FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
”NOTÍCIAS DA LUSOFONIA”
Svetlana Staline
A filha de Stalin, Svetlana Staline morreu aos 88 anos, no anonimato e na pobreza na passada terça feira no condado de Richland, EUA. Faleceu em um mundo rural de explorações agrícolas, vítima de cancro do cólon, informou o New York Times. Após a morte de seu pai em 1953, que governou a União Soviética durante 29 anos, foi despojada dos seus direitos por Nikita Kruschev. Perdeu a sua fortuna, tendo dito repetidamente ao longo de sua vida, sentir-se escrava do seu passado. Admitiu em vida ser impossível viver sem “Deus no coração” pondo em causa as ideologias políticas. Ela considerava não haver no mundo, comunistas ou capitalistas mas, tão-somente, pessoas boas e pessoas más. Sabe-se que esta figura foi controversa nas atitudes tendo em vida, raiado o mundo do protagonismo boémio
Em Portugal, houve atitudes idênticas por parte de alguns comunistas que seguiram uma via de vida irresponsável de boémia desregrada. O mais evidente destes casos ficou patente na figura pública de Zeca Afonso, musico, compositor e badaleiro e interprete da canção “Grândola Vila Morena” que despoletou os militares do MFA para a “revolução dos cravos” quando eram zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974. Ainda em 1975, quando numa entrevista lhe foi perguntado o que era feito das sua família, mulher e dois filhos, ele, o Zeca, respondeu não saber. Instado, deu esta explicação incriível: Abandonei-os para me dedicar à boémia. Assim foi: foram os amigos, em Coimbra, que custearam a renda e a comida para aquelas três bocas. Ele próprio morreu na penúria.
Ary dos Santos
A SOCIEDADE SEM CLASSES promove heróis com vidas desregradas como José Carlos Ary dos Santos entregue ao álcool e à droga ou gente com discursos vãos como José Saramago que vivia uma vida de luxo e fuga aos impostos em Espanha tendo-lhe sido feita agora uma fundação num edifício do estado (Casa dos Bicos) para lhe salvar a credibilidade.
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO CONSUL MATIAS . Joanesburgo
PROFESSIAS – 3ª Parte
Num mundo tão profeticamente turbulento, prefiro acreditar num Deus de bondade, de esperança que nos trás serenidade, amor, confiança e vontade de viver. As primeiras descrições de Vespúcio da chegada às Américas, nos anos de 1500, por ser tão louco ou de alucinante visão, originou um espanto incrédulo por toda a Europa. Sem regra, os índios entregavam-se ao gozo sem freios “ o filho copulava com a mãe, o irmão com a irmã, o primo com a prima”. Saltam corpos humanos das descrições, deflagrando um jogo de sombras, verdades e mentiras promíscuas em conceitos e preconceitos. Ora em orgia, ora despedaçados, pendentes nos caibros das asnas, vêm-se coxas e nádegas ardendo ao fogo, assadas, cozidas ou defumadas. Depois de tantos anos de civilização e evangelização, continuamos na mesma?...!
POR DAVID WILKERSOM
Na nossa geração, milhões de pessoas morrerão de fome. Haverá invernos de neve que trarão deploráveis colheitas e a fome no Ocidente, Rússia, Índia, Paquistão, Sudeste da Ásia e África. Na África, milhões de seres humanos vão confrontar-se com a fome. Isto é sem dúvida, a fome Universal que foi profetizada na palavra de Deus em JOEL: Ocorrerão, inundações, furacões, tornados e tempestades de granizo com frequência. Mais de um terço dos E.U.A. será declarado um desastre em poucos anos. Homens dirão que a natureza está fora de controlo e estranhos eventos ocorrerão com cientistas desconcertantes. Erupções na terra, névoas de sangue e névoa lunar, sinais estranhos no céu como tempestades cósmicas; estes e outros eventos nunca vistos antes, farão a admiração de muitos.
Cosmos
A névoa suspendida no cosmos vai virar a “Red moon” e fará com que períodos de escuridão sobre a terra, recuse o sol a brilhar. As grandes redes de televisão vão ser enredadas em colapso moral. Eu vou prever que programas de televisão introduzirão cenas de seios nus e bustos descobertos numa nova moda de liberação. Na desunião das nações, as comunidades, e famílias buscarão a sua própria sobrevivência, numa luta desesperada para sobreviver. Eu quero compartilhar com você agora: Cairá um castigo de 30 dias sobre a cidade de Nova York duma forma que o mundo nunca viu. Deus vai derrubar os muros. A violência com pilhagens vai ser tão feroz que o mundo inteiro tremerá.
(Continua…)
Gentileza de José Matias
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“RED SCORPION - 9ª Parte” – UNITA de Savimbi
Carlos Morgado
Carlos Morgado, foi o primeiro a denunciar que o regime estava a manter negociações com o general Kamorteiro que estava na condição de capturado e que a direcção da UNITA não validava. Foi nesse então dado como radical pela média angolana após criticas ao PR, José Eduardo dos Santos através de reacções duras. JES “vingou-se” de Carlos Morgado rejeitando-o mais tarde a proposta para integrar o GURN como ministro da Saúde. Com o fim da guerra em 2002 e durante a vigência da Comissão de Gestão foi desmobilizado como brigadeiro e elevado a Secretario dos Assuntos Sociais da UNITA. No IX congresso que elegeu Isaías Samakuva como Presidente do partido, o mesmo desempenhou papel preponderante, coadjuvando Abel Chivukuvuku no “Estado-maior da Campanha”.
