AS ESCOLHAS DO CONDE DE BUSTOS DO PUTO - A. Arrais
"MENTIRA DA PERNA CURTA - 2ª Parte"
Donatário da Lagoa Azeda - A. Arrais
Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.
Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história. O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn? Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias. Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização. Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".
Strauss Kahn
O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que está tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos. Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa". Era impensável o poder financeiro mundial aceitar um tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.
Premonição - Daqui e Dáli
Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. Temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".
A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também tem um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível". Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a linha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.
(Fim)
As escolhas de Arrais
AS ESCOLHAS DO EMBAIXADOR DO KAKUAKU - Boni
"Advogado de Nova Orleans. Brilhante!"
Boniboni na Kizomba
Banco é banco em todo lugar ! Seus administradores só vêem $$$$$...e não pensam...
PEDIDO DE EMPRÉSTIMO
Um advogado de Nova Orleans pediu um empréstimo em nome de um cliente que perdera sua casa quando do furacão Katrina e queria reconstruí-la. Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como garantia. O advogado levou três meses para seguir a pista do título de propriedade datado de 1803. Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte resposta:
AngolaBela - Mirangolos
"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi apresentada uma certidão do registro predial. Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803. Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo com o registro anterior a essa data."
Irritado, o advogado respondeu da seguinte forma:
"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº 189156. Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registro. De facto, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada, pelos E.U.A à França, em 1803.
Na rota dos Mirangolos - Miró
Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da Luisiana antes dos E.U.A. terem a sua propriedade foi obtida a partir da França, que a tinha adquirido por direito de conquista da Espanha. A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um capitão da marinha chamado Cristóvão Colombo, a quem havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha.
A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo. Presentemente, o Papa - isso temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus - é comumente aceito - criou este mundo. Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana.
Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também. Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito original feito por Deus. Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso empréstimo? "
O empréstimo foi concedido.
Boniboni
CRÓNICA DO SOBA
“PUTO . Uma quase carta aberta”
T´Chingange
Quando acontece um acidente como aquele porque Portugal está a passar, a crise, as ocorrências do passado voltam a ser relembradas até aos quintos dos infernos, nos lugares mais recônditos desenterrando casos e remechendo ossadas. No mundo mediático de hoje, o cidadão têm opinião e dá palpites, critica e, sua contestação passa e repassa a todos num ápice. Uma nação tem de estar preprada para conter todas as arbitrariedades por mais absurdas que pareçam ser, mantendo em permanente trabalho, gestores responsáveis que falem a verdade. Verdade, é a única opção para conter o falatório dispar de quem directamente sofre com as periclitâncias que sucedem no tempo e no espaço. As abrangências das questões são enormes e, dúvidas, podem surgir do nada. O mérito de um governo, o português em particular, é esclarecer com a verdade porque, a mentira é bastante competitiva e está mais ao alcance de todos; usar de sofisma no início, meio ou fim de uma crise, é fustigar a imaginação do mal.
Pão e ovos de Paul Cézanne
Têr em conta que "o diabo anda à solta, a mentira têm perna curta e, a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima". Para actuar com eficiência e segurança em um terreno minado como o de Portugal, é preciso estar preparado para o pior. Espero que esta fonte de aprendizado chegue a Pedro Passos Coelho (PPC) na nova governação (assim creio); que coloque à frente dos "toiros" moirões de qualidade, porque o que não falta por aí, são gente de gabarito predador, usurpadores do bem público, ambiciosos que querem um lugar que contribua só para o seu próprio bem estar. O mundo mudou e PPC sabe que deve accionar os melhores preparados para debelar o acidente da crise, pois que o cidadão, mais que nunca, forma e formula opinião. O cenário para responder aos desafios do momento de crise aguda está montado. A mudança de mentalidades requer abertura e transparência às comunidades; a sociedade está preparada neste aprendizado e quer crescer em tal processo da divulgação máxima da verdade. Esta quase "carta aberta" foi pensada inicialmente para o "Conde dos Mirangolos" do reino de Manikongo mas, saíu demasiado erúdita para tal "galo do mato".
O Soba T´Chingange
AS ECOLHAS DO EMBAIXADOR DO MUSSULU - GP
“ANGOLA . O DESPERTAR DE CONSCIÊNCIAS”
Pedro Santos Guerreiro
A mulher mais poderosa de Portugal é angolana
Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, mas poucas são poderosas. Uma é as três coisas; tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santos. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Os angolanos são entronizados em Portugal. Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos". Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos". É a nova accionista da Zon, e de muitas outras empresas. Uma atrás da outra, todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro. A mulher mais rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, com uma fortuna de 731 milhões de euros.Não tem metade do poder de Isabel dos Santos, e tem apenas uma fracção do seu dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil milhões de euros,...Fora o resto. A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco BIC. Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de distribuição em Angola. O Grupo Espírito Santo tem interesses imobiliários, nos diamantes, na banca. Salvador Caetano tem concessões.
Isabel dos Santos
O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender acções da Zon a Isabel dos Santos; Zon onde João Pereira Coutinho e Joe Berardo são accionistas. Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Soares dos Santos foi o único a assumir publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola. Isabel dos Santos alem de accionista da Zon é sócia da PT. É também accionista do BPI e sócia do BES. É accionista da Galp e a Sonangol é parceira da EDP.A empresária garante que não tem relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol. Identificando todos os interesses em causa, as relações de sociedades portuguesas alargam-se ainda à Caixa, Totta, BPN e Mota-Engil.O que faz com que tantas empresas portuguesas implorem para fazer negócios com Isabel dos Santos? E que Isabel "jogue" em equipas rivais, concorrentes confessos em Portugal, sem um pestanejo? Só uma coisa consegue tanto unanimismo: o dinheiro. A contrapartida de acesso ao crescente mercado angolano. Os portugueses não abrem os braços a Isabel dos Santos,... Abrem-lhe as carteiras - vazias...!!!!. Isabel e José Eduardo construíram um poder tão ramificado em empresas portuguesas que só o Estado e Grupo Espírito Santo os ultrapassarão. Tanta concentração de poder é mais ameaçador do que uma nacionalidade.
Fonte: Jornal de negócios
GP
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
" 1ª missa no Brasil" - 3ª Parte
José Anchieta
Várias figuras ilustres se destacaram, quer na fixação e na defesa das populações, dando origem a grandes centros populacionais como a cidade de São Paulo, quer ainda na produção cultural original que lançou as bases da futura cultura brasileira. Manuel da Nóbrega, José Anchieta, António Vieira, são nomes de vulto no horizonte cultural-pedagógico, que deram um contributo decisivo para o desenvolvimento da acção civilizadora levada a cabo pelos portugueses. Inseridos na mentalidade própria da época, não estão isentos dos propósitos colonizadores eurocentristas ao serviço da política da coroa portuguesa. No entanto, a defesa dos direitos e das liberdades das populações indígenas, contra a prepotência desumana ou a ganância do lucro da maioria dos colonizadores, motivou atitudes heróicas e iniciativas arrojadas, como a criação das “reduções”, na região que corresponde ao actual sul do Brasil, e aos territórios contíguos da Argentina e do Paraguai.
Padre António Vieira
De natureza muito diferente foi a acção desempenhada pela Ordem de S. Bento, com os mosteiros que foram sendo fundados a partir de 1581. Mais voltados para a vida contemplativa, com uma acção de irradiação centrada nos mosteiros, mais visível no desenvolvimento da lavoura e assistência às populações locais, a sua importância pode ser facilmente reconhecida pela riqueza que foram acumulando na arte arquitectónica e decorativa que ainda hoje é possível admirar. Para melhor avaliar a acção e influência desta ordem religiosa, temos de aguardar os resultados do estudo que algum benemérito do saber resolva dedicar ao conjunto de Relatórios que eram trazidos do Brasil, de três em três anos, aos “Capítulos Gerais” realizados em Tibães-Braga. O Mosteiro de S. Martinho de Tibães é um grande elo evocativo dessa acção dos Beneditinos em terras brasileiras. A meia dúzia de quilómetros de Braga, a sua fundação remonta a um período anterior ao ano de 1080, podendo mesmo recuar ao séc. VI, ao tempo de S. Martinho de Dume. Desde 1567, exerceu o papel de Casa-Mãe da Ordem Beneditina. “No ano de 1570 reuniu-se, no Mosteiro de Tibães, o Primeiro Capítulo Geral Beneditino e até 1834 são os Abades Gerais de Tibães, eleitos trienalmente, que governarão as províncias de Portugal e do Brasil da rica, poderosa e influente Ordem Beneditina.”
