BAKGATLA DO PILANESBERG - NA NUDEZ DA VIDA – 23.07.2017- Porque cada homem é um mundo, tem que ao tempo, dar-se tempo…
Por
T´Chingange
No meio da algazarra das palavras, dos apelos, dos gritos ou cânticos, haverá sempre uma insatisfeita curiosidade, perguntas sem respostas ou maneiras mentirosas de dizer a verdade; verdade que nem sempre achamos lógica ou patética nem sempre merecedora de ser levada ao cutelo ou ao fogo da veracidade porque, simplesmente nós não somos guardiões nem usamos beber do crime no rio da vida.
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Amolecendo a preguiça refastelado no Bush Camp, dou-me conta do quanto meu sovaco cheira a catinga, odor em tudo igual a todas as outras catingas dos negros corpos de África. E, assim, aqui estou de livre e espontânea vontade como um turista, muito enfeitiçado pelas gentes acolhedoras que falam línguas estranhas mas sempre dizem good morning ou how are you, língua de europeu!
Gentes que como eu, saíram dessa imensidão dos matos, de lonjuras percorridas em toyotas, land-Rover, Kias ou Chevroletes, terra de onde se parte sem querer partirem e já partindo de vez, arrependidos depois por não ter ficado. Como vamos nós próprios destrinçar a verdade dentro da nossa própria imensidão, nos assuntos de crenças e impiedades de bens tão profusos nas regras do Mundo.
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Porque estou eu aqui, fugido de casa como uma condenação sem definitiva ou suficiente razão para e, simplesmente sarar as feridas do corpo!? Estando assim com o varão primogénito, com suas turbulências indecisas, apalpo as medidas da natureza do Senhor, vendo o pássaro monteiro´s ornbill enfeitar minha alegria debicando o pão que lhes ralei.
De coisas desavindas ou desavisadas, relembrei que ultimamente meus próximos amigos me referem amiudadamente como tendo uma cabeça brilhante! Creio que querem dizer outra coisa e que só por deferência respeitadora, falam desse jeito encafifando-me sobremaneira, até à raiz dos cabelos que não tenho. Pois então, por isso, brilha! Em frente do espelho vejo sim, um velho setentão, careca, rugoso com carochas e carnes vulcanizadas ou encarquilhadas.
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Para minha alegria, há uns dias atrás, estando eu em Gauteng, telefona-me o Miguel Esteves Cardoso com aquele ar de gozo e bonacheirão: - Hê pá! Tu estás com a cabeça brilhante! Pópilas, como é que lá do outro lado e de longe, este tipo sabe das minhas mazelas? E, falar-me assim tão jocosamente!
E continuou: - Li umas coisas tuas e deste-me uma ideia, assim do camano para o meu próximo livro! Que tens andado a passear o cachorro, num lugar aonde as hienas nem o pai respeitam, um lugar de cheetas agarrando veados!? Toma cuidado meu! Não ponhas o pé de fora que podes depois dar uma congestão ao Leopoldo. Eu aqui tentando sucumbir as malazengas e este inchado dos chifres a mandar-me palpites cavernícolas.
Estou a telefonar-te para agradecer o “biltong” de kudu que me enviaste lá das tuas terras do mato, do Kaprivi! Este tipo está a cantar-me o fado, só pode ser! Estando eu no bombom de Sun City jogando sortes fala-me como se estivesse a dar chupa-chupa aos hipopótamos do Okavango. Neste momento o homem das falas do casino gritou: quarenta e cinco! Era o meu número do totoloto. Bingo, gritei de contente. A chamada perdeu-se no preciso momento em que senti o terramoto vindo do Lost City…
O Soba T´Chingange
MOAMBA . XIV
A NUDEZ DA VIDA – 05.08.2017 -Temos de ginasticar a mente! Terei de continuar espiralado para dentro até minimamente entender o que será o colapso do átomo…
Por
T´Chingange
De acordo com a teoria da relatividade, se a luz não consegue ir de uma região a outra, nenhuma outra informação o consegue. O mais lógico e possível é dizer que Deus escolheu a configuração inicial do Universo por motivos muito para além da nossa compreensão. Isso sem dúvida estaria ao alcance de um ser omnipotente, mas, se Ele começou o Universo de maneira tão incompreensível, por que optou então por deixar que evoluísse segundo leis que pudéssemos entender?