Abel Chivukuvuku
Após o conclave foi indicado Secretario da Saúde e Ambiente, cargo que depois veio abandonar quando decidiu regressar a Lisboa para fazer um Mestrado em Saúde Pública. Foi o responsável pela integração dos ex-quadros da UNITA da Saúde (na maioria enfermeiros) no sistema da saúde pública governamental. No X congresso, foi mandatário da campanha de Abel Chivukuvuku no conclave que o renomeou. Após a conclusão do mestrado, regressou a Angola prestando assessoria a trabalhos na “Open Socity”, tendo colaborado e realizado palestras com temas ligados à saúde nas páginas do Jornal Folha 8. Em finais de 2009, esteve envolvido num projecto sobre saúde pública na Universidade Católica de Angola. Actualmente, é professor das Universidades Metodista e Católica de Angola. Personalidades que já trabalharam com ele descrevem-no como “pessoa muito inteligente, eticamente humilde e aberto ao diálogo”.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
CRÓNICA DO SOBA
"Um grão de alpista”
Paroquia de Macia
Hoje assisti a uma missa em português e dialecto “Changani”, um dos 60 dialectos falados em Moçambique na zona de Gaza. Os cânticos com a participação de missa cheia teve duas horas e meia de duração, entusiasmando-me a basculhar esse mundo da fé. Para se ter uma vida espiritual, não é necessário entrar para um seminário, nem fazer jejum, abstinência ou castidade; basta ter fé e aceitar Deus. A partir daí, cada qual se transforma no seu caminho, passando a ser o veículo dos seus milagres. Para encontrar Deus, basta olhar ao seu redor; podemos vê-Lo ao nosso lado, no cacimbo, na estrada, uma borboleta que esvoaça ou numa minúscula planta. E, se tivermos a fé do tamanho de uma semente de alpista, podemos fazer milagres movendo pedras e, ser capaz de dominar o corpo e o espírito. Muitos que quiseram ir mais além, encontraram sofrimentos tornando-se mártires sacrificando-se em anseios de sonhos, enfrentando o ridículo e a perseguição.
Azulejos da paroquia de Macia
Pela inquisição, a igreja queimou bruxas e cientistas. Os romanos lançaram cristãos aos leões desconsiderando os dons que cada qual teria; dons que todas as pessoas têm à face da terra. Em alguns de nós, o dom, manifesta-se espontaneamente, enquanto em outros, necessita ser trabalhado para o encontrar. Os dons do Espírito Santo estarão em todos nós e, pela tal fé de grão de alpista poderemos fazer milagres, curar, profetizar, entender, enfim! Esse dom está na graça de se saber levar uma vida de dignidade, de amor ao próximo e de trabalho. Caminhando pela terra, peregrinando lugares, desenvolvi também o lado espiritual recebendo e dando ao próximo, o possível conforto. Vivemos todos a defender a nossa terra e, a única terra que realmente temos é a do vaso da nossa varanda. Não podemos desperdiçar o tempo a defender aquilo que já nem temos; partilhemos esse nada com amor.
Bibliografia de referência: Na margem do Rio Pedra de Paulo Coelho.
O Soba T´Chingange
O cargo foi dado a uma cigarra,que mandou colocar uma carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.. A nova diretora cigarra logo precisou de um computador e de uma sub diretora, a pulga(sua assistente no tacho anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias no ensino e o controlo do orçamento para as salas onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava e cada vez ia ficando mais aborrecida A cigarra, então, convenceu o gerente besouro, que era preciso fazer um estudo do clima. Mas, o besouro, ao rever os relatórios, deu-se conta de que a turma na qual a formiga era professora não atingia os objectivos como antes e contratou a coruja,uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses na escola e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes, que concluía: Há muita gente nesta escola!!
E adivinhe quem o besouro mandou demitir? A formiga, claro, porque andava muito desmotivada e aborrecida.
Já viram este filme antes?
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
”RUEM” . UMA RUA FEITA FEIRA
Moçambique
Na rua longa do mercado comprido, mulheres sentadas com frutas e verduras à sua frente, esperam fregueses. Grupos de homens desocupados, deambulam espreguiçando vontades entre o vozeio naquela rua de igual poeira, gente desalugada sem ter mesmo nada para fazer. No muro de uma casa lateral feita de tijolo despintado, um rapazola espreitava o nada da rua em pó feito lama com charcos de recente chuva. Que fazes aí moço? Eu faço nada senhor… Era uma rua longa, comprida de não acabar. Como um conquistador colonial, na avidez de desbravar terras desconhecidas encontro desordenadas vidas como que saídas de um romance inacabado. Num mundo perdulário de vagas promessas e compras sem troco, o acaso vira penumbra de carência: Não tem troco patrão! Sem subsídios, velhos vagando pelas estradas resvalam conhecimentos de antigos expedientes a troco de meticais. Os profissionais, anunciam suas habilidades na permuta de convincentes percentagens; na terra de cegos, quem tem um olho é rei.
Paroquia de Macia
Nos povoados não se vêm raparigas como as das cidades, perfumadas e com vestidos de seda; só capulanas, mesmo! Samora Machel, o pai da nação, tem a cara em todos os meticais. Na praça com o seu nome uns quantos catraios arrimam-se num banco escuro que já foi branco por debaixo de uma mangueira de uns trinta metros de altura; ao redor desta, dezenas de frutos ainda verdes, caídos na força do pau e pedra. Um buraco de incineração de lixo resiste ao tempo por detrás do shoperite não muito distante da caixa de multibanco Millenium. Ao redor da praça muitos e pequenos mukifos na forma de casas apresentam-se a vermelho financiado pela “vodacom”. Tem tanto vodacom publicitado que ficamos sem saber qual é verdadeiramente casa dos telemóveis, dos celulares. Num largo de matope bem ao lado do shoprite naquela rua sem fim, os chapas recolhem fregueses com destinos vários: Xokwé, Chicuacuanda, Bilene, Xai-xai ou Chissano. E, aqui estou eu, de deserto em deserto, de terra em terra, de risco em risco colhendo os frutos das sementes, dos amigos construídos, tornando-me rico na fé e no amor. Aquele que tem medo de correr riscos em sonhos de um novo agora com vontade e perseverança, torna-se pobre.
Glossário: shoprite: centro comercial; Vodacom: rede de telemóveis de Moçambique; Ruem: Mercado central ao longo da rua de Macia em Gaza; Chapas: táxis combi, pequenos autocarros ou machimbombos; Mukifo: casas cubiculos, anexo dos fundos, lugar reservado da casa.
