PNEUMONICA – GRIPE DE 1918 - H1N1
Hoje vou vacinar-me contra a INFLUENZA – 30.03.2020
Peste pneumónica - Doença provocada pela bactéria Yersinia pestis - Peste pulmonar…
Dados científicos do Google
Por
T´Chingange - No Nordeste brasileiro em confinamento social…
COVID 19 - Não é esta a primeira vez que o mundo é assolado por uma pandemia! Recordo meus pais falarem das muitas mortes que sucediam na aldeia da Beira Alta de Portugal. Os recursos e conhecimentos não eram os que hoje, felizmente, temos. É natural que andemos com medo para não dizer aterrorizados mas, teremos de colocar o cérebro a trabalhar na forma mais optimizada sem nos deixamos escorregar para uma paranóia incontrolável. Como já disse por várias vezes, não podemos morrer de véspera! Calma! Temos de nos entreajudar…
Para manter o ânimo naqueles difíceis anos da Primeira Guerra Mundial, os censores minimizaram os primeiros relatos de doenças e sua mortalidade na Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos. Os artigos eram livres para relatar os efeitos da pandemia na Espanha, que se manteve neutra, como a grave enfermidade que acometeu o rei Afonso XIII.Tais artigos criaram a falsa impressão que a Espanha estava sendo especialmente atingida. Consequentemente, a pandemia tornou-se conhecida como "gripe espanhola”.
Os dados históricos e epidemiológicos são inadequados para identificar com segurança a origem geográfica da pandemia, com diferentes pontos de vista sobre sua origem. Hoje muito se fala sobre o inicio da CORONAVIRÚS como sendo na CHINA no mês de Setembro de 2018; muito mais se dirá trazendo à tona acusações por via da politica introduzida por Mao Tsé-Tung; politica essa que levou o país a passar muita fome e, consequentemente levarem o povo Chinês a ter hábitos alimentares nada convencionais e condenáveis pelo mundo Ocidental.
Eles, por via da fome, foram obrigados a comer morcegos, cobras, lagartos e até ratos muito portadores de vírus. Nesses tempos que perduraram aos dias de hoje, lá na China, tudo o que mexe é comível; não há uma certificação fitossanitária para respaldar a postura costumeira dum povo que para além do mais, alguns dizem também terem hábitos antropofágicos. Nunca eu enveredei por esta via embora tenha recebido dezenas de fotos com corpos humanos a serem esquartejados.
Dizem alguns serem estes surtos fruto de experiências laboratoriais colocando o Ébola junto de outras epidemias zonais e também aqui, não descarto que assim seja - sim! Provavelmente algo fugiu do controlo dos muitos laboratórios civis e militares, muitas conjecturas decerto sairiam de nossas mentes trazendo à baila guerras biológicas - O certo é que eu, não acredito nos homens – mais, não tenho o direito de o dizer porque, também estamos muito cheios de teorias de conspiração e ….
Sempre descartei isto como inverossímil mas, o certo é de que vi em muitas fotos de recente data, comerem carne humana assada numa qualquer grelha como quem come costeletas de boi; não quero acreditar, simplesmente! Houve alegações de que a pandemia designada de GRIPE se originou nos Estados Unidos. O historiador Alfred W. Crosby afirmou em 2003 que a gripe se originou no Kansas, e o popular autor John Barry descreveu o Condado de Haskell, Kansas, como o ponto de origem em um artigo em 2004. Também foi declarado pelo historiador Santiago Mata em 2017 que, no final de 1917, já havia uma primeira onda da epidemia em pelo menos 14 campos militares dos Estados Unidos.
Um estudo de 2018 com lâminas de tecido e relatórios médicos liderado pelo professor de biologia evolutiva Michael Worobey encontrou evidências contrárias à hipótese da doença se ter originado no Kansas, pois os casos no local eram mais leves e ocorreram menos mortes em comparação com a situação na cidade de Nova Iorque no mesmo período. O estudo encontrou evidências através de análises filogenéticas de que o vírus provavelmente tinha uma origem norte-americana, embora não fosse conclusivo. Ademais, as glicoproteínas da hemaglutinina do vírus sugerem que isso ocorreu muito antes de 1918 e outros estudos sugerem que o rearranjo do vírus H1N1 provavelmente ocorreu em ou por volta de 1915.
A gripe espanhola, também conhecida como gripe de 1918, foi uma pandemia do vírus influenza incomummente mortal. De Janeiro de 1918 a Dezembro de 1920, infectou 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época. Estima-se que o número de mortos esteja entre 17 milhões a 50 milhões, e possivelmente até 100 milhões, tornando-a uma das epidemias mais mortais da história da humanidade. A gripe espanhola foi a primeira de duas pandemias causadas pelo influenzavirus H1N1, sendo a segunda ocorrida em 2009, bem em nossa actualidade.
A maioria dos surtos de gripe mata desproporcionalmente os mais jovens e os mais velhos, com uma taxa de sobrevivência mais alta entre os dois, mas a pandemia de “gripe espanhola” resultou em uma taxa de mortalidade acima do esperado para adultos jovens. Os cientistas ofereceram várias explicações possíveis para esta alta taxa de mortalidade. Algumas análises mostraram que o vírus foi particularmente mortal por desencadear uma tempestade de citosinas, que destrói o sistema imunológico mais forte de adultos jovens.
Por outro lado, uma análise de 2007 de revistas médicas do período da pandemia descobriu que a infecção viral não era mais agressiva que as estirpes anteriores de influenza. Em vez disso, asseveraram que a desnutrição, falta de higiene e os acampamentos médicos e hospitais superlotados promoveram uma superinfecção bacteriana, responsável pela alta mortalidade.
O Soba T´Chingange
ANDO ENKAFIFADO – 29.03.2020
“A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra (malamba) foi feita para se dizer”.
Por
T´Chingange – No Nordeste brasileiro - No confinamento social
Com adendas de Jorge Serrão
A lembrança da vida da gente se guarda em baús da memória com trechos diversificados, cada um com seu signo e sentimento que nem sempre, uns e outros, se misturam. Por isso contar seguido num rumo alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa importância num vivimento que eu tive de real, de forte alegria ou grande pesar. Cadavez daquele hoje, noto que eu era como se fosse diferente pessoa e, no continuar do vivimento senti e sinto até crescer minhas unhas, minha pestanas, minhas rugas. Tudo assim como num jogo de velho baralho, verte e reverte na vida que me desperta sem esperar troco.
Lá fora o espaço está tão calado na rua da guerra que até se sente o demónio num sussurro de meia-noite, com as horas revogando-se do mesmo jeito, redemoinhando o ar cheirando minha catinga de como se fosse um olongo ou kudu, empoçado para se caçado! Uau! Não me perguntem nada porque a nada sei responder no troco da minha boleia dum deo-gratias! Estou contando assim porque é meu jeito de falar; no meio do redemunho…
O coronavírus trouxe algo muito mais tenebroso para a vida das pessoas (a imprensa parece morbidamente torcer para aumentar). O suposto combate à doença abriu espaço para que em todo o mundo, promovessem abusos de poder contra a democracia ou a liberdade individual. Além do trauma pelas vidas perdidas, esta será a grande sequela da crise pós-COVID-19. Ela, a crise é complexa, feia e assustadora. Não há soluções prontas, padronizadas, para situações tão diferentes em cada nação do planeta Terra.
O mais espantoso, em vários países, é o aumento da “Estadodependência”. As imposições colectivistas – essência dos sistemas socialistas e regimes autoritários - ganham forçam sobre o legítimo poder e a liberdade do indivíduo. Perdemos, não se sabe por quanto tempo ou se para sempre a simples capacidade de apertar mão, abraçar e beijar as pessoas. O isolamento social foi a principal arma adoptada, padronizada na maioria dos países.
Alguns lugares pegaram mais pesado e adoptaram o “lockdown”. Acontece que a essência humana não suporta viver isolada por tanto tempo. Além disso, as condições de subdesenvolvimento em alguns países, com miséria, pobreza, falta de educação e ausência de hábitos de higiene, agravam o risco do cidadão. Só que o coronavírus é tão cruel que atingiu, em cheio, o rico primeiro mundo. Devemos encarar mais uma semana com cidades paradas por causa do “inimigo invisível”.
