Terça-feira, 30 de Agosto de 2022
MALAMBAS. CCLXVII
TEMPOS COM FRINCHAS... Faz falta fazer querer...
Crónica 3239 de 09.02.2022 – Republicada no M´Puto a 30.08.2022 no Kimbo Lagoa Blog
Por T'Chingange no Nordeste brasileiro em 09.02.2022 ::: No AlGhab do M´Puto a 30.08.2022
Nossas palavras, queiramos ou não, sempre causam alguma reacção em quem nos ouve ou a quem nos lê. O mesmo se dirá de nossos escritos avulso, quase apócrifos, reflecções ou outros edcéteras quotidianos com ou sem fricção, ficção, coisas da estória ou história com inventação ... No caso das apresentações públicas, o objetivo é fazer com que as pessoas sejam transformadas com o que é dito, se efectivamente valer a pena.
Grandes discursos são aqueles que mobilizam multidões. Contudo, isso não significa necessariamente que sejam positivos. Todos os santos dias deparamos com falas incongruentes, dizeres que não têm sentido, coisas ditos por pessoas que em principio deveriam ser de alto coturno. Adolf Hitler, por exemplo, atraiu milhões de pessoas com suas palavras, mas todos sabemos que seu propósito eram outros e bem terríveis. Nos dias de hoje temos muita gente com responssbilidade a dizer besteiras aumentando assim nosso gráfico de espanto.
A história regista vários discursos que impactaram positivamente a sociedade. Em 1942, Mahatma Gandhi impressionou o mundo com sua retórica pacifista, defendendo a não violência como estratégia de luta pela independência da Índia. Odiernamente a palavra quase de nada vale e mesmo aqueles que se deveriam posicionar como estadistas caem na lama como um qualquer, um vulgar cidadão.
Em 1947, o objetivo de Gandhi foi alcançado. Em 28 de agosto de 1963, quando os afrodescendentes dos Estados Unidos viviam segregados, o pastor Martin Luther King Jr. proferiu um discurso histórico em favor dos direitos civis que alcançou mais de 200 mil pessoas.
Quase um ano depois, a Lei dos Direitos Civis foi promulgada em seu país - os Estados Unidos da América. Não obstante, o discurso mais revolucionário de todos os tempos e que mudou completamente a narrativa da humanidade foi proferido por Jesus e, por estranho que pareça o mundo anda a passar ao lado desses ensinamentos; Hoje pedominam as classes cleptocratas, ladrões mesmo que defraudam os demais, subornam, mandam matar, poem sob escuta o cidadão, fazem da fraude uma verdade, mentem com todos os dentes e nós assim ficamos de braços cruzados com o medo do medo...
Há quem sempre professe outras falas mas, sempre notamos não estarem buriladas nos valores éticos do círculo que nos serviu de padrão de comportamento social. No Sermão do Monte, Cristo apresenta os elementos essenciais a que chamou "o reino de Deus". Os temas como justiça, boa conduta, compaixão, fé, ética, sofrimento e felicidade, que interessam a qualquer pessoa, de qualquer época e em qualquer lugar, são tratados por Jesus de maneira magistral e, não devemos sair destes princípios com os quais crescemos. Para bem do mundo!
Para além de nos ensinar como nos devemos comportar, faz-nos sonhar com um mundo de justiça, de paz e harmonia. E, o segredo para alcançar essa realidade está nas Escrituras. Conhecê-las não fará diferença e, não virá mal ao mundo. Aplicar esses princípios e experimentar, hoje, amanhã ou em um qualquer dia, pode dar a necessária alegria de fazer parte dum reino de querer! O futuro, que o é agora, anda a ficar muito perigoso . Faz falta fazer querer usando os ensinamentos de Jesus...