O Soba T´chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
NA ROTA DO MATOPE
MATOPE E MANGUE
Esperando o bom tempo retempero preguiça deitando conversa fora numa filosofia isenta de superstição. Em Moçambique, terra do matope com massala e kanimambo, recordo a recente frase do escritor mais velho que o seu país, Mia Couto. Fala do Puto, uma terra da Ibéria duma forma cruel, ou talvez não: A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos.
Estrabão, geógrafo e historiador da antiguidade clássica, que nasceu em Amásia Antes de Cristo e morreu no reinado de Tibério I, nas suas relações entre os homens, povos e impérios do mundo físico de então, sintetizou relatos das legiões Romanas; acerca do canto ocidental da Ibéria, o actual Puto, da ponta de Sagres referiu: “ – Ali, não é só o fim da Europa, mas de toda a terra habitada”. Claro que estava enganado! Gaius Julius Caesar eloquente político, guerreiro e estadista que governou Roma como imperador ditador, também Antes de Cristo, nos seus famosos comentários, reflexões e opiniões disse acerca da mesma Ibéria o seguinte: “– Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa, nem se deixa governar” Aquelas afirmações foram feitas há mais de 2000 anos e ainda estava por nascer Portugal. Em todos os momentos da história existem coisas que poderiam ter acontecido, mas acabaram por não acontecer. E pensamos no que seria excepcional na mudança, nas crenças de religião, judaísmo, catolicismo ou islamismo e dando-nos conta que os homens, sacerdotes ou políticos governam-nos com suas leis e seus dogmas. Afinal, não somos nós quem decide ou quem escreve os melhores momentos de nossas vidas.
Glossário: Matope - lodo, mangue; Massala - fruto silvestre de Moçambique, Maboque; Kanimambo - Obrigado
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO CONSUL MATIAS
"PROFESSIAS" – 2ª Parte
Escrevo para transformar a saudade e solidão em lembranças, entrar no campo dos meus sonhos em que um “sim” ou um “não” podem mudar toda a nossa vivência ou mesmo a nossa existência. Nos instantes mágicos da vida chamados de risco, só percebemos o milagre quando deixamos que o inesperado aconteça.
Mulher Mucubal . Neves e Sousa
POR DAVID WILKERSOM
O Êxodo (Retorno ao campo): Haverá uma corrida em massa para comprar fazendas, ranchos e casas nos meios rurais. Milhares de pessoas vão tentar fugir das cidades, na esperança de que um retorno á terra e natureza lhes proporcionem confiança. Haverá um impulso nas pessoas para assim se tornarem auto suficientes investindo tudo na compra de terras rurais. O preço dessas terras aumentarão tornando-se inacessíveis à grande maioria. Mudanças drásticas do tempo (violentos terramotos) deixarão marcas ao redor do mundo. Alguns especialistas acreditam que os mesmos são causados por cinzas vulcânicas das erupções verificadas na Islândia, impulsionadas pelo fluxo de ventos. O mundo está prestes a testemunhar o início do grande infortúnio causado por variações atmosféricas com terríveis inundações.
Mulheres nas salinas de Benguela
Os Estados Unidos num futuro não muito distante, vão experimentar o mais trágico terramoto em sua história que causará pânico e medo geral. As estações de televisão suspenderão toda a programação realizando relatórios de forma a cobrirem as 24 horas do dia. Estou convencido de que este será muitas vezes pior do que o de São Francisco. Este terrível terramoto poderá ocorrer em uma área não conhecida como região sísmica e terá uma alta graduação na escala de Richter, levando ao surgimento de outros dois grandes terramotos. Veremos mais tarde, um intenso terramoto nas ilhas Alentas associado a vários movimentos sísmicos ao longo da costa oeste dos Estados Unidos. As notícias sobre escândalos do governo, de guerras e problemas económicos, serão eclipsados pelos terramotos. Milhares de pessoas serão afectados em perdas de vidas e danos de milhões de dólares. Quakes secundários e tremores, quase todos os dias e em todo mundo, conduzirão ao pavor, e espanto. Nestas drásticas mudanças atmosféricas fica subjacente a revelação do poder de DEUS.
(Continua…)
Gentileza de José Matias (Johannesburg)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“Xinguilamento das flores”
Amizade
A garoupa de 3,5 quilos comprada no Xai-Xai de Gaza afinal estava imprópria para consumo; do velho boher das barbas ao Samuel do hotel abandonado até o Paulo da igreja, todos me levaram na reles curva da ignorância; o podre da garoupa que não tinha cheiro, no após forno, estava moído, intragável, coisa pútrida. Os patrícios do Índico cuspiram-me na consciência de mwanlolé mazombo e, francamente não gostei da afronta. E, quem gosta de ser enganado? As minhas visitas nobres, tiveram de comer salsichas de lata para não desfazer o acolhimento. Havia um compromisso de “jaquinzinhos” trazidos de Maputo pelo gerente-mor do “Luar de Macia” o que desaconteceu e, o sabor rendilhado de saudade ficou xinguilado no tempo em que uma Cuca da Biker na Mutamba trazia de borla um prato de crocantes jaquinzinhos por cada fino. Desconseguimos esquecer os tempos do “eu tinha” e, o que ficou, é tão somente o que pode ser cantado pela poesia do Soba - konde de Chinkerere no “Não, não renuncio”:
Obra de Malangatana
Não, aqui na Macia de Gaza, não renuncio.
Não recebo os brilhos
Da telha de luz
Que amadurecia as pedras
e o xinguilamento das flores
mas insisto
em tirar de folhas mortas
a nitidez do sol
e o ninho da maresia
e de à seca saliva
induzir cio
e seja astral o dano
e de caos de sonho viva
não… aqui na Macia de Bilene, não renuncio
a ser mwangolé e, mesmo mazombo, a ser angolano!
Konde de T´Chinkerere . Valério Guerra
Não há matope bom nem ruim. Tudo é a mesma coisa, é questão de sair da lama em volta porque matope não é barro, mesmo!
Glossário: Xinguilar: amarfanhar, amachucar, fintar; Muxima: saudade; Mwangolé: de Angola, os donos de Angola; Mazombo: branco filho de colonos, branco com hábitos de África; Fino: copo de cerveja, imperial; Macia: Nome de cidade em Moçambique; Matope: Lodo, mangue.
