TEMPOS ARREFECIDOS – 29-05.2020
E, nós aqui no covidamento, como uns moiros de cara tapada, escondendo as lacunas que, os impostos nos irão impingir no esqueleto com se fora energia exogénica… Meus dentes já abanam todos, de tanto mitigar ansiedade futurista…
Crónica 3027
Por
T´Chingange, no Sul dos Al-Garbes
Como diz a sombra esquerda de Saramago, o tempo não é uma corda que se possa medir nó a nó como faziam nossos antigos marinheiros para definir profundidades em batimétricas; é uma superfície oblíqua e ondulante, dependente da memória. Uns têem, outros dizem ter, outros, é só de faz-de-conta fingindo que sabem mais do que Zaratustra ou Nostradamo. O sol, o ar, a água, e a terra, têm de ser considerados permanentemente parte de nós. O corpo é em verdade o pára-choques das emoções tendo entre outros males o medo, como um veneno mortal. Vivemos momentos de medo, de imposições e uma baralhada de novas posturas, e assim mais assado, fique ali e… tudo como se tivéssemos quatro anos e, perdidos dos pais.
O sol é a verdadeira fonte da vida e, ao invés do que alguns conceituados doutorados dizem, ele não é prejudicial; não é o sol que provoca o câncer de pele mas sim os muitos venenos que ingerimos sendo queimados ao serem expelidos para ela. Ando a ficar mouco e até estrábico de olhar para a televisão a ouvir e ver coisas que não pensava; Para ver melhor, subi minha bitola colocando um calço de cortiça para definir melhor os contornos. Ora vivemos em bicha de pirilau como se estivéssemos a treinar para uma guerra, ora mandam-nos ficar em quadrados num aprendizado de novas geometrias. Uma aprendizagem precoce quanto baste para no tontear a mioleira.
Isto é mesmo uma teoria de conflitos que só sairá com cromoterapia e acupunctura desde os calcanhares à frontalidade do templo – nossa testa. Ontem espetei um pico no dedão do pé, ali ficou a fazer-me a cura de vamos-ver-o-que dá, se minhas defesas linfáticas e limbosféricas estão nos conformes com o gráfico da curva e, considerando sempre que a terra feita argila, tudo cura…Manter a alegria acima de certo limite é crime, retira a orientação de coragem ponderadamente equilibrada. Mas, abaixo de certo calibre entre uis e ais ou um silêncio mudo, a máquina pára – sepulcra-se!…
A terra na forma de argila é um laboratório de vida porque purifica, regenera e dá energia. Repito: corpo é em verdade o pára-choques das emoções tendo entre outros males o medo como um veneno mortal. Teremos por isso de nos fixarmos na fé, uma qualquer que contenha hídroxicloroquina sem aquela inquietude de afligir o próximo, de que dá, num dá, mas pode ser! Ou ficar nesse estranho silêncio, uma forma de ver o princípio do nada e lerpar!
Ou então esperar sentado, as mudanças no tempo e suas modas; adaptando-nos ao luto de preto ou branco enquanto não houver uma droga eficaz retirada da raiz da Welwitschia Mirabilis – talvez, digo eu! A nova medida deste tempo covidesco é o “talvez”. Tanta tecnologia de ponta que até desaponta… Andam a curtir mortes, picos e curvas com teorias georreferenciadas no Bill Gates e outros filantrópicos muito carregados de anfetaminas para curtir seu sono. E, o pessoal num desespero a ver lerpar os kotas mais-velhos com os dentes a abanar, sem tesão de vida para erguerem sua moralidade, a mijarem-se todos pelos retentores descalibrados ou frouxos. Pópilas, assim não brinco…
E, porque se diz que a justiça é cega e surda, pelo que se sabe também anda meia calçada e meia descalça para fingir que agrada a humildes descamisados e ricos encoirados. Como se a coragem fosse também uma medida de orientação pois a todos se diz para seguirem no caminho certo, mas ninguém sabe o rumo, ninguém sabe qual o azimute. Estamos lixados, entregues à bicharada! Pelo sim pelo não, usamos amuletos da sorte para nos enganarmos nas figas, no corno, na meia-lua, na estrela de David penduradas ao pescoço ou uma ferradura velha de burro.
