TEORIA DA BESTIALIDADE - Ando cismado. Algo me tem chamado a atenção nos últimos tempos no modo como as mídias brasileira e portuguesa dão singelamente tanta ênfase à bestialidade, tornando coisas banais em episódios de relevância. Não seria melhor meterem a viola no saco como se diz em Coimbra. Para quê, usar falas de forma cínica e sem um pingo de sabedoria e que, em nada enaltece a cultura Lusófona.
Ao concebermos um texto, uma crónica ou um acontecimento, teremos de primeiro esboçar, pôr de molho, pô em barrela se necessário, ensaboar, depois lavar, torcer, colocar a corar, curtir, enxaguar, e fazer com que nosso sol aconchegue na secagem, a ideia final. Antes de a colocar no ar, de a escrever ou de a publicitar, haverá que dar uma última leitura para que já tudo engomado se possa dobrar e arrumar na gaveta correspondente!
Faço aqui referência ao grande escritor brasileiro Graciliano Ramos que mexia e revirava o texto muitas vezes para obter a capacidade literária optimizada. Em seu dizer, um escrito deve ser lido e relido, batido no lajedo, no burgau, como uma peça de roupa suja; depois, corar e enxugar e, de novo, voltar a ler.
O certo é que no tempo, tudo mudou e, muito rapidamente. O que interessa na mente de alguns utilizadores é a de “rasgar ou esfolar”, com ou sem razão, com ou sem conhecimento, no intuito de se fazer notar ou então fazer sobressair a ideologia que lhe é influente ou imposta. Não compreendo como é que não lendo, não interpretando e não pensando, se podem ter ou dar opiniões tão críticas e absolutas sobre o que seja…
Pode-se escrever direito com caneta torta, tal como fazer coisas desalinhavadas sem usar agulha e linha. Graciliano Ramos possuía uma loja de tecidos com o nome de Sincera na Cidade de Palmeira dos Índios; Sem o querer acabou por ficar prefeito (presidente) desse Município. Isto para acrescentar que ficaram conhecidos seus relatórios ou actas pela transcrição de forma muito pessoal.
Há aqui uma visível ironia por via dos procedimentos de honestidade hodiernos, mentirosos o quanto baste a comparar com os governantes que são já mais que muitos, usando santinhos no Brasil, a gasosa com arrogância em Angola e a massala em Moçambique – todos eles, dos chamadas de PALOPS - LUSÓFONOS… Cansado do culto às coisas de preconceito, toda a gente fala do mesmo, correndo o risco de entornar a verdade da palavra - Isso! De inverter as cores e marginalizar os outros por sempre se vitimizarem…
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