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO CONSUL MATIAS . Joanesburgo
PROFESSIAS DE DAVID WILKERSOM – 1ª Parte
Sendo 2012 o ano propício às profecias e, sabendo nós que os Maias prevêem o fim do mundo para 21 de Dezembro de 2012, vamos aqui incluir outros testemunhos de amigos e correspondentes do Kimbo que fornecem em saldo, suas opiniões; neste caso é uma gentileza do irmão Matias, cônsul do reino de Manikongo no Balito. Uma coisa é certa, todos nós temos o nosso próprio fim do mundo; mas a vida continua!
David Wilkersom
David Wilkersom, irmão pastor de carreira cheia de Deus, nos E.U. da América, que já partiu para parte incerta, legou ao mundo mensagens, profecias e visões que devem ser interpretadas a partir de Abril do ano de 1973; muitas já foram cumpridas, outras expõem-se no futuro: Deus vai ser o juiz e, nada pode parar a minha determinação em as transmitir, aos meus amigos e inimigos, pois estas coisas já estão sucedendo. Vamos ser confrontados com a iminente confusão económica (falência iminente) de forma GLOBAL. Não só o dólar é projectado a grandes dificuldades, como todas as outras moedas a circular (o Euro não era conhecido por este irmão). Queda iminente da Europa seguindo-se-lhe o Japão, Estados Unidos, Canada. Não se trata de uma depressão, mas sim de uma recessão ou retracção económica temporária de tal magnitude, que deverá afectar o estilo de vida de quase todos os funcionários da América e resto do mundo.
: Carro de ouro
Países que neste momento controlam enormes quantidades de moeda ocidental, vão ter grandes problemas. Os países árabes serão particularmente afectados com desesperos e anos de fome. Economistas de todo o mundo não terão explicações para tamanha alteração, desenvolvendo-se uma crise internacional de medo. Os preços do ouro aumentarão rapidamente, mas aqueles que estão a investir neste lastro na esperança de encontrar segurança, ficarão expostos a uma trágica surpresa; o preço do ouro irá subir a níveis astronómicos, mas não se manterá por longo tempo. A prata também se tornará um metal precioso e, o seu preço subirá nos mercados mas, nem o ouro ou prata irão oferecer segurança real. Ouro e prata farão parte do quadro de turbulência económica com seu valor flutuante e incerto, fazendo vítimas no mundo. Aqueles que o empilharem irão sair lesionados.
(Continua…)
Gentileza de José Matias
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
LIMPOPO
Limpopo . Ponte
De volta a Joanesburgo, pela segunda vez leio o livro ”As vidas de Chico Xavier” de Manuel Souto Maior e, estando agora na terra distante de Macia de Gaza em Moçambique, resolvi ir ao Xai-Xai gozar do Índico e comprar peixe graúdo o que, veio a acontecer com a compra de uma garoupa e um xareu após busca, perguntando aqui e mais além. Mas, aconteceu que em cima de uma lomba na ponte do rio Limpopo, um distraído bateu no meu carro com um estrondo anormal; neste pequeno contratempo de ligeiro machuco recorri à serenidade de Chico, saí do carro, verifiquei os estragos e a uma pergunta minha o infractor falou: Desculpa patrão, aconteceu-me uma infelicidade (morte de um parente) e distraí-me no acontecido! Na mira de não ficar com o prejuízo todo ajuizei pedir 1000 meticais ao infortunado e a um pedido de rebaixa afirmei-lhe que isto era um monto por baixo mas, num avanço e recuo do preço acabou por me dar aquilo que ele disse só ter, seiscentos meticais.
Xai-Xai
Aquela irrisória indemnização ficou traduzida em combustível no extremo da ponte e ao lado da casa da portagem; Que podia eu fazer para aligeirar o assunto sem maior intempérie? As coisas resolveram-se à maneira de Chico. Em paz, um graveto grave virou pó dissolvendo gravidades. Cada vez mais no tempo e à semelhança dele, aprendi a viver com o necessário na importante graça de aceitar os percalços sem perder as estribeiras, doando bom senso prático na ocasião. De que vale o perfume preso em um frasco se não o usarmos naquele tempo e espaço próprio, doando as dormências do mal. Numa vasta planície aonde o Limpopo transborda seu leito quando abunda a chuva, a natureza trata de si: morre um capim, nasce outro. Silenciando alguns instantes, abasteci de calma o estouro da ira neste pequeno contratempo; nesta pequena coisa, Chico Xavier, possivelmente neutralizou-me os actos com seu perfume.
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
NA ROTA DAS MASSALAS
MASSALA . MABOQUE
A partir dos sessenta anos, as pequenas coisas da vida gratificam a continuidade; é o cheiro matinal do café que fumega, o sol que nasce com quentura por detrás de um trilião de acácias, a luz fumegando o branco frio do capim, rolas que gemem, capotas que riscam chão de onde se desprende calor ondulado. É a África dos grandes espaços, mulheres curvadas plantando milho nas machambas contornadas com verdes arbustos de massalas. Como um patrão do Limpopo, sandálias no pé, calções e chapéu de sarja, seguindo o rumo do vento da monção cheguei com o tempo fugindo para a noite à cidade de Macia. Após ter percorrido uns duzentos quilómetros a passo de caracol, seguindo carrinhas de caixa aberta com suas cargas de colchões, cadeiras de plástico, penicos e plásticos surrados encimados por bicicletas; tudo querendo saltar pela força do vento com areia quente das terras sem chuva.