O místico, junta-se com a Cruz e o Cristo numa caixa, asfixiando-O o tempo todo e, sempre picado em sua coroa de medonhos espinhos com um credo na ponta das falas, uma cruz e credo com interrogação e exclamação juntas sem obedecer a qualquer confinamento. O ar inteiro repleto de informação em excesso, torna-se coisa teimosa, ora viçosamente manuseada ora ficando solidamente concreta. Pelo sim e pelo não, também tenho uma ferradura de burro manco pendurada por detrás da porta da dispensa mas, estou em crer que deveria estar bem á mostra por via do mau-olhado, esse tal de xicululu ou olho gordo.
Passando da alegria horizontal para a vertical, cada qual festeja sua sombra e seu quadrado, por vezes círculos num vazio salvador pensando que o mal, se o houver vem limpo com álcool gel, água sanitária, sabão macaco; num repente o mal elimina-se limpando e é ver todo o Mundo esfregando corrimões, alavancas, caixas e espelhos com caixilhos, mais vidros e pisos; No Brasil a noite não passa, a manha vem, vira tarde e de novo o sol apaga a terra, as casotas mal enjorcadas, a favela, o mukifo aonde vivem famílias de muita gente sem torneiras, sem água nem aonde cagar! Eles, sabem disto mas Bolsonaro é que está a mais, não eles! Sempre a mesma merda de política a desviar milhões - os comilões.
Tem gente neste aborrecido Mundo, que matam só para ver alguém fazer careta; também não queria acreditar até que um dia captei: Cada homem é um mundo que tem que ao tempo, dar-se-lhe tempo na descoberta de pegadas, cheiros encarquilhados, suor de catinga numa densidade molecular desconhecida. Nem nos anos da leitura de carbono irão desbravar as ondas de crimes de colarinho branco, rusgas e detecção de contas surpreendidas. Serão sempre eternos vaga-lumes que darão luz até que se prescreva seu passado.
E, se Deus salva as almas, e não os corpos, teremos de ser nós a resguardarmo-nos porque nem sempre é necessária a culpa para se ficar culpado e, embora o Senhor esteja em toda a parte, é de ter em conta de que Ele às vezes parece não olhar para nós; Assim distraído, lá teremos por isso de nos fixarmos na fé do catanas ou dos calhas com sorte, sem aquela inquietude de afligir o próximo. Cá por mim que sou Niassalês de coração, sempre ficarei na duvida de que a lei se cumpre em plenitude, pois que que são os julgadores juízes que agora estão a ser julgados. Por enquanto só são arguidos mas, já sabemos que andou por ali mãozinhas estranhas a depositar às mijinhas parcelas de somar milhões.
O Soba T´Chingange
VIVA SIMPLESMENTE! - MÊS DE ROSAS -21.05.2020
Tempos de “covidamento” – um termo novo demasiado repentista
Por
T´Chingange – A Sul do M´Puto
A simplicidade é uma virtude que anda de mãos dadas com outras. A ela, estão ligadas a franqueza, naturalidade e transparência dos nossos actos, embora nos dias de hoje nos deparemos com muita hipocrisia, muito faz de conta porque ser-se pobre, é doença. Infelizmente a sociedade e, num repente, vê-se ainda mais pobre e, medindo o tempo em uma nova medida: o “COVID 1,5 m” – a distância do medo em metros.
Nada de lamúrias! Isto, até parece trafegar na direcção contrária ao pensamento hodierno, que nos impõe a ideia de que o melhor da vida se resume no acúmulo de coisas e na sofisticação do comportamento de parecer ser o que não se é... Agora, neste repente os paradigmas mudam por vontade alheia e ainda desconhecida.
Esta falta de paz, origina excesso de ansiedade a todos mas mais a quem se mente, a quem nos mente, originando prejuízos colaterais, que tendem a aprofundar-se em esquizofrénicas atitudes... Estes são apenas alguns resultados pouco queridos mas, que podem ser colhidos numa prática de uso e, num vulgarmente.