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Barroco Mineiro
A expansão da Ordem de S. Bento no Brasil é realizada já sob os auspícios de Tibães, e é também a exemplo da Casa-Mãe que nos séculos XVII e XVIII se verifica um enorme desenvolvimento arquitectónico e decorativo, ao gosto da ostentação do estilo maneirista e barroco desses séculos. Em Tibães é particularmente significativa a imponência da igreja, no seu traçado arquitectónico e na exuberância decorativa da talha e das estátuas, bem documentadas nas diversas fases em que a ornamentação crescia na proporção do poder económico da ordem religiosa e do prestígio dos Abades Gerais que eram eleitos para cada triénio. Os claustros e a Cerca do Mosteiro, os mosaicos, as fontes e as escadarias eram outras tantas preciosidades desse período de esplendor, que é possível ainda hoje admirar, não na sua forma completa e original, mas apenas naquelas partes que sobreviveram à destruição e ao abandono que se seguiu à extinção de 1834, e que estão felizmente a ser progressiva e criteriosamente recuperadas após a aquisição pelo Estado Português em 1987. No domínio da arte barroca, são de salientar as estreitas relações entre o barroco minhoto e o barroco mineiro, com particular destaque para a influência directa do Bom Jesus do Monte, em Braga, no Bom Jesus de Matosinhos e em Congonhas do Campo no Brasil.
Dados de Manuela Gama & José Gama da Faculdade de Filosofia UCP - Braga
(Continua...)
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO EMBAIXADOR DE MACEIÓ - CRF
"FAVELA E SUA ORIGEM" - 2ª Parte
LIDER DOS CANUDOS . ANTÓNIO CONSELHEIRO
Cafufutila: Em Angola, nome dado à farinha de mandioca pré-cozida misturada com açucar. Quando se fala de boca cheia de cafufutipa lança-se perdigotos ou gadanhotos
Árvore Favela: -(Cnidoscolus phyllancatus)
Costumamos achar que as maiores Favelas do mundo se encontram no Brasil, mas é um engano. Nenhuma comunidade brasileira aparece entre as 30 maiores do Mundo. México, Colômbia, Peru e Venezuela lideram o Ranking, em mais um triste recorde para a América Latina. Outro engano comum é achar que as Favelas são um fenômeno "terceiro-mundista", restrito a países subdesenvolvidos ou emergentes. Apesar de em quantidade bem menor, países desenvolvidos como Espanha também tem suas Favelas, chamadas por lá de "Chabolas". Em Angola este tipo de urbanismo expontâneo tem o nome de "musseque" e nos arredores de Lisboa tomam o nome de "bairros da lata"; em Paris toma o nome de "bibonlvile" e na Cidade do Cabo "City Scrap". Um terceiro mito é o de que as Favelas apenas aumentam, não importa o que o governo faça... A especulação imobiliária e planos governamentais já acabaram com algumas favelas, mesmo no Rio de Janeiro. O caso mais famoso é o da Favela da Catacumba, ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi extinta em 1970. A Favela do Pinto também é um outro exemplo...
Favela da Rocinha e Morro da Mangueira
Nos anos 30, após a crise da Bolsa de 1929 que levou vários produtores de café à bancarrota, o terreno da Fazenda Quebra-Cangalha foi invadido e dividido em pequenas chácaras (quintas), que vendiam sua produção na Praça Santos Dumont, responsável pelo abastecimento de toda a Zona Sul da cidade. Quando os clientes perguntavam de onde vinham os legumes, diziam: "É de uma tal Rocinha lá no Alto da Gávea".
Morro do Vidigal
Nos anos 40, na entrada da trilha de subida do Morro, que na época ainda era coberto pela mata, foi colocada uma placa que dizia: "Em breve neste local, Fábrica de Chápeus Mangueira". A fábrica nunca foi construída, mas a placa permaneceu, batizando uma das mais emblemáticas comunidades cariocas. Em homenagem ao dono original do terreno onde hoje se localiza a Favela, o Major Miguel Nunes Vidigal, figura muito influente durante o Império.
CRF
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"ELEIÇÕES À PORTA"
PUTO: diminutivo de Portugal, já no reino de N´gola (Angola) no século XVI se chamava de "mwene-puto" aos brancos oriundos de Portugal.
O magno problema de levar a crise ao destinatário por vicicitudes de excepcional fidálguia e gente de alto coturno que nunca reconhece seus próprios erros, levou o Puto a uma crise sem precedentes. Para compreender a verdade das razões, basta passear em um qualquer centro comercial e lêr com olhos de querer, a procedência de tantos e variados produtos a começar pelos da terra; maças do Chile, laranjas da África do Sul, bananas da Colômbia, Xuxu do Brasil, coisas exóticas do Botão e Conchichina e tretas, muitos trastes e ferramentas descartáveis "made in China". Se eu mandasse, dizia amiudadamente, nada disto seria importado. Os compromissos internacionais não se podem superar ao "toma-lá, dá-cá" com excrecências no mau uso na gestão da coisa pública. E, a crise não podia esperar,... sem descambar.
P. Passos Coelho . o meu candidato
Antes de tapar buracos ou pavimentar estradas, era necessário fazer um serviço de terraplanagem da crise ou derrapagens nos gastos dos portugueses e instituições. O cidadão tem de envergar a camisa de patriota e sêr o primeiro a saber o que está acontecendo para assim defender a pátria, memo sabendo estar a ser conduzida por desclassificados patrícios. Necessita ter argumentos e entender o bombardear de opiniões desde a vizinha dona de casa ao primo repórter de um qualquer jornaleco. Se o cidadão não acreditar na governação, e não estiver convencido de que é possivel superar a crise, nós todos começaremos a perder a guerra dentro do quartel, assim fossemos soldados.
As nuances da crise de Portugal iniciaram com o abandono das colónias ultramarinas a preço zero, penalizando a vida de mais de um milhão de pessoas e muitos mais familiares destes. O crime de não se ressarcir estes milhares de vítimas, redundou na perca de confiança em seus lideres oportunistas e ambiciosos vendendo a alma ao diabo. Agora, só acredito na nova geração e, ao lêr o livro "Mudar" de Passos Coelho, direcionei para ele todas as minhas esperanças e, seria para ele o meu voto caso não fosse galinha do mato e estar nas entranhas do Amazonas.
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"A IMAGEM DA CRISE"
T´Chingange
Nenhum conflito de crise é mais complexo do que aquele que é programado pela própria sociedade, quando se vive em democracia. A imagem de desastres, pode materializar-se na gestão de qualquer acção mas, é na vertente monetária que ela mais doi. A imagem da crise ou seu inverso deveriam ter fim no acto duma eleição mas, tudo leva a crer que Portugal foge à regra porque Sócrates, simultâneamente é candidato e a "imagem da crise". A amplitude de sua exposição, negativa em tantas peças, nos vários meios de comunicação dentro e fora de Portugal, patenteiam através das sondagens, favoráveis àquele, um reflexo da maior incompreensão.
Os simbolos
Numa corrida às eleições, a campanha de um político candidato, é tentar conduzir uma crise de imagem associada a si, com seus valores de conduta. Independentemente do que acontece no país do "Puto", o modo de como o cidadão se apercebe da situação, torna-se uma irrealidade dar primasia a vilões que nunca admitem erros, liderarem sondagens. E, eu que tinha em mente que só convence quem sempre "fala verdade"; que os valores errados geram a semente de futuros trapaceiros; gentinha que ao invés de se penitenciarem a reparar o prejuizo causado a tantos, tudo isso desacontece! Se porventura, só os nobres valores definem uma imagem, que significado terá o contrário disto?...