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Tendo o hidrogénio um único electrão orbitando o núcleo, afirma-se pelos cientistas recentes, que pode agora ser vista como uma onda com um comprimento dependente da sua velocidade. Fiquei sabendo que as somas de histórias podem ser visualizadas na dualidade, onda e partícula. Mesmo que queira escalpelizar esta forma de atracção gravitacional do Sol, não o poderei fazer sem estudar a atracção entre electricidade positiva e a negativa que mantém os electrões.
Há no entanto questões ainda sem resposta, sendo a mais fundamental delas explicar como a relatividade geral pode ser conciliada com as leis da física quântica para produzir uma teoria completa e auto-consistente da gravitação. A generalização tem implicações profundas no nosso conhecimento do espaço-tempo, levando, entre outras conclusões, a de que a matéria (energia) curva o espaço e o tempo à sua volta. Isto é, a gravitação é um efeito da geometria do espaço-tempo.
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Supõe-se que as histórias seguem seu trajecto de A para B associadas a dois números em que um representa o tamanho da onda e o outro a posição do ciclo. Bom! Esta do ciclo tem como uma onda, a sua crista e o seu vale, tal como uma sinusóide. Num vasto ciclo de ondas num mar, o surfista sempre aguarda a sua onda, a tal! Um surfista muito cheio de sorte joga com as probabilidades de ter uma onda considerável, dispensando muitas outras que não dão as condições optimizadas à sua prancha, sua partícula.
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A probabilidade será assim como uma prancha partícula a ir de A para B obtendo no conjunto a soma de ondas para todas as trajectórias. E, há variações enormes, umas ondas são grandes e outras quase rasas, que associadas se anularão uma às outras de maneira quase exacta. Formular isto em equação matemática concreta, torna até aparentemente simples calcular as órbitas permitidas em átomos e moléculas, com átomos unidos por electrões que orbitam mais de um núcleo.
Voltamos assim ao “princípio da incerteza” tendo a estrutura das moléculas e suas recções entre si, formar a base da química e biologia, em princípio a mecânica quântica que nos permite prever quase tudo o que vemos à nossa volta. Para conceber isto, seremos obrigados a interpretar as antigas pinturas em que os Santos ou gente santificada tinham um halo de luz envolvendo suas cabeças; explicação grosseira mas plausível de entender.
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Se considerarmos isto dito dentro dos limites estabelecidos pelo “princípio da incerteza”, teremos antes de entender um outro princípio chamado designado de “antrópico” que credita o lema de vermos o Universo da maneira de como ele é, porque se ele fosse diferente, não estaríamos aqui para observá-lo. Bom! Entretanto os teoremas da “singularidade” indicam que o campo gravitacional ficará muito forte em pelo menos duas situações: - São elas “os buracos negros” e o “Big Bang”!
Poderemos prever a derrocada da relatividade clássica quando os átomos alcançarem uma densidade infinita. Juntando nosso entendimento às demais forças da natureza, ainda serão necessários fundir-se muitos fusíveis do cérebro e cerebelo com seus neurónios e, muitas gerações a se arrumarem na relatividade geral e na mecânica quântica. Teremos forçosamente de ginasticar a mente. Podemos dizer que é esta “Uma breve história do tempo” de Stephen William Hawking.