Estas pessoas, (talvez todos nós), necessitarão reencontrar o caminho da simplicidade que nos liberte dessa pressão consumista. Num qualquer dia, adentra-se permitindo tirar-lhe ou tirar-nos a paz de espírito e, de depressão em repressão, ficar-se com as ideias frouxas, passado dos carretos, correia de transmissão e pneus carecas… (uma comparação metafórica…)
Contudo, há o risco de se levar a simplicidade ao extremo, associando-a à conduta ascética, de renúncia dos recursos que conferem relativa qualidade à vida. Muitos moradores de rua não querem voltar para casa; incompreensível - mas, alguns, o dizem! Talvez por um orgulho demasiadamente pisoteado.
No livro dos livros é dito que o Senhor falou ao povo: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Estas falas eram no sentido de ajudar a colocar as coisas materiais em sua verdadeira perspectiva. Permitindo assim, possuí-las na medida em serem úteis para seu, nosso bem-estar e, sem deixar que elas nos possuam ou nos escravizem.
Portanto, segundo estes ditames, devemos exercer vigilância, a fim de que o interesse pelo material não seja um obstáculo em nossa corrida na busca do que nos satisfaz espiritualmente. Podemos sim, ser libertos do labirinto das coisas por modo a encontrar a verdadeira alegria na simplicidade que a Natureza nos transmite neste mês de rosas, cravos e papoilas confinados ao aperto da casa. Uns dirão: na providência que aquele Nosso Senhor nos conceder, mas talqualmente, cada qual tem de fazer sua parte. Porquê? Porque Aquele Senhor tem mais em que pensar!
Pois é! Mas a sociedade sempre é cobiçosa. Ele (alguém feito gente) está rico! Um outro - alguém o diz! Só porque comprou um carro novo e sempre gasta dinheiro na compra de dois sacos de pipocas para dar às pombas lá na praça do Restelo. Quanta dureza de má-língua nessa expressão de descontentamento nas coisas simples que podem fazer alguém feliz! Alguém já velho no suficiente do tempo. Precisamos aprender a viver contentes e agradecidos pelo que temos sem cobiçar o alheio! Sempre é tempo de se formatar num novo princípio…
Tenham um bom fim-de-semana!
O Soba T'Chingange
T'Chingange - A Sul do M'Puto
Todos os dias, bem cedo, apanho folhas da minha anoneira, depois vou-as amontoando na churrasqueira para servir de acendalhas ao resto do madeirame, pedaços de troncos de chinguiços que corto e ali ficam feitos monos a secar ao sol com a finalidade de assar as sardinhas do meu mar! O objectivo é fazer brasas na suficiente quentura para assar o sável, um peixe de rio parecido com a sardinha, mas muito maior! É a primeira vez que irei provar tal peixe...
Olhem! Todos esses anos tenho trabalhado pra caramba e tudo indica estar semi-pobre por nunca desobedecer às leis regentes. Afinal de que valeu não ter ficado com um frasco de diamantes, coisa da terra, só porque a lei determinava e até dava grandes punições a quem descumpria. Juro que se voltasse atrás seria também e agora, um descumpridor. Então, li que um certo homem muito influente na comunidade de fé caiu em pecado provocando um impacto tremendo entre sua família e gente conhecida! Não! Não é Socratas, esse tal que foi primeiro ministro do M´Puto.
Sempre há pessoas com critérios particulares de justiça no trato com pecadores. Muitas vezes, sentindo-nos superiores à luz dos próprios feitos, olhamos com desprezo aqueles que deveriam ser alvo do amor. Nós que somos feitos à imagem de Deus teremos de nos tapar, embora que parcialmente porque desobedecemos pela certa aos motivos sagrados. Só pode ser - andar de máscara como se fosse um Zorro salteador, noé!? Mas e afinal, nosso corpo não é só nariz ou boca, também temos pés; mas, a eles nem a sexta-feira se distinguirá do sábado ou domingo.
O perfeccionismo legalista em contraste com o sorriso da graça em conviadamente, palavras novas, viramos uma gota de tinta que cai e mancha. Na duvida todos seremos gente infectada que tem de obedecer ao parcelamento da fila. E, muitos nem sabem que são manchas e que na dúvida em um qualquer outro sitio aonde as carências são notórias haverá outras filas a somar quilómetros para receber comida, um cabaz - as novas distâncias comprimem a modos disciplinados as pessoas para receber sacos com comida!