A maioria das pessoas já não tolera mais ficar em regime de confinamento domiciliar ou isolamento obsequioso. Para além do mais, algumas famílias, vivem o dilema da sobrevivência. Quem consegue suportar a virose também precisa ganhar dinheiro. Profissionais liberais e prestadores de serviços serão obrigados a fazer milagres. Sorte de quem pode encarar o homem-office. E, quem está no desemprego ou impedido de trabalhar? São muitas perguntas sem resposta plausível!
“Em algum momento alguém tem de tomar uma decisão e dizer: é por aqui, e vamos executar”. Normalmente, em situação de crise, existe um padrão de gestão que define claramente responsabilidades, o desenho de uma estratégia, planeamento com execução com acções, monitoramento dos eventos e, comunicação com a nação. “Isso precisa ocorrer urgentemente” aqui aonde me encontro – Brasil ou, um qualquer outro país de nossas afinidades culturais. Será necessária uma urgente reinvenção das pessoas, dos processos produtivos, legislativos, políticos e económicos. O mundo terá de rever a postura diante dos idosos e doentes crónicos (alvos preferenciais do coronavírus). Tragédia como esta não tem explicação em tempos de suposta paz. Imagine-se então um caos destes em uma guerra? O coronavírus deixou a elite globalista bestificada. E, forçosamente necessitam manter o optimismo agindo com realismo!
Aqui, Brasil, o Congresso Nacional está acuado em meio a esta crise. É o momento da sociedade organizada em entidades e movimentos aumentar a pressão pelas reformas administrativas, tributárias e a própria política. Lembremos de Winston Churchill: “Um optimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade”. Aproveitemos a oportunidade a favor das mudanças estruturais, seja no Brasil, seja em Portugal ou Angola ou qualquer outro país dos PALOPS, dos CPLP…
Haja em cada um destes países, sabedoria, força psicológica, inteligência, coragem, paciência e tolerância... Intuição? A quarentena irá mais longe do que parece... Março que termina, Abril e Maio que serão difíceis. Aqui, vem o Outono, com pouca chuva, humidade relativa do ar baixa, muita alergia, junto com influenza, dengue e afins e, claro, coronavírus.
Lá terei de me ir vacinar contra todas essas pragas para me prorrogar num se Deus o quiser - deo-gratias! Que os infectados, quase todos – possam sobreviver... Mais uma previsão, quase certa? Os Estados-“Ladrões”, todos sem excepção (brasileiro, português, angolano, guineense, moçambicano entre os demais) não irão socorrer todos... Esqueça! Então, quem não for agarrado pelo chinavírus corre risco de ter a vida ameaçada pelo caos económico. É difícil decidir. Venho por este meio requerer..."deo gratias"…
O Sob T´Chingange
MOKANDA DO ZECA - As falas do baú de Zeca – 27.03.2020
FALAS BONITAS AI.U.É…. Crónica 3008
Por
José Santos - O Senhor do Koilo - Impregnado de paludismo duma especial estirpe kaluanda, Zeca colecciona n´zimbos das areias dum chamado de Rio Seco da Maianga. Tornou-se ali professor katedrático e agora lecciona no M´Puto quando não fica com o catolotolo… Kwangiades: - são as musas, kiandas ou kalungas do Kwanza
As escolhas de T´Chingange ... No Nordeste brasileiro - (TONITO era seu nome de candengue da Luua)
Só mesmo nós no catravês do ximbico da Luua…
Tu mereces TOTEM..., teres todos na tua volta...! Pessoa Igual sabido neste minha vida de Lellu de bué de salalé..., num conheço pessoa de igualmente igual..., dos teu predicados, que cheira a katinga de África, que a deixa ficar, diz é Amuleto.., de T'Chingange! Tu és espécie de chão de poeira em extinção pelo avanço do alcatrão do Mundele de expropriação de exploração..., dos mano dos licenciado.
Alembamento kiavuluvulu cumbu!!! Tu és pessoa do fantástico..., que N' Zambi na tua koka bem Sabe o que as tuas fala, fala mesmo, que são as fala de ÁFRICA, que bué acredito que também te protege, que quando tem O Cambotermo te quer fazer mal, Ele bota Grito de protecção..., num precisa não, desse tocos dos musculus de elevação nos ramos do Imbondeiro...! Sim, te protege, desde esses tempo dos Pés Descalço, que avilo Kandengue coleccionava na sombra da Mulemba, santinhos e beijava crucifico de verdade...!!! Uaué!
Tambula conta! Ele ficava do mais O Mufulame yê!!! Amam'ééé! O que tu divulgas nas tua malamba no teu jeito único de Rio Grande de nado de teu MUXIMA e igual ao meu..., que bué mazé é abraço.., .e, é laço de capim do nosso kuuaba Rio Seco N´denge Yetu, do território sagrado do Poço da Mayanga do Rey..., e de Vata de beija mão.., do kapiango do N`zimbu... úi.
Para comprar lancha de bordão para ir nas Kilumba..., do afamado bairro da kazukuta do Rio Seco..., da Praia do Bispo, Samba, Mussulu, Xicala, Ilha da Cazanga..., também dos cheiro dos mamilo da kianda dos baixinho de celha morninha (Baía)..., de bué pirão, torresmo de Jacaré do Panguila, também dos tuqueia mais do t´chissipa..., de Mopane dos Herero, de estufado do peixinho dos mais saboroso de África, os Cacussu..., uau!
Do Mu Ukulu de lagoa de manos que de único matumbo jeito, os acariciava..,. tratava os mona espelho..., para não os perder, antes nos deixar no bandozinho crescer em liberdade de água do mais saudável, a água do Bengo de então..., nos dizer dos nome cientifico dos Mundele biológico do kalunga..., o tratar no saudável.., pópilas mano!
Num ter nunca o extinção pelo tuji do aspirador..., de não ser levado para as celha de cimento dos moderno criação atoa de jimbolo com os fermento, os glúten, os sacarose, pastilha nos bué rápido crescer engordar barrinha de escamas fraquinhas, barbatanas-guiador, e barbatanas leme..., Ai.iu.é, mesmo…
Ser feliz fazer os seus filhos na sua kubata de folhas de chá Príncipe do fundão que vai buscar no parar a respiração e trazer na kapanga da barbatana peitoral... PARA TI, QUE MUITO TE ADMIRO E QUE MAIS VIDA EM DIANTE O N´ZAMBI NO SEU OLHADO DO KOIILO TÃO BEM TE PROTEGE! ZECA2020030123H50 NA MINHA KUBATA
GLOSSÁRIO:
Luua - Luanda (diminutivo em gíria) Mocanda - carta; Mu Ukulu - Do antigamente; Atu/mutu - pessoas/a; Axiluanda - antigos pescadores de Loanda; Berridavam - fugiam; Dilulu - de sabor amargo; Kalunga - mar; Kapiango – roubo; Kianda - sereia; Kituku - mistério; Kúkia – sol (nascente); N´dandu – parente; N´dongu - canoa; N´gana N´Zambi - Senhor, Deus; Malembelembe - muito devagar, com cautela; Trumunu - jogo de bola de trapos; Undenge ami um moamba - minha infância de moamba; Uuabuama - maravilhoso Kuatiça o ngoma! – Toquem os tambores… Totem - monumento; Lellu – de cigano; katinga- suor, transpiração; Mundele, T´Chindele – branco; tuji – merda, excremento; Alembamento – casamento; kiavuluvulu – muito, por demais; ávilo – amigo; Kandengue – jovem, rapaz, pivete; Uaué!- Admiração; Tambula – atenção, ficar atento; Mufulame yê!!! Amam'ééé! – coisas do catolotolo; kuuaba – adorável; capiango - roubo; N`zimbu – Buzio, dinheiro; Vata – chefe, grande m´fumo; Kilunda – lugar; Kazucuta: Trambiqueiro, aldrabão, mentiroso, faz manigância; kianda – Sereia; jimbolo – bolo com farinha de mandioca; Kubata – casa de taipa; Kapanga –protecção; Koilo - Céu
MEDITAÇÕES DO T'CHING... Crónica nº 3007
Dia do PAI - Um nisquinho de vida num amorfo, fósforo...19.03.2020
O nascimento, é um perfume finíssimo mas, o da morte é um talvez de cheiro, mistura da arruda com xá caxinde...
Por
T´Chingange – No Nordeste brasileiro (de quarentena)
Aqui, no Brasil, na TV, só falam em usar o gel e lavar as mãos várias vezes ao dia. E, como é isso possível se a maior parte do bairro encavalitado no morro, comunidades de ruas em que só passam duas pessoas, que nem água tem! E, o gel que também é caro!