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
"MENTIRA DA PERNA CURTA"
Dominique Strauss-Kahn
Desde que sou gente que me lembro duma certa frase que simboliza qualquer situação de embaraço; por motivos de levianos dizeres "a mentira têm pernas curtas". Com o correr do tempo e amadurecimento, fui-me dando conta que esta coisa da má lingua, quando manipulada maquiavélicamente, pode ultrapassar os limites do admissível e andar muito rápido, principalmente quando se enquadra numa invenção colectiva sem um rosto visivel, criado por uma ou mais mentes perneciosas disseminando como praga o absurdo com foros de realidade. Isto vem a propósito da prisão do Director Geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn por agressão sexual a uma mulher guineense, camareira de 32 anos. Strauss tinha dito em Abril que poderia haver uma denúncia forçada por forma a travá-lo na sua ambição presidêncial de França. Tal como 57% dos francêses acredito ser Stauss vítima de uma "armação". Por muito vil que seja um homem e sendo ele o mais representativo do Fundo Monetário Interncional, meter-se com uma mulher de condição modesta e com suspeittas de possuir HIV, desde quando um homem corrido no mundo VIP com um salário anual de 421 mil Euros e todas as mordomias pagas, se meteria com uma vulgar mulher por muito "lasca" que fosse.
Visões.... Dali
Mesmo sendo "boa como o milho" não imagino um homem de 62 anos meter-se numa alhada-arapuca. Os jornalistas americanos e homens do mundo financeiro ambiciosos ou ciosos, decerto teceram esta "brincadeira de mau gosto" por forma a desvalorizar o Euro ou mesmo vingar-se das contrariedades internas de alguns gestores da bolsa de valores Nasdaq e recorrendo a tão baixos métodos. Enquanto na Europa e particularmente em França a difamação e calunia divulgada na imprensa leva a medidas legais rigorosas e muitas pesadas, ao invés disto, nos USA, as muitas brigadas de advogados do diabo tecem planos diabólicos para "matar a imagem" dos ricos e famosos com calunias metendo-se na vida privada de cada qual. Com a prisão de Strauss-Kahn num espaço de 3 por 4 metros em Rikers Island, quanto mal de forma tão insipiente podem levar um homem de valor à estaca zero da escala social. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra! Não estou na onda de defensor do FMI, instituição que utiliza golpes de engenharia financeira para provocar desastres e tirar lucros dessa posição mas, injustiças do foro pessoal desta índole, não suporto.
O Soba T´Chingange
XIPALA . VII
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"O JOGO DA VERDADE"
D. Sebastião
Usando a palavra sem regulamento ou compromisso, tenho como único farol, a verdade na visão de justiça dos bons costumes; apercebo-me no entranto, de manchas irónicas e situações macabras na sociedade em que estamos inseridos. Contra naturais espectativas da lógica, o quotidiano, surpreende-nos com a notícia de que alguém não morreu como e quando devia, como um Dom Sebastião, um rei cristão e português desmembrado em Alcácer Quibir. Bin Laden à semelhança daquele, fica também na penumbra duma batalha sem rosto nem corpo e, sem ter que entrar no meu jogo, forçando-me a pagar a aposta. Eu, que jurava a pés-juntos e figas, numa outra estratégia de pegar o mouro, destruturaram-me emocionalmente; perdi a aposta na forma de se exibir a morte sem turbante. Profundamente magoado, recolho-me num processo de desiludido relaxamento.
Pentear macacos
Os americanos, na pessoa do seu presidente Obama quebraram o decoro defraudando-nos da razão. Apesar da competente postura na comunicação ao mundo do acontecido, não se teve em conta a peculiariedade sencivel dos apostadores de desgraças, ou gente que pensa normal e ponderadamente. Sinceramente, enganaram-nos,... com que fim! Porquê nos alteraram o nosso ADN emocional usando a técnica duma nua e crua mentira, sem lances de protelados cinismos. Este fenómeno contemporâneo de gerenciar a verdade é um puro refluxo da mediática democracia, burlando a cidadânia ou um desafio contra o acaso pondo-nos a pentear macacos.
Será ele .Miró
O fantasma do Big Brother, Bin Laden, sai das páginas de ficção sem atração, sem atitude coerente. Sinceramente, com laivos de pura vingança, só expresso o desencanto. Bastará imaginarmo-nos no lugar da morte para compreendermos a bondade das suas razões. Morte, assim, tem porventura um plano; como um jogo de xadrêz, aqui a morte, teve o cheque com o avanço do cavalo. Li algures que no arrefecimento de uma qualquer crise, moral, ética ou social é fundamental não perder de vista os "valores positivos"; isto significa não perder de vista os valores da opinião pública no trato da morte de Bin Laden. Não importa tanto o que se fêz mas, acima de tudo do como se fêz. O gesto simbólico do ver para crer, é a reacção rotineira no relacionamento humano. O dia seguinte, que era segunda feira, levei o cão à praia dando um ponto final à cachorrada.
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO EMBAIXADOR DE MACEIÓ - CRF
"FAVELA E SUA ORIGEM" - 1ª Parte
FAVELA ( Cnidoscolus phyllancatus)
Você já parou para pensar qual o motivo de chamarmos aos bairros pobres e sem infraestrutura de "FAVELAS"? Eu sempre achei que fosse um nome indígena ou qualquer coisa assim, mas a história é bem mais interessante que isto. A origem do nome "FAVELA" remete a um facto marcante ocorrido no Brasil na passagem do século XIX para o século XX: a Guerra de Canudos. Na Caatinga Nordestina, é muito comum uma planta espinhenta e extremamente resistente chamada "FAVELA" que produz óleo comestível e combustível.
Favela . Complexo do Alemão
Entre 1896 e 1897, liderados por Antônio Conselheiro, milhares de sertanejos cansados da humilhação e dificuldades de sobrevivência num Nordeste tomado de latifúndios improdutivos e secas, criam a cidadela de Canudos no interior da Bahia, revoltando-se contra a situação calamitosa em que viviam. Em Canudos, muitos sertanejos instalaram-se nos arredores do "MORRO DA FAVELA", batizado em homenagem àquela planta. Com medo de que a revolta minasse as bases da República recém instaurada, foi realizado um verdadeiro massacre em Canudos, com milhares de mortes, torturas e estupros em massa; um dos mais negros episódios da história militar brasileira, feito com macisso apoio popular. Quando os soldados republicanos voltaram ao Rio de Janeiro, deixaram de receber seus soldos, e por falta de condições de vida mais digna, instalaram-se em casas de madeira sem nenhuma infraestrutura em morros da cidade (o primeiro local foi o actual "Morro da Providência"), ao qual passaram a chamar de "FAVELA", relembrando as péssimas condições que encontraram em Canudos.
Gaúchos na guerra dos Canudos
Este tipo de sub-moradia já era utilizado à alguns anos pelos escravos libertos, que sem condições financeiras de viver nas cidades, passaram também a habitar as encostas não agricultadas, nos quilombos em lugares remotos e terrenos não aproveitados ou da União. O termo pegou e todos estes agrupamentos nas grandes cidades costeiras passaram a chamar-se FAVELAS. Mas existem vários "MITOS" sobre as Favelas que precisam ser avaliados...
CRF (continua...)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA D LETRAS DO KIMBO
"A Cruz da 1ª missa no Brasil" - 2ª Parte
1ª missa . Brasil
O séc. XVIII está magnificamente representada a presença dos portugueses no Brasil; a influência exercida enquadra-se num plano de acção política e cultural, dirigida a partir de Lisboa, como extensão da política nacional, visando obter benefícios económicos com a extracção e comércio das riquezas naturais. Com a presença da corte real no Brasil, a crescente consciência de autonomia e o desejo de liberdade política levam rapidamente à proclamação da independência às margens do rio Ipiranga por D. Pedro II. As relações com Portugal alteram-se profundamente, passando a desenvolver-se um ciclo de emigração portuguesa que leva para Portugal a riqueza conquistada pelo trabalho e a nova figura do “brasileiro”, terno e sapatos brancos e um ar de malandro Carioca. A cultura brasileira vai adquirindo uma personalidade própria, expansiva, com apropriações muito características no campo das manifestações religiosas, a exemplo da curiosa figuração da Sagrada Família, que se encontra no Tesouro-Museu da Sé Catedral, perfeitamente adaptado aos costumes nordestinos no uso do típico chapéu de cangaceiro.
