AS ESCOLHAS DO KIMBO
“RED SCORPION - 3ª Parte”- Filme sobre Savimbi
CIA
Antigos líderes da UNITA acusaram Savimbi de manipular as crendices populares e valer-se de feitiçaria em julgamentos, esquartejando, afogando e queimando dissidentes políticos como feiticeiros. Mantinha um controlo do poder impiedoso, assassinando quem pudesse vir fazer-lhe frente. Apesar das ligações aos americanos, nutria grande desconfiança em relação à CIA e o seu primeiro chefe do estado-maior, coronel Waldemar Chindondo, militar distinto que foi um dos primeiros-oficiais negros do exército português, foi acusado de ligações à CIA e executado. A viúva de Chindondo, Alda Juliana Paulo Sachiambo Chindondo, mais conhecida por Mana Aninhas, passou a fazer parte do harém de Savimbi, foi eleita presidente da Organização Feminina da Unita em 1984, representante do movimento nos Estados Unidos, Portugal, Bélgica e Alemanha e líder da bancada da UNITA no parlamento angolano. Orneias Sangumba, que estudou ciências política na Universidade de New York foi outro dirigente do movimento morto por ser alegadamente agente da CIA
Alda Sachiambo
Em 1990 foi a vez de Pedro “Tito Chingunji”, jovem e brilhante secretário dos negócios externos e antigo representante do movimento em Washington, fuzilado por se ter tornado demasiado próximo dos americanos. Chingunji foi um dos negociadores dos acordos de New York em fins de 1988, que levou à retirada dos cubanos de Angola e realização das primeiras eleições e a sua morte levou à deserção de figuras de peso e ao fim das relações entre a UNITA e os Estados Unidos. O jornalista britânico Fred Bridgland, autor da biografia “Savimbi - a chave para África”, fez amizade com Chingunji durante a cobertura das operações do movimento e, já com ele a viver em Washington, colaboraram na preparação de um livro sobre o movimento. Um dia, num encontro em Washington, Chingunji informou Bridgland de que a sua mãe, pai, três irmãos e uma irmã tinham sido executados por Savimbi e que a sua mulher e os filhos, dois bebés gémeos de um ano, estavam presos e tencionava deslocar-se à Jamba para esclarecer a situação junto de Savimbi. Chingunji viajou para a Jamba, mas não regressou a Washington. Foi preso, acusado de ligações à CIA e ao MPLA e ter tido um romance com uma das muitas mulheres e concubinas do Savimbi, que, refira-se, era poligâmico, aliás como a maioria dos africanos. Tentando salvar o amigo, Bridgland voou para a Jamba em 21 de Dezembro de 1988, um dia antes da assinatura do acordo de New York, foi ouvido por Savimbi e os 13 membros do seu politburo à sombra de uma frondosa árvore, mas não conseguiu salvar Chingunji e toda a sua família. O jornalista denunciou Savimbi e o secretário de Estado James A. Baker exigiu explicações.
Malangatana
O líder da UNITA respondeu numa carta de seis páginas em que acusava Tito Chingunji de estar envolvido com a CIA num plano para o derrubar e atribuiu as mortes a dois membros da UNITA que tinham desertado dois meses antes e formado um novo movimento separatista na região de Cabinda. Um sobrinho de Tito, Dinho Chingunji, actual ministro do Turismo de Angola, vivia ao tempo em Washington e diz que “é uma mentira ultrajante”. Na peça “The Black Cockerel”, Savimbi entra em litígio com Tito Chingunji por divergências ideológicas, mas antigos membros da UNITA acusam Savimbi de ter passado a odiar o jovem
Chingunji quando soube que este tivera um romance com uma das esposas em Paris, Ana Paulino Savimbi. Ana era uma jovem elegante e linda que Savimbi converteu em primeira dama e passou a acompanhá-lo nas viagens pela América e pela Europa. Desta relação, Savimbi teve cinco filhos que vivem todos em França. Através de uma bolsa patrocinada pelos serviços secretos franceses, Ana foi tirar um curso de secretariado em Paris, onde conheceu Tito. Entretanto, Savimbi, que ficara na Jamba, já trazia debaixo de olho duas irmãs sobrinhas de Ana: Raquel Matos de seu verdadeiro nome, que, quando da ida da tia para França, se tornou companheira de Savimbi, mais tarde foi estudar para Londres, casou com Tito Chingunji e acabou por morrer com ele; e Navimibi Matos, da qual Savimbi teve uma filha. Navimibi Matos morreu queimada viva, em 1981, num dia que Savimbi disse que ficaria na história da Unita como o “Setembro Vermelho”.
Referência: The Portuguese Times (NET)
(Continua...)
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