No “espaço da família” recente, na maternidade, reuniam-se alguns avôs, titios e titias, um ou outro priminho ou irmãozinho e alguns amigos. Laptops e celulares estão a postos, pois a instituição do bem-querer disponibiliza a transmissão em tempo real daquele momento glorioso: o do nascimento!
No instante em que o bebé chora pela primeira vez, viverá o ritual na passagem das mãos do médico para o colo da mãe, do pai e da enfermeira. Hoje dia do PAI, não pode ser assim; o chinavírus não permite isto!
Nestes dias, neste agora, nesta realidade, tudo tem de mudar até um vindouro dia destes, dominados num entretanto de incerteza. Até já ando com palitos nos bolsos para tocar nos botões do elevador porque o gel, ou não há, ou ficou super caro! Depois, queimo o suposto maldito na ponta vermelha! O amorfo, fosforo...
Estamos numa protecção de transmissão imperfeita e, isto de usar amorfos para contornar o invisível capeta, o chifrudo, não é de uma tecnologia perfeita mas, em verdade, é de ponta!
Isto não estava nos cálculos de ninguém nem tão pouco nos de Costa com Mário Centeno e seu superavit do M Puto, nos de Trump, de Bolsonaro ou do João Lourenço. O Mundo é agora uma ervilha sem curas transgénicas. Quando todos perceberam esta nova realidade já tudo acontecia...e todos, pouco puderam adiantar - Uma grande frustração!
Favela - África do Sul
Deste modo, a vibração e a alegria tão intensa dum nascimento, ficam incontidas perante as novas realidades, tornando-nos incontornáveis nos esforços de preservar a vida por mais tempo; de só mais um nisquinho!
Ao nascermos, não tínhamos ideia dos erros e acertos, desafios e conquistas que experimentaríamos nesta vida. Ainda nem eramos gente, note-se! Contudo, ao trilharmos o caminho da maturidade, eles, os erros, apareceram... E, foram muitos!
E, aí tivemos que fazer escolhas, tomar decisões cuja influência perdurou depois de atravessarmos o oceano da existência para chegarmos à praia do descanso. Muitos passam pela vida e deixam um rastro luminoso de influência positiva; outros nem tanto.
No entanto, há aqueles que tendo sido normalmente celebrados no nascimento, passada a natural comoção do seu desaparecimento, as lembranças de uma vida pontilhada de más escolhas, retornam ao lugar em que sempre estiveram - todos somos uma imagem…
No mais certo, pessoas, não discursarão em nosso funeral, um qualquer, pois que é perigoso; porém o mais eloquente discurso será feito por nós mesmos, paradoxalmente, no silêncio de nosso sono...
O tema deste discurso será a lembrança que as pessoas alimentam na mente delas sobre o que revelamos em nosso modo de viver. Uns dirão para terem uma Feliz quinta-feira na presença de Deus outras estarão com o capeta chifrudo... NÓS, EM DADO MOMENTO, SOMOS FÓSFOROS...
O Soba T'Chingange
A mente humana é demasiado periclitante… Crónica nº 3006
- Não vale a pena morrer de véspera… – 18.03.2020
Por
T´Chingange - (Otchingandji) No Nordeste brasileiro
Recordando-me quarenta e cinco anos atrás com uma pequena mala na mão com os meus documentos pessoais, alguns escudos angolanos, dinheiro de tugi mais a guia passada pela comissão organizadora de repatriação, uns quantos calções de zuarte, camisas e a família dita nuclear: Mãe, pai e dois filhos na flor da idade. Eramos quatro! Tudo o mais ficou lá nos caixotes que nunca chegaram. Deram-me 5.000$00 de borla, sem quererem receber o dinheiro macaco, angolares que para nada serviram; nem para limpar o fiofó!
Nunca esquecerei os primeiros dias após a chegada ao M´Puto, ano de 1975. Nem as noites, nem os dias seguintes, porque ainda hoje sinto a dormência pela forma fria como fomos recebidos. Tínhamo-nos só a nós, sem saber como seguir em frente - só havia incertezas. Os governantes omitiam-nos e até a própria família do M´Puto nos tratava com indiferença; preferiam andar ao peito com uma tal de Catarina Eufémia, coisa pouca mas, que tocou fundo!
Sem aquele calor próprio, inerente sentia-me displicente - ficou-me no corpo e na mente; gente do nosso sangue. Nessa altura não havia terapias de acompanhamento com psicólogos. Os sociólogos comentavam de longe com medo de se tropeçarem nas palavras… Uma Tristeza! E, muitos se foram, feridos, sangrados, percebendo que a estrada não é, nunca foi uma linha recta serena e aberta como pensávamos. Gosto muito das pessoas com quem privo, dos amigos, suponho que tenho muitos, mas isso sou eu a supor.
Neste momento eles, os amigos, encontram-se nas quatro partidas do mundo e detêm na ponta do dedo uma luzinha, quiçá feitos num ET que se assomam à vida e ao coração de cada um na forma digital. Já falei um coxito meus caros, gente do face que nem nunca senti seu bafo a não ser nossas semelhanças de vidas. Senti e sinto! Não excluo ninguém, mas não tenho já espaço e memória, a partir deste meu ximbeco do Nordeste brasileiro, para citar a todos. Não quero nunca é que se desentusiasmem da vida, desconsigam de analisar, sorrindo pela esperança, a sagrada esperança que é a vida.
Fiz batota, botei pontos e baralhei-me na sagrada esperança! É difícil entender esta gente inteligente e num mesmo dum ái, nem sei se tudo é sagrado e se há esperança. A Bolsa desaba... O Dólar sobe... Retalhista esperto, ganha...Chinocas mente rindo. Minoritário bobinho perde... Coronavírus deita e rola na carona (boleia…) ... A cada dia infecta e mata mais gente. Quem não está em pânico, no mínimo, anda preocupado.
A economia mundial foi quem primeiro entrou em quarentena. Desconfio que fizeram batota - alguém fez!... Depois nós, quarentamo-nos… Está, estamos contagiados pela incerteza. O Presidente Donald Trump já admitiu que os EUA podem entrar em recessão. The cow is going to the swamp? Parece que sim... E agora? O preocupante para nós dos PALOPS é que o Brasil tal como Portugal entra em um perigoso e inconveniente ritmo de parada, paragem mesmo!
Cancelaram meu vôo da TAP, amanhã é outro dia… Valha-me meu tio Nosso Senhor que tinha olho azul e também era carpinteiro chamado de José Loureiro. Este meu tio fazia pistolas tipo canhângulo e em madeira para brincar com os sobrinhos… Será que os idiotas da elite política e económica não perceberam que o modelo “capimunista” tupiniquim ou tipo Zé do Telhado se esgotou, com ou sem crise de coronavírus?
Se as imprescindíveis reformas na estrutura estatal não forem feitas o mais depressa possível, vamos afundar, ainda mais, em um processo autofágico, autodestrutivo. Lá e cá tal como cá e lá, cumcamano! A situação é insustentável. A guerra de todos contra todos é apenas o começo do terror psicossocial. Aqui, Brasil, os deputados e senadores já avisaram que não vão ao plenário diante da ameaça do Coronavírus.
Eles têm o apoio integral – e conveniente de Rodrigo Maia e David Alcolumbre. Merda para isto, andam a brincar com o povo, Noé? Nada mais “conveniente” em um momento de guerra entre Executivo e Legislativo (ou vice-versa). Tudo adequado para parlamentares muito bem remunerados que não queriam trabalhar muito, no qual a prioridade é ficar nas bases, e não em Brasília. Creio que no M´Puto a Assembleia Nacional de Lisboa vai andar balançando-se nos dias com o Presidente baralhado por sua máquina de selfies que já não poder laborar.
O mais assustador e intrigante é que os principais “líderes” mundiais não conseguem, até agora, apontar soluções sincronizadas para tantos problemas derivados do chinavírus, mas que, na verdade, são falhas económicas que estavam aí na prateleira, só aguardando alguma tragédia imprevisível para eclodir. Pois desaconteceu acontecendo! Até agora, os governantes e a midia foram excelentes em produzir pânico, histeria e insegurança. Meto num só saco o aqui e o ali – Brasile Portugal mas coma a balança a descair, e muito para o dito primeiro mundo- O M´Puto.