Abro a janela, o loureiro cresceu, tem rebentos novos. O loureiro é árvore com quem falo, fecho a janela e noto na lesma em pijama entrar no meu domínio de casa! Tal como eu ela, a lesma parece falar comigo dizendo: amigo para quê a vaidade feita beleza se usamos pijama durante 24 horas! Mais acima uma osga repimpada, gorda com uma bicicleta ao lado como que me desafiando a dar uma volta... Pois, assim seria mas, o medo! Olha osga, não posso! Meu centro de gravidade está deslocado...
NAS FRINCHAS DO TEMPO. Tempos de cinza
O risco da vida que, por coisa pouca muda nossas vidas…
Crónica 3024 - Meditação do T'Ching -17 de Maio de 2020
Por
T'Chingange - A Sul do M'Puto
Em um desses momentos nublados, às vezes, olhando o Mundo pela janela, atribuo a intromissão de Satanás nos acontecimentos maus que nos afectam. E, assim vendo os loendros dando flores de cores variadas converso com os ramos da amendoeira, bonita de verde e com amêndoas inchadas.
Lá nas alturas ouço um helicóptero zumbindo suas pás na direcção do deserto glorificando a sapiência humana que cria métodos no seu poder, de mudar as coisas, de estudar as lesmas, os ácaros e os aparentes e frágeis fios que suportam a aranha.
Aranha que ali fica horas a fio até que apareça o almoço. Acho que não foi Satanás que lhe concedeu estes poderes. Mas, então esta faculdade, foi lhe dada por quem? Conversando com meus botões, procuro no livro dos livros as metáforas ligadas por missangas de muitas falas...
Deus, já me havia concedido provas de que na natureza tudo tem um tempo e que este foi encaixotado numa máquina a que chamaram relógio. Não falei com Ele no discurso directo mas tive a premonição que ele tentava alinhavar meus zingarelhos do cerebelo.
Juntando meus estralhos, adjunto outras direcções para entender se os alhos com bugalhos são um remédio eficaz para eliminar um bicho feito gelatina invisível e com esporos que furam nossa paciência, estragando os negócios do reino, parando tantas nações. O maldito COVID 19.
Uma minudescência que ninguém consegue matar na suficiente perfeição. Isto é obra de quem? Do homem, do Satanás, de Deus? É um castigo às nossas promíscuas relações entre gentes, entre ideias, entre ideais!?
Isto não é pecaminoso? Embora advertido por falas silenciosas, sobre a resposta do desagrado divino sobre as nações, revejo - me um inocente ser, indefeso quanto baste para me colocar numa duvida: “Pequei muito!” - pecamos muito, Noé!?
A David do livro dos livros, foram dadas três opções de castigo: duas por meio de inimigos humanos mas, a terceira foi diretamente do Senhor. David, familiarizado com as guerras e a impiedade humana, entendia que, mesmo sendo castigando por Deus, Ele era infinitamente mais gracioso...
É sempre assim! Para tudo Nós queremos ter uma explicação; se calhar não a merecemos, Noé!? Somos propensos a assumir o papel de juízes implacáveis em relação a nossos semelhantes, enquanto Deus mescla justiça e misericórdia em Seu trato com eles e connosco. Pópilas! Exactamente da mesma forma em como eu junto imbambas, estranhos com zingarelhos!
Estamos sempre julgando e condenando pessoas, sem nos preocuparmos em calçar seus sapatos e, de seu ângulo, avaliar tudo quanto as afecta. Bem! Cá para mim isto começou nos Chinocas, ponto final! Pois! Mas nós somos interesseiros em nossas atitudes, sim!
Professores não se lembram de que foram alunos, patrões se esquecem de que foram empregados e cortam na escassez. Mas, na abastança ficaram com o todo, Noé! Gente que apregoa aos ventos seu Deus, omnipotente e justo mas, na hora do "para mim", aDeus! Só seus interesses contam - Hipocrisia, Noé!?
Pais perdem de vista o tempo em que foram filhos. Em um conflito interpessoal, assumimos posição de um lado sem ouvir o outro. Mas então se somos moldados pela disciplina de Deus, deveríamos sentir o afago restaurador da misericórdia, Noé!? Vou ali, já volto...