William Hawking, é um físico teórico e cosmólogo britânico e um dos mais consagrados cientistas da actualidade. Doutor em cosmologia foi professor de matemática na Universidade de Cambridge. Em 1964 foi-lhe diagnosticado ter esclerose lateral amiotrófica mais conhecida por doença de Lou Gehrig ou doença do neurónio motor. Vulgarmente diz-se que isto ou aquilo em comparação com algo é relativo; Ele o físico, é em seu próprio ser, como figura, bem a prova disto.
O Soba T´Chingange
NAS FRINCHAS DO TEMPO - 20.07.2017 - (Parte 3 de 3) - Aqui no Pilanesberg de África, apaziguando rijezas adversas, perfilando anjos com a singularidade do mundo …
Por
T´Chingange
Neste mundo global, qualquer fagulha serve para atear quenturas mas em África, é muito mais natural porque sempre se usou a cinza das queimadas para renovar os pastos. Tenho observado como os animais da savana africana adoram esses rebentos saídos da terra. As noites são frias acumulando geada nas tenras folhas, que por sua vez lhe dão vida ao penetrar em suas raízes. Nos últimos dias os javalis facocheros joelham-se fuçando a terra ainda húmida bem junto à berma das picadas sem se perturbarem connosco; ali ficam em varas exibindo-se sem medo.
Já os homens, com suas diabruras muito cheias de corruptas ousadias, amachucam-se entre si usando seus instrumentos de poder, suas artimanhas de logro para obter dividendos. Hoje é N´Zuma e amanhã será um outro a cantar vitórias e, tal como o EDU de Angola perpetuar-se-ão até exaurirem o cansaço do povo à semelhança de Roberto Mugabe do Zimbabwé. Para ver se fico manso com Nosso Senhor, continuo a ler o evangelho de Saramago usando até seus sufixos, esboços de suas falas menos ceifadoras para não me pecar,
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E, porque, até uma árvore geme quando a cortam e, as palavras têem o valor que têm segundo nossas convicções ou ficções. Com verdades indecifráveis, muito cheias de ofensas ou entendimento falaram-me de uns quantos anjos voando sobre a África desde a Cidade do Cabo, até o Cairo como o sonho de Cecil Rodes espalhando ódios de raças. Como metáforas enraivecidas dizem-me que a América e Inglaterra vão ficar falidas e cheios de dívidas. Que a Inglaterra será totalmente aniquilada, pois até a sua terra será queimada com uma invasão liderada pela Rússia. E, que esta invadirá a Europa, através da Turquia usando armas terríveis.
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Mas que coisas mais tenebrosa que meus amigos apóstolos de África me dizem. Não tenho de acreditar e, nem o quero porque na destrinça de nossos quereres perturba-me a probabilidade dando-me conta entre reflexões, que nunca unirei as pontas. Ficarei atando e desatando nós de sim, mas não, não, mas sim com o não sempre se retorcendo como coiro queimado nas pontas. Querem fazer de mim, torresmo! E transcrevem-me as profecias dizendo que a África do Sul entrará em uma guerra civil em um ano de eleições. Pópilas! Estamos quase em cima delas- 2019!
Mais me dizem que as profecias referem que após a morte de um líder negro, será exibido em um caixão de classe nos Edifícios da União. Líderes mundiais o irão homenagear! Mas isto já sucedeu com a morte de Mandela! Matizado nos arrebates da imaginação de que cada qual soma um ponto ao conto, rogo que percam com o tempo e na distância, a convicção de que assim será! Que o não seja! Nem poderá assim ser, uma perca de pontos ao não milagre. E, se realmente o houver, que vire uma coincidência infeliz porque por experiência, sabemos que bem estaríamos nós, se tudo na vida fosse prendas e só bem-estar.
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Pois vou ter de dar por finda esta incursão no campo das profecias porque a solidão nos será mais pesada do que uma pedra amarrada ao pescoço, preferindo das notícias proféticas, recolher as de felizes consequências, dos corriqueiros milagres que preenchem uma vida. E, querendo o Senhor, viermos em crer no que nos foi dito, mas, entre tantos, muitos ficarão á espera de que o Senhor mude seu entendimento, por choro, por um desgosto ou por um último suspiro.
