MALAMBA É A PALAVRA...
Crónica 3085 - Apaziguando rijezas adversas - 23.11.2020
Por
T'Chingange – No M´Puto
De acordo com um dito popular, há três coisas que são irrecuperáveis: a flecha atirada, a oportunidade perdida e a palavra falada. Pascal, filósofo e matemático francês, afirmava que “a maior parte dos problemas do ser humano é decorrente da incapacidade que tem de ficar calado"...
E, como cada qual tem no corpo um pecado de qualquer crime por pagar, de facto, uma verdade incómoda para todos nós é de que, muitas vezes, sabemos exactamente o que precisa ser dito em diversas situações, mas não dedicamos tempo suficiente para pensar na maneira acertada em como as coisas devem ser ditas, noé!?
Quando se trata de controvérsias, ou quando há necessidade de falar contra algum erro, sabemos o que deve ser dito, mas falhamos por vezes na forma como o dizemos... E, por isso, apresentamos o que nos parecerá plausível; porém, a palavra muitas vezes, sai desprovida, sem intenção ou sem o esforço de uma conversinha adulta na suficiência...
Dizemos o que precisa ser dito, mas com aquela ponta de arrogância que causa agressão verbal nas malambas precipitadas ou até avermelhando os olhos por só se falar pedacinhos de palavras constipadas de angústia.
Muitas relações fracassam por via de agressões verbais ou palavras precipitadas. Sabe-se que, durante a infância, algumas, muitas pessoas desenvolveram uma personalidade complexada ao ser estigmatizada com termos pejorativos.
Quantos amigos já foram separados por causa de palavras inoportunas. Conflitos teriam sido pacificados, caso fossem usadas palavras brandas por uma das partes. Transgressores poderiam ter sido recuperados, caso a verdade lhes tivesse sido dita com palavras menos graves...
Não haveria tantas reputações destruídas e caracteres manchados se a palavra maledicente não fosse dita. Há tanta gente que poderia ser curada de suas feridas emocionais e espirituais se tivesse encontrado alguém que lhe dissesse a palavra sem abelhudice!
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” foi o que li e até retive que “A morte e a vida estão no poder da língua” - reli algures... Na ânsia de sempre arrumar alguma coisa, solicito-me mnemónicas próprias de antigos responsos: Por São Brás! Por São Jesus, passo aqui sem levar a cruz! Com mil outros assuntos vagos e sem interesse, entre muita tolice, tenho em mãos uma fútil preocupação espantando a visão de ver bolos-reis deitados ao lixo, tendo tanta gente passando fome!
Amanhã! Amanhã! Calculo eu, saberei tudo; nada de desanimar! Sem saber porquê reconheço-me muito mais depois das resistências postas ao meu futuro; mas que futuro? Qual a medida verdadeira do meu apreço às notícias que correm, das intrigas internas e externas, das guerras sem apreço e sem medida, tolas quanto baste a somar aos muitos sacrifícios com desmandos…
Feliz semana...
Nota: Esta Crónica sai também publicada em Facebook na página Kizomba...
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O Soba T'Chingange
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