O Soba T'Chingange
MOKANDA DO BRASIL . XVIII
SETE COQUEIROS DA PAJUÇARA - “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso - a palavra foi feita para se dizer”- Crónica 3238 - 05.02.2022 – Republicada no KIMBO a 30.08.22 no AlGharb do M´Puto…
Por T´Chingange – (Na Pajuçara de Maceió no Nordeste brasileiro)
Hoje (05.02.2022) apreciei de dentro da água tépida de 28 graus o nascimento das capitânias d´areia – concessão aos empresários que vivem da venda de sombra aos turistas, uns cocos frios e pasteis feitos na hora e debaixo de uma amendoeira e também o açaí de Tocantins ou skol em lata. O empregado do capitão d´areia risca a areia segundo uma direcção já estipulada, depois conta dez passos para o lado concessionado e, com o pé risca na areia o término correspondente ao seu patrão, Seu Baldo.
Entretanto o moço vai cantando uma lengalenga e, intercalando a mesma, mete-se com o vizinho, também mocambo do Comprido, nome de seu patrão; imagino que seja alcunha pois que ele é mesmo alto. O dito-cujo chegou mais tarde botando ordem na algazarrada feita forró de pé-de-serra da dupla sertaneja Chitãozinho e Chororó… Pode assim imaginar-se a divisão do Brasil em capitânias medidas em léguas no tempo em que os prémios de marear mares por Portugal lá pelas Índias, eram ficar com lonjuras de terras desconhecidas até seu limite e segundo o Tratado de Tordesilhas, seguindo uma linha paralela aos paralelos ou equador.
Recordando a história, temos que as capitanias hereditárias eram uma forma de administração do território colonial português na América. Basicamente eram formadas por faixas de terra que partiam do litoral para o interior, comandadas por donatários e cuja posse era passada de forma hereditária. Por motivos de melhor aproveitamento para a administração da colónia, a Coroa Portuguesa delegava a exploração e a colonização aos interesses privados, principalmente por falta de recursos de Portugal em manter tais territórios.
As capitanias iam do litoral até o limite estipulado pelo Tratado de Tordesilhas, um modelo de colonização que tinha obtido sucesso na Ilha da Madeira e em Cabo Verde e África. A iniciativa de colonização utilizando este modelo respondia à necessidade de protecção contra invasores, sobretudo franceses que deixaram algum legado pois não me situo muito longe da Praia do Francês onde vivi por oito anos (de 2006 a 2014) . Os escolhidos eram membros da baixa nobreza portuguesa que a Coroa acreditava terem condições para a empreitada de colonização ou gente que se destacou na odisseia em descobrir o caminho marítimo para a índia.
Martim Afonso de Sousa
Esses nobres foram denominados donatários e representavam a autoridade máxima da capitania. O donatário não era dono, mas deveria desenvolver a capitania com recursos próprios, responsabilizando-se por seu controle, protecção e desenvolvimento. Juridicamente se estruturava o controlo da capitania através de dois documentos: Carta de Doação e Carta Foral. Tomemos por exemplo a capitânia de Paulo Afonso bem a meio do curso do Rio São Francisco que deu origem há agora grande cidade com seu nome, lugar que visitei na peugada de Lampião, um dos meus heróis da banda desenhada lá pelos anos de 1960 em Luanda (Angola), conjuntamente com o Mandrak, Homem de Borracha, Tarzan, Zorro ou O Fantasma… Minha cultura advém daqui e do cinema…
A Carta de doação dava a posse da terra ao donatário e a possibilidade de transmitir essa terra aos filhos, mas não a autorização de vendê-la. O documento dava também uma sesmaria de dez léguas (50 Km.) da costa onde se deveria fundar vilas, construir engenhos, garantir a segurança e colonização através do povoamento. Nela definia-se que o donatário era a autoridade máxima judicial e administrativa da capitania. As capitanias hereditárias existiram até 1821. À medida que iam fracassando, voltavam às mãos da Coroa Portuguesa e eram redimensionadas, gerando novas estruturas de administração. O acto de redimensionar as fronteiras das capitanias hereditárias moldou alguns estados litorâneos actuais.
Não obstante o sucesso administrativo, o sistema de capitanias sofreu com a falta de recursos, algumas foram abandonadas e em outras jamais seus donatários estiveram ali. Igualmente sofreram ataques indígenas, os quais lutavam contra a invasão de suas terras.