Hoje assisti à corrida de uma chita na savana de Pilanesberg; a cabra springbok foi alcançada e logo em seguida suas três crias surgiram ajudando sua progenitora a transportar a presa para um lugar dissimulado a uns escassos 30 metros da picada. Na natureza a vida e a morte conciliam-se fora da mistificação de gente ímpia, a ocasião pode sempre criar uma necessidade e, se ela é forte, terá de ser ela, a necessidade, a fazer a ocasião. Aqui não há o lado bom e o mau. É a sobrevivência!
Se Deus quiser, quando assim se fala, ouve-se das bocas mais incrédulas sentenças bem acabadas mas, pela natural força do subconsciente porque cada um tem o seu próprio destino, seus próprios milagres, suas próprias palavras que trilham seu caminho. Porque na vida tudo é relativo, uma coisa má pode até tornar-se sofrível se a compararmos com coisa pior ou, o inverso que também é verdade. Em tudo, haverá sempre um propósito de fé! Que poder poderá ser dado a alguém que morreu! E, como ficamos se esse ser for uma springbok?
O Soba T´Chingange
MULOLAS DO TEMPO – 02.08.2017 - Nós e o mundo … Teremos de nos regularmos em boas marés porque as brisas esbarram em caricias amigas…
Niassalândia é o meu país.
Por
T´Chingange
A Um de Fevereiro de 2016, Eduardo Torres o poeta Xi-Colono, amante do deserto Naukluft, divagando fora da sua serena poesia, falava de mim em prosa: -Curiosamente, só vim a conhecer o António Monteiro, quando, residindo em Portimão, tive oportunidade de estar com ele na casa do meu amigo Santos Pereira, já lá vão largos anos, e sempre o conheci bem-humorado, ora pedalando na bicicleta em circuitos organizados, ou como caminheiro em longas andanças por montes com cardos e estevas.
Em realidade o nosso primeiro contacto (digo eu) foi em Windhoek, capital da Namíbia e, estando eu em companhia de Dionísio de Sousa também conhecido por Reis Vissapa que ia desbravar o Okavango na tentativa de por ali ficar; seu sonho era ter um lodge junto ao rio que lhe trazia muitas lembranças desde o tempo em que trabalhou na Brigada de Hidrografia no rio Cubango entre outros. Ele por ali bivacou em casa de Miranda Khoisan às margens do Kubango por algum tempo e, eu regressei a Windhoek tendo ficada por uns dias no hotel Continental.
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Foi neste então que nos conhecemos, assim como a suas filhas Paula e Sónia que trabalhavam em uma agência de viagens. Foi aqui que me apresentou ao Cônsul de Portugal na Namíbia. Recordo que foi Sónia que teve a amabilidade de nos marcar o booking para o Etosha Park em Okaukuejo! Dito isto, vamos continuar com as caricias de meu amigo: Monteiro, para manter o físico e não perder a boa disposição, andava de bicicleta indo de Silves a Sagres.
Regressava partido de roto, após ter percorrido seus 120 quilómetros. Depois uma sardinhada bem regada com água de Pegões e uma soneca para retemperar músculos, dizia ele. Preparava-se para ir a Fátima a partir de Albufeira, coisa que acabou por fazer em três anos seguidos; isto, só o vim a saber mais tarde! Considerei o Monteiro sempre um "bom vivant", alinhando sempre com a esposa como muleta, uma disposição que os tornava um casal simpático e acolhedor.
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O Monteiro tem as suas páginas no FB e, de quando em vez lembra-se de transcrever qualquer escrito meu que para ele possa ter interesse. Em verdade, o Monteiro, acaba por me divertir, porque usando a sua veia criadora, sua banga ninita misturando excertos de artigos diferentes, assim como um preparo cozinhado com frutos do mar e bizarrocas receitas. Algumas vezes permite-se ao luxo de introduzir novidades, para mim, de sua autoria.