Como se diz aqui, estou de saco cheio do noticiário ao qual sou obrigado a assistir por dever clausto mas, concordo que instruam, que informem, que forneçam água a quem não tem! E, são tantos mas tantos que nem dá para perder a conta…Esqueçam! Escrever sobre esta crise é mais de álcool-gel. As paralisações são péssimas para todos. Até agora, fica claro que o falatório, as “fake news” e o clima de pessimismo com histeria nada resolvem.
Vamos ver até que ponto as pessoas aguentarão o esquema de “confinamento” em casa, sem convivência com grupos de amigos. Não pode dar beijo, não pode abraçar, não pode dar aperto de mão... Isto contraria nossas culturas milenares... Ainda não sabemos como, mas é necessário levantar a cabeça e seguir em frente, com ou sem mascara. Não vale a pena morrer de véspera. Optimismo realista, sem babaquice, nunca foi tão necessário... O futuro da medicina está cada vez mais próximo do presente pois no Panamá, já foi criada uma membrana que é capaz de desenvolver tecidos de pele, ossos e cartilagem… Cristo, por favor vem cá abaixo ver isto!
O Soba T´Chingange
MUJIMBO . CXIV
Meditação do T'Ching... Esta é a crónica nº 3005
T´CHIPALABOOK do “caronavirus” e suas implicações…. Nem Só de Pão vive a mulher! - Talaqualmente o homem... 17.03.2020
Por
T´Chingange – No Nordeste brasileiro
Vivemos hoje sob o permanente assédio da propaganda, algo sem precedentes na história humana. Sua artilharia troveja pesadamente, com força persuasiva. Para além disso dizem-nos o que comprar, usar, comer ou vestir, além de nos dizer o que é prioritário. Uns chatos!
A indústria da propaganda, ponta de lança do consumismo, criou uma lista enorme de necessidades falsas, que as pessoas buscam satisfazer. Exercite dizer NÃO àquilo que não solicitou e à força, lhe querem impingir. Há empresas especialistas neste tipo de marketing - é assim que lhe chamam! Deveria ser mentiring, Noé!?
Agora, teremos de nos cuidar, um chega para lá e pensar em nossas debilidades não respirando ares viciados e mentes desavindas, porque para além destes "ácaros" há os invisíveis "miruins". Miruins, feitos perdigotos que voam sem asas que nos querem roer a vida numa tossidela de um qualquer ou através dum corrimão... Cumprimente-se com o pé vestido de sapato. Se tiver a minha idade, 75 anos, o melhor é ficar em casa e pedir tudo pelo "microondas Android"...
Nada de paranóias mas, não facilite, converse pelo microondas chamado de celular ou tablet, o seu sansung e, ou seu Vodafone, mais essa caixa magica do Android... Por ironia, à medida que buscamos satisfazer as necessidades artificiais, criadas pela propaganda, mais vazios nos tornamos das necessidades reais. Em verdade o perigo da fome materialista é uma realidade...
Pois então, se “não só de pão vive o homem" porquê e para o quê lutará tendo hoje esta coisa ruim chamada de pandemia que sem vacina nos atormenta tanto? Pense! O que é que realmente é importante? De acordo com Cristo, questões espirituais devem ter precedência sobre as de carácter material. Em análise, as coisas materiais, embora várias delas necessárias, não podem satisfazer a alma humana.
A vida é muito mais do que as meras comodidades oferecidas no mercado. As pessoas que amamos e que nos amam são mais importantes do que roupas de grife, carros sofisticados ou móveis novos. Pense agora no sabão macaco! Lavar as mãos e a cara é muito importante, quando sair à rua ao chegar a casa e logo à entrada de casa colocar a sola dos sapatos ou chinelos numa mistura parte em cloro, e 5 partes de água … Use dinheiro em uma bolsa só para isto e ao usar logologo, a seguir, passar gel nas mãos e bolsa… Usar de preferência o cartão
Realmente não vale a pena ter aquelas outras coisas se, para obtê-las, sacrificamos o convívio familiar ou aquilo que é realmente essencial. Dê um compasso de espera e espere... Karl Marx, em sua crítica ao cristianismo, afirmou que “a religião é o ópio dos povos”. Estava errado! Necessita ter fé porque para Jesus, a verdade é outra mas, você tem de fazer a sua parte. O materialismo é o grande narcótico que anestesia as pessoas contra a realidade de nossa verdadeira condição, transitoriedade e mortalidade.
O mau uso da mente impede-nos de ver as coisas que realmente têm importância final. Em última análise, em nossa ânsia pelas coisas, estamos apenas correndo atrás do vento. De todo o modo lembre-se: no Universo, nos somos só uma imagem... O materialismo condiciona as pessoas a ver a vida presas dentro dos limitados horizontes da pequena concha em que se vivem, incapazes de perceber qualquer coisa acima desse nível.
Por desejarem sempre mais, tal insatisfação faz delas, pobres. Tudo o que o materialismo consegue é alimentar a espiral do desejo de aquisição, que é insaciável. Agostinho estava correto ao afirmar o seguinte: “Quem tem Deus tem tudo; quem não tem Deus não tem nada". Vale a pena acreditar neste sossego... Embora Este Deus na natureza, no seu todo não seja tudo! Você tem de colaborar. Reflicta nisto em sua luta pela vida sem se abandonar e, sem medos, faça a sua parte - cuidem-se porque o que tiver de acontecer, vai suceder... Que a Boa mão do TEU Senhor esteja contigo, bom dia! Boa Semana...
O Soba T'Chingange...
Agora que estou de range rede, sabe!
De caronavirus com Pitu, ciriguela na goela …17.03.2020
15.III – GINGA – Rainha de Angola de Manuel Ricardo Miranda – 2ª de várias partes
Por
T´Chingange - No Nordeste brasileiro
Últimos 3 Livros em cima da mesa da cabeceira, o criado mudo.
12 - O PADRE CÍCERO - Olímpica editora de Juazeiro - Amália Xavier de Oliveira...
13 –HUGO CHAVES – O colapso da Venezuela – de Leonardo Coutinho
14.II – GRANDE SERTÃO: VEREDAS – de João Guimarães Rosa
Em tempo de antigas cinzas, N´Zinga crescia. Com dez anos já subia de fraga em fraga em terras que ficaram místicas por sua causa – Terras de Pungo Andongo. Pois naquele ano de 1583 ela corria por carreiros estreitos entre as espaldas de penedias de granito com depressões de argila. Argila que no decorrer do tempo virava pedra. Assim saltando de pedra em pedra legou-nos suas marcas, pé de gente que a lenda da ficção tomou como legado de N´Gola. Um acervo que por lá, ainda se encontra como se fora um carimbo mwangolé das terras, reinos de N´Dongo do N´Kongo da Matamba.
Aquelas pegadas até que poderiam ser as minhas se, por ali tivesse andado descalço naquele tempo. Meus sentidos apurados nas depressões daqueles lajedos, acreditam que assim foi! Ela, N´Zinga cabriolando juventude, envolveu-me na ideia de que num certo talvez de “já estive aqui numa outra gestação”. E, assim peneirado na soma dos tempos, me fui tornando espírito pintado na exclusividade penetrada nos sonhos, das interrogações esvoaçantes.
Naquele um dia de três luas de muitas estrelas, alguns guardas reais filhos de Macotas Kilombolas, aprendiam de condição e obrigação aos desejos da rainha de muitos encantos de uma inesperada trepadeira mundondo. Trepadeira verde que num rápido envolvimento de crescimento, fazia e fez de si natureza, umas muralhas, uma fortaleza que enrijou na secura de trezentos e setenta e quatro anos. Bem na base, lá estará também uma outra marca de pé chispada nessa lama ressequida, um pé de t´chingange, a minha, a provar que num finalmente, não era tal fortaleza, assim tão inexpugnável.
Assim rodeando rachas com n´bondos a espreitar estes que foram trezentos e setenta e quatro anos, após ter ido a Massangano, senti tudo o que podia imaginar assim sentado, sentindo o mataco quente do lajedo aquecido pela kúkia num poispois de que assim tudo o teria sido. Elas, as pedras, introduziam-me a curiosidade de observar aquelas pequenas aves roliças ligeiramente acastanhadas que entre elas saltitavam na amostragem dos caminhos. Agora sim que vejo a N´Zinga M´Bandi N´Gola apontando lá do alto esse pássaro feito galinha a que chamava de “sanji” e que cantava ”estou fraca, estou fraca”… A galinha de Angola a que chamámos agora, de capota.