O Soba T'Chingange
PONTOS DE VISTA - Aqui no M´Puto, continua a aprofundar meus conhecimentos descodificando as origens da mentira…
MÊS DE ROSAS … 16 de Maio de 2020
Crónica 3023 - Pensares do T'Ching...
Por:
T´Chingange – A Sul do M´Puto
A simplicidade é uma virtude que anda de mãos dadas com outras. A ela, estão ligadas a franqueza, naturalidade e transparência dos nossos actos, embora nos dias de hoje nos deparemos com muita hipocrisia, muito faz de conta porque, ser-se pobre, é doença.
Nada de lamúrias! Mas, isso parece trafegar na direcção contrária ao pensamento hodierno, que nos impõe a ideia de que o melhor da vida se resume no acúmulo de coisas e na sofisticação do comportamento de parecer ser o que não se é...
Esta falta de paz, origina excesso de ansiedade a quem se mente, originando prejuízos colaterais e, que tendem a aprofundar-se em esquizofrénicas atitudes... Estes são apenas alguns resultados pouco desejados mas, que podem ser colhidos numa prática de uso permanente.
Estas pessoas necessitam reencontrar o caminho da simplicidade que liberta dessa pressão consumista porque num qualquer dia se permitira tirar-lhe a paz de espírito e, de depressão em repressão, ficar com as ideias frouxas, passado dos carretos, correia de transmissão e pneus carecas como se fossem feitos máquinas, autómatos…
Contudo, há o risco de se levar a simplicidade ao extremo, associando-a à conduta ascética, de renúncia dos recursos que conferem relativa qualidade à vida. Muitos moradores de rua não querem voltar para casa; incompreensível sim mas, alguns, o diz! Talvez por um orgulho esganiçadamente pisoteado.
No livro dos livros é dito que o Senhor falou ao povo: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Estas falas eram no sentido de ajudar a colocar as coisas materiais em sua verdadeira perspectiva embora nesse tempo ido, muito antigo, não houvesse 3D em perspectivas de mais um 5G. Pois, permitindo assim, possuí-las na medida em serem úteis para seu, nosso bem-estar e, sem se deixar que elas nos possuam ou nos escravizem; isto enquanto dois mais dois forem quatro!...
Portanto, segundo estes ditames, devemos exercer vigilância, a fim de que o interesse pelo material não seja um obstáculo em nossa corrida na busca do que nos possa satisfazer espiritualmente. Podemos sim, ser libertos do labirinto das coisas por modo a encontrar a verdadeira alegria na simplicidade que a Natureza nos transmite. Uns dirão: na providência que aquele Nosso Senhor nos conceder, mas… talqualmente, cada qual tem de fazer sua parte. Aquele senhor tem mais em que pensar! E, nós sabemos bem que há espíritos Salgados que são sagrados…
-E, ele está rico! Alguém diz. Só porque comprou um carro novo e sempre gasta dinheiro na compra de dois sacos de pipocas para dar às pombas lá na praça do Restelo. Quanta dureza de má-língua nessa expressão de descontentamento nas coisas simples que fazem alguém feliz! Precisamos aprender a viver contentes e agradecidos pelo que temos sem cobiçar o alheio!
Tenham um bom fim-de-semana!
O Soba T'Chingange
TEMPOS CINZENTOS - O esquecimento existe mas, nós não somos só silêncios…
TEMPOS DE COVIDAMENTO…- 10.05.2020
Xicululu: Olhar de esguelha, mau-olhado, olho gordo...
Por
T´Chingange a Sul do M´Puto
Com fúteis caprichos de ver o Mundo pela janela, esmiúço os tempos de ficção para saber a verdadeira razão dos paradoxos que irão aparecer lá mais no futuro. Sim! O futuro de um mundo ainda mais surreal. Vejo o loureiro abanar junto ao jacarandá tentando talvez compreender melhor a essência dos seus divinos. Será que uma árvore tem sentimentos, tem amarguras, ânsia e amor? A ter um papel na vida, condimentando minha comida, não deve saber também o sentindo duma guerra sorrateiramente caseira, confundido como nós na incompreensão. Não! Não pode ser – ele só cresce, absorve a chuva e depois, morre…
Na incompreensão de como o mundo se pode mudar num ÁI esquecendo que o ontem é igual ao hoje e o amanhã assim será de igual, tento a custo interpretar o vento Suão e do porquê do cão quando este sopra, deitar-se rodando três vezes no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Mas, há afinal outros ventos com laivos de maldades e decapitações, que nem a esquerda comunista estalinista e maoista no seu lado mais negro, traz consigo!
