PORQUE FALHAM AS NAÇÕES
– TRATADO DE SIMULAMBUCO . Parte I - Cabinda, um estado traído
- Crónica 3698 – 23. 09.2025
Por: T´Chingange (Otchingandji) - O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
Nos 𝗔𝗰𝗼𝗿𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗔𝗹𝘃𝗼𝗿, o nome de Cabinda foi omitido - Em 06/08/2025 Jorge Torres, um cidadão ibinda, solicita a Kimbo Lagoa justiça por via de o envio de uma 𝗰𝗮𝗿𝘁𝗮 𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗹 𝗮𝗼 𝗮𝘁𝘂𝗮𝗹 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗥𝗲𝗽𝘂́𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲𝘀𝗮, 𝗠𝗮𝗿𝗰𝗲𝗹𝗼 𝗥𝗲𝗯𝗲𝗹𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗼𝘂𝘀𝗮: Em pleno século XXI, persiste uma ferida aberta no coração da África Austral e da consciência portuguesa.
O destino do povo de 𝗖𝗮𝗯𝗶𝗻𝗱𝗮, traído por interesses políticos, silenciado por força militar, é abandonado pela comunidade internacional. A história de Cabinda não é uma simples nota de rodapé no processo de descolonização portuguesa.
Cabinda foi formalmente reconhecida como 𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗶𝘀𝘁𝗶𝗻𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝗔𝗻𝗴𝗼𝗹𝗮 em diversos momentos - desde os 𝘁𝗿𝗮𝘁𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗻𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗶𝘀 𝗰𝗲𝗹𝗲𝗯𝗿𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗻𝗼 𝘀𝗲́𝗰𝘂𝗹𝗼 𝗫𝗜𝗫, até a 𝗖𝗼𝗻𝘀𝘁𝗶𝘁𝘂𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗥𝗲𝗽𝘂́𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲𝘀𝗮 𝗱𝗲 𝟭𝟵𝟯𝟯, que a 𝗹𝗶𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗲𝘅𝗽𝗹𝗶𝗰𝗶𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗶𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼́𝗻𝗼𝗺𝗼, separado de Angola.
A 𝗖𝗼𝗻𝘀𝘁𝗶𝘁𝘂𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝟭𝟵𝟯𝟯 (que vigorou até 1976), no seu 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝟭.º, definia de forma clara e inequívoca a composição territorial da Nação Portuguesa. Eis o seu conteúdo relevante:
Artigo 1.º - A Nação Portuguesa é uma República unitária, que compreende o território do continente europeu e os seus domínios ultramarinos.
2.º - Na Europa: o continente e os arquipélagos dos Açores e da Madeira;
3.º - Na África Ocidental: os arquipélagos de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe e suas dependências, as ilhas do Corvo, do Príncipe e de Ano-Bom, as possessões da Guiné, de São João Baptista de Ajudá, de 𝗖𝗮𝗯𝗶𝗻𝗱𝗮 e de 𝗔𝗻𝗴𝗼𝗹𝗮;
4.º - Na África Oriental: Moçambique e seus dependentes;
5.º - Na Ásia: Goa, Damão, Diu, Dadrá, Nagar-Aveli, Simbor e Diu-Pequeno, que constituem o Estado da Índia, e Macau, Timor e as suas dependências, no Extremo Oriente.
Ou seja, 𝗖𝗮𝗯𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗰𝗹𝗮𝗿𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗶𝗻𝗱𝗶𝘃𝗶𝗱𝘂𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗶𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼́𝗻𝗼𝗺𝗼, ao lado de Angola, e não como parte integrante dela. Este estatuto foi juridicamente consolidado no 𝗧𝗿𝗮𝘁𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗶𝗺𝘂𝗹𝗮𝗺𝗯𝘂𝗰𝗼, assinado a 1 de fevereiro de 1885 entre Portugal e as autoridades tradicionais cabindesas.
Neste tratado, Cabinda foi colocada sob a 𝗽𝗿𝗼𝘁𝗲𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗘𝘀𝘁𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲̂𝘀, sem nunca abdicar da sua soberania nem ser incorporada na colónia de Angola. A 𝗖𝗼𝗻𝗳𝗲𝗿𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗕𝗲𝗿𝗹𝗶𝗺, nesse mesmo ano, reconheceu a legitimidade dos territórios coloniais atribuídos às potências europeias, entre os quais Cabinda se destacou como o 𝗖𝗼𝗻𝗴𝗼 𝗽𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴u𝗲̂𝘀.