Desta maneira, o empreendimento das capitanias hereditárias fracassou. Somente duas foram bem-sucedidas a saber: A Capitania de Pernambuco, comandada por Duarte Coelho, responsável por introduzir o cultivo da cana-de-açúcar e a Capitania de São Vicente, comandada por Martim Afonso de Sousa, graças ao tráfico de indígenas que realizavam naquelas terras.
O foco da Coroa portuguesa na sua colónia da América Portuguesa era a extracção dos recursos da terra, como o pau-brasil. Isso devia-se ao facto de não terem sido encontrados metais preciosos como foi o caso dos espanhóis em suas possessões. Após a inviabilidade das Capitanias Hereditárias, a colónia do Brasil, passou por uma reforma administrativa sendo instituído o cargo de Governo-Geral, prática também iniciada nas possessões africanas de Angola e Moçambique.
Convém aqui nesta leitura da história do M´Puto – Portugal, falar de algumas curiosidades sobre as Capitanias Hereditárias. Elas impulsionaram o crescimento das vilas, que aos poucos se transformaram em províncias e, mais tarde constituíram alguns estados brasileiros. A herança dos sistemas de capitanias hereditárias pode ser sentida até hoje através do coronelismo e das famílias que seguem mantendo o poder em certos estados. Martim Afonso de Sousa permaneceu pouco tempo em sua capitania, pois foi deslocado para ocupar um posto nas Índias. Quem administrou a terra foi sua esposa, Ana Pimentel. Ando a rever isto vendo a novela “Escrava Isaura” que foi escrita pelo romancista Bernardo Joaquim da Silva Guimarães…
(Continua…)
O Soba T´Chingange
Domingo, 28 de Agosto de 2022
KALUNGA . XXV
NAS FRINCHAS DO TEMPO - X de várias partes… Crónica 3237 de (03.01.2021) - 28.08.2022 - No M´Puto
- KIANDA COM ONGWEVA – Salaam Aleikum. Continuamos em terras de “Castilla La Mancha” – Encontro com Zachaf Pigafetta Roxo a kianda tetravó de Roxo e Oxor
Por T´Chingange – No PortVille da Pajuçara em Alagoas ( Republicada em Kimbo a 28.08.2022 no M´Puto)
A conversa a três, eu o T´Chingange mais o Januário Pieter e Costa Araújo Primeiro, auxiliar de El Greco o pintor, continuou da forma descrita com pormenores de verrugas e coisas de arte, segredos de tintas feitas com sangue de besouro, vísceras de moluscos, seiva de figueira e ovos galados! Esta dos ovos galados, não entendi na perfeição, mas o interesse foi tanto que resolvemos fazer visita guiada pelo futuro mestre auxiliar do El Greco, Costa Araújo.
Saindo da “plaza del ayuntamiento” o candidato a pintor, levou-nos por travessas empedradas, escorrendo borras de uva com mijo de burra prenha e palha de estrebarias. Passamos a taverna “Cuatro tempos”, cruzando à direita em direcção a Alcázer andamos pela Calle Del Locum e, seguimos por outra tão apertada que até duvido que fosse possível por ali passar um camelo com um fardo de palha que fosse. Paramos em um pátio muito cheio de trastes, imbambas com um cheiro acre e agressivo com montículos de alvaiade e potes com produtos variados, cheirando a óleos indistintos. E havia numa das paredes mais ou menos arrumadas, paletes, pinceis, trinchas, espátulas e até serrotes e martelos. Era naquela calle de la Calavera, um lugar lúgubre e não muito longe do Palácio Alcazar que ficavam os grandes galpões do pintor El Greco Doménikos Theotokópoulos.
Em uma dependência lateral entramos em um outro cubículo passando por um arco de paredes largas e um símbolo alusivo a artes, digo eu, e bem no cimo deste e, bem ao centro. Era aqui que o ainda auxiliar de pintura Araújo, um galego fora de portas, da Bracara Augusta, mantinha o seu mukifo de coisas encantadoras encostadas ou penduradas entre cacos antropológicos; numa placa encastrada na rustica parede podia ler-se “Pátio Andaluz Del Toro”.
