiras palavras ditas ao Mundo.
É a consagração da raça humana após o término da escravatura à 150 anos atrás.
É a eleição mais festejada na Globália após o desaparecimento de Luther King. Os olhos do Mundo estavam alí.
A chama do poder dá-nos novas esperanças: - "A MUDANÇA NA GLOBÁLIA".
N´Zambi das Sanzalas e Zumbi dos Quilombos lá em parte incerta, devem ter ajudado Obama porque,...levaram-no a afirmar : -"Para os que querem o mal no Mundo nós vamos derrotá-los".
Foi um bonito discurso e um bom começo.
O Soba T´chingange
Terça-feira, 4 de Novembro de 2008
ASSEMBLEIA DO KIMBO 4/11/2008
ALVARÁ DO KIMBO . 2008
CONDE DO GRAFANIL . O SÚBDITO DO ANO
MOKANDA DO SOBA
A vida sem amigos, é um céu sem andorinhas. Convosco, exploro os recantos da amizade para fazer da vida um espectáculo.
Querendo extrair alegria das pequenas coisas, recusei armadilhas várias duma efémera fama, ou sucesso enfadonho de prazer balofo a que muitas vezes se atribui valor. Fugindo sempre dessa escravidão, mantive a auto estima elevada recusando ser um modelo doentio de snob imagem dum reflexo petulante.
Convosco tenho compartilhado o passado que não se desvia do meu caminho, os sonhos e metas duma simples vivência.
Neste contexto, no meu registo de memórias e emoções resiste a imagem de um súbdito dedicado a causas alheias e nobres da sociedade Ultramarina do Reino de Manikongo; é ele o Conde do Grafanil, vulgo JV, Senhor da Távola Redonda do Kimbo e da Roda Dentada da Globália, (condições suficicientes para vir a ser o nosso primeiro Rei).
E, eu, o Soba T´chingange, proponho que o Exmo Conde do Grafanil, seja considerado “SÚBDITO DO ANO 2008“, com tratamento honorífico de "DOM", pelos altos serviços prestados à Kizomba.
Todo o ouro do mundo, tem menos valor que a nossa amizade e, para que este AKTO conste na Torre do Zombo, vai este ALVARÁ ser ra.tificado pelos demais presentes com menção dos seus Kognomes.
Foi-lhe ofertado um quadro adquirido no mercado das calamidades em mMaputo.
Lagoa, Sítio do Pescador, aos Quatro de Novembro do ano da Graça de
2008.------------------------------
O Soba T´chingange
Ra.tificam a proposta:
Visconde do Mussulú
Jamba Vanguardista
Fuca-fuca, Juís de fora
Barão do Limpopo
Cipaio-Mor N´dalatando
Comendador dos Vales D´el Rei
Fidalga de Ferro-Agudo
DIkROMA DO KIMBO em 4/11/2008
Por altos méritos prestados em terras Ultramarinas do Kimbo do Reino de Manikongo, a Exma Senhora AS, Mulher-Rica, foi elevada a Fidalga de Ferro-Agudo.
Recebeu para sobreviver à crise, um molhinho de Favas-Ricas, um tinto carrascão de Banga Sumo, sementes do fruto do Imbondeiro (árvore mágica do Sobado da Manhanga em terras de N´gola), jindungo com timbre real de 1/4 de makuta e um N´zimbo da ilha da Mazanga de Luanda.
Foi-lhe ofertado o mítico provérbio ”A CHUVA BATE NA PELE DO LEOPARDO, MAS NÃO TIRA AS SUAS MANCHAS”. Este regalo foi recomendado pelo nosso Kimbanda Ninja HN, que não pode estar presente.
E para que conste nos registos da Torre do Zombo do Reino se faz aqui menção de que para os efeitos pagou a Gazosa regulamentar.
Este akto de Dikroma foi ratificado por:
O Soba T´chingange
Conde do Grafanil
Visconde do Mussulú
Jamba Vanguardista
Fuca-fuca, Juís de fora
Barão do Limpopo
Cipaio-Mor N´dalatando
Comendador dos Vales D´el Rei
noticias da web
Nos tempos da deriva intervencionista, provocada pela mão revolucionária de Abril, nacionalizou-se a banca em prole de um socialismo que defendia o povo. Depois veio a revolução neoliberal da economia. Bancários a nascer como cogumelos, enriquecendo graças à especulação financeira. Nos dias que correm, a alta finança está moribunda e o Estado vai a correr nacionalizar essa massa falida. Ou seja, Carl Marx tinha razão e o Socialismo é a verdadeira aspirina dos capitalistas. Por mim, era falência e prisão por gestão danosa e abusos de confiança para essa cambada de vendedores de magalhães e magalhonas que é o que tem sido, em boa verdade, toda essa geração de ex-ministros e secretários-de-estado do mega-bloco-central que tem andado a chacinar o nosso país nos ultimos 20 anos.