Embora, em 1956, tenha sido colocada sob a alçada do mesmo governador-geral de Angola - por conveniência administrativa - tal decisão 𝗻𝗮̃𝗼 𝗮𝗻𝘂𝗹𝗼𝘂 𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗷𝘂𝗿𝗶́𝗱𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼́𝗽𝗿𝗶𝗮. A nível internacional, Cabinda manteve o seu reconhecimento como entidade distinta, tal como demonstra a 𝗿𝗲𝘀𝗼𝗹𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 O𝗿𝗴𝗮𝗻𝗶𝘇𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗨𝗻𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗔𝗳𝗿𝗶𝗰𝗮𝗻𝗮 𝗱𝗲 𝟭𝟵𝟲𝟰.
Tal 𝗿𝗲𝘀𝗼𝗹𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 colocava 𝗖𝗮𝗯𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝟯𝟵.º 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿 𝗻𝗮 𝗹𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗶𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗮 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗼𝗻𝗶𝘇𝗮𝗿, 𝗲 𝗔𝗻𝗴𝗼𝗹𝗮 𝗲𝗺 𝟯𝟱.º, de forma claramente separada. No entanto, em 𝟭𝟵𝟳𝟱, o processo de descolonização português atropelou este direito. Nos 𝗔𝗰𝗼𝗿𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗔𝗹𝘃𝗼𝗿, o nome de Cabinda foi omitido e o território foi entregue de facto à recém-proclamada República Popular de Angola.
06/08/2025 … Por Jorge Torres
O Soba T´Chingange
NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3697 – 22.09.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
“A criação e visão da FPU (Frente Patriótica Unida), que foi pensada e analisada com muito cuidado por nós (UNITA), é trabalhar com todas as forças vivas da sociedade. Não podemos colocar a carroça à frente dos bois”, afirmou Dachala "Salundilili"
Marcial Dachala destacou também a trajectória da UNITA como um partido com quase 60 anos de história e alertou para o que considera ser a inexperiência de outras forças políticas no processo de decisão estratégica da FPU.
“Como é então que algo e alguém que acabou de nascer como partido político (PRA-JA Servir Angola) já quer dar ideias? Não pode ser alguém que nasceu hoje como partido que venha-nos dizer o que fazer. Essa coisa de coligação de partidos não é nossa ideia”, concluiu.
A declaração de Dachala reflecte as divergências dentro da FPU sobre os próximos passos estratégicos da plataforma, criada em 2022 para confrontar o MPLA nas eleições gerais do mesmo ano.
De recordar que a plataforma política Frente Patriótica Unida não tem respaldo legal, todavia, é integrada pelo PRA-JA Servir Angola e pelo Bloco Democrático com quem alistados pela UNITA, correram às eleições gerais a presente legislatura, a V na história de Angola democrática.
“Mas essa coisa de formalização de coligação de partidos não vem de nós, UNITA”, declarou Dachala. Aliás, para o histórico dirigente da UNITA, ainda é cedo para se abordar o pleito de 2027. “Nós estamos em 2025, e as eleições gerais só serão em 2027”, alertou.
Já muito próximo do XIV Congresso da UNITA mais propriamente para os dias 28, 29 e 30 de Novembro de 2025 algumas vozes desavindas fazem-se ouvir pela negativa, do género:- Será que com este congresso a UNITA vai poder equilibrar alguma coisa para chegar ao poder? E, afirmam: Os seus jovens não são mais do que portadores de bandeiras usando camisolas com as cores do partido e a foto estampada de alguém que também depende de um ordenado que o MPLA paga.
Em verdade o MPLA usurpa tudo a que se possa chamar estado! E, a UNITA tem sim a capacidade de dar exemplos de democracia real porque está-lhes no sangue a força da resiliência, que por natureza se tornaram dotados daquela capacidade de liderar o país na política, na economia e todas as vertentes da vida social. O Congresso terá o condão de disciplinar a pirâmide social com o brio e ética suficiente para vingar a desventura actual vinda do MPLA. Muito repleto da despilfarro ao erário publico. Kwacha...
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações recentes de Marcial Dachala "Salundilili" e,muxoxos de T´Chingange na diáspora…
(Continua...)
O Soba T´Chingange
NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3695 – 12.09.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
É Dachala a falar: - Deixem que eu apresente os meus parabéns ao General Paulo Lukamba Gato. Sem a menor dúvida, com o seu acto deu uma grande lição aos membros da UNITA, mas e, também a muitos angolanos. A legitimidade na direcção da UNITA ganha-se com a força que se recebe dos militantes do Partido.