Pêro Vaz de Caminha
A atitude receptiva que Pêro Vaz de Caminha descreve na sua Carta, e que o levou a prever uma rápida e fácil cristianização dos habitantes daquelas novas paragens, conduz-nos ao desenvolvimento do capítulo primordial da missionação, pelo papel que desempenhou em todo o processo de construção do novo mundo dos trópicos. As Missões e sua relação com Braga, é sobretudo o aspecto evocativo da grandiosa epopeia da missionação em terras brasileiras e, que interessa mostrar. A acção missionária organizada deve-se essencialmente aos Jesuítas, que desde 1549, seguida pelos Beneditinos a partir de 1581 e Franciscanos em 1585. É a partir da situação de hoje que evocamos a memória da acção.
Beato Inácio de Azevedo
A Faculdade de Filosofia de Braga, uma instituição de ensino superior mantendo-se fiel a uma longa tradição de ensino, em Portugal, e no Brasil, teve inicio em 1563 no célebre colégio de São Paulo, em Braga. O Beato Inácio de Azevedo, seu primeiro Reitor, ficou mais conhecido devido ao martírio que sofreu, em nome da fé cristã, às mãos dos corsários huguenotes (holandeses ou mafulos), quando se dirigia para as missões do Brasil a bordo do navio mercante Santiago com outros trinta e nove companheiros que igualmente sofreram o martírio. Junto às ilhas Canárias o navio foi capturado tendo sido assassinados. Foi notável a acção realizada pelos membros desta instituição religiosa, na evangelização directa dos povos indígenas do Brasil e no ensino ministrado nos inúmeros colégios que manteve até à sua expulsão pelo Marquês de Pombal, em 1759. Os quarenta mártires do Brasil foram a 11 de Maio de 1854 beatificados pelo Papa Pio IX.
Dados de Manuela Gama & José Gama da Faculdade de Filosofia UCP - Braga
(continua...)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“ De Maun a Francistown - Botswana ”
Francistown
Com os restos de murmúrios falsos, tinhamos a ideia formada de que o Botswana era um país esquecido com muitos abutres rondando burros mortos na estrada e desordenadas lixeiras, a comparar com outros países aonde impreparados chefes exibem arrogância impregnada de devaneios mal curtidos mas, foi um total engano. Logo à entrada em Popavalle ou Popa Falls, um posto fronteiriço, deparamos com o aprumo de agentes aduaneiros que nos atenderam duma forma surpreendentemente civilizada ao invés de outras anárquicas fronteiras aonde tudo se resolve com uns quantos dólares de gazosa. Com destino à cidade de Fracistown, lá prosseguimos viagem a partir de Maun por estrada pavimentada rolando quilómetros na savana, vendo de quando em quando aglomerados de kimbos. Estes, na forma de quilombos com paliça a contornar palhotas redondas, feitas a barro, bosta de boi e chinguiços, formavam conjuntos armoniosos numa vastidão de capim ralo.
kimbo . Botswana
A este país que começou a ser desvendado por exploradores a partir do século XVIII, deram-lhe o nome de Bechuanaland mas, após a sua independência a 30 de Setembro de 1966, toma o nome de Botswana com junção do prefixo "bo" que quer dizer homem em língua Bantu a de "Tswana", nome da tribo mais nomerosa daquels paragens. Realizando regulares eleições ao invés de outros muitos povos de África, é considerado um exemplo de estabilidade política. Botswana é um grande planalto árido situado bem no interior de África meridional. É daqui que saem para o resto do mundo os mais puros diamântes dando ao povo um modo de vida melhor equilibradao do que a grande maioria dos países do continente negro. Os principais grupos étnicos são os Tswanas, Kalangas, Khoisan entre outros dos quais os brancos nativos dali e indianos que para ali foram idos do Quénia, Zâmbia, Tanzânia, Ilhas mauricias, África do Sul e principalmente do Zimbabwé aonde a instabilidade ditada por Robert Mugabe a isso obriga.
Itenerário
Antes dos pormenores descritivos da viágem em terras do fim do mundo convêm relembrar que os aborigenes habitantes ancestrais do Botswana foram os bosquimanos (bushmen), khoisans, caçadores-recolectores que se espalharam pelo grande Kalahári. Em uma outra viágem anterior tive oportunidade de observar estes indigenas errantes no seu meio natural; foi no Kalahári Gemsbok National Park entre Twee Rivieren e Bokspits, um lugar ermo, divisão de fronteira, picada em mulola de um rio seco aonde só corre água quando chove, que paramos para fornecer água a esses pequenos seres de tês parda, secos de carnes, vestindo pequena tanga tapa-rabos; deslocavam-se em pequeno grupo com algumas lanças, apetrechos simples aonde as mulheres se distinguiam por levar ornamentos na forma de zingarelhos nos artelhos. Enchemos suas cabaças entre linguajar de estalidos do geito de makankala misturado com sopros de suspiros e aspirações gututrais do qual nada entendemos. As mulheres levavam imbambas de cozinha e trastes envoltos num saco em cabedal que era suportado nas costas por uma tira que se ajustava à testa.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
ESCOLHAS DO EXMO VISCONDE DO MUSSULU . GP
"OPINIÕES ...TENHAM VERGONHA"
CARTA ABERTA
Carta aberta ao Sr. Mário Soares, Sr. António José Seguro e a todos os políticos de Portugal
Sr. Mário Soares,
Sou um cidadão que trabalha, paga impostos para que o Sr. e todos os restantes políticos de Portugal andem na boa vida. Há dias, ouvi o Sr nas TV's, a avisar o povo português para que não se pusesse com greves, porque dessa forma, ainda será pior. Depois ouvi o Sr. António José Seguro, revoltar-se contra os impostos e colocar-se ao lado do povo. Ouvi o Sr. interrogar-se de onde estava a alternativa ao aumento de impostos; aqui estou eu para opinar uma alternativa - deixo desta forma 10 medidas que me vieram à mente:
1 - Acabar com as pensões vitalícias e restantes mordomias de todos os ex-presidentes da República (os senhores foram PR's, receberam os seus salários pelo serviço prestado à Pátria, não têm de ter benesses extras por esse facto);
2 - Acabar com as pensões vitalícias e / ou pensões em vigor dos primeiros-ministros, ministros, deputados e outros quadros (os Srs deputados receberam o seu ordenado aquando da sua actividade como deputado, não têm do porquê de ter pensões vitalícias nem serem reformados ao fim de 12 anos; quando muito poderão receber uma percentagem na reforma, mas aos 65 anos de idade como os restantes portugueses - veja-se o caso do Sr. António Seguro que na casa dos 40 anos de idade já tem direito a reforma da Assembleia da República);
3- Reduzir o nº de deputados para 100;
4- Reduzir o nº de ministérios e secretarias de estado, institutos e outras entidades, algumas desnecessárias e muitas vezes até redundantes, apenas para dar emprego aos "boys";
5- Acabar com as mordomias na Assembleia da República e no Governo; ao invés de andarem em carros de luxo, usarem viaturas mais baratas, ou de transportes públicos, como nos países ricos do Norte da Europa (no dia em que se anunciou o aumento dos impostos por falta de dinheiro, o Estado adquiriu uma viatura por 140 mil € para os VIP's que nos visitaram);
6 - Acabar com os subsídios de reintegração social atribuídos aos vereadores, aos presidentes de Câmara, e outras entidades (multiplique-se o número de vereadores existentes pelo número de municípios e veja-se a enormidade e imoralidade que por aí grassa);
7 - Acabar com as reformas múltiplas, sendo que um cidadão só poderá ter uma única reforma (ao invés de duas e três, como muitos têm);
8- Criar um tecto para as reformas, sendo que nenhuma poderá ser maior que a de um Director-Geral;
9- Acabar com o sigilo bancário;
10 - Criar um quadro da administração do Estado, de modo a que quando um governo mude, não mudem centenas de lugares na administração do Estado; Com estas simples medidas, a classe política que vai desgraçando Portugal, daria o exemplo e deixaria um sinal de que afinal, vale a pena fazer sacrifícios e que o dinheiro dos portugueses não é esbanjado em Fundações duvidosas, TGV's ou obras sumptuosas.
