AS ESCOLHAS DO KIMBO
“RED SCORPION - 2ª Parte”- Filme sobre Savimbi
Pegadas . miró
A Jamba, com o seu famoso e único sinaleiro que todos os jornalistas fotografavam, era a capital das chamadas Terras Livres de Angola, espécie de região autónoma que Savimbi instituiu em 1979 no sudoeste angolano e onde a ajuda americana chegava através da África do Sul. A Jamba resistiu às ofensivas do exército angolano de 1976 a 1994. Ficaram famosos os “Jamba Tours” com políticos portugueses. O filho de Mário Soares, João Soares, deputado socialista e antigo presidente da câmara de Lisboa, esteve três vezes na Jamba e da última ficou gravemente ferido quando a avioneta se despenhou no fim da pista de terra batida, segundo se diz por estar demasiado carregada com marfim. Nos EUA, Ronald Reagan, George Shultz, Jeane Kirkpatrick e outras figuras de proa do Partido Republicano não se cansavam de elogiar Jonas Savimbi como um grande líder anticomunista. Comparado com Reagan, o guerrilheiro era um inteletual. Falava fluentemente português, inglês e francês e usava estas línguas nos contatos com políticos, diplomatas ou jornalistas.
Peru do mato . Jamba tours
No dia-a-dia, Savimbi usava ovimbundu, a língua do seu povo. Jonas Malheiro Savimbi nasceu a 3 de Agosto de 1934 no Munhango, Bié, estação da linha de caminho-de-ferro de Benguela onde o pai, Loth Malheiro. Savimbi, era chefe, ao tempo um lugar impressionante para um africano. Obteve em finais dos anos 50 uma bolsa para estudar Medicina em Lisboa, mas foi detido uns dias pela polícia política portuguesa, a PIDE, e resolveu fugir para a Suíça. Com uma bolsa americana, formou-se em ciências políticas e jurídicas na Universidade de Lousane. Da Suiça seguiu para a China, estudou numa academia militar de Nanquim, voltou a África e tornou-se secretário para os assuntos externos da UPA, mais tarde FNLA e apoiada pelos Estados Unidos. Em 1966, fundou o seu próprio movimento, apoiado e treinado militarmente pela China.
O comboio . Munhango
Savimbi foi um homem corajoso e ardiloso: combateu os comunistas com ajuda dos capitalistas e vice-versa, lutou pela negritude aliando-se aos brancos sul-africanos do apartheid e combateu o colonialismo português aliando-se à Pide e ao exército português no leste de Angola, onde chegou a ser assistido por médicos militares portugueses. O envolvimento dos Estados Unidos em Angola começou em 1960 com ajuda à FNLA e durante a guerra civil de 1975-76 apoiaram também a UNITA, os dois movimentos anticomunistas. Com a derrota da FNLA, os americanos voltaram-se para a UNITA e este apoio atingiu 90 milhões de dólares em 1990. Além da ajuda americana, a UNITA tinha os diamantes que proporcionava lucros anuais de um bilião de dólares, mais dinheiro do que o tesouro da maioria dos países africanos e, com essa capacidade financeira, conseguiu criar melhores quadros militares e civis do que o MPLA e estava talvez em melhores condições para governar o país, mas quem falhou foi o próprio Savimbi, que concentrava todo o poder e, apesar de toda a sua cultura, enfermava de um tribalismo primário.
Referência: The Portuguese Times (NET)
(Continua...)
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