E, como que fazendo um friso de museu, ali estavam colgados cornos retorcidos e caveiras com paletes borradas de muitas cores. Percorrendo a vista pelas telas, pranchas e cavaletes, mais ossadas de indistintos animais fiquei assim meio recolhido num soluço medroso sem saber que a arte neste tempo era algo de muita pesquiza pelas cores e formas bizarronas, de gente esguia, orelhudas e olhos de meter medo ao capeta!
Ainda me atrevi a fazer uma pergunta: - Para que pintam vocês e, para que servem estes painéis esguios e, … mesmo antes de acabar as perguntas meio amedrontadas O Araújo, meu Mano Corvo por divina indigitação disse-me: - São para colocar nas sacristias das igrejas. Vês aqui este, e apontou um quadro que mostrava um homem feio, horrível mesmo, desdentado, dedos longos e unhas de garras açambarcando um montão de moedas em oiro que escorriam para debaixo da cama.
Descrevendo isto recordo o medo que tive muitos anos depois quando e durante a catequese no mukifo da sacristia, via assustado em um quadro medonho, um feio homem de rabo grande e chifres retorcidos, feito macaco, retirando debaixo da cama um saco de moedas ao velho moribundo; sei lá se de peste bubónica ou outra covidesca e negra malazenga como a de agora (Covid 19,20,21,22). Aquilo era a usura no seu máximo expoente … Um pormenor que nesse então nem me falhou: O homem tinha os olhos rasgados, um sinistro chinocas vestindo um kimono repleto de serpentes com vários rabos…Ué, coisa medonha.
Isto, disse ele meu mano, simboliza a avareza e, este aqui meio diluído por detrás destas barricas é mesmo o diabo; tem este aspecto para amedrontar miúdos candengues como tu. Os bispos através destas gravuras impõem o respeito ao povo e, sempre querem que nós façamos o que mandam as regras de não roubarás, não matarás, não cobiçarás a mulher do vizinho e, por ai! Os medos, as lendas aqui, têm de ficar sempre presentes…
Glossário:
N´zimbo: Pambu N´jila:-Lugar de veneração ou peregrinação; Lugar predilecto; kalunga: - espírito forte, divindade ou espírito das águas, iemanjá, mar, água no geral; Mukifo: espaço de trabalho, lugar recolhido com coisas espalhadas ao acaso; Minkisi:- Agente de ligação entre seres humanos e o físico, elementos de fogo, água, ar e terra; N´si: - Terra, o feiticeiro pintado com farinha vermelha (maiaca kianguim) que guarda os pórticos e permanece até o toque do medo, adrenalina, guardador de caminhos com saber do ontem, do hoje e do amanhã; Kianda: - Fantasma, assombração das águas das lagoas, rios e mares ou Kalungas; Simbis: - Espírito ancestral de origem do Kikongo e África central; Albayzin: - Bairro Mouro de Granada…
(Continua…)
Soba T´Chingange
Quinta-feira, 25 de Agosto de 2022
PARACUCA . XLV
MULOLAS DO TEMPO -(16.02.2022) - 25.08.2022
RECORDANDO: Do 30º ao 32º dia da expedição – sexta-feira, “HAJA PACIÊNCIA”. Nós, bazungus no PARK MVUU LODGE do Malawi… manuscrito de 19 de Outubro de 2018 - Crónica 3236
Por T´Chingange - No M´Puto :::::1
Saímos do PARK NVUU LODGE de Liwonga aonde ficamos as noites dos dias 17 para 18 e a seguinte até o dia 19 no Mvuu Camp do Chiwambo ao lado do Shire River. Ficamos estas duas noites em tendas nossas e montadas no Camping de mato rodeado de locais para fazer churrascos brai e outras acomodações própria de um campo de campismo. Muxitos de verdura a fazer-nos sombra, mesas com bancos corridos com rede sombreadora, acesso a piscina e demais infraestruturas de restaurante e lavabos.
