NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3680 – 26.06.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
Em termos genéricos e segundo os Cadernos de Estudos Africanos, podemos afirmar que em África e, particularmente em Angola, as dificuldades da oposição em chegar ao poder são, por um lado, devido aos constrangimentos e obstáculos criados pelos partidos no poder e, por outro lado, resultantes de incapacidades próprias.
Em Angola, no que se refere aos constrangimentos criados pelos partidos no poder, são de vária ordem, tendo na base, um forte fundamento securitário dos regimes que os suportam. Desde a independência aos nossos dias, pouco mudou na forma como o poder foi estruturado e, tudo indica continuar mete estado de letargia. Quando um Estado organiza eleições, mobiliza lealdades e neutraliza a oposição por via da instrumentalização do medo. Quando assim o não é, há certamente corrupção
Ao entrar para a Presidência, em 2017, João Lourenço adoptou uma estratégia híbrida. O Presidente escolheu reformar o suficiente para sobreviver a várias crises, mas não reformar o suficiente ao ponto de uma tal reforma representar uma ameaça à hegemonia do MPLA.
A UNITA é, inicialmente, um sonho. É dono deste sonho o Dr. Jonas Malheiro Savimbi. Assim o diz em seus escritos Marcial Dachala “Salundilili”. São estas vivências envoltas em sonhos que forjaram, nele Jonas Savimbi, sólidas convicções que configuraram, sua em nossa mente. Nesta partilha do sonho nasceu o projecto com raízes, valores: patriotismo; a liberdade; a democracia; a solidariedade e a justiça social…
Também as culturas nacionais e; a agricultura como medula espinal da economia. São estes valores que emolduraram o projecto UNITA. Tudo, é articulado em princípios de liberdade de independência do angolano e da pátria. É na democracia que advêm o direito como orientações supremas de organização e funcionamento do estado e da sociedade…
Pessoas sábias ensinaram-nos: "os grandes rios, na sua origem, são apenas pequenos fios de água". Na mesma senda alguém disse " um só pavio pode incendiar toda uma pradaria". Assim é, na verdade, a UNITA: uma amálgama de sucessivas gerações de militantes.
À geração fundante coube lançar, com muito sacrifício, o projecto lutando de armas na mão contribuindo para o derrube do colonialismo. Ela é este fio de água e também este pavio. Apenas pela e com democracia o angolano pode realizar-se material e espiritualmente, competindo à própria UNITA tudo fazer, internamente, para pilotar, em benefício de todos os angolanos.
Este é aqui e agora, o gigantesco desafio para a elite da nossa UNITA em estreita aliança com as diferentes elites da nossa angola: alcançar o poder de estado pelo voto. Com o verdadeiro espírito fundador da UNITA, lá chegaremos. É este o melhor acerto dos caminhos que devemos trilhar para o sermos: poder. Meu mistério é perante vós, querer e fazer querer – Kwacha!
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Imagens aleatórias de Costa Araújo
Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e Wiquipédia…
(Continua...)
O Soba T´Chingange
NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3679 – 10.06.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
Marcial Adriano Dachala “Salundilili”, nasceu a 11 de Agosto do ano de 1956. Licenciado em Relações Internacionais, desempenha o lugar de Deputado pela UNITA na Assembleia Nacional de Angola desde 16 de Setembro de 2022. Em seu historial destacam-se os cargos relevantes: Em 1975, participou no Congresso Constitutivo da Jura na Província do Huambo.
Foi promovido a Capitão na Província do Bié no ano e 1985, tornando-se Secretário Geral da JURA em 1986. No ano de 1988 foi o Representante Adjunto da UNITA em Portugal. Actualmente é o Porta Voz da UNITA mantendo-se como tal, um elemento imprescindível ao seu Partido liderado por Adalberto da Costa Junior
Segundo os Cadernos de Estudos Africanos, em Angola, o aparelho de segurança garante que outras patologias de governação, como o neopatrimonialismo, a democracia processual e o autoritarismo possam florescer. Neste sentido Dachala tem-se mantido em destaque nesta postura denunciando que é assumidamente uma ultrajante realidade.
As eleições de agosto de 2022 marcaram um momento de viragem política em Angola. A FPU - coligação Frente Patriótica Unida liderada pela UNITA, galvanizou a juventude e a maioria dos eleitores para acreditarem na alternância política. Mas, o MPLA, a Presidência e os Órgãos Eleitorais partidarizados implementaram uma fraude extensa e complexa para garantirem que a oposição não chegasse ao poder.
No correr do tempo, nada alterou para melhorar o panorama deficitário. Desde sempre, houve um requintado aprofundamento do autoritarismo em Angola, neutralizando vários ganhos democráticos e, desmantelando as forças de contrapoder da imprensa e da sociedade civil organizada e, não organizada.
É notório não verificar, ser muito difícil que nos próximos anos, a oposição e a FPU mantenha uma estratégia eficaz para sobreviver até o próximo ano de 2027, para assim se preparar melhor fazendo garantir a verdade eleitoral. Em verdade, desde a independência aos nossos dias, pouco mudou na forma como o poder foi estruturado.
O que vingou mesmo, foi o compadrio, a corrupção e o acomodamento de uma grande parcela de governantes e oposição defraudando o povo. Paulatinamente Angola foi-se entregando às grandes potências entre a quais a China endividando-se e beneficiando sempre a casta governamental coadjuvada por uma onda gigante de subornos descarados.
O país foi sempre caracterizado como tendo uma presidência muito forte, muito musculada e, com a força suprema do aparelho de segurança, com o suposto direito histórico do MPLA para governar, na captura total da economia e dos recursos, e na aceitação e conivência de aliados estratégicos internacionais.
Em angola, criar medo é uma construção política, é um resultado de esforços estratégicos para retratar eleições como ameaças à paz, à segurança e à estabilidade da nação Os partidos de oposição tornam-se activos apenas e só durante as eleições. Vários destes partidos giram à volta de personalidades e de um único líder, são caracterizados por falta de democracia interna, sofrem de conflitos intrapartidários, têm dificuldades financeiras, e nem sempre conseguem expandir a sua base de apoio. E, Dachala “Salundilili”, tem sido um verdadeiro estandarte ao denunciar as lacunas e irregularidades que grassam na governação de Angola…
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e Wiquipédia…
(Continua...)
O Soba T´Chingange
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