Ele lá tira as suas ilações, e altera o conteúdo como deve alterar a receita, quando cozinha com seu pau de cabinda mordido na ponta para sentimalizar o preparo. Num dos últimos artigos que escrevi, afirmei lembrar-me da primeira vez que tinha comido camarões trazidos pelo meu pai, de Benguela, isto, penso, que nem a segunda grande guerra se iniciara; o amigo Monteiro acrescentou, que teriam vindo num Jeep Willis, para dar ênfase às sua bafunfadas inventações e, poder poeticamente comparar a um brinquedo que o compadre do meu pai, Bartolomeu de Paiva, me havia oferecido pelo Natal alguns anos depois.
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Estabelecendo assim uma comparação, de duas épocas diferentes, porque na primeira nem jeeps havia, e na segunda já apareciam miniaturas de viaturas utilizadas durante a guerra que estava devastando a Europa. Isto não tem nada de especial, mas não deixa de ser interessante a sua intervenção no sentido de tornar mais forte a razão do acontecimento registado.
E, Edu continua seu discurso na primeiríssima pessoa: Quem te conhece, sabe como tu és, sério, honesto, amigo do teu amigo, mas gostas de deixar sempre a tua marca, uma ferradura, e pela minha parte, podes continuar a fazê-lo porque até é uma maneira de me divertir... E, até porque não tem importância, e pode acontecer ser por uma questão de interpretação!
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Aliás, agradeço quando públicas o que escrevo, uma prova de apreciação da tua parte (fim de citação). Assim, abruptamente termina sua esponjosa lengalenga bonita de chorar bem no topo de uma duna do Naukluft e, vendo as sombras a roerem-nos o pé. Em seu tempo, creio ter-lhe agradecido mas, agora que a revejo aqui na terra do biltong no Gauteng, envio-lhe uma saudação neste meu jeito suave de não perturbar a rigidez de suas rimas, sua direitas posturas sem antas nem adendas nem fumaças de caricocos envoltos em papel preto e doce.
Em remate e, bordado a lentejoulas das terras de largas vistas ao sul do M´puto, Júlio César, Doutor professor de números e contas, que só conheço através do Facebook, dono de palavras honorificas e sem Ferrolho, tranca o tema tecendo as palavras como laivos de própolis, um antibiótico salutar: -O António Monteiro é um criador de estórias que usa a língua portuguesa condimentada em sabores de kimbundo e doces crónicas dele próprio e dos amigos. E, porque terminou assim, em mel de abelha, tenho de expressar aqui e agora a minha gratidão a ambos.
O Soba T´Chingange
TEMPOS DORMIDOS : 29.07.2017 - No estágio imaturo do raciocínio considerando que o Universo tenha tido um início, teremos de supor que houve um criador. E, tudo começou com os Estromatólitos …
Por
T´Chingange
Neste dia visitei Sudwala Caves a escassos quilómetros de Nelspruit de Mpumalanga na África do Sul e, pude apreciar no tecto da mesma, um conjunto de pedras que como lapas estavam pegadas ao tecto de uma das várias salas, já bem no fim da galeria principal. Ali, a água escorria pela rocha formando uma estalactite esbranquiçada com a forma de madona. Os ancestrais moradores daquela gruta transmitiram a crença aos vindouros de que quem a bebesse viveria ao dobro. Molhei a mão e notei que saia bem fria.
Foi dito que aquelas rochas eram compostas de magnésio, cálcio e manganésio entre outros em menor percentagem. As cavernas de Sudwala são formadas de rochas da dolomite pré-câmbrica, estabelecida há cerca de 3800 milhões de anos, quando a África ainda era parte de Gondwana. As próprias cavernas formaram-se acerca de 240 milhões. Há várias estruturas de espeleologia na caverna, conhecidas por nomes como o "Lowveld Rocket", "Samson's Pillar" e o "Screaming Monster".