Bilene
Nas cidades, ao longo da via principal e demais artérias, desordenadamente vende-se de tudo, coisas de comer do lado esquerdo e apetrechos de casas ou indústrias artesanais do lado direito, tudo se encontra exposto ao tórrido sol. Peixe seco, batatas, quiabos, pimentos e demais géneros são amontoados em bacias, ex-baldes de tinta ou amachucadas latas de azeite galo com preço certo facilitando trocos; ao lado dos moveis um mukifo de esteiras, outro mostrando quadros com queimadas do mato, moldes em ferro para fazer tijolos em barro ou argila, pneus usados já com jantes e por detrás de tudo um amontoado de carcaças de velhos carros indicando haver ali um mecânico. Esta África tem estas indefinições para baralhar o turista habituado a ver uniformidade na urbanidade. Estamos na Macia, cruzamento para outros lugares rumo a Norte além Xai-Xai e Limpopo e as lindas praias do Bilene de infra-estruturas incipientes.
Macia . E.N.1
Um prego no pão por cinquenta meticais, uma água grande cinquenta, e uma cerveja 2 M ou laurentina entre os cinquenta e sessenta meticais. Não é assim tão barato mas, a beleza da lagoa vendo ao longe as duna divisoras do Índico tormentoso com choupanas penduradas nas encostas, ressalvam o caro das serventias. E, podiam ver-se farmeiros “Bohers”, Sul-Africanos ou Rodesianos das bandas do Zambeze resistindo no tempo, fazendo turismo junto ao mar; continuam grandes, gordos, de olhos azuis vivendo seus costumes de andar descalços, como que atestando ser esta a sua terra. Também aqui estava verificando ao pormenor condições de aconchegar a velhice pisando areia burilada entre casuarinas. E, elas, as casuarinas, sopraram-me em segredo que este era um bom sítio para repousar.
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DA CONDESSA DO KIPEIO – TR
Mário de Andrade (Brasil)
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chuparam displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Jabuticaba
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!
Gentileza de Treza R.
O Soba T´Chingange
CRÓNICA DO SOBA
“PARA ESPAIRECER”
O SOBA
Neste fim-de-semana, para espairecer vaidades e coisas cépticas retiro-me até ao Jango de Benoni curtindo o tempo de sol com velhos amigos e outros mais novos; fazendo da amizade um hino à vida comemos e bebemos falando por falar e, de coisas adversas; na mesa o resultado de um churrasco com jindungo regado com vinho do cabo cabernet de Parrot Valley e cerveja Windhoek lager. Uma muamba com funge a relembrar tempos esmorecidos na brandura dos anos. E falamos das mazelas do Puto repetindo coisas já ditas: Enquanto uns sobrevivem dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, outros, sem mérito de trabalho, dedicam-se impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Com assombro e complacência vemos os olhos de revolta daqueles que estão cansados de scutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando, já há muito, passaram à penúria.
D. Fuas de Roupinho . Nazaré
Ao que tudo indica retrocede-se aos idos tempos da medieval dependência na forma de escravidão e aparente suave bondade, não raras vezes apregoada. Sem chicotes nem cadeias de ferro ou canga visível, uns senhores fazedores de gráficos de muitos cifrões planeiam açambarcar o dinheiro todo só para si, fazendo uma guerra surda nunca vista de créditos mal parados, juros despropositados, saldos encolhidos numa desgraça que nem as preces lhe dão fim. Mas, tem de ser assim, dizem uns,… senão vai ser pior! Caramba! Para pior antes assim! E vamo-nos conformando e pensando sempre que irá aparecer um Dom Fuas de Roupinho a salvar a situação:
“É, Dom Fuas Roupinho, que na terra
E no mar resplandece juntamente,
Com o fogo que acendeu junto da serra
De Abila, nas galés da Maura gente.
Olha como, em tão justa e santa guerra,
De acabar pelejando está contente:
Das mãos dos Mouros entra a feliz alma,
Triunfando, nos céus, com justa palma.”
- Os Lusíadas - estrofe 17 doCanto VIII
E o domingo acabou com a chegada da noite. Cada qual foi para seu canto.
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“RED SCORPION - 8ª Parte” – UNITA de Savimbi
A morte do Guerrilheiro
Na tentativa de se criar um Governo de unidade integrando elementos das duas partes (UNITA e MPLA), Jonas Savimbi propôs que Carlos Morgado fizesse parte do executivo como Vice-Ministro da Assistência e Reinserção Social. (Os outros eram: Victorino Domingos Hossi para Ministro da Cultura; Estevão José Pedro Kachiungo para Vice-Ministro das Obras Públicas e Urbanismo e Lukamba “Gato” para Vice-Presidente da Assembléia Nacional). Os mesmos nunca chegaram a ser nomeados ou exercer estas funções devido ao impasse que se verificava. Em 1993 tomou posse como deputado e Savimbi fez dele o Primeiro Presidente da Bancada Parlamentar da UNITA na Assembleia Nacional. Entretanto, diante ao clima de desconfiança que reinava, o mesmo abandonou Luanda e foi indicado representante da UNITA em Portugal e membro da missão externa. Em seu lugar foi indicado um novo médico pessoal de Savimbi, o Dr Leon, de origem congolesa.
Kadafi-JES- Mubarak com os amigos!
Quem é o senhor que se segue?
Em Fevereiro de 1995 foi ao Bailundo participar no VIII Congresso da UNITA tendo tratamento vip com direito a cadeira ao lado do Presidente e do SG do partido, denotando reiteração da confiança de Savimbi. Enquanto membro da Missão externa (ME) em Portugal passou actuar como “head center” de uma rede de inteligência, da UNITA naquele espaço europeu. Era dos poucos representantes no exterior que tinha linha direita com o presidente da UNITA (sem ter que passar pelo coordenador da M.E, Isaias Samakuva). A 22 de Fevereiro de 2002 Carlos Morgado, reagiu com cepticismo quanto às primeiras informações que na media mundial davam conta da morte em combate de Jonas Savimbi. O guerrilheiro, mestre em manobras tácticas, subindo e descendo rios, sem qualquer abastecimento, terminou a vida encurralado; enquanto as moscas circundavam o corpo do guerrilheiro, José Eduardo dos Santos era recebido por Bush na Casa Branca. O que é que os americanos irão aprontar a seguir ás mortes dos seus amigos e aliados!
(Continua…)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“ Kwata-kwata – É preciso ter carácter!”