Autor: Altino Torres
consultado por O Chato do Xissa
Segunda-feira, 3 de Novembro de 2008
SOCRATES E O ....MAGALHAES......
Tou??? Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui, porque o meu curso de informática foi tirado na Independente e o professor faltava muito. Estou a experimentar um destes novos computadores dos putos, o Magalhães, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?
- Desculpa?....
- Aquilo fecha a que horas?
- Zé, meteste a Password?
- Sim! Quer dizer, copiei a da Maria de Lurdes.
- E não entra?
- Não, pá!
- Hmmm....deixa-me ver... qual é a Password dela?
- Cinco estrelinhas...
- Oh, Zé!....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o
resto, funciona?
- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: 'Cannot find printer'! Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao Monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!
- Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão.
Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.
- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?
- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?
- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?
- Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.
- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?
- Oh, Zé... Foooooodasss... Eh, pá! esquece.... Vamos fazer assim: clica no 'Start' e depois...
- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...
- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí... Olha lá, e já
tentaste enviar um mail?
- Eu bem queria, pá! Mas tens de me ensinar a fazer aquele
circulozinho em volta do 'a'.
- O circulozinho...pois.... Bom... vamos voltar a tentar aquilo da
impressora. Faz assim: começas por fechar todas as janelas, Ok?
- Espera aí...
- Zé?...estás aí?
- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?
- Fooodasss Zé.... Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?
- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...
- óóóóóóóóóóóóólha para a porra do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte debaixo do écran?
- Samsung.
- Eh, pá! Vai pró....ca
- Mariano?... Mariano?... 'Tá lá?... poooorrrrraaaa o que é que lhe deu?... Desligou....
divirtam-se
N´Dalatando
SINTO-ME:
O GOVERNO DÁ.....
É incrivel!... ao que o País chegou.
O governo nacionalizou o BPN, mas afinal, ainda à umas semanas atrás tranquilizava os contribuintes:
- "estejam descansados que a nossa banca respira saúde " uma situação igual á dos bancos Norte Americanos jamais poderá acontecer em Portugal, pois temos fortes alicerces financeiros".
Na verdade, já não sei bem se acreditar nestas fantochadas em que ninguém sabe ao certo o que se passa no nosso País. O facto é que, não acredito que o Banco de Portugal não soubesse do estado em que se encontrava o BPN, se calhar, à boa moda Portuguesa estava a ver se a coisa se resolvia por si só.
Bastava olhar o que aconteceu nos EUA para que fossem tomadas todas as providências para que o mesmo não acontecesse em Portugal. Bem!... e se o BPN fosse mesmo á falência, o que seria dos desgraçados que lá têm as suas suadas poupanças?
E, os investidores,... a confiança que se perderia, arrastando uma serie de empresas para a falência, aumentando o desemprego, etc, etc...
Mas não, não se preocupem, pois o nosso governo com o nosso dinheirinho!!! que tanto nos custa a pagar em impostos sobre impostos, vai nacionalizar o BPN, e pergunto PORQUÊ??????
Se eu não conseguir pagar o empréstimo á banca que contraí para comprar a minha casa, o governo não me ajuda, ou será que ajuda!!!!!!
Porque é que o governo nacionalizou o BPN?
Nós respondemos
Porque o BPN contraiu um emprestimo de 250000000€ á CGD para fazer face á falta de liquidez pelos maus investimentos finaceiros e pelas offshore não declaradas. “Afinal diziam, que estava tudo bem!!!, que os bancos Portugueses respiravam boa saúde financeira, que dificilmente algum banco Português usaria a garantia bancaria criada pelo governo no valor de 200000000€, afinal era tudo mentira.
A culpa, essa, mais uma vez vai morrer solteira.
Pois é o governo nacionalizou o BPN para a CGD não ter problemas na cobrança da divida deste banco.
“E o Zé é que se lixa”
Mas descansem, pois o governo afinal sempre ajuda qualquer coisa, senão vejam...
Vais ter relações sexuais?
O governo dá preservativo.
Já tiveste?
O governo dá a pílula do dia seguinte.
Engravidou?
O governo dá o aborto.
Teve filho?
O governo dá o Bolsa Família.
Estás desempregado?
O governo dá Bolsa Desemprego.
És viciado e não gostas de trabalhar?
O governo dá rendimento mínimo garantido!
AGORA...
Experimenta estudar, trabalhar, produzir e andar na linha para ver o que é que te acontece!!!!!
VAIS GANHAR UMA BOLSA DE IMPOSTOS NUNCA VISTA EM LUGAR ALGUM DO MUNDO!!!!!
(Editado com a ajuda do grande soba Tchingange)
N´Dalatando
SINTO-ME:
Sábado, 1 de Novembro de 2008
PORTUGUÊS MODERNO
Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos 'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber menção de 'auxiliares de apoio doméstico'.
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os 'contínuos' passaram todos a 'auxiliares a acção educativa'.
Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por 'delegados de informação médica'.
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em 'técnicos de vendas'.
