VIVA SIMPLESMENTE! - MÊS DE ROSAS -21.05.2020
Tempos de “covidamento” – um termo novo demasiado repentista
Por
T´Chingange – A Sul do M´Puto
A simplicidade é uma virtude que anda de mãos dadas com outras. A ela, estão ligadas a franqueza, naturalidade e transparência dos nossos actos, embora nos dias de hoje nos deparemos com muita hipocrisia, muito faz de conta porque ser-se pobre, é doença. Infelizmente a sociedade e, num repente, vê-se ainda mais pobre e, medindo o tempo em uma nova medida: o “COVID 1,5 m” – a distância do medo em metros.
Nada de lamúrias! Isto, até parece trafegar na direcção contrária ao pensamento hodierno, que nos impõe a ideia de que o melhor da vida se resume no acúmulo de coisas e na sofisticação do comportamento de parecer ser o que não se é... Agora, neste repente os paradigmas mudam por vontade alheia e ainda desconhecida.
Esta falta de paz, origina excesso de ansiedade a todos mas mais a quem se mente, a quem nos mente, originando prejuízos colaterais, que tendem a aprofundar-se em esquizofrénicas atitudes... Estes são apenas alguns resultados pouco queridos mas, que podem ser colhidos numa prática de uso e, num vulgarmente.
Estas pessoas, (talvez todos nós), necessitarão reencontrar o caminho da simplicidade que nos liberte dessa pressão consumista. Num qualquer dia, adentra-se permitindo tirar-lhe ou tirar-nos a paz de espírito e, de depressão em repressão, ficar-se com as ideias frouxas, passado dos carretos, correia de transmissão e pneus carecas… (uma comparação metafórica…)
Contudo, há o risco de se levar a simplicidade ao extremo, associando-a à conduta ascética, de renúncia dos recursos que conferem relativa qualidade à vida. Muitos moradores de rua não querem voltar para casa; incompreensível - mas, alguns, o dizem! Talvez por um orgulho demasiadamente pisoteado.
No livro dos livros é dito que o Senhor falou ao povo: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Estas falas eram no sentido de ajudar a colocar as coisas materiais em sua verdadeira perspectiva. Permitindo assim, possuí-las na medida em serem úteis para seu, nosso bem-estar e, sem deixar que elas nos possuam ou nos escravizem.
Portanto, segundo estes ditames, devemos exercer vigilância, a fim de que o interesse pelo material não seja um obstáculo em nossa corrida na busca do que nos satisfaz espiritualmente. Podemos sim, ser libertos do labirinto das coisas por modo a encontrar a verdadeira alegria na simplicidade que a Natureza nos transmite neste mês de rosas, cravos e papoilas confinados ao aperto da casa. Uns dirão: na providência que aquele Nosso Senhor nos conceder, mas talqualmente, cada qual tem de fazer sua parte. Porquê? Porque Aquele Senhor tem mais em que pensar!
Pois é! Mas a sociedade sempre é cobiçosa. Ele (alguém feito gente) está rico! Um outro - alguém o diz! Só porque comprou um carro novo e sempre gasta dinheiro na compra de dois sacos de pipocas para dar às pombas lá na praça do Restelo. Quanta dureza de má-língua nessa expressão de descontentamento nas coisas simples que podem fazer alguém feliz! Alguém já velho no suficiente do tempo. Precisamos aprender a viver contentes e agradecidos pelo que temos sem cobiçar o alheio! Sempre é tempo de se formatar num novo princípio…
Tenham um bom fim-de-semana!
O Soba T'Chingange
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