O Sol de Miró
Enquanto isso não acontecer, eu não acredito no Sr. Mário Soares, no Sr. António Seguro, e em nenhum político desde o Bloco de Esquerda ao CDS, nem lhes reconheço autoridade moral para dizerem ao povo o que deve fazer. Em último caso, têm a palavra as Forças Armadas, que detêm o ónus de defender o povo português de qualquer agressão externa e interna e que paradoxalmente têm estado em silêncio perante o afundamento de Portugal.
Zé do Povo - Portugal.
GP
CRÓNICA DO SOBA T´CHINGANGE
“Osama Bin Mohamed Laden”
Na era dos escândalos "só os paranoicos sobrevivem" disse Bill Gates, o génio da microsoft. As crises de imagem ou reputação, constituem uma forma bem particular de crise e, podem atingir países, instituições caritativas, lideres de organizações impolutas ou chefes de nações sempre acima de qualquer suspeita. Recentemente, "beatificou-se um papa, casou-se um príncepe e fêz-se uma cruzada matando-se uma mouro - Bem vindos à Idade Média"(1). Estas crises de imagem são devastadoras porque podem destruir o maior patrimonio da humanidade da era de Cristo, instituindo a mentira como coisa perfeitamente aceitável, conduzir-nos assim à falta de credebilidade. No mundo inteiro, antes de se vender produtos ou serviços deverá vender-se a confiança; quando a confiança que os outros depositam em nós deixa de existir, há uma sentença de morte empresarial, política ou profissional.
PREMONIÇÃO . Cândido Portinari
Não é fácil dizer dizer aonde impera a maior confusão, se em Marte por conhecer, se no Iraque, Afganistão, ou em qualquer malediscência do Islão. Ninguém vai poder controlar os mídia com seus furos jornalisticos e sua sórdida cadência de especular sobre fagulhas de tragédia ou opiniões desavindas. Quando todo o mundo se preparava para vêr o tirano morto, Bin Laden, vemo-nos confrontados com a nebulosa inverdade de que o diabo ficou tão irreconhecivel e tão cheio de sangue que se preferiu lançar ao mar a fim de não horrorizar o mundo; sem se saber o algures, a imagem ficou envolta num perene azul marinho. Ao invés do espectáculo, tão ao gosto americano, dos sórdidos pormenores operacionais, das técnicas ultra-avançadas, tudo se esfumou num simples espanto; um fantasma evaporado na bruma do mal em estória mal contada.
Raciocinios mágicos . Henri Matisse
O incidente não enlutou a América nem a humanidade mas, mostra quanta hipócrisia e fragilidade tem a verdade, da versão oficial, do especular, contraditórias inverdades para vender a imagem fazendo de nós observadores parvos. Quando tudo parecia ser mais fácil, os mídia, pegam em migalhas sigilosas e bulem com a comoção pública detalhando complexidades; as ondas electromagnéticas do destino, tornam um caso simples em complexos raciocínios mágicos, mais uma lenda acompanhada de premonições. Quando há muitas lacunas numa estória, a tendência para as preencher é usar a fantasia e disto, os Americanos são mestres, têem avondo. Eu, que não acredito em bruxas, tenho também uma premonição: - O diabo deve estar vivo!
Nota:(1) - Frase de autor incógnito
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“Malbaratando o tempo”
T´Chingange
Malbaratando o tempo com coisas de crise, dinheiro mal parado ou desandado, o povo entrega-se a repreensivas orgias de falatório mal contido, sexo, drogas e álcool em desmedidos excessos para tapar o colapso fulminante, a negligente pobreza que subestima qualquer pobre por muito nobre que o seja. Com o correio electrónico ecologicamente mais puro que a escrita de borrões, higienizados nas manchas de mentes Outlook Express que se enviam por emails, coisas nunca vistas e novos modelos, novos designs com tecnologia de dar vida às coisas inertes, quantos e tantos, se dão ao trabalho árduo de saber do como Caim matou Abel, um deplorável acontecimento a demonstrar hoje, que temos de equacionar facilidades, coisas até imaginárias do principio do mundo que veio mostrar o quanto é difícil viver em família e em sociedade. Uns dizem que por exclusiva culpa de Deus, aqueles dois, Caim e Abel, deram um muito mau exemplo aos que se seguiram levando-nos a ser sacanas com o próximo.
Para que nasci . Dali
Envolto no lodaçal desta uniforme história, dou-me conta que também participo nessa eufórica realidade amortalhando ossos que não petrificaram nas tristes realidades. Quando o agora fica exausto, descarrila em testemunhos empoleirados em teias de aranha, fidedignas até prova em contrário ou com excrescências dum contraditório. Aqui ou ali, porta aberta ou na penumbra, entre gorjeios de pássaros e inaudíveis vozes, tenho aprendido a interpretar alguns suspiros e, inclino-me a interpretar melhor o semelhante. Nestes três anos do Kimbolagoa, a vida discorre entre nobres oligárquicos dispersos na diáspora à procura de algo, entre ou por linhas mágicas dum diagrama só seu, e cada qual ouve seu próprio coração, seu pulsar, pausa, som e diástole. Ressentido pelas falhas do imperfeito sistema, comunico-lhes que para uma nota aberta para a diástole, ocorre uma porta fechada para a sistole; na acreditada sinusóide de matusalém se, seguirem crentes, chegarão aos 333 anos. Para quem vem da terra do nada e segue para a terra do nunca, é uma graça saber que já nos visitaram quase 46.000 leitores no intuito de desvendar o aqui e agora, e interrogar-se: para que nasci? Deus queira que, para pior antes assim!
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“MILAGRES DE JUAZEIRO” - Falar de Padre Cícero*
Hóstia
Verso. 3 : Nasci num estábulo, para que aprendas a santificar cada ambiente. (Lambert Nolen)
Kianda (Quimbundo de N´gola): Espírito, sereia, kalunga de contos africanos, miragem das águas, visão das lagoas
A postura da Igreja, levou a que o padre Cícero passasse a fazer a comunhão a Maria de Araújo separadamente e fora das horas comuns, tornando-se este proceder, do conhecimento dos mais próximos a ele. Essa gente cercana sempre dizia "seu padre não quer que se fale deste assunto porque é proibido pela Santa Sé". Em Outubro de 1891 D. Arcoverde julgava o padre Cícero nestes termos: "... É incrivel! Eu o tomo por um hipnotizador ou, um magnetizador, e a infeliz Maria de Araújo, um médium que age sobre a influência do padre...". Padre Cícero defendia-se rezando o terço e, só em circuito restrito de gente do clero e da casa, sabiam do quanto sofria podendo ser relido em uma carta do próprio, escrita em Novembro de 1914: " Programaram contra mim quanta calunia e inverdades que nunca nem sequer pensei produzirem tantas prevenções contra mim (...). Não sei como formaram consciência para imaginar e dizer até em portarias e escritos, crimes e culpas que nunca as tive. Tantas prevenções contra mim, tiraram-me a liberdade de comunicação com eles, sabendo que não me vêem não como sou, mas como o Senhor Dom Joaquim José Vieira os persuadiu e programou. Tomei a propósito desde o início desta enorme perseguição contra mim, de entregar tudo a Deus e a Nossa Senhora das Dores, e não me defender de coisa alguma..." (fim de citação).
Padre Cícero e a beata maria de Araújo
Museu de Cera . Juazeiro
Quem na verdade divulga os "factos-milagre de Juazeiro", do sangue da hóstia tomada por Maria de araújo, foi Monsenhor Francisco Rodrigues Monteiro que, tendo assistido ao "milagre", propalou ao povo em missa de Romeiros mostrando os panos ensanguentados daquele "inesplicavel fenómeno", obra de Deus e coisa falada por todo o povo Nordestino: "... Vi muitas vezes a partícula (hóstia) consagrada que seu Padre Cícero dava para Maria de Araújo comungar, transformar-se em sangue; umas vezes era toda ela transformada; outras vezes transforma-se sómente uma parte e, algumas vêzes tomava uma forma como se fosse um coração de carne...", diziam-nos os velhos, avós, seus filhos, tios e tias, gente letrada e matutos.