O aborto eufemizou-se em 'interrupção voluntária da gravidez'.
Os gangs étnicos são 'grupos de jovens'.
Os operários fizeram-se de repente 'colaboradores'.
As fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas' e vistas da estranja são 'centros de decisão nacionais'.
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à ' iliteracia galopante' .
Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes 'Conforto' e 'Turística'.
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da> cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um 'comportamento disfuncional hiperactivo'.
Do mesmo modo, e para felicidade dos encarregados de educação , os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.
Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras gramaticais...)
As putas passaram a ser 'senhoras de alterne'.
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em 'implementações', 'posturas pró-activas', 'políticas fracturantes' e outros barbarismos da linguagem.
N´Dalatando
MALTA E AS JOANINHAS DA MIZÉ
FEROMONAS DE MALTA
Joaninha, um bezouro disfarçado de turista
Do gosto de empilhar palavras entre verbos e adjectivos, falo coisas com gente amiga e, num repente de visita enferrrujada em coisas banais, incentivei a Mizé a descrever o tormento de fazer turismo num monte cheio de Joaninhas. Era tanta a preocupação de não as pisar que andou dez passos em vez de cem, engalanando-se de gozo na Ilha de Malta.
Estas pequenas coisas da vida, às vezes, dão o consolo duma meninice recordada dos prados ou, entre cardos.
- Vivendo à mais de trinta anos no Algarve, região pouco poluida de Portugal raramente tenho o previlégio de ver uma Joaninha ou outros bezouros que me fizeram delicias numa meninice em terras de Altura e Messines. Foi assim à laia de prólogo que Mizé deu o seu próprio mote de saída e, prosseguiu.
- Sorte igual não têm a minha neta que com três anos não conseguiu ver ao vivo e a cores a Joaninha e, pela qual, ela tem uma paixão. Joaninha avoa, avoa que o teu pai foi para Lisboa é a cantilena que de quando em vez relembro em tom de curta balada.
- Quando atravês do DVD ela vê uma Joaninha salta de animação e quer ir vê-la a Lisboa.
- Lá bem no alto, a três mil metros de altura, algo de inédito aconteceu após sairmos do autocarro que ali nos levou. Fiquei pasmada por ver tanta e por todo o lado, joaninhas; na entrada da loja de lembranças os artigos estavam pejados delas. O nevoeiro e frio de alguma intensidade foi amenizado com um café bem quente.
- E foi no vulcão Etna da Sicília, lugar de energia cósmica, que senti no quanto somos uma insignificância perante a magestosa natureza que depois de tanta terra ardente se transformou em vida. No chão preto de lava havia milhares de Joaninhas.
- Naquele lugar mais perto do céu e ar puro, bafejei a vida em goticulas de paz, o verdadeiro paraíso das Joaninhas.
- Na descida fui descortinando a lonjura da lava jorrada por muitos quilómetros, pontos minusculos de vejetação e nas sucessivas curvas, telhados de casas assentes no chão; a vida não pára com uma tragédia, recomeça sempre numa permanente adaptação.
- Senti que ali o certo e o errado são coisas que não existem; fui encontrar naquele pequeno espaço de tempo, também, que dependo só de mim para ser, fazer ou ter.
- Naquele dia senti-me um ser tão especial quanto qualquer outro, trazendo dali uma mensagem para a vida e, sobre a vida de todos os dias.
- Não preciso de nada para ser feliz, basta que o queira e como a lava dali, nada vou exigir à mãe natureza para reciclar a vontade de o ser como a joaninha.
Noite alta, num silêncio de paixão pasmada eu, o relator, fui descortinar entre farrapos de enternecidas recordações e angústias de estátuas helénicas da Web um insecto da familia “coccinellidae”popularmente conhecida como Joaninha. Possui um corpo semi-esférico cabeça e patas pequenas com asas de menbranas grandes. Protegidas por uma carapaça quitinosa podem medir até 10 milimetros e vivem até 180 dias. Seus ovos eclodem em uma semana. Possui duas antenas que servem para, pelo olfacto, dectectar as feromonas. Há cerca de 4500 espécies distinguidas pelos padrões de cores e pintas da carapaça.
A Joaninha mais vulgar na Europa é a “cycloneda septempuntacta”que apresenta geralmente uma a sete manchas pretas sob fundo vermelho e, por isso é também conhecida pelo nome de joaninha-de-sete-pintas.
Da minha lavra acrescentarei que este lindo insecto provávelmente foi trazido da Austrália pelo Cristovão de Mendonça quando ali aportou com o seu bargantim São Cristovão, duzentos e quarenta e oito anos antes do tal James Cook, em 21 de Agosto de 1770.
No meu quintal, não necesitaria de fecundar o maracujá caso tivesse umas quantas joaninhas. Necessito urgentemente dum bezouro ou joaninha para dar vida ao meu maracujá e sentir todos os dias essa coisa de sensação bela que Mizé sentiu lá na Malta.
O Soba T´chingange