Alto lá! Aqui uma carga negativa do passado cultural, com olhos rasgados e amareladamente esticados trazem a peste sorrateiramente invisível quanto baste aos países redondos na perfeição dos silêncios – Quais? O Ocidente… Sim! A Europa, seus mais que muitos países, todos alinhadinhos a querer ver somente o admissível segundo as cartilhas aprendidas no rigor da ética. Ética!? Eles leram por ventura as cartilhas do Mao Tzé Tung, das picadelas de moscas tzé- tzé e dos meandros sórdidos do Xi Jimping – o líder actual da China… Será esta pandemia uma guerra eugénica?
Bom! Embora os princípios da eugenia tenham sido elaborados por um cientista e pastor anglicano inglês, foi nos Estados Unidos e na Alemanha, a partir do início do século XX, que começaram a ser colocados em prática. Sob a designação de “eugenia positiva”, adoptavam-se medidas de incentivo financeiro a casamentos considerados favoráveis, implantando-se programas educacionais para reprodução planeada e concursos na descoberta de famílias e indivíduos talentosos. Hoje os talentos de repente ficaram trancafiados e, não se sabe aonde estão esses sábios que conseguem desmembrar um vírus a fim de obter uma vacina… E é agora que os velhos morrem, muito estranho Noé?
Neste ainda recente passado, praticamente um ontem, faziam parte da “eugenia negativa” acções de esterilização, eutanásia, segregação e de restrição à imigração. Isto também sucedeu na China mas, curiosamente quase nenhum perito da área fala! Poucos jornalistas de investigação se arriscam a desbravar! A primeira lei de esterilização americana foi aprovada em 1907, no estado de Indiana. Tantos cientistas tão bom a destruir e tão poucos a inocular esse mal que nos ataca… Só pode ser descuido do Ocidente! Países redondos na perfeição dos silêncios. Só pode!
Posto isto, quero conservar a memória de tudo o que fui, que não fui e o que poderia ter sido. Teci-me na linha dum destino só meu; muitos estarão assim pensando que afinal tivemos uma vida de canseira e num repentemente num ÀI, tudo muda. Está mal! Criei-me na teoria do esquecimento, burilei-me nela e desconsegui ficar imune a esta rebelião que me rebola no cerebelo e contamina os cabelos. Estou careca de refilar; tudo continua na mesma como a lesma.
Lá fora um carro municipal com dois altifalantes, diz-me para ficar assim em casa olhando a televisão, aonde repetidamente dizem as coisas que mudam nos números, nos gráficos subindo e descendo e, eu à espera que os sábios cientistas, descubram uma bolunga qualquer para endireitar o esqueleto, fintar com bassula ou esquindiva esse bicho voador e invisível vindo do raio que o parta.
Também voo - voo entre nuvens turbinadas de sucção, aspiração, compulsão e impulsão, vida de cão. No calor do tempo queimo cansaços, fracassos vazios, decepções e até solidões, também! Mas nem tudo foi assim tão mau – houve também bons momentos. Passei os vinte e oito, sessenta e oito e quase, quase nos setenta e cinco, vejo minhas unhas crescer.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, a eugenia foi desacreditada como ciência e condenada como postura política. Entretanto, a última lei de esterilização americana foi revogada apenas na década de 70. É necessário mantermo-nos atentos a novas tentativas de oferecer soluções ideológicas a problemas cujas causas são económicas e sociais.
Reconhecendo estudos urbanos, temos que a reflexão sobre o espaço e a interacção entre grupos não pode ser reduzida a uma questão de “competição” ou “selecções” biológicas. Não conseguindo estabelecer maiores pontos de contacto entre a cultura Oriental e a Europeia subsistem meandros mal detectados na nossa vivência étnica. Nem sempre homem, nem sempre jovem, já mais velho, nos intervalos, aprendi a aprender… Esmiúço os tempos para saber a verdadeira razão dos paradoxos e dos fúteis caprichos de poder. Sim! Talvez tenhamos no futuro uma nova “Ordem Mundial”…
O Soba T´Chingange
ANDO ENKAFIFADO – “ Medo, não, mas perdi a vontade de ter coragem.” Já em tempos idos, Guimarães Rosa, o tinha dito, ou escrito...