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: Verdadeira históri de Juazeiro do Norte de Amália Xavier de Oliveira
Padre Cícero Romão Batista*: Ou Padim Ciço na versão popular, foi um sacerdote católico brasileiro, nascido no Crato de Cariri a 24 de Março de 1844, tendo falecido no Juazeiro do Norte a 20 de Junho de 1934.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"A Cruz da 1ª missa no Brasil" - 1ª Parte
A CRUZ DA 1ª MISSA NO BRASIL ... Sé de braga
Os quinhentos anos de convívio de Portugal com o Brasil deram primazia à cidade de Braga no legado histórico da presença dos portugueses em essas terras tropicais. No século passado eles saiam de suas terras minhotas e, ao regressar eram conhecidos por "brasileiros". No tesouro Museu da Sé Catedral de Braga, podemos encontrar a cruz da primeira missa no Brasil quando da chegada a Porto Seguro de Pedro Álvares Cabral. As luzes e sombras, nessa longa história de relações de convívio e influências, podem ser encontrados nestes sinais simbólicos religiosos, da arte e da riqueza. Aquela pequena cruz de ferro, com cerca de trinta centímetros de altura e quinze de largura na haste horizontal, de espessura delgada, acusando já a acção do tempo na irregularidade da sua textura superficial é um singular objecto cujo tempo ainda não comeu.
Sé de Braga
Não tem gravado qualquer imagem ou outra representação gráfica ou textual. Pêro Vaz de Caminha, na Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, de 1 de Maio de 1500, relata a celebração de duas missas, presididas por Frei Henrique Soares. A primeira foi em 26 de Abril, Domingo de Pascoela, no ilhéu hoje chamado da Coroa Vermelha, e a segunda foi no 1º de Maio, solenemente celebrada na praia, junto a uma grande cruz de madeira construída uns dias antes. A cruz de ferro, do Museu, seria porventura a cruz que era levada pelos religiosos que seguiam na frota comandada por Pedro Álvares Cabral, e era utilizada nas cerimónias litúrgicas. O destino era a Índia, e a missão era o estabelecimento de relações políticas e comerciais com o Oriente. A presença de oito frades franciscanos e outros nove sacerdotes seculares, testemunham desde o início, o estabelecimento programado de relações com os novos povos descobertos, a íntima ligação entre “A Fé e o Império”.
Imagens com chapéu do cangaço... Sé de Braga
Somos tentados a dizer que não terá sido por acaso que a cruz da 1ª missa acabou por ficar ligada à cidade de Braga, e particularmente à sua vetusta Sé Catedral. Braga representa modelarmente o cruzamento de povos e de culturas, desde os tempos em que foi elevada pelos romanos ao título de Augusta. Já nos primeiros séculos de cristianização da Península desempenhou um papel decisivo como centro religioso e foco de evangelização dos povos que posteriormente se foram fixando nesta região. Braga, a "Roma portuguesa" após a descoberta do Brasil, começa a ser ornamentada com estátuas, escadarias e remates curvilíneos com exuberância da ornamentação barroca, transformando ao longo de séculos a rudeza do granito em linhas suaves, trabalhada na rica madeira ida do Brasil, a “Jacarandá da Bahía”; Uma presença do Brasil, associada ao sagrado com a ornamentação do templo, correspondente a uma fase de forte expansão da cultura, de intensa actividade extractiva de matérias-primas no campo económico.
Dados de Manuela Gama & José Gama da Faculdade de Filosofia UCP - Braga
(Continua...)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
BRASIL EM 3 PENADAS . XIII
"D. Pedro I e II até à Lei Áurea"
D Pedro I
A corte de Portugal com o futuro rei D. João VI, depois duma breve passagem por Bahia instala-se no Rio de Janeiro criando o primeiro banco do reino, O Banco do Brasil, tornando o Rio no principal centro cultural, com teatros, bibliotecas e academias científicas e literárias. Por se considerar em guerra com Espanha ocupada pelas forças de Napoleão, conquista o Uruguai com o General Francisco Lecor a Sul e Guiana francesa (a ilha do diabo) a Norte entre 1809 e 1817. Após a revolução de 1820, o Rei D. João VI é forçado a regressar ao reino embarcando em Abril de 1821 acompanhado de 4.000 assessores e família e, o dinheiro amealhado no Banco do Brasil. D. Pedro seu filho, em Janeiro de 1822 anuncia que permanecerá no Brasil num discurso que ficou histórico conhecido como " O dia do FICO". Ás margens do rio Ipiranga, a sete de Setembro de 1822 D. Pedro declarou a Independência do Brasil tornando-se aos 24 anos seu Imperador. Foi criada a primeira constituição brasileira que garantia a monarquia hereditária constitucional.
D. Pedro II
Em 1825, Portugal reconheceu a Independência do Brasil exigindo uma compensação por indemnização de 2 milhões de libras e assinatura de um acordo sobre a não interferência sobre a independência das outras colónias sob administração portuguesa. Fazendo aqui um parêntese, 150 anos depois, a 11 de Dezembro de 1975, Angola, em África, torna-se independente sem formular qualquer acordo igual ao Brasileiro que salvaguardasse os interesses dos seus cidadãos; estes, num total próximo do milhão, são despojados de todos os haveres sem qualquer tipo de indemnização, sendo forçados por vários meios a abandonar o território; uma mancha negra da história de Portugal que o mergulha numa queda para o abismo, chegando quase à bancarrota em Abril de 2011. Em Maio de 2011 é acordado um empréstimo de 86 mil milhões de Euros pelo FMI, Banco Central Europeu e Comunidade Europeia (FMI, BCE, CE) ficando Portugal na crise mais aguda da sua história. Definitivamente Portugal vivia às custas das colónias e a entrada na Europa em fins do século XX exauriu seus pecúlios por via da tomada do poder por gente desclassificada, sem carisma para governar um povo extinguindo a linhagem dos seus ancestrais estadistas.
Princesa Isabel e a Carta Áurea . 1888
O reinado de D. Pedro I, primeiro Imperador do Brasil independente, durou até 7 de Abril de 1831, quando foi forçado a abdicar a favor de seu filho D. Pedro II. A abdicação de D. Pedro I, deveu-se ao facto das rebeliões de secessão, uma guerra perdida contra as Províncias Unidas da Prata, actual Argentina, que deixou os cofres do império arrasados. Veio a crise do Banco do Brasil pela entrada de Cuba no comércio do açúcar e a baixa do preço do café, couro, tabaco e cacau. A ascensão de D. Pedro II marcou o início de um dos períodos mais agitados da jovem história do Brasil. Revoltas no Norte e Nordeste, dos canudos e guerra dos farrapos no Rio Grande do Sul. A 13 de Maio de 1888 é abolida a escravatura por Carta Áurea da Princesa regente D. Isabel. Em 1889, quando foi proclamada a República, D. Pedro II exilou-se em França aonde veio a morrer no ano de 1891.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
"Opinião de Moura Guedes"
Manuela Moura Guedes
O País Socratino. É um mistério!
Este Governo levou o país à falência. Mas um terço dos portugueses ainda vota nele. Portugueses endividados, desempregados, com salários, pensões e direitos sociais miseráveis. Portugueses assaltados por impostos altíssimos. Sem acesso à saúde ou aos medicamentos, vítimas de uma justiça manhosa e de uma corrupção impune! Só há uma de três razões para isto:
O Voto
1 - Sondagens marteladas, mal feitas. As discrepâncias têm sido tão grandes que ou os inquiridos mentem ou alguém mente por eles.
Confusão com Miró
2 - Um terço dos portugueses precisa do PS para fazer a sua 'vidinha'. São os 'boys' em sentido alargado, a rapaziada e a família que em seis anos e meio foi povoando tudo o que era lugar de nomeação. Juntem as empresas públicas, as municipais, institutos, fundações, comissões, observatórios, grupos de trabalho. Multipliquem pelos agregados e vejam o exército de gente que depende deste Governo. Percebe-se também porque é que os socialistas acham tão 'úteis' estes organismos que deviam ter o seu PEC - Plano de Exterminação Completo.
Miró, Miconfuso
3 - Os portugueses não têm solução. Não resistem a um bem-falante. Pode mentir, desgraçar-lhes a vida, mas vão atrás. Foi assim nas ultimas eleições. Se repetirem a dose, então merecem morrer de fome!
