MULOLAS DO TEMPO – 31
RECORDANDO: Nós, bazungus no COMPLEXO PALMEIRAS de BILENE
- Odisseia “HAJA PACIÊNCIA” – Recordando o 08 de Novembro de 2018 – no 52º dia
Crónica 3290 – 24.04.2022, no PortVille de Maceió do Brasil – Republicação a 09.11.2022 em Lagoa do M´Puto
Por T´Chingange
Este episódio que agora descrevo foi escrito na Praia da Pajuçara do Brasil, no ano de 2019. Porque foi neste agora que vi no verso da nota de pagamento no Utengule Coffee Lodge na cidade de Mbeye da Tanzânia. Pagamos 333 dólares (duas Pessoas) por duas noites e dois dias - 8 e 9 do mês de Outubro do ano de 2018. Fiquei com a referência de ter sido Kofi Annan, o representante da ONU que inaugurou suas instalações - na recepção a sua foto ocupa lugar de destaque. Ora, como este manuscrito não o fiz passado a limpo na altura, descrevo-o agora por ter alguma relevância em pormenores quase esquecidos. Dito isto passo à descrição daquele dia 08 de Novembro do ano 2008 de saída para Moçambique.
Por engarrafamento, a uns escassos quilómetros da fronteira de Ressano Garcia, o medo de ficarmos no caminho apoderou-se de nós, condutor e passageiros. Isto porque o Nissan 4x4, foi abastecido em uma bomba de um chinocas com uma elevada percentagem de água misturada no gasóleo. O jeep deixou de corresponder ao acelerador, engasgava-se e andávamos aos supetões. Desligou e pegou por várias vezes mas, tornava-se evidente que iriamos parar por aí em um qualquer sítio.
Muito à rasca conseguimos chegar até à recepção do Lodge bem perto da fronteira e logo ali do lado esquerdo do Crocodile River em Komatiport de Mpumalanga. O carro ali ficou parado em definitivo mas, a sorte, fez com que o marido de uma funcionária da recepção, mecânico de profissão, auxiliasse no busílis e, logologo acontecer ao melhor condutor de áfrica! Este senhor mecânico, depois de verificar com um computador o problema, conclui que teria de se tirar todo o combustível porque um sensor ficou totalmente desactivado – pifou!
Felizmente o problema ficou sanado com a instalação desse novo sensor, graças a Deus para que nada se escape destas periclitãncias com ajudas milagrosas. Atravessar Moçambique foi das piores experiências, fomos roubados ou enganados, até por polícias… Antes que me esqueça, terei de lembrar que em todas a fronteiras africanas surgem gentes oferecendo facilidades, acostumados que estão a ludibriar o branco, inventam dificuldades para vender facilidades. Bom, prosseguindo!
Também posso ver por todo o mundo este procedimento, advogados do diabo que se aperfeiçoaram em tramóias de rocambolescos procedimentos e, que feitos com o mundo do crime lavam em seguida todas as instâncias de criminalidade… Nas fronteiras de África surgem uns bafanas assessores de turistas, normalmente com um crachá pendurado no pescoço e, assim que paramos o carro, cercam-nos literalmente e, na forma de alcateias de mabecos, que mesmo sem nosso consentimento nos dão indicação do que fazer e como fazer, pedindo papéis do carro e edecéteras pessoais.
Às tantas, estamos entregues a uns quantos que tratam das mesmas diligências. Ficamos sem saber se estes, estão ou não feitos no compadrio com os funcionários da Aduane porque entram e saem dos espaços administrativos, como se dali o fossem, parecendo-nos agilizarem os trâmites para daí, obterem uma gasosa…
Queiramos ou não, isto perturba sobremaneira o turista europeu não habituado a estas práticas aparentemente desordenadas e, sempre nos vêm à ideia estarmos a ser surripiados exactamente pelo facto de sermos brancos. Entretanto na Europa, ao mínimo incidente com gente não ariana será motivo de muito falatório em TV e jornais, como se todos os fossem os paladinos da verdade. Acho que Deus não vai salvar áfrica! Tenho de deixar aqui minha revolta pelo facto de ficarmos bem convictos de sermos roubados por gente sujeita à sobrevivência usando as técnicas de ladroagem com abuso da tão propalada resiliência. Trafulhas, enfim!
Não andem de carro por áfrica; usem só a via aérea… E, nunca acredite num talvez! Pela certa vai ter muitos mais prejuízos; saiba dizer não – é fundamental. O maior talvez foi o do Ferry que nunca chegou para podermos atravessar o lago Caribe; e, foi o dono da instalação, aonde ficamos, na beira do lago, um bóher que nos disse: Em África nunca acreditem em um talvez! Bem! Nosso guia “el comandante”, muito habituado a estes pormenores, segundo sua pópia nobre, um nato filantrópico deu 10 Euros e 200 Kwachas a uns vendedores de diligências… Um valha-me-Deus pago por actos dispensáveis que me infernalizou toda a viagem…
(Continua…)
O Soba T´Chingange
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