Vem aí o XIV Congresso com o país todo a olhar para nós. Estejamos em Conferências Comunais, Municipais, Provinciais ou Centrais, para trabalharmos na análise das teses que serão apresentadas e discutidas neste Congresso. Tratemos também de analisar e aprova as alterações aos Estatutos do Partido, nossa carta magna.
Além disso, preparemo-nos para eleger o próximo Presidente da UNITA. Eleito o presidente, saibamos honrar a nossa própria escolha. Não exijamos mais do que isso. Na UNITA, só o Congresso é soberano! Viva o XIV Congresso da UNITA ! - Viva Angola!
Marcial Dchala questionado sobre a possível existência de uma campanha contra a Frente Patriótica Unida (FPU), Dachala considera que o presidente Adalberto da Costa Júnior tem sido perseguido. "Isso começou tão logo ele demonstrou vontade de candidatar-se a presidente da UNITA", diz.
Adalberto da Costa Júnior foi eleito duas vezes pela maioria esmagadora dos delegados ao décimo terceiro congresso, entretanto repetido. "Portanto, para nós isto não é assunto. O que conta para nós é aquilo que o presidente Adalberto representa hoje, como esperança de uma Angola inclusiva, de uma Angola que se vira definitivamente para o futuro,,,
Justifica-se com vista ao desenvolvimento de todos os angolanos, mediante o seu trabalho num quadro democrático e de reconciliação, sublinha ainda o porta-voz Dachala "Salundilili". Dachala, rejeitou categoricamente a possibilidade de a Frente Patriótica Unida (FPU) vir a formalizar-se como uma coligação de partidos políticos, visando as eleições gerais de 2027.
É claro que os dirigentes da FPU sentar-se-ão à mesa e traçar ideias para o futuro”, diz Dachala, que descarta ideia de transformar a FPU em coligação.
Segundo o dirigente do “Galo Negro”, a estratégia da FPU e da UNITA, seguem os desígnios do maior partido na oposição. “É claro que os dirigentes da FPU sentar-se-ão à mesa e traçar ideias para o futuro”, diz Dachala, que descarta que a ideia de transformar a FPU em coligação, como vem sendo defendido por Abel Chivukuvuku, líder do PRA-JÁ…,
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Ilustrações aleatórias de Costa Araújo da EILuanda
Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações recentes de Marcial Dachala "Salundilili" e,muxoxos de T´Chingange na diáspora…
(Continua...)
O Soba T´Chingange
NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3694 – 09.09.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
O porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Marcial Dachala, diz que persiste uma permanente campanha contra o presidente do partido ACJ, afirmando: "Ele é o líder. Não foi eleito porque exibiu um diploma. Foi eleito porque é aquele que melhor interpreta o programa de sociedade da UNITA - Ponto final…
Recentemente, mal ACJ convocou o XIV Congresso da UNITA para os dias 28, 29 e 30 de Novembro de 2025. já o país político se mexia diante desse acontecimento. Eram os membros e os simpatizantes da UNITA, eram os analistas políticos de todos os quadrantes, eram também os muitos assalariados do tristemente célebre gabinete de acção psicológica do poder em Angola.
Conforme afirmou o Presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, o maior encontro do partido vai estabelecer a linha política, aprovar e adoptar a estratégia, programa e seus objectivos, rever os estatutos e seu programa geral. Irá aprovar os relatórios apresentados pelos órgãos respectivos e eleger o Presidente, a Comissão Política, e deliberar sobre qualquer outra questão do interesse da UNITA.
Todos estão fazendo o seu prognóstico sobre quem se vai candidatar e quem s erá eleito! É assim a força que os grandes partidos têm! Terei de relembrar o que aconteceu há 23 anos porque hoje, quando vejo que alguns partidos da nossa praça política ainda estão a patinar em relação ao que fazer com os seus Congressos, não posso deixar de voltar para trás e reconhecer a enorme visão que naquela altura Lukamba Gato teve em não se assumir como sucessor a Savimbi.
Por isso, a UNITA habituou-se fazer os seus Congressos dentro da normalidade, segundo os trâmites que estão definidos nos seus próprios Estatutos que são redesenhados em cada Congresso! Lembro que sem pestanejar, o General Gato deu-me uma lição de ética: “Se eu me tivesse proclamado Presidente da UNITA, após a morte de Savimbi, faltar-me-ia legitimidade e isso é bastante importante no exercício das funções do Presidente de uma organização da importância da UNITA!