Por: Manuela Moura Guedes, Jornalista
AS ESCOLHAS DOEMBAIXADOR DO KAKUAKU - Boni
"Porque silenciam a ISLÂNDIA? - 2ª Parte"
Olharapos . Rembrandt
Mujimbo (Quimbundo): Boato, diz-que-diz, bocas.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado. As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais. Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
Johanna Sigurdardottir
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado. Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos. Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo. O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez. Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobrepaís aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.
Por Francisco Gouveia, Eng.º
Boniboni, (Embaixador)
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“As máquinas do Papalagui” - Visão de Tuiavvi *
Milagres de MIRÓ
A grande ambição do homem branco Papalagui, é realizar sempre novos e cada vez mais imponentes milagres. Milhares de Papalaguis passam as noites em dificílimas pesquisas, a ver de como hão-de vencer o Deus. É Deus quem decide qual de nós irá morrer, e quando morrerá. É a Ele que em primeiro lugar obedecem o sol, a água e o fogo, e não será nos nossos dias que um branco o vai domar à sua vontade o nascer da lua ou a direcção dos ventos. A máquina é um ser sem vida, fria, incapaz de falar do seu trabalho, de sorrir quando o terminou, e de levar o que acabou de fazer ao pai e à mãe, para eles também se alegrarem. A grande maldição que a máquina encerra, é que o Papalagui deixou de gostar de toda e qualquer coisa, já que a máquina tudo pode reconstruir de imediato.
A profissão . NEVES DE SOUSA
O papalagui corre sempre para um determinado fim. A maior parte das suas máquinas destinam-se a fazê-lo atingir mais depressa esse fim, e mal ele o atinge, logo parte com outro destino. O papalagui leva, pois, a correr até perder o folêgo, e cada vez mais se esquece do que é andar ou passear. O Papalagui ainda não construiu, até à presente data, qualquer máquina que consiga preservar-nos da morte. Nenhuma dessas máquinas, nenhum desses seus artifícios e feitiçarias foi capaz ainda de prolongar a vida, de tornar uma pessoa mais alegre e feliz. Todos os Papalaguis têm uma profissão. É difícil explicar-vos o que isso é. É qualquer coisa que uma pessoa devia ter vontade de fazer, mas que raramente tem. Ter uma profissão significa fazer sempre a mesma coisa, fazer uma coisa tantas vezes que se acaba por fazê-la sem esforços e de olhos fechados! Se as minhas mãos só fizerem cabanas ou esteiras, terei, como profissão, a de construtor de cabanas ou tecelão de esteiras. Há entre os Papalaguis, tantas profissões quantas pedras há na lagoa. O Papalagui faz de cada acto uma profissão.
Tussi - Coisas de DALI
Quando apanha as folhas caídas da árvore do pão, exerce uma profissão. Quando alguém lava as malgas onde a gente come, exerce outra profissão. Desde que se faça qualquer coisa, quer com as mãos quer com a cabeça, exerce-se uma profissão. É igualmente profissão ter ideias ou olhar para as estrelas. O Papalagui transforma tudo quanto o homem é capaz de fazer numa profisão. Come peixes, mas não vai à pesca, come frutos, mas nunca os apanha; escreve tussi (carta - escrivão público) atrás de tussi, pois tussi-tussi é a sua profissão. Da mesma maneira, todos aqueles actos são outras tantas profissões: enrolador e arrumador de esteiras, cozinheiro de frutos, lavador de malgas, pescador de peixes, colhedor de frutos. Só a profissão confere a cada um, o direito de exercer uma actividade.
PAPALAGUI: - Homem branco; *Tuiavvi: - Chefe de tribo das Ilhas Samôa que visitou a Europa no primeiro quarto do século XX e descreveu o que viu desta forma.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“PADRE DA ROÇA” - Falar de Padre Cícero*
Paisagem do Cariri
Verso.4 : Nasci débil, para que nunca tenhas medo de mim. (Lambert Nolen)
Kianda (Quimbundo de N´gola): Espírito, sereia, kalunga de contos africanos, miragem das águas, visão das lagoas
O humilde povoado de Tabuleiro Grande desenvolveu-se a partir da fixação do Padre Cícero que, fruto de um sonho, o levou a mudar-se com seus familiares para um sobradinho de duas portas situado na Rua do Brejo em frente à "Cacimba do Povo". Ali, veio a ser construída uma modesta capelinha em honra da Virgem das Dores. Estava destinada a ser hoje o ponto de encontro de gente de todo o Nordeste brasileiro, que ali se ajoelham agradecendo os favores concedidos. Quando no Brasil se iniciou a campanha da reza diária do terço para atender ao apelo de Nossa Senhora em suas aparições em La Salette, Lourdes e, sobretudo em Fátima, em Juazeiro, uma humilde e pobre aldeia encravada num lugar longínquo da civilização, já ali se rezava todos os dias, não apenas o terço, mas o rosário completo sob a alçada do Padre Cícero.
Chapada de Araripe
Este, além de pregar a necessidade de rezar, dava o exemplo, rezando pessoalmente com os seus governados. Fêz com que todos usassem ao pescoço o rosário, costume que perdura até os dias de hoje. Durante os 62 anos que passou neste lugar, que ajudou a se fazer, envangelizou aquele povo, índios, matutos, mestiços, brancos e escravos, carentes de orientação. Ensinando a rezar e a trabalhar, obrigou os desocupados a lavrar as encostas da Serra Araripe, a plantar e a tratar do roçado; acabou com os desmandos dos escravos e alguns libertos alforriados que viviam em permanente bebedeira, os forrós de samba e xanxado pé de cangaço, moralizando os costumes aos que só tinham vícios. Aquela humilde gente, passou a viver à sombra e proteção daquela capela modesta de Nossa Senhora das Dores e seu "Padim Ciço". São estas as referências que o povo guarda daquele sacerdote que repetia muitas vezes. " As obras de Deus, sempre são assinadas com o cunho da adversidade".
Perfil do sertanejo
Foi numa Sexta-feira de Março, dia seis, que numa comunhão solene, pelas cinco horas da manhã, após uma vigília, que uma das oito mulheresn de nome Maria de Araújo, ao receber das mãos do Padre Cícero a hóstia consagrada, foi esta transformada em sangue. E, este fenómeno, repetiu-se muitas vezes naquele mesmo ano de 1889 presenciado também por muita gente. Isto passou-se na Capelinha da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus. Padres, médicos ilustres que atestaram em publicação e milhares de populares, afirmaram serem verdadeiros tais factos. A Igreja não aprovou tais manifestações milagreiras tendo-se insurgido na pessoa do Bispo Dom Joaquim José Vieira de Fortaleza que perdurou com foros de perseguição ao "Padre da Roça".
Padre da Roça
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: Verdadeira históri de Juazeiro do Norte de Amália Xavier de Oliveira
Padre Cícero Romão Batista*: Ou Padim Ciço na versão popular, foi um sacerdote católico brasileiro, nascido no Crato de Cariri a 24 de Março de 1844, tendo falecido no Juazeiro do Norte a 20 de Junho de 1934.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO EMBAIXADOR DO KAKUAKU - Boni
Porque silenciam a ISLÂNDIA? - 1ª Parte
ISLÂNDIA
Acho que vale a pena ler e colocar as mentes a pensar... e de seguida agir. Quem sabe se, não está aqui a solução também para Portugal, mas para isso é necessário “PESSOAS”... vamos passando a ideia, e quem sabe a luz surja “A esperança é sempre a última a morrer".
(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna-pública e privada com incidência no sector bancário e juros usurários que a Banca Europeia nos cobra. Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse. Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele).
CASAS DO TURF
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise. Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quemlhes bateu o pé e não alinhou n as imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar. Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal. A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar). País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria. Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos. O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI. Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições. Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha. Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Por Francisco Gouveia, Eng.º
(Continua...)
Boniboni
AS ESCOLHAS DO EMBAIZADOR DE MACEIÓ - CRF
O "QUINTO DOS INFERNOS"
:Quinto dos infernos
Durante o século XVIII, o Brasil Colónia, pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo Íncidia sobre tudo o que fosse produzido no Brasil e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a colónia na produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros que, quando se referiam a ele, diziam ... "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim. A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, episódio que ficou conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
TIRADENTES
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planeamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou no final do ano de 2010 a 38% ou práticamente 2/5 (dois quintos) de toda produção. Ou seja, a carga tributária que aflige os brasileiros é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que se pague hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos... Para quê? Para sustentar a corrupção? os mensaleiros? o Senado com sua legião de "diretores", a festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e "jetons", a farra familiar nos 3 poderes (executivo, legislativo e judiciário). O dinheiro do brasileiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos para sustentar a chusma", que custa (já feitas as atualizações) no dobro do que custava toda a Corte Portuguesa. E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que se paga actualmente! (E vem aí de novo a CPMF !!!!...).
