A SAGA DO AÇÚCAR – AS AGRURAS DE OLINDA COM OS MAFULOS
FÁBRICA DE LETRAS DA KIZOMBA
Crónica nº 3305 de 19.05.2022 – Republicação a 26.1.2022 em Lagoa do M´Puto
Por T´Chingange (Ochingandji) – Em Arazede do M´Puto
A figura pública de Figueiroa, revista como herói na tomada de Pernambuco - Brasil
Matias de Albuquerque, 1° Conde de Alegrete, nasceu na Vila de Olinda, sede da Capitania de Pernambuco, no Estado do Brasil, da qual seu irmão era donatário, na última década século XVI.
Em tempo de D. João IV. Este monarca, deu ordens a Figueiroa que recrutasse 500 infantes da ilha da Madeira e Açores para tal envolvimento militar em terra de Pernambuco… Determinou aos oficiais de primeira linha fidalga, que “a gente vadia, ociosa, e de pouca utilidade à Coroa, fossem arregimentadas e levados à luta do Brasil” porque “ He grande o aperto e necessidade daquelle estado”. Convém dizer-se que não é verdade que o reino se tivesse esquecido dos revoltosos de Pernambuco; o que sucedeu foi de que não se tinha reunido toda a diplomacia para ter sucesso e só reactivou à pressa após Inglaterra* ter declarado guerra à Holanda.
Aqui D. João IV actuou rápido em força e a todo o custo sobrecarregando o povo em taxas de guerra adicionais. O açúcar fazia-lhe falta para custear tudo isso e ainda salvaguardar as fronteiras Ibéricas da impetuosidade dos vizinhos Castelhanos. Em 1647, Francisco de Figueiroa chega à Bahia. Em 4 de Agosto de 1648 reúne-se às tropas sob o comando de Francisco Barreto de Pernambuco e, é a 19 de Fevereiro de 1649 que toma parte na segunda batalha de Guararapes com o posto de Mestre-de-Campo do seu terço de guerra.
Francisco Barreto, após aquela grande batalha, escreveria ao rei a 11 de Março de 1649 enaltecendo os três Mestres-de-Campo, Vieira, Figueiroa e Vidal da seguinte forma: - “Procederão com tão assinalado valor que depois de Deus, foram eles a causa de alcançar vitória pelo que merecem as mercês que justamente podem esperar tão “leaes vassalos”, por seus merecimentos”.
Figueiroa, tendo sido soldado, capitão, almirante, governador de Cabo Verde, ouvidor em Angola e Mestre-de-Campo na batalha de Guararapes, por rogo seu foi designado de fidalgo com a comenda da Ordem de Cristo depois das formalidades das “provanças” para a sua admissão na Ordem de Cristo e, após a consulta da Mesa da Consciência e Ordens o ter aprovado a tal merecimento. Coisas tiradas a ferros, sabe-se lá do porquê!
Recorde-se que em 1630, tropas mercenárias da Companhia das Índias Ocidentais invadem a capitânia de Pernambuco dominando toda a região do Nordeste do Brasil por vinte e quatro anos, ou seja, até ao ano de1654. Insatisfeito com a situação, os naturais da terra sob a liderança de João Fernandes Vieira, um senhor de engenho, nascido no Funchal, inicia em 1645 a reconquista do território devolvendo-o à soberania Lusa em 1654.
Em Olinda sede da Capitânia de Pernambuco governava Matias de Albuquerque; este, procurava concertar os esforços da defesa no porto de Recife só que, o General Mafulo Theodoro Waerdenburch, seguindo o plano traçado com os mandatários da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, desembarcou suas forças na praia de Pau Amarelo a Sul do Recife num total de 3000 homens. Marchou sobre a vila de Olinda tendo vencido Matias de Albuquerque no combate de fogo à Vila de Olinda queimando nobres edifícios avaliados em milhares de cruzados.
Matias de Albuquerque, perante tamanha força, impossibilitado, e de coração esfrangalhado retirou para o lugar de Capiboaribe a uma légua de distância do Recife, fortificando o sítio com 4 peças de canhão e 200 homens de armas. Inicia-se assim a guerra da resistência pernambucana com a fundação da Arraial do Bom Jesus aonde permaneceram por cinco anos utilizando tácticas de guerrilha aprendidas com os indígenas (Índios da região)...
Naquele Arraial do Bom Jesus, compareceram com seus comandados, Luís Barbalho, Martins Soares Moreno, Filipe Camarão com seus índios e Henrique Dias com seus negros quilombolas resolutos a manter uma guerra de vinte e quatro horas por dia no espírito de todos com um sentimento nativista. Mas, entretanto há o revés de em Abril de 1632, Domingos Fernando Calabar, um mestiço cazucuteiro, dado ao embuste, com o desprezo dos demais, é acusado de contrabando, passando-se assim por acossado para o lado dos invasores Mafulos…
NOTAS: *INGLESES – observe-se aqui a interferência desta nova potência na Europa e Globália, estabelecendo regras de fiscalização DESDE ENTÃO aos demais países entre os quais PORTUGAL, que sempre manteve subserviente aos sus caprichos e, ao longo da história
(Continua…)
O Soba T´Chingange (Ochingandji)
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