Foi aqui que tivemos de estudar a montagem de uma tenda familiar que meu filho Ricar a morar em Johannesburg comprou para o efeito. O maior problema na montagem era ficarmos com olho nos muitos macacos babuínos com focinho de cão que tentavam roubar-nos tudo o que fosse de comida ou volumes que a eles lhe parecesse ser. Acabaram por levar uns pacotes de batata frita, pertença do comandante Vissapa e pelos gritos de kwata-kwata sempre ficou algo remanescente.
De mim levaram um pacote de cebolas que comprei no percurso mas, logo o largaram no meio das bissapas por não gostarem do conteúdo. Antes de aqui chegarmos passamos numa barragem chamada de Liwonga na lagoa do Shire River em construção; falamos com uns encarregados de construção de nacionalidade portugueses que nos deram as indicações solicitadas, como chegar e pormenores desconhecidos. Disseram que sim era boa opção ir até o Mvuu Lodge e, que aí iríamos encontrar os Big Five e várias espécies de antílopes.
O Lago Malombe fica a montante do Shire River e faz parte da linha dos lagos Niassa ou Malawi que tenho vindo a descrever. Lugares aonde andou Livingston, o mesmo que chamou de preto ao sertanejo Serpa Pinto, aquele que lhe deu os pormenores do que viria a encontrar e, de que a história se cuidou em esquecer. Estes lagos ligados por canais naturais de rios ao longo da East African Rifts, são parte da enorme fenda aqui já descrita que divide em dois a África - um complexo de falhas tectónicas criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectónicas africana e arábica.
Aquelas águas vão desaguar no rio Zambeze aonde e a montante deste, se situa a barragem de Cabora Bassa construída pelos portugueses no tempo colonial. Aqui no PARK NVUU LODGE, foram momentos TOP porque vimos milhares de hipopótamos, dezenas de elefantes que passaram bem ao lado de nossas tendas, centenas de boksprings, antílopes vários como o watterbugs ou songues. Pela primeira vez e nesta expedição Potholes, vimos várias palancas pretas e vermelhas (diferentes das de Cangandala de Angola) e kudus às centenas.
Também pela 1ª vez vi alguns porcos do tipo de javalis que em Angola têm o nome de Gimbo e que se alimentam maioritariamente de formigas, das mesmas que constroem seus casulos chamados de morros de salalé. Vimos Hartogues (javalis) às centenas. Valeu a pena sim mas, ficou extremamente caro se compararmos os preços aos da Namíbia praticados em parques ou reservas animais como Okaukuejo, Halali ou Namotoni no Etosha… aqui neste Mvuu, as infraestruturas são bem piores do que as da Namibia e pior geridas…
Pagamos pelos dois dias a quantia de 130.000 Kwm, pelos dois dias, mais o camping e passeio de barco para ver hipopótamos ao pôr-do-sol e duas ligeiras refeições. Pagamento na recepção do Nvuu Lodge. Com entrada e no total ficou em 192.892 Kwn que dá em euros a quantia de 1.279,70 €. Muito caro para as condições de atendimento e espera. Coisas só mesmo param “bazungus ricos”. Só as refeições ligeiras ficam em 25 US$ por pessoa – um preço elevado em qualquer parte do mundo. Os amigos dos bichos aqui, têm de pagar bem caro para os ver!
E, tudo continuava difícil no lidar com o comandante, o Hemingwey branco e angolano. Sua irreverência e pedantismo, faz ferver meus zingarelhos da memória; a todo o momento tenho o desejo de que o tempo passe rápido, chegar ao fim. Digo com custo, quanta paciência para suportar o egocêntrico feitio que sempre saia de si na forma de nuvens imaginativas, o quanto baste. Não fazia falta vir a África viver este castigo vindo de um mwadié cheio de loucuras absurdas; já lá vão mais de 3 anos e, este compasso de espera viralizou ainda mais minha complacência. Haja paciência…
(Continua…)
O Soba T´Chingange