Crónica 3021- 09.05.2020
Por
T´Chingange – No Algarve e em confinamento voluntário…
O tempo não passa pela amargura mas, a amargura passa pelo tempo. O TEMPO é preciso segurá-la enquanto existe! Alguns idosos, como eu, vão á janela algures num dos tantos lugares a despedir-se do tempo vazio tendo como vizinho próximo a árvore, um loureiro. De dentro da casa, alguém pergunta: - Para onde estás a olhar? Para a árvore - é a reposta. E o que vais fazer hoje? Olhar para o loureiro? Quem é esse Loureiro? – É uma árvore! Entretanto meu amigo Aristides Arrais, natural de Bustos e um ferrenho Petista, lá na Praia do Francês, Concelho do Marechal Deodoro do Brasil, corre sua maratona em volta de um coqueiro…
Sai à rua. E, em pouco tempo, o medo põe o homem a aceitar a pergunta dum fardado feito autoridade: para onde vai? Num rapidamente todos ficamos com 5 anos! Ele, o Arrais, com mais de oitenta anos, de repentemente vê-se na rua perdido do pai e da mãe. Ué!? Volta para casa por intuição e pensa variar o itinerário de sua maratona. Dá voltas à mesa, dá voltas a um prato e ao seu tamarindeiro; o saguim, lá do alto do coqueiro, muito admirado arrefinfa os olhos, treme as longas pestanas e quase se ri em sua perfeita inteligência de macaco…
No vinticinco de Abril, segundo dia após a minha vinda de São Paulo em um voo especial da TAP, assisto pela televisão dois médicos beijando-se com máscaras postas – Os amantes! No parque, um homem e uma mulher também se beijam com um pano a envolver suas cabeças. Nesta guerra sem fisgas, sem bazucas, sem misseis nem bombas H, nem me dá a hipótese de usar minha pressão de ar “diana” arrumada faz tempo num tubo oleado por trapos.
Na tristeza dos dias, esta pandemia pós a nu a fragilidade das relações entre seres humanos. Viu-se na clareza, e por parte de quem já se esperava, a pérfida decisão de eliminar os mais velhos, os mais frágeis, mais dependentes e, com resquícios de eugenismo que se pensava estarem soterrados com o 3º Reich. Recentemente, recordei o mentor desta filosofia, um tal de Tomas Malthus que transmitiu a Hitler as ideias macabras de mudar o mundo por selecção de gente não desejada; gente que foi eliminada em milhões nos campos de concentração já por demais conhecidos por todos.
Teremos de ser todos capazes de nos reinventarmos na responsabilidades e funções que desempenhamos, uma solução de forma justa e solidária com aqueles que arriscando a vida nos tratam desse mal conhecido vírus, que permuta como se tivesse formas de nos ludibriar num para sempre e que leva lideres a dizer disparates muito fora do contexto; isto revela-me do quanto se é pequeno nesta imensidão de desconhecimento da Globália, do Universo e da esfera aonde coabitamos chamada de Terra.
E verdade que esta pandemia apanhou o SNS de Portugal – Serviço Nacional de Saúde de calças na mão mas, países ouve que se portaram duma forma pouco intendível e pouco profissional na forma de salvar gente. Deram-se conta depois que afinal tinham cuecas. Verdade se diga que os profissionais de saúde portugueses deram e, continuam a dar uma resposta digna, não obstante lhes faltar em alguns momentos o equipamento de segurança. Pelo que me é dado saber, foi em todo o tipo de patologias atendendo ricos e pobres, valha-nos isto.
Pior, esteve o Governo que titubeando decidiu prioridades mal equacionadas e não recorrer de imediato a tantos lares de idosos que se sabiam não estar nas condições optimizadas de salubridade. Má calendarização e até descaso no cuidado com esses muitas casas depósito de mais-velhos e o não recurso às muitas associações de bombeiros que estavam na linha da frente no conhecimento das debilidades. Ouve um mau aproveitamento desta rede voluntária ou municipal tão conhecedora do meio social por sua natural proximidade.