Entretanto N´Gola Kiluanji acomodara-se em Cabassa, bem no interior de seu reino. Resistir ao avanço dos portugueses era tudo quanto poderia fazer, utilizando os meios disponíveis ao alcance de seus monangambas para emboscar os invasores, os contratadores de escravos. Aos ambaquistas, pretos calçados, auxiliares que ajudavam os tugas, quando apanhados eram mortos de imediato sem piedade, coisa de nome que ainda nem sabiam o que e como era – piedade!? Isso! Aquela primeira guerra de kwata-kwata, era tarefa difícil porque os portugueses estavam melhor organizados e também tinham canhãngulos potentes.
O Rei Kiluanji aguardava uma embaixada do povo Libolo, que vinha das terras a sul do rio Kwanza; era um povo de origem bantu com dialecto próprio, amigos prontos a lutar do lado desta tribo de Cabassa. Estes, ao chegarem ao povoado, largaram num canto suas imbambas destacando-se da caravana dois musculosos jovens que com submissão protocolar se dirigiram ao Rei. Um deles, o Kanjila com voz firme falou: Estamos perante vós felizes por vos ajudar. Somos filhos de Ganzula, senhor do Libolo e, um grande amigo vosso.
Os Libolos, um grupo de trinta, eram altos, musculados, cabelos encarapinhados e feições de compostura negróide. Esse jovem na forma expedita de embaixador foi dizendo: Os tempos que correm não são os mais favoráveis para os nossos povos mas, os vossos inimigos, serão também os nossos; não nos deixaremos oprimir. Estamos aqui para não só fortalecer nossa amizade como dar lutas sem tréguas ao inimigo comum, os Tugas! Dito isto lançou um grito de guerra “kwata-kwata” que todos repetiram de forma enérgica.
Rebeubeu com pardais ao ninho, esta descrição é uma forma erudita de supor duma forma optimizada o que teria sido naquele então mas, o mais certo foi todos ficarem aos pulos que nem uns tontons zulus, bebendo marufo e cat´chipemba até perderem o tino. A disciplina não tinha contornos de gente formada na luta e, o mais certo era os portuguese aprisionarem uma grande quantidade de homens e mulheres, arrebatá-los como peças escravas e entalá-los numa cave bafienta como porcos, até chegarem à costa do Brasil.
Ficarem uns quantos dias na engorda em uma ilha litorânea e, depois serem exibidos para venda nos pelourinhos da Baia de Salvador ou em Olinda de Pernambuco. Nestes actos N´Zinga recolhia ensinamentos para dar comportamento de maior dignidade a seu povo num futuro próximo. Sentada num banco forrado com uma pele solta de leopardo não tirava os olhos daquele candengue Libolo que falou com seu pai. N´Zinga que já era moça espigada e, como todas as mulheres de instinto, procurava ler no fundo dos olhos daquele macho, magnetizada e até confusa. Florescia nela uma paixão ardente…
Para os Libolos os portugueses, seus adversários, eram os mais temidos mas, para além destes havia os jagas do interior, principalmente os de Kassange que de vez em quando faziam surtidas nos seus territórios semeando a destruição. Com gritos de guerra de kwa-kuvale aprisionavam muita gente que depois vendiam como escravos ou segundo relatos, comiam os mortos em combate e os mais velhos. Enquanto as mulheres faziam lavra, estes matumbos antropofgos, só pensavam em matar o vizinho. Pouco a pouco N´Zinga foi verificando isto e em lições com o Kimbanda doutor Kalandula, ia recolhendo valores de servidão ao futuro.
(Continua… Ginga IV…)
O Soba T´Chingange
T´Chingange - (No Nordeste brasileiro)
Como já foi dito, tive um encontro com Fala Kalado no meio de um grande vinhedo no território da Baía e, não muito longe de Juazeiro do São Francisco. Comi a melhor muqueca de que me lembre e do que perguntei, fiquei a saber que para além de peixe do rio Velho Chico chamado de surubi, tinha pitu, um camarão também do rio, delicioso. O molho era feito de óleo de dendém e admirei-me de em nosso repasto íntimo de recolhido, bebermos uma cerveja caseira ao invés de bebermos o vinho da casa Miolo de tão boa qualidade.
Pois desta feita reparei que esta figura passava por ali na azáfama de provas e, atenção de mesuras distantes com o General - deu-me um Ói simplesmente; num instante tirei ilações: de certeza que seria este o feitor desta cerveja deliciosa – eles, Kosovares, lá na sua procedência, no seu país, têm fama de fazer estas bebidas em qualidade superior; em verdade relacionei o nome da cerveja com seu nome, pois a garrafa castanha tinha um rótulo com essa mesma graça - Bento Patrinichi. Tenho de fazer estas triagens e deduzir sem levantar poeiras. FK nem sempre diz o que pensa e nem sempre diz o que sabe usando labirintos de segredos com incógnitas, como um nato sofista. Isso chateia-me sobremaneira e, ele sabendo, pior faz; estando com ele, estou permanentemente em pulgas… Falar com um vivo que já foi morto, não é pera doce!
Numa primeira curiosidade o vinho sobrepunha-se ao resto do que já me tinha sido dito, e foi neste capítulo que me deu algumas pistas tendo a ajuda de Rogério Rocha Pereira, um empresário de sucesso do Rio Velho Chico. Do que ouvi de Rogério, fiquei encantado porque em seus inícios usaram as barcas Santa Maria, Pinta e Nina, nas suas actividades fluviais; como é sabido foram os três nomes que Cristóvão Colombo usou em suas naus na primeira volta ao Mundo. No final de 2017, Rogério inaugurou o mais novo desafio: a Barca Vapor do São Francisco - barco que me levou à tal ilha da Fantasia com o Comandante Bartolomeu com quem dialoguei marinhagem…
Neste mini curso de manejamento de vinhos e conhecimento de castas, após a visitação completa, o grupo de Rogério da Barca do Vinho foi conduzido a uma sala de degustação moderna e climatizada para descobrir as regiões brasileiras produtoras de vinho e suas particularidades. Sendo assim minha harmonização enogastronômica subiu a outro patamar de conhecimento, entre outros assuntos próprios da azáfama e cultura de vinhos com a supervisão do enólogo da família, Adriano Miolo.
Em resposta FK disse: - Não! Tenho para ti uma tarefa especial. Necessito de alguém que superintenda as novas frentes de guerra: Gerir a produção de crocodilos, rãs, borboletas e caracóis! Ele sempre fala como estivesse numa frente de guerra, numa batalha e, até nem estranhei – já estava habituado. E, porquê eu, um kota ressequido pelo sol? Porque tu és um Mwangolé preto e, gente tal que só o somos dum espírito único! Mas, eu não ou preto…, Nem tu? Sim! O nosso pensamento sempre anda por lá e, queiramos ou não agora seremos pretos de coração zebra! Falou, tá falado…
A isto nada podia reclamar – notei sua orelha biónica tremer e disse cá para mim que o melhor era ouvir as falas e gerir meu silêncio de forma silenciosamente muda, mesmo! E, continuou: Tu, tal como eu és um Kwacha, já tiveste patente equiparada de Major quando foste Secretário das Relações Públicas depois de o teres sido também Secretário de Informação e Propaganda e até seres companheiro do Adalberto Júnior lá no M´Puto como Coordenador, edecetraetal – sei de teus atributos e estou agora como amigo a requerer tua intervenção.
Dizer não, nem pensar! Pois ele estava todo compenetrado em suas crenças e dissesse eu e agora algo de negativo cairia o Carmo e a Trindade! Falei: - Agradeço tua amabilidade mas, tenho de pensar até te dar a resposta de sim em definitivo. As palavras para FK teriam de ser medidas ao milímetro porque, qualquer desvio meu, poderia provocar uma revolução e eu, estava longe de abrir qualquer frente de combate; era sabedor desta psicose de levar a água ao moinho tornando-a suave o quanto baste no tempo. Iremos ver!
Meditação do T'Ching... - 13.03.2020
KIBOM é um sorvete!- BALEIZÃO era um gelado... KAICÓ é gelo com açúcar!
- Karl Marx também gostava de Kaicó! - Quarentena não é Quarteira nem Quarteirão...
Por
T´Chingange – No Nordeste brasileiro
Quarentena não é Quarteira nem Quarteirão...