Longe dos rebotalhos sociais que subjugam na lama, a vida das metrópoles civilizadas aonde muitos actores actuam em palcos de corrupta glória, lanço revolta surda. Em jovem, ouvia amiudadamente meu pai acirrar os cães a coisa indesejada com um kwata-kwata e, o medo impedia bichos e gente de ultrapassar os limites para além daquilo que era seu. As técnicas de enxotar malandros, malabaristas de coisas alheias e ladrões de corruptos modos, sofisticaram-se; não mais acirram cães contra essas criaturas que pulam a cerca do admissível, não obstante lavar-se em público tanta roupa suja. E, até sem moderação na linguagem as sórdidas manobras do poder são expostas a saldo sem que ninguém mova um dedo. Compram a justiça fazendo trapaça ao povo envergonhado que vilipendiado e sem força se deixa levar por corruptos promotores que nada fazem, nem deixam fazer. O kwata-kwata aonde a justiça não foi feita igual para todos, deveria funcionar com essa feras temerosas. No Puto, os políticos são os donos de tudo, fazem e desfazem; são os proprietários até da justiça. É preciso ter carácter!
A história de Portugal está marcada com uma metáfora barroca a recordar seus políticos desde a queda do império, no após vinte e cinco de Abril. “Seja a tua esperteza (políticos, banqueiros e afins) como harpa melodiosa; porém no dia em que receberdes os favores do mundo (gasosa) como se estivessem vendendo os seus acordes, ela (a harpa) se enferrujará para sempre”. Estamos nisso. Portugal é uma harpa enferrujada.
Glossário: Kwata: agarra em kimbundo; favores do mundo: corrupção; Puto: Portugal; gasosa: suborno, gorgeta.
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“Não consigo ter Casa”
Amizade
Aos poucos, encontrei-me com o mundo e afundei-me nele como um conquistador colonial desbravando terras desconhecidas com avidez, de novas surpreendentes, vivências de estima, respeito e mesmo contactos imperfeitos. Sentado na mesma cadeira das distâncias, uno as pontas do passado e futuro inventando dança de dignidade como fazem os poetas que escrevem poesia para ajudar a revolução mas, a gente da revolução não entende o que ela, a poesia diz. Como vamos mudar o mundo tão cheio de próximos inimigos que lançam cobiça e invejam a impressão de força duma fé imensa. Amigo poeta, como vamos ajudar a revolução se a gente que vai fazer a revolução não nos entende? Como pequeno-burguêses procuramos o futuro entre festividades, silêncios e discursos num esbanjamento de palavras bonitas. E, que é feito de nós que só conseguimos ter chão inventado e, sem casa!
Uma casa na chana (N´Jango)
Não tenho Casa:
seja a que trago no coração
ou a que me é alma,
a que habita o sono
ou a que me corre o sangue:
Nem trocando a ordem
consigo ter casa:
Se com pássaros estou,
a mãe da língua ouço chamar,
e se pelo fado vou,
a uma chana irei dar.
Não consigo ter chão
de tanto ser
uma e outra razão:
Água e ar,
terra e vazio:
permanente invernar
em pleno estio!
Poesia de (José Cahango) – Amigo Valério Guerra
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“Coisas boas”
Stella Pugliesi
Às vezes precisamos que alguém nos cuide, ás vezes somos carentes demais. Todo mundo precisa de carinho, porque caminhar sozinho cansa E tem momentos em que precisamos só descansar nos braços de alguém." Este trecho dessa mensagem mostra o quanto precisamos uns dos outros, que gentileza gera gentileza... que amor só traz amor... Creia, não existe nada mais maravilhoso mais gostoso, mais prazeroso que gostar de alguém... Claro que queremos amar e ser amados, mas o que importa mesmo é saber que ninguém, tenha certeza, ninguém nos amará sem que nós nos amemos primeiro. Só existem dois momentos nas nossas vidas em que nada pode ser feito: - um foi ontem, já passou e o outro é amanhã que ainda não chegou, por isso, hoje é o dia mais importante das nossas vidas, o dia para encontrar o grande amor das nossas vidas... NÓS MESMOS !
Coisas lindas . Picaço
AS ESCOLHAS DO CONDE DO GRAFANIL
*O que a Troika Não conseguiu Aprovar!* – 2ª Parte
10. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder.
11. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
12. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP e perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
13. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
14. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e, que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
Inconfidências . Picasso
15. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
16. Criminalizar, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os que fizeram fortunas adquiririndo patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo.
17. Impedir ministros, de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
18. Pôr os Bancos a pagar impostos.
Gentileza de José Viegas
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“Profecias”
Todos nós estamos acompanhando os sinais dos tempos, tempos confusos, ardilosos. As nações da terra neste momento lutam com grandes dificuldades financeiras; o homem perde-se nos seus pensamentos e acções. A grande recessão, está aí,… A grande corrida ao ouro, acontece com mais frequência como tábua de salvação. Quero agora, fazer uma afirmação, perante aqueles que dizem confiar em Deus: Os maiores e mais graves problemas da humanidade, não estão nas novas tecnologias, nas novas invenções, nos incompetentes políticos e, nem tão pouco nas engenharias financeiras ou económicas. Os graves problemas que estamos a atravessar, são verdadeiramente ESPIRITUAIS. Se, não mudarmos os nossos procedimentos perante o Criador e os nossos semelhantes, talvez não possamos sobreviver a estas catástrofes que estão assolando o mundo e, outras por vir. Como advertência, menciono aqui uma profecia escrita há milhares de anos: A terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam estatutos e quebram a aliança eterna. Isaías 24:5. Medite nisto e tenha paz com Deus.
Soba T´Chingange
Às palavras de Matias acrescentarei algo que já aqui foi dito no Kimbo: As crises de imagem ou reputação constituem uma forma bem particular de tempos difíceis e, podem atingir países, instituições caritativas, líderes de organizações impolutas ou chefes de nações sempre acima de qualquer suspeita. Recentemente, "beatificou-se um papa, casou-se um príncipe e fez-se uma cruzada matando-se mouros - Bem vindos à Idade Média". Estas crises de imagem são devastadoras porque podem destruir o maior património da humanidade da era de Cristo, instituindo a mentira como coisa perfeitamente aceitável, conduzir-nos assim à falta de credibilidade. No mundo inteiro, antes de se vender produtos ou serviços deverá vender-se a confiança; quando a confiança que os outros depositam em nós deixa de existir, há uma sentença de morte empresarial, política, profissional ou, até espiritual.
