NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3679 – 14.05.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
Após a morte de Jonas Savimbi a 22 de Fevereiro de 2002, Dachala atravessa um deserto silencioso mas, a 30 de Abril de 2016 pude ler na sua página de Facebook algo que aqui transcrevo na íntegra com a divina vénia :«Chega hoje, ao seu final, o mês de Abril. Desde 2002, na nossa Angola, Abril é o mês da Paz. Assim é porque no dia 4 de Abril daquele ano que foi, formalmente, assinado, em Luanda, o Memorando de Entendimento Complementar do Luena.»
«…Complementar porquanto o Memorando constituíu o culminar do processo, de normalização democrática e de paz do nosso Pais, iniciado com "Os Acordos de Paz para Angola: Acordos de Bicesse" e continuado com "O Protocolo de Lusaka".»
`…Por memoria , sublinhemo-lo, foram signatários de Bicesse: o Engenheiro José Eduardo dos Santos, naquela altura, Presidente da Republica Popular de Angola, e o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, então, Presidente da UNITA. Tornou-se inevitável falar-se em Abril, há quatorze anos, dos ganhos da paz.»
«...Entre outros, evoca-se sistemáticamente: a reabilitação de infraestruturas; o exemplo angolano no que tange a resolução de conflitos; a reconciliação nacional sem, no entanto, se enumerar o seu conteúdo substantivo, nem monumento. De facto o monumento sito na cidade do Luena só veicula, simbólicamente, a paz sendo também esta palavra a única. gravada em sua base.»
«…Para quando o monumento à reconciliação nacional? De todos os ganhos da paz que são, evidentemente, discutíveis no contexto do nosso ainda adolescente sistema democrático, há um de que nunca se faz menção: o sentimento de SEGURANÇA.»
«…Tal, se deve, de certeza, à sua evidência como alicerce da paz. Assim, neste último dia do mês da nossa, igualmente, adolescente paz, cumpre-me humildemente apelar, a todos meus compatriotas, para cooperarmos da construção e consolidação da Certeza de Segurança, cujo sentimento, a paz nos proporciona desde o ano de 2002.»
«… Para este desiderato há patrioticamente, cadernos de encargos para cada um de nós como filhos e cidadãos do nosso Pais: entidades tradicionais; entidades eclesiásticas; homens e mulheres do saber multifacetado; políticos; militares; policias; empreendedores; jovens, empregados… Também funcionários mais estudantes e os nossos queridos pais e as nossas amadas mães. Acima de tudo, que O ALTO, ilumine cada um, na parte que lhe toca… M.A Dachala.» (fim de citação)…
Neste texto que, quase surge como encíclica no utilizar da lógica da segurança, pois que se compreende subtilmente haver um governo que sempre tenta intimidar e limitar a oposição, justificando tácticas que visam camuflar a manipulação do processo; assim como uma aparência de estar legitimamente a proteger a paz e a estabilidade. Esta narrativa de paz eleva a necessidade de estabilidade e ordem acima da justiça e de eleições livres e transparentes.
Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e Wiquipédia…
(Continua...)
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