FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
"FÓRUM CRYPTON – 4ª Parte" – Mussendo com JANUÁRIO PIETER*
TOLEDO
Após um grato descanso nas piscinas do Corgo, sem Januário, bem ao lado do rio com o mesmo nome e do moinho, dei-me conta da falta do meu cartão de aceso ao meu "mukifo krypton". É neste espaço de nuvem pessoal que estão armazenados os mistérios e hologramas adquiridos em micro-chips de memória subconsciente dos idos e recentes tempos. Foi numa feira de velharias de Toledo, à margem do Tejo que adquiri essa unidade fotolitográfica em tubo de vácuo. Nesse concílio de almas penadas, adquiri em segunda mão essa tecnologia de ponta. Como curiosidade direi que este avanço foi tão notório que a partir daí já quase ninguém que se dignasse bruxo ou a fim, usava a vassoura voadora. Esse sítio era tão mágico e tão cheio de miondonas de todo o mundo lusófono que me levou a beliscar amiudadamente para ver se doía, se estava vivente; o certo mesmo é que a vassoura passou a ser algo desusado. Bem,... Mas agora estou aqui e, tenho de encontrar o meu cartão.
EMULSÃO FOTOLITOGRÁFICA
Encontrei-o assim que cheguei ao sótão da casa do Doutor Francisco, entre lembranças na pasta do instituto técnico de investigação, mesmo ao fundo da cama; da clarabóia entreaberta deste sótão, via telhados, serras, florestas de verdes pinheiros podendo sentir o cheiro de ervas do Marão. Meti o cartão na pasta de "Fraternidades Secretas" seguindo a sequência de números sugeridos do PIN e PUK tendo ali o conhecimento sobre feiticeiros, magos e curandeiros e, aonde a história se funde com relatos dessas secretas e extintas ordens, guardiãs da Cruz de Cristo, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, sobreviventes Mistérios Antigos, e todo o tipo de lendas estapafúrdias ou mesmo malucas. Logo no primeiro painel de informação surgiu uma cruz que se foi esfumando e dando lugar a um texto novo que dizia: "A Cruz só passou a ser um símbolo cristão em meados do século II quando das Cruzadas", que muito antes, este símbolo era usado pelos antigos Egípcios. Isso significa a junção na qual o homem e Deus se unem representando a intersecção de duas dimensões: a humana e a celestial.
Ordem dos templários
Ao ler aquilo, a minha pulsação acelerou sentindo o miocárdio latejar nas têmporas; desconhecia isto pois que, revia Cristo crucificado numa cruz mas, eis que técnicos científicos do início do século XXI afirmam que Cristo foi pregado ao tronco de uma velha oliveira, dando-se à minúcia de procurar por raio-X em muitas destas árvores quase sagradas, os pregos usados nesse então, início de era. Os fragmentos desses cravos de ferro mantiveram-se conservados no óleo da árvore, "a seiva da oliveira". A lágrima de saudade feita do azeite mais puro resignou os meus sentidos; isto deve ser verdadeiro, disse para mim mesmo um pouco assustado por bulir no tradicional símbolo da Cruz, aonde tantos morreram amarrados e queimados pela santa inquisição e tantos mouros espetados por esta, na forma de espada. Os homens com suas crenças foram através do tempo, cravando espinhos que se mantém a latejar à pele e no miocárdio.
Uma muito velha oliveira
*Januário Pieter:- Um personagem amigo, um sábio com mais de 300 anos (386 anos para ser exacto - Ver crónica de Kwanza e os Mafulos de 22de Julho de 2009).
Glossário: - mussendo: estória contada com foro de lenda ou imaginada; descrição de ocorrências num tempo sem escrita; miondona: - espírito tutelar convocado para as encruzilhadas nos eventos de maior gabarito; mukifo: recanto de contemplação à mente, lugar místico, sofá grande.
(Continua...)
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