Gentileza de José Matias
O Soba T´hingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“RED SCORPION - 7ª Parte” – UNITA de Savimbi
O Galo Negro da UNITA
Em Setembro de1990, Carlos Morgado, tornou a fazer parte da comitiva de Savimbi e Chitunda que desta vez foram recebidos em Washington por George Bush “pai”. A 31 de Maio a 11 de Junho de 1991 Carlos Morgado faz parte da maior delegação da UNITA que visita os países europeus após o acordp de Bicesse. No VII congresso da UNITA foi indicado “Ministro dos quadros” do um governo sombra que o “Galo Negro” ia ensaiando, para uma possível governação após as eleições. Logo após aos acordos de Bicesse juntou-se ao elenco de dirigentes que Savimbi enviou a Luanda em 1991. Em Dezembro do mesmo ano animou um alargado encontro com os quadros da UNITA no cinema Kipaka em Luanda ao lado do general Eugenio Manuvakola. Em finais de 1992 quando se registaram confrontos entre militares da UNITA e do governo, nas ruas de Luanda, Carlos Morgado encontrou-se com Jeremias Chitunda, Salupeto Pena e Abel Chivukuvuku a preparar a saída de Luanda.
Isaias Samakuva . Lider da UNITA
Tendo socorrido soldados das FALA ferido, ficou sem ampicilina e outros fármacos, apelado ao governo angolano que “pelo menos” aos soldados feridos fosse dado atendimento no hospital militar. Não teve tempo, de socorrer mais ninguém, porque a sua vida também estava em risco; na tentativa da fuga foi alvejado nos membros inferiores, entre o largo Serpa Pinto e o ex liceu Salvador Correia. Foi levado para o hospital Militar e mais tarde para as instalações do Ministério da Defesa onde ficou cerca de seis meses sob custódia do exército governamental, tempo que coincide com a morte do pai em Portugal. Jonas Savimbi que se encontrava refugiado no Huambo mostrava-se preocupado com a situação do seu médico pessoal. A 9 de Março de 1993 fez uma mensagem “a nação” exigindo a libertação do mesmo: “Exigimos imediatamente a libertação do Dr. Morgado que, por uma questão de humanidade, seja dada liberdade ao Dr. Morgado, para abraçar a sua mãe, que perdeu o marido". Entretanto, Celita Morgado, esposa de Carlos, saia com seu filho para Portugal a encontrar-se com ele. Será deles que dependerá voltarem ou não para Angola. Serem da UNITA, ou deixarem de ser da UNITA.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO CONDE DO GRAFANIL
*O que a troica não consegue aprovar* . 1ª Parte
Moderação da troica
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
Mutações . Dali
5. Redução drástica das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia como fez Mouzinho da Silveira, em 1821.
6. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
7. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
8. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado, colocar chapas de identificação a todos e, não permitir de modo algum, que carros oficiais façam serviço particular.
9. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes.
(Continua…)
Gentileza de José Viegas
O SobaT´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
”Confusão de gato”
Falando só por falar, Armando jardineiro, diz a Celeste que o vento norte é desarrumado, que mexe com as folhas enchendo o gramado e a piscina de folhas amarelas; entretanto parece dançar sobre ele uma dança inventada revirando os pés em compasso com a vassoura de dentes ralos enquanto amontoa os restos da capinagem. Celeste escapuliu-se para lá da paliça depois de pendurar roupas escorrendo a lavadura; não tem tempo suficiente para esbanjar conversa. De auscultadores gigantes nos ouvidos, Armando gingava-se sozinho no meio do gramado fazendo lembrar os baticuns de candomblé em dança de iaô de Oxóssi. Armando, anunciando vender alegria em saldo, crepúscula mazelas do dia a dia filosofando poesia de granel a Celeste que no entretanto reviengou seu percurso.
Candomblé . Kavungo
O que estou lhe dizer
é que confusão de gato
não é solução
para questão de rato
e que panela sozinha
não melhora o funge (upo com tapioca)
que se cozinha
e que solidão
no mar ou floresta
se estamos perdidos
não presta
Isso que estou lhe dizer!
Preta Velha - Lavadeira
Armando, gosta de música brasileira e, o dia todo tem colado ao ouvido os sons da macumba da Bahía. A marrabente, não é o seu primeiríssimo ritmo; está explicado!
NOTA: Adaptação de mussendo ao verso de Zé Cahango, o Soba de Portimão do Puto.
Cafufutila: -farinha de mandioca simples misturada com açúcar; falando de boca cheia lançam-se falripos dessa farinha, fuba ou bombô que perturba o interlocutor; perdigotos secos; upo: - galinha em landim de Moçambique; mussendo: -forma de conto popular (Angola)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"FÓRUM KRYPTON – 6ª Parte" - mussendo*
Iemanjá
Depois do encontro com importantes kiandas, como Januário Pieter, Rasputim e Einstein e, ter recebido deles elementos de vida e do desconhecido além, ainda havia duvidas na minha mente; mais a sul, a caminho dos grandes desertos retemperei a acalmia das dúvidas na praia de D. Sebastião de Messejana aonde um dia este rei assediou jovens na aventura que culminou em Alcácer Quibir. De novo, fui à minha “Pasta de fraternidades secretas” redescobrir essa coisa da fé; visualizei essa profunda crença do como transformar a água em vinho e como mentes humanas pela fé, transformam células cancerígenas em saudáveis afectos na forma de cura. Na crença em uma Nossa senhora da Assunção, um santo António ou um guia espiritual de desconhecida fama. Essa profunda fé que afecta o mundo físico pelo pensamento, levou-me até Nova Jerusalém, um deserto transformado em pólo de cristandade situado em Caruaru de Pernambuco do Brasil.