D Maria I, mãe de D. João VI
O sistema de cobrança dos quintos, dispositivo coator da Derrama, foi implantado em 1751, que quase levou Minas Gerais à total miséria. A cota de 100 arrobas exigidas anualmente, quase nunca foi atingida, porque os chamados "homens-bons" sempre adiavam, emendavam ou pactuavam o pagamento dessa cota. Esses "homens-bons", que eram quase-sócios do estado imperial, conseguiam sempre empurrar com a barriga e adiar as derramas. A partir de 1787-1788, a corrupção dos governantes da Capitania de Minas Gerais, aliada aos boatos de que a Derrama, agora sem escapatória, iria ser implementada, fez desencadear em vozes mais altas as confabulações que desaguariam na Inconfidência Mineira, ferozmente reprimida pelo governo real de Maria I, mãe do futuro Dom João VI e avó de Dom Pedro I do Brasil.
Nota: saber mais em "Brasil em 3 penadas do" e "Clã do Zumbi" deste Kimbo
(Continua...)
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DA CONDESSA DO KIPEIO - TR
"PORTUGAL - UM OLHAR DE FORA"
DUNAS DA DEMOCRACIA
Este conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre “A crise Portuguesa”, onde ele indica alguns caminhos, tendentes a soluciona-la. “Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais. Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união. Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo. Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico - privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
PICASSO´S
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando – se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram – se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país. Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais. Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré – fabricada não encontra novos instrumentos.
: DALI, S
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países. Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres. A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória. Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia. Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.
TR
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO II -1 de Maio DE 2011
PAPA JOÃO PAULO II
Porque sou crente, acreditei que neste dia do trabalhador Ele, João Paulo II estava comigo! Das coisas simples saem às vezes convicções fortes e, aconteceu que o borne de chumbo da bateria de meu carro, já fendido dos solavancos, acabou por partir definitivamente; por ter sido neste dia e, bem antes de iniciar uma grande viagem, quis acreditar ter sido uma intranquilidade benigna e, serenamente enfrentei o acontecido como um bom sinal. Na minha rua da Globália ouviam-se cânticos vindos pelo vento a partir de Roma; entretanto toca o pequeno sino do portão grande; era o moço do mercadinho que chegava com as compras, ausente deste acontecimento num dia de trabalho e, em plena manhã de domingo. Ele só sabia que teria de passar em mais umas quantas casas para distribuir mercâncias. Gente de todas as horas e dias a quem só práticamente saúdo com um bom dia, quando as previdências se entreajudam. A serenidade estava ali no meu sertão, meu deserto, minha Alagoa cheia de sol, sombra e auréola de boa vontade, aonde estes casos fúteis se repetem sem planeamento nos carinhos ou agruras,.
BASILICA DE SÃO PEDRO . ROMA
As anáforas da vida, aqui como em muitos lados, também se repetem nas corajosas tarefas de positiva valia. A ciência leva-nos a pensar que o Universo que nos cerca é inteiramente racional ou matemático mas, a vida dum mato agreste, simples, tem também milagres e dinâmica; princípios complexos de uma qualquer outro sítio. O progresso aqui é medido com simpatia, seguindo ajustamentos de coisas pequenas ou pobres, limitando o mesquinho, arranjando o melhor daquilo que não é inteiramente bom. Mas, hoje é o dia de recordar aquele dia quando de visita às catacumbas da Basilica de São Pedro, me postei em frente da tumba rasa do Santo Padre e roguei ajuda ao velho Senhor que cheio de dores quando em vida, pedia por todos nós. Sem a unidade da fé, é impossivel a vitalidade, a grandeza e a inexpugnabilidade de um povo. Não fosse a simpatia das memórias temperadas no tempo, o desespero tomaria conta dos amargos intervalos da vida, aonde somente as ambições e factos corrosivos se atrevem a perturbar o direito alheio.
TÚMULO DE JOÃO PAULO II NA CAPELA DE S. SEBASTIÃO E PIETÁ
Bento XVI beatificou o Papa João Paulo II, a penúltima etapa para o reconhecimento como Santo. O rito fez-se com a colocação das relíquias, uma ampola com sangue de João Paulo II junto ao altar, por duas religiosas, a irmã Tobiana, assistente pessoal do papa polaco, e a irmã Marie Simon-Pierre, cuja cura da doença de Parkinson, considerada miraculosa, encerrou o processo de beatificação. A sepultura dos restos mortais de João Paulo II fica na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa "Pietá" de Miguel Ângelo. Aqui, um longínquo lugar dito do Francês, são as simplicidades somadas que se fazem vida. Nesta sociedade de permanente inconformismo e escala de valores em milímetros de apreço, normalmente adúlteros, podemos num truz-de-luz reencontramo-nos. Este lugar de rua sem nome, muros altos, poiso de abutres, num quase mato que serve de fuga ao pântano que lhe fica a sul, não é decerto um lugar sagrado, nem de crenças antigas mas, todos os dias a sombra percorre as cérceas lambendo a vida, lugar de segredos não peregrinados. Neste pedaço de rua térrea não há semáforos nem mão estendida à caridade, só o viver dum dia de cada vez, com empatia e solidariedade.
O Soba T´Chingange
"Dos Quilombos ao Imperador D. João VI"
: ASCENDENTES DE ZUMBI
O mais famoso dos quilombos foi o de Palmares tendo como lideres Aqualtune, Ganga-Zumba e Zumbi. Com o objectivo de capturar indigenas, descobrir minas de ouro e pedras preciosas, os moradores de São Paulo passaram a organizar expedições para tal fim e, com o nome de bandeirantes, internaram-se muito para lá da faixa das 370 léguas do Tratado de Tordesilhas; assim consolidavam o domínio português chegando às terras longinquas de Mato grosso, Rondônia ou Pará. No começo do século XVIII, o Brasil, tomava consciência de ser um estado separado de Portugal não só pelo Oceâno Atlântico, mas também por hábitos e estilos de vida muito diferentes. Os ventos da Revolução Francêsa em 1789 despertaram o interesse da população de ascendência latina, especialmente dos habitantes ditos "puros", portugueses de estirpe ou mazombos, mas também dos "impuros", negros libertos e mestiços em geral com mamelucos, matutos, cafusos ou pardos.
TIRADENTES
Em São Paulo e Minas Gerais, os dois estados mais cultos e mais ricos, floresciam os nacionalistas, os anti-esclavagistas ou os idependentistas e, eis que se dá um levante maioritáriamente militar, conhecido por "Inconfidência Mineira" em Vila Rica, hoje chamada de Ouro Preto. Os inconfidentes Mineiros reclamavam uma república nos moldes do novo país dos Estados Unidos da América. Estes, liderados por José da Silva Xavier, alferes do regimento dos Dragões de Ouro preto, conhecido por Tiradentes, é enforcado e esquartejado a 21 de Abril de 1792. Seus pedaços de corpo, foram pendurados nas principais cidades do Brasil a fim de dissuadir novas laltas de lealdade às ordens instituidas.
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Houve outras revoltas saídas de várias classes sociais mas, foi Napoleão Bonaparte que ao atacar o território Luso em 1807 alterou o curso da história para o futuro Brasil e o pequeno país da ibéria. A corte Portuguêsa foi forçada a transferir-se às pressas para o Brasil. Entre os dias 25 e 27 de Novembro daquele ano, 15.000 pessoas influentes do reino, com seu princípe herdeiro, futuro Imperador D. João VI, clero e parte da nobreza embarcaram para a colónia sob a proteção da marinha dos aliados Inglêses. Esta proteção inglesa à frota Lusa, bem como o auxilio militar ao território Ibérico, teve como imposição a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional, desastroso para a economia portuguesa mas decisivo para o progresso e a independência brasileira. A 22 de Janeiro de 1808, D. João pisa terras de São Salvador da Bahia.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
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