Periclitãncias do dia-a-dia – 01.01.2021
Crónica 3097 - NOSSAS VIDAS - NOSSAS PEDRAS - NOSSA ATITUDE
Por
T'Chingange – No Algarve do M´Puto
Não existe "pedra" em nosso caminho que não possa ser aproveitada para nosso próprio uso em crescimento. Muita sabedoria, luz e prudência, é necessária ter para saber o que fazer com cada pedra que se encontre, tornando-as alicerces de nossas vidas. Assim, teremos o distraído que nela tropeça; o bruto que a usará como arma; o empreendedor que a irá usar para construção. O camponês, que dela pode fazer um assento. Miguel Ângelo, fez dela uma escultura, entre muitas. David, com ela matou o gigante Golias. Observe-se que a diferença não está na pedra mas, na ATITUDE das pessoas perante as inerentes coisas!
Terminamos o ano de 2020 sem saber ao certo o que fazer com cada pedra para o novo ano de 2021 e os que se lhe seguem mas, teremos de fazer delas, as pedras, alavancas para novos desafios e oportunidades que, decerto sempre surgirão... Assim, que venha 2021 - com vacina, saúde, persistência e resiliência. Às vezes pagamos caro pela tentativa de resolver situações complicadas agindo sob o calor das emoções negativas. Então, o que devemos fazer quando nos resta utilizar todos os recursos disponíveis!? Existem circunstâncias diante das quais tudo o que temos a fazer é esperar porque “na quietude e na confiança estará nosso vigor”. Será assim tão simples!?
Tenho uma sobrinha com dois filhos; ela e um dos filhos estão com COVID. Um deles deu negativo. Solicitou apoio porque está só e, para além do teste nada mais foi feito... O Governo e Instituições apregoam aos sete ventos via TV, que estão dando apoio a toda a gente mas, nem uma brigada por ali passou para recolher o lixo dos 3 confinados em um modesto apartamento na cidade de PORTIMÃO. Um dos filhos, o que tem covid, teve de sair à rua para acondicionar o lixo no contentor! (um risco para a sociedade mas, que fazer!?). O Tal de SOS - 24 não apareceu após várias tentativas desde a participação no dia 24 de Dezembro.
Eu próprio, com 76 anos, levei viveres e comida para os auxiliar; Um cunhado dela nas proximidades e, vivendo no mesmo Concelho também ali se tem deslocado a levar-lhes comida. Podem calcular como será o estado de uma família assim, sem terem a devida atenção, nem da Autarquia nem tão pouco dos Serviços Sociais! Nada lhes restará, senão a expectativa do passar do tempo, tossindo, com dores de cabeça, dores do corpo esperando um milagroso livramento com paracetamol ou benuron; sem um apoio de quem de direito. Minha incredulidade leva-me a desacreditar nos apoios de que tanto apregoam...
A não ser que o seja só para refugiados e as minorias, de que tanto falam... Sem querer visualizar o pior, chamo por esta via as autoridades de PORTIMÃO à razão para que daqui, não resultem lamentos fingidos ou hipócritas... Perante isto - A incredulidade cria ou supervaloriza as dificuldades, impedindo-nos de ver essa tão apregoada fé das autoridades. Não tivéssemos nós essa fé a elevar-nos a alma acima das dificuldades e, assim; assim nos teremos de colocar mais perto de Deus para nos habilitar a permanecer destemidos, firmes e serenos, esperando!... Mas, é natural que o medo se imponha a nós sem permitir que ele se assuma no controle!?
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Moamba: pode ser prato típico em Angola ou negócio de candonga, coisa mal engendrada - no Brasil.
Ilustrações de Costa Araujo
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