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Também existem fósseis microbianos de uma cianobactéria conhecida como colenia da rocha; estes se formaram há 2000 milhões de anos, os chamados Estromatólitos. As cavernas foram usadas para abrigo em tempos pré-históricos, provavelmente e, devido em parte a um suprimento constante de ar fresco.
Estromatólito é em verdade uma rocha fóssil formada por actividades de microrganismos em ambientes aquáticos que, normalmente se acumulam no fundo de mares rasos, formando uma espécie de recife. Aqui encontram-se situadas no tecto. Porém, a definição exacta de estromatólito ainda é discutida podendo, por exemplo, excluir estruturas como oncólitos e trombólitos da lista dos estromatólitos.
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Por serem fósseis tão antigos, pensa-se que sejam testemunha dos primeiros organismos a realizar a fotossíntese oxigênica, responsáveis pelo gás oxigénio que surgiu no planeta há cerca de 3,5 bilhões de anos. Compõem-se também de carbonatos calcita e dolomita. São formados a partir de uma sucessão de estágios, partindo de esteira microbiana, estromatólito estratiforme, para finalmente se consolidarem em uma rocha.
Os paleontólogos sugerem uma classificação quanto à morfologia, já que esses fósseis são colónias de microorganismos e não "fósseis individuais", propondo classificação em categorias que não seguem a nomenclatura biológica. Mas, há outros especialistas que apenas referem as microestruturas, isto é, só levam em consideração o género e a espécie de seus microorganismos.
Estromatólitos encontrados na Groenlândia, num depósito de rochas sedimentares abaixo da camada de gelo, foram datados como de 3,7 Ga atrás, constituindo a mais antiga evidência actualmente. O mais curioso é saber-se que esta descoberta apoia a busca por existência de vida pretérita em Marte, pois nesta época Marte contava com água líquida em sua superfície e estava em condições similares às da Terra, sob um sol 30% menos brilhante que hoje.
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Além disso, suas estruturas fornecem dados astronómicos e geofísicos quanto ao ambiente do passado. São por assim dizer uma sopa de células - A origem da Vida. Um filamento microbiano que engloba um vasto intervalo de fenómenos: desde a emergência das linhagens principais até extinções em massa ou a evolução de bactérias resistentes a antibióticos hoje, em hospitais.
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Entretanto, dentro do campo da biologia evolutiva, a origem da vida é de especial interesse porque remete à questão fundamental de onde nós (e todos os seres vivos) viemos? Muitas linhas de evidência ajudam a fornecer pistas a respeito da origem da vida: fósseis remotos, datação radiométrica, a filogenia e a química dos organismos modernos. Contudo, como novas evidências estão sendo descobertas constantemente, hipóteses sobre como a vida se originou, que podem mudar ou ser modificadas.
Quando se originou a vida? É importante lembrar que mudanças nessas hipóteses são parte normal do processo da ciência e que elas não representam uma mudança na base da teoria evolutiva. Evidências sugerem que a vida surgiu pela primeira vez por volta 3,5 bilhões de anos atrás. As evidências são formadas por microfósseis (fósseis que são muito pequenos para serem vistos sem a ajuda do microscópio) e estruturas rochosas antigas como estes estromatólitos encontradas no Sudwana da África e Austrália.
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Para melhor assimilarmos os Estromatólitos dir-se-á que são produzidos por micróbios (maioria cianobactérias fotossintetizantes) que formam filmes microbianos que aprisionam lama; com o tempo, camadas desses micróbios e de lama podem formar esta estrutura rochosa estratificada – o estromatólito.