Recordo que Lukamba Gato referiu: Tarde ou cedo, eu, iria ser acusado de ter usurpado o poder no Partido, sem o merecer! Além disso, depois da morte do Presidente da UNITA, para se firmar na sociedade, o Partido tem de surgir com algo surpreendente e imbatível!” - “Era sim, preciso uma Comissão de Gestão!”---
Porque a Comissão de Gestão é um meio para se criarem as condições necessárias para a realização de um Congresso democrático, onde possam aparecer candidatos à presidência e democraticamente, se eleja um deles como Presidente da UNITA. Estranhamente, eu Marcial Dachala situando-me de fora direi: quem consegue fazer os seus Congressos assim, diante da convocatória do XIV Congresso.
Isto de querer ser ele a não determinar quem deve ser o próximo Presidente da UNITA. Esses são os desafios que todas as democracias têm, aos quais os membros da UNITA têm de se habituar e é isso que os vai fortalecer. As democracias testam os cidadãos para tomarem as decisões mais acertadas diante de mil e uma adversidades. Kwaacha!
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações recentes de Marcial Dachala "Salundilili" e de T´Chingange na diáspora…
(Continua...)
O Soba T´Chingange
PORQUE FALHAM AS NAÇÕES II – Daron Acernogiu e James Robinson
ORIGENS DO PODER – DIOGO CÃO NO CONGO
- Crónica 3694 – 06.09.2025
- Escritos boligrafados na desordem mundial, actual
Por: T´Chingange (Otchingandji) - O NIASSALÊS em Messejana do M´Puto
No livro “Porque falham as nações”, de Daron Acernogiu e James Robinson pode ler-se: Historicamente, a África Subsariana foi mais pobre do que a maioria de outras partes do Globo e, as suas civilizações antigas não inventaram a roda nem utilizaram a escrita, nem tampouco usaram o arado. Isto na Árica Austral. até à chegada de Diogo Cam no final do século XV.
Até à chegada de Diogo Cão à foz do rio Zaire, o Congo era um reino seguidor dos padrões africanos. Centenas de tribos que desgarradas se digladiavam em lutas indefinidas. Nesse então M´Banza, sua capital, tinha sessenta mil habitantes, tantos quanto a população de Lisboa, a actual capital de Portugal, o M´Puto, também chamado de Metrópole.
Em mil e quinhentos desta nossa era, a população de Londres compunha-se 1500 almas. O rei do Congo, N´Zinga N´Kuvwu converteu-se ao catolicismo mudando seu nome para João I. Mais tarde M´Banza passou a chamar-se de São Salvador. Foi então e graças aos portugueses que os congoleses ficaram a conhecer a roda, o arado e a escrita.
Não obstante e devido ao seu labor bélico, de lutar e fazer escravos desvalorizaram os novos conhecimentos a favor das novas armas, da pólvora e espadas de bom aço prontas a matar. Eufóricos adoptaram essas armas de fogo tipo canhangulos, pederneiras e arcabuzes. Usaram-nas assim, como poderosos instrumentos de acalentar seu ancestrais modos de capturar escravos de onde lhes adveio riqueza e poder.
Deste modo, seus padrões de produção originaram fechar contractos com os portugueses que viram nisto uma forma de ganhar dinheiro aprofundando esta prática com esmero de já quase pré-moderna globalização. Deram assim início ao mercado de mão-de-obra grátis para o corte e apanha do ouro branco saído dos engenhos do Brasil, o chamado assucar
Também e, em paralelo os missionários aprofundaram conhecimentos de catequização pelo que tiveram de ensinar aos indigenas novas formas de falar numa sempre crescente alfabetização. Criaram missões e até enviaram gente nobre para Lisboa do M´putoa fim de dali saírem novos catequizadores e gestores.
Os congoleses, com os portugueses aprendiam novas formas de estar, de vestir, de comer para além da alfabetização e ensino de novas tarefas de trabalho tais como carpinteiros, pedreiros e um sem fim de actividades com destaque para a agricultura e arte de guerrear; e, foi daqui que saiam cipaios que ajudariam no futuro a dar sequência à administração do território, policiando e cobrando impostos de cubata entre outros em troca de mercancias.
Verdade seja dita que nem tudo foi mau nas colonizações africanas, sobressaindo a portuguesa por questões de excepção mas e também fugindo às regras usadas por outros potências europeias. Países que não aceitavam a miscigenação como coisa nomal, nos dias que correm e, entre seres humanos. Este registo económico começou por se sentir na comercialização de óleo-de-palma, amendoins também conhecida por jinguba, mancarra (Guiné Bissau) ou alcagoitas ( Algarve)…
Por aqui se deu início à civilização em África criando entrepostos comerciais ao longo da costa, primeiramente do lado do Oceano Atlântico e progressivamente no Oceano Pacifico após passagem do Cabo das Tormentas ou de Bojador no extremo sul pelo mareante Bartolomeu Dias a 3 de Fevereiro do ano de 1488. A Globalização tinha assim início pela mão dos portugueses – A verdade a seu dono!
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Nota: Com extractos do livro "Porque Falham as Nações", vivências de T´Chingange, resumos da experts fnac, Wikipédia e muxoxos em vivencias do Soba…
Ilustrações aleatórias de Pombinho da E.I.Luanda (Angola)
O Soba T´Chingange
NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3693 – 04.09.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Messejana do M´Puto
Marcial Dachala relembrou mais uma vez que os jovens podem constatar o já dito, apontando: - De recordar que o Executivo, através do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, legalizou recentemente, no Cartório Notarial da Loja dos Registos do Cazenga, a Fundação Jonas Malheiro Savimbi (JMS),.
Tudo isto, dois anos depois de os familiares do líder fundador da UNITA darem entrada do processo. A Fundação será de âmbito nacional e visa conceder bolsas de estudo a jovens desfavorecidos e apoiar pessoas com necessidades especiais, assim como participar no esforço de erradicação das minas antipessoais.
Apetece-me hoje relembrar ao meu ilustre mano e Porta-Voz da UNITA na Assembleia Nacional que após o 11 de Novembro de 1975, as casas abandonadas em Luanda maioritariamente pelos chamados “colonos” brancos, foram entregues a “amigos” do MPLA e aos amigos dos amigos ou assim supostos; por toda a Angola se verificou o mesmo procedimento.
Eu T´Chingnge aderi à UNITA na Caála em meados de Outubro de 1974 pela mão do professor Benjamim Liuanhuca e, desde então sempre me mantive próximo às iniciativas do meu movimento/partido.. Trabalhei arduamente para que a chegada de Savimbi ao Huambo (Nova Lisboa) o fosse um momento alto. Assim aconteceu em Janeiro do ano de 1975!
A maior parte dos cartazes contendo a esfinge de Savimbi foram-no já de minha autoria sendo nesse então Secretário de Informação e Propaganda do Comité da Caála tendo como presidente o saudoso Camundongo que trabalhava nos Serviços de Construção de Estradas – JAEA. Aquela entrada no Huambo do nosso líder, foi um momento épico e simbólico.
Por este meu caminho longo, posso permitir-me lembrar a Dachala "Salundilili" que para além das casas tomadas pelo MPLA, foram tomadas fábricas, complexos desportivos, armazéns de géneros, bombas de gasolina. Bem - literalmente, tudo passou para a gestão do MPLA. Personalidades angolanas terão recebido apartamentos no Kilamba por terem apoiado o MPLA por serviços prestados.
Enquanto isso, Savimbi liderava a fuga à morte em uma grande marcha que liderou; um longo e vitorioso caminho até chegar ao santuário da “Jamba”- (Elefante), capital da UNITA por um longo tempo. Têm agora de recordar isso aos filhos daqueles privilegiados do MPLA, desse falacioso governo imerecidamente oferecido pelo CR - Conselho de Revolução do M´Puto Essas pessoas que se assumiram elites do povo angolano, tiveram acesso privilegiado àquelas casas, que sendo propriedade do estado, o foi feito por roubo chamado de “confisco”. Supostamente, teriam de as pagar mas, nada disto aconteceu…
Por tantas dúvidas no ar, tantas medidas arbitrárias, umas torpes outras sem explicação plausível, levam aos jovens de agora a pedir explicações. Cabe a mim lembrar a todos meus manos, protagonizarem manifestações, estipulando falar o nunca falado, como que uma moratória ao executivo angolano afecto ao MPLA, antes de voltarem às ruas, uma e outra vez, pedindo justeza e eleições livres. Façam-no agora para, no mínimo redimir a verdade da história…
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações recentes de Marcial Dachala "Salundilili" e de T´Chingange na diáspora…
(Continua...)
O Soba T´Chingange

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