Não raramente, ouvimos dizer sobre pessoas que acabaram vítimas de um grande prejuízo simplesmente por estarem onde não deveriam estar, em um momento impróprio. Fecharam as escolas do M'Puto por via de não se contaminarem com o capeta vírus COVID19 e, eis que numa variante não pensada, uma grande parte desta juventude e, não só, resolveram ir matar o tempo na praia do mar...
Eu, aqui de muito longe aflitinho da Silva e, os patriotas a curtir no bronze como se aí, estivessem imunes ou, nem nisso assim pensaram! Cumcamano, assim não brinco! Algumas, inclusive, curtiram farfalho de aconchego na curtição do beijo sem pensar que isso pode fazer perder a vida de alguém, que não eles - egoístas!
A singularidade de alguém que finaliza por um desagradável egoísmo de gozo não ponderado de qualquer outro também tem de ser crime. Estes, alguns, muitos "estudantes" terão de limitar seus impulsos para certas conquistas... O bom senso aconselha que se recebem o grande benefício de pensarem, se atenderá que “nesta guerra surda com um invisível ser, não há lugar nem hora certa para o fim acontecer".
Sem preconceito no conceito, poderia ser até correcto dizer-se, se não estivesse em causa a VIDA como controle e, na direcção de todas as coisas num crer sem ver, num ser sem o sentir... Num secalhar que isto, é lá com os outros... Pensamento vago ou acto irreflectido num valha-me Deus com assombro no desassombro e, tendo os mais idosos a olhar o além nesta nefasta atitude! Atitude que haverá de se condenar porque, os filhos de hoje, serão os pais de amanhã, Noé!?
Assim não brinco! Usar um horário que não o é comum porque a lei o dito, ir à praia a tapear a vaidade dum impulso, não está certo... As pessoas normalmente trabalham no cultivo da existência, na cidade ou campo, aonde quer que o seja, durante o dia ou noite e, por uma ocasião atípica, encontram-se numa estranha procissão...
Quem morreu? Pergunta sem obter resposta. Não chegou em tempos idos e, num rebuliço, uma multidão seguir três homens que seriam crucificados: dois ladrões e um inocente. Com rosto ferido, Sua aparência frágil denunciava a tortura impiedosa a que havia sido submetido. A multidão O injuriava! E, Este também o era, inocente...
Cristo, vem cá abaixo ver isto! Que país é este?
Que tipo de cruz nos vai ser imposto? Ninguém é sombra da graça para que tenha esse privilégio de espartilhar o peso do sofrimento aos demais, que somos NÓS TODOS!
O Soba T'Chingange
O PERIGO É AMARELO...
Kanimambo: é Obrigado em Moçambique...
XEQUE-MATE - Não me fio nos homens... Sexta Feira 13 .03.2020
Pensem com T'Chingange... No Nordeste brasileiro
Nos últimos dias, a China bateu muitos recordes, ganhou absolutamente tudo, US $ 20 bilhões nas primeiras notícias e comprou cerca de 30% das acções de empresas pertencentes ao Ocidente com sede na China. Xi Jinping superou os europeus e os democratas americanos inteligentes.
Ele jogou um jogo "maravilhoso" diante dos olhos do mundo inteiro. Devido à situação em Wuhan, a moeda chinesa começou a declinar, mas o banco central chinês não tomou nenhuma acção para impedir esse colapso.
Havia rumores de que a China nem tinha máscaras suficientes para combater o coronavírus. Esses rumores e a declaração de Xi Jinping de que ela está pronta para proteger os residentes de Wuhan ao bloquear as fronteiras levaram a um forte declínio nos preços das acções (44%) na tecnologia chinesa e na indústria química.
Os tubarões financeiros começaram a vender todas as acções chinesas, mas ninguém queria comprá-las e elas foram completamente desvalorizadas. Xi Jinping fez uma "grande jogada" nesse momento, esperando uma semana inteira e sorrindo para as colectivas de imprensa como se nada de especial estivesse a acontecer...
E, quando o preço caiu abaixo do limite permitido, ele ordenou a compra de TODAS as acções de europeus e americanos ao mesmo tempo! Então, os "tubarões financeiros" perceberam que haviam sido enganados e falidos. (Tarde piaste!)
Pois! Já era tarde demais, porque todas as acções haviam passado para a China, que naquele momento não apenas facturou US $ 2000 bilhões. Graças à simulação, tornou-se novamente o accionista maioritário de empresas construídas por europeus e americanos.
As acções agora pertencem às suas empresas tornando-se proprietários da indústria pesada da qual a UE, a América e o mundo inteiro dependem. A partir de agora, a China fixará o preço e a receita de suas empresas; assim, não sairá das fronteiras chinesas. Permanecerá em casa e manterá todas as reservas de ouro chinesas.
Portanto, os "tubarões financeiros" americanos e europeus foram tomados por estúpidos e em poucos minutos os chineses colectaram a maior parte de suas acções, que agora produzem bilhões de dólares em lucros!
Eles, aprenderam bem as manigâncias de engenharia financeira do mundo dito ariano. A Europa, com todos esses cérebros financeiros não vislumbraram esta falácia. Com esta moleza de trato vão ajoelhar e rezar - aliás, já estão – estamos rezando!
O mundo está roto! Chove como na rua... Você não se lembra de um movimento de golpe-baixo e "tão brilhante" na história do mercado de acções! ... Paga ZÉ - XEQUE-MATE!
O Soba T´Chingange
A mente humana é demasiado periclitante…
- Melhor mesmo, é ser governado por um POLVO – 13.03.2020
Por
T´Chingange - (Otchingandji) No Nordeste brasileiro
A mente humana é muito periclitante por via de sua permanente presença nas coisas que vê e analisa; assim pensando do nada, lembrei-me na muita inteligência que o polvo tem e o quanto nós temos de aprender com eles, no entanto comemo-los. A notícia, divulgada em Abril de 2016, de que um polvo conseguiu escapar do Aquário Nacional da Nova Zelândia surpreendeu muita gente mas, só veio a confirmar o que muitos cientistas já suspeitavam: que essa espécie é uma das mais inteligentes do planeta. Inky, o polvo evadido, aproveitou ter a tampa de seu tanque entreaberta e, durante a noite, conseguiu sair, atravessou uma sala até encontrar um ralo aberto e espremeu-se nele por um cano de 50 metros de extensão até chegar a mar aberto.
Não obstante, nós aprisionamo-lo, cortamo-lo em pedaços pequenos para serem comidos como tapas num tira gosto ou refeição num qualquer lar ou restaurante! E, será uma aberração quase fenómeno se um homem for comido por um polvo, embora na natureza isto se possa considerar normal segundo uma cadeia alimentar formatada em lista e segundo a lógica; não a que os homens estabeleceram como sendo a comum no estágio civilizacional; a que os paradigmas humanos estabelecem.
É assim que formatando-me nesta lógica no meu cerebelo com fumegantes ideias, me pergunto e interrogo do porquê um homem não pode comer outro homem no sentido lato e vernáculo da palavra. Os índios Caetês comeram o primeiro bispo do Brasil em Julho do ano de 1556 e, no churrasco com cerca de mais 80 homens acharam sua carne gostosa! Eu sei! Vocês não querem acreditar mas, ainda hoje a Santa Sé, cobra taxa de laudémio na região aonde o bispo Sardinha foi devorado - antiga capitânia de Pernambuco – Coruripe; na foz do rio São Francisco. Isto pode ser confirmado na Folha de S. Paulo (Consultado em 6 de Junho de 2018).
Até que era no prelado dos portugueses um sacerdote consagrado a Deus, mas o certo é o de que foi abatido e devorado como uma outra qualquer sardinha ou maça, junto de seus companheiros e tripulantes por via de um naufrágio. E, afinal o mundo não parou! Dom Pero Fernandes Sardinha foi sucedido na Sé Primacial do Brasil por Dom Pedro Leitão (1519-1573). E, só em 1928, Oswald de Andrade se utilizou do episódio para datar o Manifesto Antropofágico. Estas curiosidades levam-nos a rever os muitos comportamentos já observados nos polvos e dizer sem duvida que são muito mais espertos do que pensamos.