Nova Jeruzalem . Brasil
Foi aqui que fiquei com a noção de que o homem, só por meio da experiência da morte (um susto) se torna capaz de compreender a experiência da vida. Todos os rituais espirituais de aspectos assustadores, assim o eram e são, quando retirados do seu contexto. A reconstituição da crucificação era nos idos tempos a prova de gerir o sacrifício na forma de hierarquizar anjos e demónios em rituais do cristianismo ou celebração da sagrada eucaristia com promessa de vida eterna. Recordar que o calendário que nos rege foi celebrada pelo Papa Gregório XIII que o promulgou numa quinta-feira, 4 de Outubro do calendário Juliano e, que passou a ser o dia 14 do novo tempo através da “bula intergravissimas”. Ainda hoje os sacerdotes expulsam espíritos malignos agitando incensários repletos de fumaça e tilintando sinos sagrados aspergindo em simultâneo água benta.
Gregório XIII
Não é esta igreja nascida dos Mistérios Antigos a honrarem a crucificação de Jesus com débeis sacrifícios na forma de jejuar, respeitando a quaresma ou pagando o dízimo. Também ali em Nova Jerusalém revi os místicos cabalistas judaicos de esotéricas dádivas; do como sem sangue… não há verdadeiro sacrifício. Relembrar as hóstias sangrando da língua de Augusta nas comunhões do Padre Cícero no centro espiritual religioso de Juazeiro do Norte. Os poderes das trevas aceitam o sacrifício do sangue e, ao fazê-lo ficam tão fortes que os poderes do bem, têm dificuldades em se controlar. Esta escuridão alimenta-se da apatia tendo como único antídoto a Fé e o estudo da Bíblia; desvendar ou revelar-se no seu próprio significado de “Apocalipse”. Neste momento, um qualquer sino duma igreja toca as ave-marias das horas do tempo; são horas de conjugar a fé, a ciência e nossa mente, até as nossas religiões revelarem a verdade.
Glossário: - mussendo: estória contada com foro de lenda ou imaginada; descrição de ocorrências no tempo em que não havia escrita; kianda: assombração, divindade ou espírito das águas, iemanjá.
(Continua...)
O Soba T´Chingange
AS ESCOLHAS DO KIMBO
“RED SCORPION - 6ª Parte” - UNITA de Savimbi
Carlos Morgado - médico De Savimbi
A UNITA era por alturas de 1990 dado como um movimento racista, mas havia um pormenor que fugia a esta propaganda; a pessoa de confiança para tratar da saúde de Jonas Savimbi era um branco e, isto punha em causa a propaganda do regime do MPLA. Para salvaguardar essa propaganda foram postos a circular rumores insinuando que o Doutor branco Carlos Morgado, às ordens do líder, castrava os comandos da guarda presidencial de Savimbi tornando-os inúteis como homens em sua plenitude. Interessa aqui descrever que era Carlos Morgado.
Mercado do Sambizanga
Carlos Jorge Viegas Morgado nasceu no Sambizanga, um bairro de Luanda e cresceu no bairro Catambor aonde fez os estudos primários e liceais. Com cerca de 15 anos aderiu a juventude da UNITA e na azáfama da independência viu-se obrigado a refugiar-se em Portugal. Em 1984 concluiu o curso de medicina pela Universidade do Porto. Enquanto estudante foi responsável da JURA na zona norte de Portugal e ajudou a criar núcleos que constituíram parte das bases da UNITA naquele país europeu (Puto). Após a sua formação, o governo português impôs-lhe a condição de cumprir a tropa portuguesa antes de ser colocado como Medico.
Cuando Cubango
Não concordando com a condição, preferiu seguir, em 1987, para a Jamba-Angola tendo sido integrado no exército das FALA como director da saúde militar. Como médico militar, mostrava-se corajoso em ir para as frentes de combates para prestar assistência aos soldados. Promovido ao grau de coronel e membro do Comité Permanente da Comissão Política da Direcção da UNITA, torna-se médico pessoal de Jonas Savimbi e mais tarde Ministro da Saúde do Governo da chamada “Terras Livres de Angola”. Enquanto médico pessoal de Savimbi e membro da alta hierarquia do partido, fez parte de uma delegação presidencial da UNITA que em Junho de 1988 foi recebida pelo então Presidente norte-americano Ronald Reagan na Casa Branca.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"Malbaratando o tempo"
Benoni . Plot dos leões
Malbaratando o tempo, negligencio nobreza olhando a primavera reflectida nos albricoques, pêssegos, maças e peras que à mistura com borbotos floridos crescem indiferentes às negligências do mundo; escrito, falado e escarrado em orgias de injustiça da crise, que toca a quem tão arduamente trabalha para obter um inverno mais reconfortado, ter dinheiro para gastos e alegrias transbordando amor. Nos passos tão vigorosos desta dança do mundo, cujos instintos sempre rosnam nos dramas, viajo para não definhar rápidamente. Hoje, Benoni de Johannnesburgo, cuspindo soltas palavras dum insípido inglês, amanhã chupando caju numa terra por conhecer, macia de nome e pulsar, encaro a vida como descreve Pablo Neruda em seu poema de libertação a desejos reprimidos. Sonhando com visão de inesperados nadas ou desejo de nova força. O peixe fresquinho pescado na lagoa do Bilene de Moçambique, do funge regado com dendem na companhia duma fresca laurentina de Maputo, maneios hipnóticos dum porvir. Talvez!
Pablo Neruda
Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere o “preto no branco”,
e os pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conceitos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitamos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
simples acto de respirar.
Formiga Pixixica
Larvas de mopane
Hoje, um dia como outro qualquer mas chamado de “todos os santos”, ou dia de lembrar finados, sinto-me como a formiga “pixica” que criada sobre folhas de cacaueiro, extermina as pragas sem fazer mal à árvore. Esta simbiose simples e sustentável pode ser a fortuna planeada do futuro; sobreviver comendo ácaros ou mopane, nefastos como se, camarões fossem.
Glossário: Pixica: formiga protectora dos cocos de cacau nos cacaueiros; mopane: larva comível da àfraica austral
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
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KITANDA
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