Cientistas estão explorando vários possíveis locais para a origem da vida, incluindo poças de maré e fontes térmicas. Entretanto, recentemente alguns cientistas levantaram a hipótese de que a vida se originou perto de uma fonte hidrotérmica no fundo do mar. As substâncias químicas encontradas nesses respiradouros e a energia que eles fornecem poderiam ter abastecido muitas das reacções químicas necessárias para a evolução da vida.
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Posteriormente, usando as sequências de ADN de organismos modernos, biólogos conseguiram rastrear experimentalmente o mais recente ancestral comum de toda forma de vida, um microorganismo aquático que viveu em temperaturas extremamente quentes. Apesar de várias linhas de evidências serem consistentes com a hipótese de que a vida começou perto de hidrotermais no fundo do mar.
Esta hipótese está longe de ser tida como certa e consensual: a investigação continua e pode eventualmente apontar para diferentes lugares para a origem da vida. Foi muito interessante saber destes avanços, não obstante estar consciente de que irão fazer colisão com teorias, dogmas, conceitos e paradigmas que nos foram legados por vários veículos de instrução…Não virá mal ao mundo saber-se deste conhecimento e, nem Nosso Senhor terá de ficar zangado por tal ousadia.
Ilustraçõs de Assunão Roxo e Costa Araújo Araujo
O Soba T´Chingange
T´Chingange
Agora que vai haver eleições em Angola, recordo que Jonas Savimbi, sempre recusou o abandono da luta pelo que achava certo, não escolhendo cenários de exílio dourado como outros o fizeram e, foi o único dos líderes angolanos que sempre viveu e lutou no seio de sua terra, sua pátria,digo eu num propósito de dialogar com as duvidas de muitos.
Um amigo meu do Okavango no seu jeito enigmático de sempre deixa uma prega solta na minha costura frinchada disse: -Ele está vivo! Algures num lugar palaciano e bem protegido; aquilo de sua morte foi uma farsa muito bem engendrada pelas grandes potências. Vejam só o que a mente humana pode arquitectar (penso eu)? O que viram em fotos é uma tramóia muito bem-feita, um sócio de Savimbi e, não é certo saberem aonde ele foi enterrado para evitar um rodopio de peregrinos, disse este meu kamba. Desacreditei disto com um muxoxo fingido de consentimento.
As nossas conversas rebrilhando nas águas do Kubango vespertinavam com a kúkia (pôr-do-sol) bem no horizonte angolano e, por detrás de seus brilhos Andamos para trás ou para a frente de forma aleatória e por serem já coisas diluídas nos cacimbos e kiangalas, podemos ornamentar os factos com ausência de espanto; de só mesmo matando o tempo, de só falar ! Recordamos a muita diplomacia lodosa, de quando Jonas Savimbi chamou «garoto» ao então ministro Durão Barroso Esse que esteve no comando da UE.
Esclarecedor! De quando Mário Soares de visita às Seychelles, em 1995, em conversa informal com os jornalistas, após o jantar, falou de Angola (que visitaria oficialmente no ano seguinte) e sobre os líderes em confronto, emitindo esta opinião: «José Eduardo dos Santos é um homem banal. Não provoca a ninguém um virar de pescoço quando entra num salão. Enquanto que Jonas Savimbi tem uma presença esmagadora! É um verdadeiro líder africano!». Tarde piaste, digo de mim para mim mas, e aqui corroboro com ele! Disse eu ao meu amigo Mac Guiver de faz-de-cota, que me olhou sem espanto!
Estava escrito nesta frinchas que a Jamba era o centro nevrálgico alfa no tráfico de marfim, diamantes e madeiras preciosas. Savimbi teve de recorrer a este património mas, o governo mwnagolé da Luua, despilfarrou muito mais em proveito seu, dos filhos e de toda a nomenclatura. Agora, mais kota, recordo que as interrogações ente eu e Mac Guiver faz-de-conta, sucumbiram em sorrisos, um indício de quem sabe, mas desconhece, perpetuando uma amizade de cavandelas...
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
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