Por exemplo, observou-se que um polvo-comum (Octopus vulgaris) caça caranguejos levando-os para sua toca afim de os comer. Antes da refeição, no entanto, o animal catou algumas pedras para criar uma espécie de barreira e impedir que as presas fugissem. Estes e outros exemplos mostram que o polvo tem a capacidade de fazer previsões e de sequenciar acções. Em 2009, Julian Finn e seus colegas do Museu Victoria, em Melbourne, na Austrália, conseguiram demonstrar que polvos sabem usar objectos como ferramentas.
Um grupo de polvos-venosos (Amphioctopus marginatus) desenterra cascas de coco jogadas no mar e, em seguida, limpa-as com jactos de água; empilham cuidadosamente as cascas e carregavam-nas por até 20 metros para as usar para montar um abrigo. Finn chamou a atenção para o facto de essa movimentação deixar o animal mais vulnerável a predadores, por ser mais lenta e dispendiosa. "Isso mostra que o polvo está disposto a aceitar riscos em troca de protecção para o seu futuro". Não é deslumbrante!?
Pois! Isto é um mito de horrível e deslumbrante! Mas os Romanos que nos serviram de padrão em nossa civilização, que nos legaram as leis de justiça entre outras regras que perduram nos dias de hoje, faziam grandes festas no Coliseu para verem não só os escravos gladiadores lutarem até à morte, como e em seguida faziam subir em elevadores os leões, para correr atrás de grupos de cristãos, seguidores de Cristo; tudo isto para gaudio de toda aquela assistência bêbada de êxtase que aplaudiam essa tamanha atrocidade, gente igual a nós.
Quanto ao polvo, em um estudo subsequente, encontraram indícios de que transmite traços de sua personalidade à cria. "Essas variações de personalidade permitem que o animal aprenda e se adapte rapidamente". Também são muito bons em resolver problemas, pois têm diversas estratégias para atingir o mesmo objectivo, e utilizam primeiro a que for mais fácil, diz o pesquisador Mather. As diferenças entre o polvo e o homem são ainda mais fascinantes do que as semelhanças. Mais da metade dos 500 milhões de neurónios do animal concentram-se em seus tentáculos. Isso significa que cada um deles pode agir sozinho ou em coordenação com os demais. Nós não temos cérebro nos pés, eles sim! E, enquanto o cérebro humano é visto como um controlador central, a inteligência do polvo pode estar distribuída em uma rede de neurónios, um pouco como a internet. Isto nos obrigar a enxergar a essência da inteligência de uma maneira totalmente nova. Não mais comerei POLVO.
Quanto ao Coliseu dos Romano vemos Leões a descarnar literalmente, braços e penas de gente como nós, mulheres, homens e crianças e, aquilo era aplaudindo de pé. Não! Não acredito nos homens nem em suas leis! Hoje há novos Neros! Hoje há novos Hitleres. Eles andam por ai disfarçados de cinco estrelas mas são merda cursada em universidades, pagos por nós e que engravatados/as, falam bonito. O mundo tem de reagir a esta onda de gangues que se dizem partidos e que nos governam. E, governam porque nós os pusemos lá! Dá raiva, muita raiva e, creio que para isto só a pena de morte para os prevaricadores, poderá de novo dar tranquilidade aos de boa índole…
Acabe-se com esta hipocrisia de escalonarem o crime em função dos emolumentos que pagam a advogados urubus da sociedade, que fazem soltar criminosos reincidentes sabendo que o são! Que protegem ladrões para tirarem dividendos do saque. Daí a dizer e repetir que a vida está cada vez mais, mais perigosa. Eliminem todos os sofismas porque tão ruim é o que rouba ou mata como o que lhe dá cobertura de protecção! Sim, somos todos culpados porque tão ruim é quem faz como quem consente! Não podemos desculparmo-nos permanentemente como se andássemos a ser reconstruidos em cada dia que passa. Por tudo o dito, prefiro reger-me pelos dez mandamentos – são muito mais credíveis.
Posso imaginar o que diriam os comentadores da treta da televisão do M´Puto de hoje, num tempo de lá para trás, no assistir àquelas ditas mortes no Coliseu de Roma! Uma diversão macabra, a de então e a de agora, mais sofisticada… E, ainda por ressalva, comentadores que não servem de exemplo a ninguém porque eles mesmos são prevaricadores e, a gente sabe. Senhores do mando, tenham juízo, cuidado como nos usam, deixem-se de artimanhas e falácias. Casos!? Todos sabem, muitos calam, outos dizem: isso não é comigo. Um edecéteras e tal, que nos faz moerem a paciência. Arranjem um vírus para esta gente mafiosa até o cocuruto. Chega! Esta merda tem mesmo de mudar! Se o que vejo é democracia, vou ali a Peniche e já volto…
O Soba T´Chingange
EU E O FALA KALADO – PETROLINA . PE
NA ILHA DA FANTASIA – 10ª de Várias Partes – 10.03.2020
Por
T´Chingange - (No Nordeste brasileiro)
Devem recordar-se do telefonema misterioso do General (que por vezes só é chamado de Coronel, coisa que não gosta…) a convidar-me para ir a Petrolina de Pernambuco; pois bem isto já aconteceu - exactamente no recente dia da graça de 08 de Março de 2020. Recordo aqui como foi o caso na voz de FK – Fala Kalado. Nessa data especial composta de quatro dois e quatro zeros (02.02.2020), tinha de acontecer o inesperado e, sucedeu que meu celular telemóvel no exacto momento de sair para a praia, tiniu e retiniu esguichado de som.
E, falou: - Pois então, é pra te convidar a um encontro, não aqui em Garanhuns, por ora, mas em Petrolina, um lugar a montante da barragem do Sobradinho, no Rio São Francisco no Velho Chico! Eu sei, disse. E, porquê aí? Porque assim tem de ser; só vais ter de ir até à cidade de Marechal Deodoro para embarcares com meu velho amigo Kelerico o Tecelão. Falou na data e de como seria, assim e assado. Tudo por minha conta, referiu (o tanas, nada de fiar…). Que mais poderia fazer a uma quase ordem na forma enganosa de convite.
Pois então, ajustei-me com Ricardo Keller, o Tecelão na via WhatsApp; Ricardo com aspecto de alemão, alto e louro de cabelo pró branco pela idade, cursou de licenciamento na Suíça e, tudo nos trinques, no pago eu pagas tu, na mira de tudo recebermos do Coronel que agora só quer ser de General, lá fomos na beirada do São Francisco num percurso de mais de oitocentos quilómetros, pista boa mas muito cheia de cabras atravessando, também burros e cavalos.
Só faltou ver aquele tal de padre com seus petrechos, escapulário e cruz na imagem da igreja, seguindo passo lento ao som da bandinha de música como se todos o fossem de uma nação Maracatu…Dia 08 de Março 2020 – Neste dia FK ficou invisível... Quersedizer, não quis ser mostrado em nenhuma foto; lá terá suas muitas razões para andar com uns óculos relampejando cores fosfóricas como aquele cantor Tuga portuense Pedro Abrunhosa!
E, eu não sou louco para contrariar sua vontade e, logologo na ilha da Fantasia no meio do Rio Chico entre Petrolina de Pernambuco e Juazeiro da Baia... Claro que isto tem muito de verídico porque é uma estória vivida na Fricção rebolada e elaborada na areia feita ouro daquela ilha que nem sempre o é. Quando a água sobe a ilha fica só água com a kalunga das lagoas geminando sapos às ordens de kiandas...
A vida é uma experiência feliz. Sabemos que, às vezes, o céu de nossa existência escurece, e nos deparamos com dificuldades insolúveis, sendo tentados a duvidar. Nesta Fricção de quase tudo ser meia mentira ou se o quiserem, meia verdadeira. Eu estive lá noé!?... FK não quer ser visto, nem com óculos psicadélicos... Já estive com ele! O General emérito! Foi uma grande alegria na companhia de uma moqueca de surubim com camarão em molho de dendém...
Aonde podemos encontrar respostas para nossas indagações, quando temos a sensação de que nossas inventações não podem passar sem levar um crivo de realeza? Quando parece não haver solução, a saída é esperar na companhia dum frisante branco, miolo Sauvignon Almadén com o espírito de São Francisco... De um vale com muitas uvas, várias castas e com duas safras anuais - explicarei mais tarde; agora não tenho tempo!
