FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“ De Maun a Francistown - Botswana ”
Francistown
Com os restos de murmúrios falsos, tinhamos a ideia formada de que o Botswana era um país esquecido com muitos abutres rondando burros mortos na estrada e desordenadas lixeiras, a comparar com outros países aonde impreparados chefes exibem arrogância impregnada de devaneios mal curtidos mas, foi um total engano. Logo à entrada em Popavalle ou Popa Falls, um posto fronteiriço, deparamos com o aprumo de agentes aduaneiros que nos atenderam duma forma surpreendentemente civilizada ao invés de outras anárquicas fronteiras aonde tudo se resolve com uns quantos dólares de gazosa. Com destino à cidade de Fracistown, lá prosseguimos viagem a partir de Maun por estrada pavimentada rolando quilómetros na savana, vendo de quando em quando aglomerados de kimbos. Estes, na forma de quilombos com paliça a contornar palhotas redondas, feitas a barro, bosta de boi e chinguiços, formavam conjuntos armoniosos numa vastidão de capim ralo.
kimbo . Botswana
A este país que começou a ser desvendado por exploradores a partir do século XVIII, deram-lhe o nome de Bechuanaland mas, após a sua independência a 30 de Setembro de 1966, toma o nome de Botswana com junção do prefixo "bo" que quer dizer homem em língua Bantu a de "Tswana", nome da tribo mais nomerosa daquels paragens. Realizando regulares eleições ao invés de outros muitos povos de África, é considerado um exemplo de estabilidade política. Botswana é um grande planalto árido situado bem no interior de África meridional. É daqui que saem para o resto do mundo os mais puros diamântes dando ao povo um modo de vida melhor equilibradao do que a grande maioria dos países do continente negro. Os principais grupos étnicos são os Tswanas, Kalangas, Khoisan entre outros dos quais os brancos nativos dali e indianos que para ali foram idos do Quénia, Zâmbia, Tanzânia, Ilhas mauricias, África do Sul e principalmente do Zimbabwé aonde a instabilidade ditada por Robert Mugabe a isso obriga.
Itenerário
Antes dos pormenores descritivos da viágem em terras do fim do mundo convêm relembrar que os aborigenes habitantes ancestrais do Botswana foram os bosquimanos (bushmen), khoisans, caçadores-recolectores que se espalharam pelo grande Kalahári. Em uma outra viágem anterior tive oportunidade de observar estes indigenas errantes no seu meio natural; foi no Kalahári Gemsbok National Park entre Twee Rivieren e Bokspits, um lugar ermo, divisão de fronteira, picada em mulola de um rio seco aonde só corre água quando chove, que paramos para fornecer água a esses pequenos seres de tês parda, secos de carnes, vestindo pequena tanga tapa-rabos; deslocavam-se em pequeno grupo com algumas lanças, apetrechos simples aonde as mulheres se distinguiam por levar ornamentos na forma de zingarelhos nos artelhos. Enchemos suas cabaças entre linguajar de estalidos do geito de makankala misturado com sopros de suspiros e aspirações gututrais do qual nada entendemos. As mulheres levavam imbambas de cozinha e trastes envoltos num saco em cabedal que era suportado nas costas por uma tira que se ajustava à testa.
(Continua...)
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