Na Suíça, artistas de circo fizeram malabarismos em frente a um lar de idosos. No Equador o sistema funerário entra em colapso e os corpos são abandonados na via pública. Os Urubus voam em círculos na cidade de Guayaquil. Nestas palavras assustadoras até os urubus se tornam mais agoirentos do que os abutres que são a mesmíssima ave de agoiro. Teremos de fazer os possíveis para aparentar calma, não mostrar medo porque, por enquanto, assim parados, podemos ouvir o cantar do melro e do pintassilgo, o cantar do galo e do granisé…
O Soba T´Chingange
T´Chingange – No Sotavento do Algarve em distanciamento social…
Em nome de uma suposta “ciência”, gestores da causa pública e afins, driblam com apurada tecnoburocracia estatal produzindo decretos ou posturas, obrigando os cidadãos a usarem máscaras, sob a “tese” de que elas são efectivas na prevenção à contaminação pelo maldito COVID-19. Pode até estar certos mas, poupem-nos a coisas bizarras! Uma coisa tão simples de se fazer, a causar tanto alvoroço. Concordo sim que se usem em recintos fechados, em transportes publicos, nas escolas mas, nosso "despilfarro" não pode ser lucrativo ao estado ou instituições… Um desplante, máscaras de um Euro a serem vendidas a preço d´oiro..
Sobre o assunto, a retórica usa o argumento de que “o uso da máscara” já foi incorporado socialmente, no mundo todo. Autoridades e a midia hegemónica, vendem à população a suposta teoria de que o uso obrigatório das máscaras impede o contágio da doença. Para dar força a tal narrativa, as empresas de comunicação copiam a medida extrema falando ao microfone golfadas de gargarejos até desentendíveis. É um recado psicológico ao povo - que tem de obedecer como carneirinho, em nome da “emergência em saúde pública”.
A máquina estatal aliada às mediadas municipais com a boa vontade dos Costistas, aproveitam a pandemónica COVID para cumprir um tríplice objectivo: 1) testar medidas extremas de controlo da população com a anuência da oposição; 2) arrecadar com multas cobradas de quem ousar desobedecer as regras de excepção; 3) promover gastos em questionáveis licitações, em regime de emergência ou calamidade, adquirindo máscaras a preços superfacturados… A picaretagem vence a honestidade aonde o medo supera a razão sem ninguém ter a certeza efectiva de como acontece a contaminação.
Definitivamente, isto não é uma “gripezinha”... É grave!... Nalguns países , promoveu-se um “lockdown” (a paralisação quase total das actividades produtivas). O pior efeito colateral pós-pandemia já se manifesta aqui e outros países como o Brasil, de modo muito assustador - o surto de autoritarismo aliado à fome. A “doença” polariza-se assim mais grave, na população subserviente, de mão estendida ao estado. Os “infectados” ora se comportam como carneirinhos, ora como cães raivosos. Neste clima de medo, são interpretadas e obedecidas as “ordens” e regras para isolamento, distanciamento, bloqueios com uso obrigatório de máscaras, “fique em casa” e por aí vai... permitindo excepções como o UM DE MAIO, essa coisa linda duma Alameda pintalgada de bandeirinhas vermelhuscas levadas de concelhos supostamente estanques à vialidade… Em nome da “ciência” titubente e duvidosa e da “saúde pública” também se soltam os presos.
Creio que iremos ter esta pandemia, anos pela frente... Fabricantes e vendedores de máscaras são os únicos que lucram com ela junto com gente dada à subtracção das verbas públicas na área de saúde, revelando pelo que me é dado saber, haver descaso na testagem de casas de terceira idade. 35000, são os casos apontados de casas de repouso ilegais… Como vamos então enfrentar e sobreviver ao vírus com falta de dinheiro? Haja paciência e sangue frio como tem de ser “Na Ditadura do Consenso”. A inexperiência dos italianos deveria ser útil a toda a Europa e todos os demais países com cada qual ensaiando sua forma de mandar, mas ouve descuido...
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