Isto significa ter paciência com o matumbola de um passado alternado entre ser vivo ou morto com um presente que nos aguarda no futuro; uma fantasia de fazer por nós o bem que nos falhou no passado! Misteriosamente FK disse que Deus tem um plano para cada um de nós a ajudar-nos a esperar no que vier! É assim, vamos numa de ou mato ou morro! Já experimentei isso e fugi pró mato. Este fulano do FK neste plano, pode ser - acho que é um meio às provações, ele quer ser quase um deus tornando-nos instrumentos para passar à estória na glória.
Vou ter de descrever isto com algo de novidade, Noé!? Fala Kalado, afinal tem um império que eu desconhecia! Tem muitos hectares de várias castas de uvas. Tudo alinhavado em quarteirões, num lado é Outono e noutro é Primavera; o Grenache com Syrah mais o Mourvèdre que faz um vinho 5 estrelas - tinto seco e, o frisante Verdejo… Surpreendeu-me! Eu vinha ao encontro desse cacto da Welwitschia Mirabilis e esse tal de escaravelho e deparei com outras coisas; milagres de gota-a-gota, uvas verdes com outras ao lado prontas a deglutir num deserto designado de Sertão com caatinga e carcarás... Isto é quase um milagre! Assim como um juvenescimento inclinado de abelhudice.
De facto, isto aconteceu como um milagre, um vive num descuido prosseguido. Talvez por isso ele, o FK, tenha referido José que nunca imaginou governar o Egipto. Sua jornada de provações o levou a esse posto para saciar minha (e, dele) sede de conhecer alguns fenómenos do mundo - num Sertão, agreste também, plantar uvas que dão bom vinho... Mas, FK, não pode passar à frente de Deus, nem atropelar seu caminho, nem que o fora Coronel ou General; mas, o certo é que, o que vi aqui, é uma concessão de bênção estranha graças ao rio Velho Chico (penso eu!?)... Em verdade o General Fala Kalado disse e, eu ouvi: O Senhor dá mais do que pedimos ou pensamos. Ainda estou a matutar nisto! Até que pensava que ele era um ateu…
O Soba T'Chingange
MULOLAS DO TEMPO . 8 – 01.03.202O
Nós, bazungus no lugar da N´Kwazi (águia pesqueira) – NINGUÉM É SANTO
Óh mundo de túji e, ainda temos de atravessar a Zâmbia para chegarmos à Tanzânia…
- 03 de Outubro de 2018 – Quarta-feira …
Por
T´Chingange – No Nordeste do Brasil
Estávamos no dia 03 de Outubro do ano de 2018; o 13º dia da odisseia haja paciência – Potholes - ninguém é santo. Aqui nesta profunda áfrica, antigo seleiro chamado de Rodésia que Robert Mugabe herdou, tudo é imprevisível – afinal para se chegar ao paraíso lá teremos de atravessar o purgatório pagando sempre na moeda verde, lisa e limpa como mandam as regras de fronteira. Depois de termos saída da rondável do Hwange Park, Dy Vissapa e esposa Gui, reclamavam dos tachos e panelas de alumínio tisnadas de sebeirosa gordura como se não soubessem o que iriam aqui encontrar…
Efectivamente aquilo eram pratos de alumínio parecidos com chapéu de pobres amarrotados muito pior do que aqueles saídos das trincheiras da segunda guerra mundial ou como os que servíamos comida a nossos cachorros. Algo lamentável em verdade! Mas, eles, como angolanos de papel passado e exibido a qualquer pata rapada, um qualquer bafana seu BI, deveriam ser mais tolerantes com esta pobreza que para mim já era uma firme característica.
Sucede que para eles, assumidos africanistas, só não caiu o Carmo porque não havia Trindade dando louvores a Ian Smith. Escusado será dizer que não utilizamos ali qualquer tipo de talher nem qualquer outro serviço. Ali o preto, era mesmo eu que comia qualquer mistela sem os requisitos mínimos das três estrelas do cardápio “Michelin”- isto incomodava-me! Por via desses escrúpulos nem provei o minúsculo peixe guisado com tomate de nome t´chissipa e, que se via em muitas bancas dos mercados situados ao acaso e, ao longo das estradas.
Não é por acaso que só passados dois anos, transcrevo minhas pequenas angústias a suportar coisas esquizofrénicas - eu que em candengue comia funje formando bolas à mão e molhando depois no dendém conjuntamente com trabalhadores das obras lá no Rio Seco da minha Maianga… Bom! Vamos aproveitar e comentar o lado bom porque senão e com esta rezinga, lá terei de chamar esquisitos aos companheiros mwangolés brancos. Por me considerar humilde quanto baste comecei a reclamar afirmações de frescura e até a ficar farto de assim ser, humilde.
Mas que é isto! Também em outro tempo lá no Uganda do Idi Amin Dada, um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979, alterou seu título de presidente passando a ser “ O Conquistador do Império Britânico em África no Geral e o Uganda em particular”. Foi o que mencionou minha empregada Mary de Kampala depois do descrito. E, eu o Soba T´Chingange a fazer mala, dia sim, dia não, a beber chá rooibos com bolacha “rust”, prisão de ventre e caganeira para prosseguir à boleia dum sonho, com umas quantas cuecas e umas quantas flanelas metidas em uma mochila camuflada.
Mas, diga-se que ouve coisas bem desacostumadamente bonitas tais como os cantares matinais no lugar de M´Libizi dos trabalhadores; de vozes ordenadamente religiosas que se sentiam em tons bonitos de ouvir – cânticos africanos dirigidos a N´Zambi. Seguiam-se-lhe palestras de como quem descreve um canto com conto e mais um ponto do Evangelho com dissertações – e o silêncio também se fazia sentir ali aonde me encontrava. A neblina do Lago Kariba dava notoriedade a este ambiente das sete horas matinais!
Minhas bikwatas e imbambas, resumiam-se a uma lanterna, canivete suíço, binóculos, alicate multifunções, o telemóvel, o GPS, 3 livros de leitura, um cadernos de contas, outro de apontamentos, um serrote extensível, lápis, canetas e marcadores mais pequenos pedaços de papel a cores para apontar tudo o que fosse conveniente. Pois! Um tira e mete, um mete e tira e anota; coisa chata mas importante porque a cabeça tem de ficar suavemente aliviada de tanto nome e quilómetros mais referências.
Isto está a afundar, dizia o rodesiano à frente do conjunto de chalés situados na encosta do Kariba. Todos são unanimes em o dizer e logo depois da destituição do presidente Roberto Mugabe, a múmia imperial. Todos os brancos contactados de aspecto bóher são unanimes em dizer isso o que me leva a perguntar: Será assim que os dirigentes destinaram ao branco – afugentá-lo paulatinamente por meio de leis e práticas nitidamente persuasivas do género “ou vais ou nós te levamos” sem se saber qual o destino…
Anotei em meus cadernos uma restrita lista de animais existentes na reserva Hwange National Park e, aqui as deixo para um qualquer dia, alguém as poder rever: Lion, chetah, leopard, wild dog, bat-eard, hyena, jackal, eland, kudu, waterbuck, sable, hippo, wite-rhino, elephant, bufalo, giraffe, zebra, wildebeest, warthog, baboon…; Pássaros: Secretary bird, laughing, dove-ground, horn bill, red-billed, francolin, crested barbet, saddlebil-blue, waxbill, yeblon, billed hornbill, red-billed teal, blacksmith plover, carmine, bee-eater, bateleur, crowned crane crimson, breasted shrike, hamerskop, witle, bached vulture.
Árvores: Plerocarpus angolansis-mukwa, temindia serricea-silves terminales, colophos permum mopane-mopane, baikiaea plurijuga-teak, banhiria petersiana-wite, bauhinia, acacia erioloba-camel-thorn, coubeturn herenoense-russet bushwillow. Só menciono parte do que consta em gráficos; em verdade existe uma extensiva exposição a que só mesmo os entendidos irão dar algum valor e, é por isso ser esta uma curiosidade a ficar em registo.
A noite de 3 para 4 de Outubro foi passada no mesmo local aonde já tinhamos estado, o Rest Camp Victória só que em uma outra antiga casa do antigo bairro de trabalhadores que por ali permaneceram quando da construção da ponte férrea e rodoviária sobre o rio Zambeze e, que liga o Zimbabwé à Zâmbia. Amanhã dia quatro, lá teremos de levantar kwachas do banco com nossos cartões para mantermos despesas pela Zâmbia; Lá teremos de gastar os últimos cartuchos em dinheiro de fingir mas com o nome de dólares; Três pedras empilhadas nas notas também verdes, para substituírem uma qualquer figura de presidente.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA